Abstract
Se propone un examen crítico de la última obra de J.-L. Marion titulada, dedicada a la unión de alma y cuerpo, y cuya tesis principal es: los problemas que esta unión suscita confunden dos términos, cuerpo y mi cuerpo. Esta confusión lleva a que se apliquen al primero categorías propias del segundo. Se examinan las "paradojas ónticas" que mi cuerpo (la carne) inaugura (a); se despeja la tesis de dos interpretaciones de las meditaciones primera y sexta (b); se discute la "excepción a la metafísica" instaurada por el conocimiento de mi cuerpo (c); se arriesga, siguiendo una indicación del autor, la apertura a una dimensión ética que exige examinar ya no la unión de cuerpo y alma, sino la unión por el amor a un semejante y a la comunidad de semejantes (d).
The article carries out a critical examination of J.-L. Marion's latest work, "Sur la pensée passive de Descartes", whose main thesis is that the problems posed by the union of body and soul confuse two terms: body and my body. This confusion leads to the application to the former of categories inherent to the latter. The paper examines the "ontic paradoxes" that my body (the flesh) gives rise to (a); it clarifies the thesis of two interpretations of the First and Sixth Meditations (b); it discusses the "exception to metaphysics" established by the knowledge of my body (c); and, following an indication by the author, it proposes an opening to the ethical dimension, which demands an examination of the union, through love, with a fellow human being and with the community of human beings, rather than of the union of body and soul (d).
Neste artigo, propõe-se um exame crítico da última obra de J.-L. Marion, intitulada "Sur la pensée passive de Descartes", dedicada à união de alma e corpo, e cuja tese principal é: os problemas que essa união suscita confundem dois termos, corpo e meu corpo. Essa confusão leva a que se apliquem ao primeiro categorias próprias do segundo. Examinam-se os "paradoxos ônticos" que meu corpo (a carne) inaugura; a tese de duas interpretações das medita ccedil;ões primeira e sexta é esclarecida; arrisca-se, seguindo uma indicação do autor, a abertura a uma dimensão ética que exige examinar já não a união de corpo e alma, mas sim a união pelo amor a um semelhante e à comunidade de semelhantes