Abstract
Este artigo busca adentrar pelas questões relacionadas à biopolítica do corpo,
sobretudo, daquelas ligadas à estatização do biológico e do racismo do Estado,
que aparecem nos trabalhos de Michel Foucault e que aqui evocamos para
analisar o corpo enquanto objeto discursivo analisável dessa biopolítica em
duas produções francesas de horror, - Frontière(s) e em À l’interieur – que
exibem imagens dos tumultos de Outubro de 2005, acontecimento marcado
pelos protestos contra a política de perseguição aos sans-papiers que vitimou
três jovens de origem africana. É a partir daí que retomaremos a discussão do
“quem somos nós”, em Foucault, para refletir sobre o sujeito, a menoridade e a
liberdade na estatização do corpo, um lugar da memória nacional.