Abstract
Resumo: O presente artigo aborda a dimensão psicológica da filosofia de Epicteto. Para tal, exploramos inicialmente a distinção epictetiana entre as coisas que dependem de nós e as que não dependem, visto que é por meio dela que o filósofo separa o que é interno do que é externo. Ao fazer isso, ele foca a abordagem ética naquilo que é interno, pois afirma que é isso que depende de nós (ἐφ ̓ ἡμῖν). Dentre as ações que são ἐφ ̓ ἡμῖν, o desejo parece possuir uma relevância específica, uma vez que condiciona os demais âmbitos de ação. Além disso, outro aspecto psicológico importante para a compreensão da filosofia epictetiana é a sua concepção de προαίρεσις, dada a identificação desta com o “eu”.