Abstract
Perfazendo a primeira filosofia existencial trágica, a doutrina de Schopenhauer atribui a origem do caráter simultaneamente trágico, absurdo e doloroso da existência ao querer viver, implicando um pessimismo que impõe à felicidade uma condição negativa, à medida que o sofrimento emerge como o fundamento de toda a vida, constituindo-se o prazer estético uma possibilidade quanto à superação da dor e do tédio, conforme assinala o artigo cujo trabalho mostra a correlação envolvendo a perspectiva da metafísica da vontade e o pensamento de Nietzsche que, detendo-se no niilismo como um acontecimento que expressa a negação da vida e converge para a sua própria superação, sobrepõe ao dualismo metafísico o princípio da unidade-múltipla através da construção da sua metafisica de artista, que supõe um movimento da consciência ética para o pathos artístico.