Abstract
No artigo “O vegetarianismo como obrigação ética” (Crítica, 10 de Setembro de 2015), Moutinho defende que o vegetarianismo é uma obrigação moral. Fá-lo argumentando por duas vias: que o estatuto moral dos animais é incompatível com serem usados pelos humanos para alimentação; e que o vegetarianismo é consequência do nosso dever em preservar o equilíbrio ecológico do planeta. O meu objectivo neste artigo é mostrar que os argumentos apresentados são insuficientes para estabelecer o vegetarianismo como obrigação moral.