Abstract
Este texto propõe uma distinção fundamental entre o estruturalismo francês clássico e o estruturalismo metafísico, apresentando este último como uma reformulação metafísica e radical da ideia de estrutura. Enquanto o estruturalismo francês permaneceu no plano epistêmico, analítico e imanente aos sistemas simbólicos e linguísticos, o estruturalismo metafísico reivindica a estrutura como princípio estável, anterior e condicionante de toda possibilidade de relação, linguagem e existência. Sustenta-se que a estrutura não é apenas um arranjo de elementos diferenciais, mas a própria realidade do Ser, que se manifesta como ordenamento relacional autoimanente, processual e não-redutível a qualquer instância empírica. Ao substituir a noção substancialista de Ser por uma concepção estrutural auto-organizante e autossuficiente, o estruturalismo metafísico se consolida como uma einailogia/ontologia de fundamento relacional, coerente e universal, capaz de integrar e superar as limitações internas do estruturalismo tradicional.