A filosofia de Ludwig Wittgenstein à luz do diagnóstico de autismo

Campina Grande: Eduepb (2023)
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Abstract

Em 27 de janeiro de 1937, o filósofo Ludwig Wittgenstein (1889-1951) anotou em seu diário, enquanto viajava para Skjolden, um vilarejo norueguês à beira do fiorde Sogne, onde havia construído em 1913 uma cabana para viver isolado: “Certamente sou singular em muitas coisas & por isso, muitas pessoas se comportam de maneira comum quando comparadas comigo; mas em que consiste minha singularidade?” De acordo com psiquiatras contemporâneos como Michael Fitzgerald, Christopher Gillberg e Yoshiki Ishisaka, a singularidade de Wittgenstein decorria de ele ter autismo. Considerando-se o diagnóstico póstumo feito por esses especialistas em transtorno do espectro autista, este livro tem dois objetivos básicos: (1) detalhar como se refletem na obra de Wittgenstein tanto as suas particularidades comportamentais quanto as suas dificuldades cognitivas, inclusive aquelas relacionadas à linguagem, e (2) mostrar que Wittgenstein “dissolveu” em sua segunda filosofia, especialmente nas Investigações filosóficas, problemas que não são problemas para ninguém valendo-se de conhecimentos linguísticos e filosóficos básicos acumulados no Ocidente desde a Grécia Antiga que ele havia ignorado no Tractatus logico-philosophicus, livro de sua primeira filosofia.

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