ABSTRACT:Organismal superposition holds that the same individual both is and is not an organism, as a consequence of organismal pluralism. When coupled with the assumption that death is the cessation of an organism, this entails that there is no unique answer as to whether brain death is biological death. This essay argues that concerns about organismal pluralism and superposition do not undermine a theory of biological death, nor entail any metaphysical indeterminacy about the biological vital status of a brain-dead individual.

Within the Computer Science community, many ethical issues have emerged as significant and critical concerns. Computer ethics is an academic field in its own right and there are unique ethical issues associated with information technology. It encompasses a range of issues and concerns including privacy and agency around personal information, Artificial Intelligence and pervasive technology, the Internet of Things and surveillance applications. As computing technology impacts society at an ever growing pace, there are growing calls for more computer ethics content (...) to be included in Computer Science curricula. In this paper we present the results of a survey that polled faculty from Computer Science and related disciplines about teaching practices for computer ethics at their institutions. The survey was completed by respondents from 61 universities across 23 European countries. Participants were surveyed on whether or not computer ethics is taught to Computer Science students at each institution, the reasons why computer ethics is or is not taught, how computer ethics is taught, the background of staff who teach computer ethics and the scope of computer ethics curricula. This paper presents and discusses the results of the survey. (shrink)

In May 2010, philosophers, family and friends gathered at the University of Notre Dame to celebrate the career and retirement of Alvin Plantinga, widely recognized as one of the world's leading figures in metaphysics, epistemology, and the philosophy of religion. Plantinga has earned particular respect within the community of Christian philosophers for the pivotal role that he played in the recent renewal and development of philosophy of religion and philosophical theology. Each of the essays in this volume engages with some (...) particular aspect of Plantinga's views on metaphysics, epistemology, or philosophy of religion. Contributors include Michael Bergman, Ernest Sosa, Trenton Merricks, Richard Otte, Peter VanInwagen, Thomas P. Flint, Eleonore Stump, Dean Zimmerman and Nicholas Wolterstorff. The volume also includes responses to each essay by Bas van Fraassen, Stephen Wykstra, David VanderLaan, Robin Collins, Raymond VanArragon, E. J. Coffman, Thomas Crisp, and Donald Smith. (shrink)

This is a review of Foundations of Indirect Discrimination Law. Edited by Hugh Collins and Tarunabh Khaitan. [Oxford: Hart Publishing, 2018. x + 292 pp. Hardback £65.00. ISBN 978-15-09912-54-4.] Foundations of Indirect Discrimination Law. Edited by Hugh Collins and Tarunabh Khaitan. [Oxford: Hart Publishing, 2018. x + 292 pp. Hardback £65.00. ISBN 978-15-09912-54-4.].

Michael Crichton‟s latest novel Next (2006) is his third about genomics. Yet, whereas Jurassic Park (and its sequel The lost world) contained stories about sequencing, reconstructing and revivifying the genomes of (extinct) animals, Next analyses the impact of genomics in the biomedical sphere: its consequences for human life (health, labour, sexuality, family life). Gene patenting, and the philosophy of genetic determinism that inspired and legitimised this practice, is at the root of most of the soap-like absurdities Crichton stages in (...) his novel. (shrink)

This paper offers a qualified defense of a historically popular view that I call sentimental perceptualism. At a first pass, sentimental perceptualism says that emotions play a role in grounding evaluative knowledge analogous to the role perceptions play in grounding empirical knowledge. Recently, András Szigeti and Michael Brady have independently developed an important set of objections to this theory. The objections have a common structure: they begin by conceding that emotions have some important epistemic role to play, but then (...) go on to argue that understanding how emotions play that role means that there must be some alternative, emotion-independent route to obtaining knowledge of value. If there has to be such an emotion-independent route, then the perceptual analogy breaks down in a significant way. In this paper, I argue that the right ways for sentimental perceptualists to respond to each of these objections are revealed by thinking through how analogous objections applied to perception and the empirical domain would be answered. Although Szigeti's and Brady's objections should not persuade sentimental perceptualists to give up their view, the objections do put important constraints on what a form of the view has to be like in order to do exciting metaethical work. (shrink)

A commonly held view is that a central aim of metaphysics is to give a fundamental account of reality which refers only to the fundamental entities. But a puzzle arises. It is at least a working hypothesis for those pursuing the aim that, first, there must be fundamental entities. But, second, it also seems possible that the world has no foundation, with each entity depending on others. These two claims are inconsistent with the widely held third claim that the fundamental (...) just is the foundational. It is tempting to resolve the puzzle by rejecting the first or second claim, perhaps because it is obscure how the third claim might plausibly be challenged. But I develop a new analysis of fundamentality which challenges the third claim by allowing for an entity to be fundamental without being foundational. The analysis, roughly, is that an entity is fundamental just in case not all facts about it are grounded in facts about other entities. The possibility of fundamentality without foundations not only provides for a novel resolution to the puzzle, but has applications to some live debates: for example, it undermines Jonathan Schaffer's modal argument for priority monism. (shrink)

SOCIOLOGIA: TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS E POLÍTICAS -/- SOCIOLOGY: SOCIAL AND POLITICAL TRANSFORMATIONS -/- Emanuel Isaque Cordeiro da Silva – IFPE-BJ, CAP-UFPE e UFRPE - [email protected] e [email protected] e WhatsApp:(82)98143-8399 -/- -/- 1. PREMISSA -/- Muitas foram as transformações sociais e políticas vividas em nossa sociedade. Algumas foram violentas e transformaram radicalmente as sociedades. Outras levaram à independência do jugo colonial ou neocolonial. Há também aquelas que brotaram de acordos entre classes dominantes ou que se constituíram movimentos liderados pela burguesia ascendente. -/- (...) Merecem destaque aquelas que eclodiram no século XX, consideradas populares por terem registrado significativa participação do povo nos países onde ocorreram. -/- 2. TRANSFORMAÇÕES LENTAS E GRADUAIS -/- As transformações em algumas sociedades foram lentas e graduais, permeadas por acordos, conciliações, reformas. Em alguns momentos houve até atos violentos, coordenados por quem estava no poder e sempre em acordo com as novas classes dominantes e os grupos mais poderosos dos momentos históricos precedentes. -/- São exemplos desse tipo de mudança social o que aconteceu na Inglaterra, no Japão e na Alemanha. -/- A Revolução Inglesa foi um movimento em que uma parcela dos senhores de terras e comerciantes se insurgiu contra o poder absoluto do rei e de seus associados (principalmente a nobreza e o clero, que nada produziam). Iniciada em 1642, tinha como objetivo limitar e condicionar esse poder a determinadas funções, impedindo o controle do comércio e da indústria e a criação de impostos pelo rei sem autorização do Parlamento. Após prolongado conflito civil, as forças políticas que lutavam contra o absolutismo derrubaram a monarquia, em 1649, e proclamaram a república. Esse movimento tornou possível a eliminação dos últimos laços que prendiam os ingleses a uma sociedade feudal. -/- A monarquia foi restaurada em 1660, mas o rei e os nobres perderam os poderes anteriores. O Parlamento havia adquirido força política e dividia o poder com a monarquia. Era o grande passo para que o mercantilismo se expandisse e, como consequência, o processo de industrialização se desenvolvesse a partir do século seguinte. O fundamental nesse processo foi a implantação de uma série de direitos que hoje são considerados universais. Mas foi um movimento em um único país e alterou substancialmente a situação apenas em uma sociedade. Só posteriormente teve repercussão maior. -/- A Inglaterra pode ser considerada o paradigma das transformações lentas e graduais mesmo tendo passado por algumas revoltas e irrupções políticas, uma vez que conseguiu manter a monarquia e também um sistema político e jurídico estável por muito tempo. -/- Pode-se dizer que a Revolução Inglesa é resultado de um acordo entre as várias classes dominantes existentes. Constituiu-se, assim, uma integração cultural em torno da ideia de nacionalidade. -/- Na Alemanha e no Japão também aconteceram mudanças políticas decorrentes de um pacto social entre as classes dominantes: os grandes proprietários de terras e a burguesia industrial e comercial emergente. Mesmo com as características próprias de cada país, o que houve foram alterações políticas e econômicas necessárias para o desenvolvimento de sociedades industriais modernas. Apesar de mudanças significativas nos processos e nas relações de produção, houve poucas alterações na estrutura do Estado e os detentores do poder político continuaram os mesmos. Assim, os proprietários da terra não perderam sua fonte de poder e continuaram conduzindo de forma compartilhada com a nova burguesia os destinos do Estado nacional. -/- No Japão, o período entre o início do século XVII até a segunda metade do século XIX (1600-1868) foi marcado por um governo autoritário assentado sobre a grande propriedade rural feudal. Esse período ficou conhecido como Era Xogunato Tokugawa, família que tinha apoio dos famosos guerreiros samurais. A chamada Revolução ou Restauração Meiji refere-se ao período de renovações políticas, religiosas e sociais profundas que ocorreram no Japão entre 1868 e 1900. É também chamado de “Renovação”, já que transformou o Império japonês num estado-nação moderno, o que levou o país a entrar na corrida imperialista do século XIX, principalmente na Ásia, tendo como fundamento o domínio econômico e o expansionismo militar. Essa reforma propriamente dita, apesar de ter assistido a revoltas e batalhas, não resultou na abolição das relações de produção no campo nem na derrubada da monarquia absoluta. Nesse contexto é que os antigos samurais e a pequena nobreza, composta de classes instruídas e já comandantes da burocracia estatal e de parte do exército, passam a ser uma força significativa no Estado japonês. Pode-se dizer, portanto, que houve uma “revolução conservadora” ou apenas uma conciliação de interesses e objetivos que visava manter os mesmos grupos e classes no comando das ações do Estado. Somente depois do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) é que se iniciou no Japão a reforma agrária, o que alterou profundamente a estrutura de propriedade da terra. -/- Na Alemanha, as mudanças passaram pelo processo de unificação de muitas unidades políticas, territoriais e culturais. A Alemanha de hoje é fruto de vários movimentos militares, políticos e culturais. Entre 1860 e 1871, foram incorporados novos territórios, demonstrando a força dos exércitos da Prússia – antigo Estado que fazia parte da então Alemanha pré-unificação –, concomitante à ideia de um inimigo externo e comum a todos que desejavam a unificação. Como consequência dessas necessidades, perpetrou-se guerra contra a Dinamarca, depois contra a Áustria e, finalmente, contra a França, em 1870, o que concorreu para o aumento do território. -/- Com a vitória na Guerra Franco-Prussiana, em 1870, a Prússia conseguiu unificar a Alemanha. O rei Guilherme I foi coroado kaiser (imperador) da Alemanha e considerado o líder máximo do país. Mas, mesmo quando o Império alemão se constituiu como tal, ainda existiam 22 estruturas políticas e territoriais diferenciadas, como principados, ducados, grão -ducados, grandes reinos (como os da Baviera e da Prússia) e até cidades livres (como Bremen e Hamburgo). -/- Apenas depois de 1870 foram possíveis a unificação nacional e a transformação da Alemanha em um país industrializado e desenvolvido, uma vez que, além das questões militares, houve outras ações urgentes para que a união se efetivasse. Otto von Bismarck – chefe de governo que estava à frente do processo de unificação alemã e uma das figuras mais proeminentes da política europeia do século XIX – desenvolveu um intenso projeto educacional que incluía um programa curricular unificado, no qual a língua alemã era obrigatória. Além disso, passaram a ser produzidas histórias da nação germânica atreladas a uma formação religiosa protestante única, cujo objetivo era unir a língua, a história e a religião e identificá-las com o povo alemão, rejeitando a diversidade e postulando a falsa ideia de uma unidade alemã indissolúvel e harmônica. -/- Assim, o pacto político orquestrado no interior dos Estados nacionais alemão e japonês aprofundou os laços políticos entre os grandes proprietários de terras e a burguesia, excluindo os operários e os camponeses do direito pleno à democracia e à cidadania, bem como ao acesso à terra. A burguesia não tinha poder para fazer a transformação, e os grandes proprietários não tinham como manter as coisas como estavam. Esse processo de modernização conservadora conduziu esses países à formação de uma sociedade industrial modernizada, mas cuja estrutura política se manteve conservadora. -/- 3. REVOLUÇÕES E MOVIMENTOS ANTICOLONIAIS -/- O rompimento com os laços coloniais também configura um conjunto de movimentos em prol de mudanças sociais. Mais do que isso: como resultado de profundas conscientizações políticas por parte de populações historicamente exploradas e segregadas, esses movimentos anticoloniais estabelecem de modo bastante peculiar um novo patamar para o conceito de revolução. -/- 3.1 Revoluções no continente americano pela independência -/- A Revolução Americana, ocorrida em 1776, caracterizou-se como uma luta contra o colonialismo inglês. O movimento teve grande repercussão, principalmente nos países da América Latina, pois provocou o rompimento dos laços coloniais. Teve influência significativa também por pregar a liberdade individual como um dos pilares da sociedade que se formara na América do Norte. -/- O Boston Tea Party foi um protesto de colonos ingleses considerado fundamental para a deflagração da Revolução Americana, o movimento de independência dos Estados Unidos. -/- Na América do Sul, Simón Bolívar foi sumamente decisivo para a conquista da independência da Venezuela, proclamada em 1811, mas só consumada com a tomada de Caracas e outras regiões de importância estratégica que permaneciam até 1821 sob domínio da coroa espanhola. -/- A maioria dos países da América Latina e do Caribe, seguindo o exemplo do que havia acontecido nos Estados Unidos e sob influência da Revolução Francesa, iniciou as lutas pela independência no início do século XIX, cujos desdobramentos se estenderam até 1820, aproximadamente. Foram necessárias muitas batalhas para que a Espanha aceitasse os termos de independência desses países. Após a emancipação, os países se organizaram politicamente na forma de repúblicas, abolindo a escravidão e o trabalho servil. -/- O Brasil, antiga colônia portuguesa, foi o único país que manteve a monarquia e a escravidão. Com o fim dos laços coloniais, os países que obtiveram a liberdade política assumiram uma nova forma de dependência econômica, agora em relação à Inglaterra, posto que o interesse do capitalismo britânico era conseguir manter o fornecimento de matérias-primas e ampliar o consumo de seus produtos manufaturados em território latino-americano. -/- 3.2 Independência das colônias no século XX -/- A segunda fase do processo de descolonização desenvolveu-se no contexto do neocolonialismo, após a Segunda Guerra Mundial e até a última parte do século XX. Os palcos principais foram a África e a Ásia. -/- O continente africano, no final do século XIX, tinha sido loteado pelos países europeus (com exceção de Portugal, que possuía colônias desde o século XVI), que buscavam matérias-primas para o desenvolvimento de suas indústrias e ampliação do mercado consumidor para os seus produtos manufaturados. Assim, a maior parte das estruturas políticas tribais foi sendo gradativamente destruída, bem como as formas de vida e de produção existentes. -/- Após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, muitos povos africanos se organizaram e passaram a lutar por sua independência, criando, assim, uma série de novos países. -/- A independência, no entanto, não significou autonomia, uma vez que os novos países surgidos após a descolonização enfrentaram problemas para promover o desenvolvimento econômico e social. As heranças deixadas pelos colonizadores, representadas tanto por uma economia sempre dependente do exterior, exportadora de matéria-prima e importadora de gêneros de primeira necessidade quanto pelo baixo nível educacional e técnico da população, impediram os projetos de desenvolvimento e provocaram a continuidade da dependência através do endividamento, mantendo esses países subordinados aos interesses das antigas metrópoles. -/- Na Ásia, alguns países obtiveram sua independência mediante lutas ou acordos com as potências colonizadoras. Aqueles que foram invadidos durante a Segunda Guerra Mundial pelo Japão aproveitaram, depois da derrota nipônica em 1945, para iniciar ou retomar os vários movimentos pela independência. Do mesmo modo, o Vietnã, o Laos e o Camboja se tornaram independentes da França, e a Indonésia, da Holanda. Em alguns casos, houve acordo, como a Malásia e Cingapura, que conseguiram a independência da Inglaterra nos anos de 1957 e 1965, respectivamente. -/- O caso da Índia – emblemático – reúne movimentos por independência e acordos com o país colonizador. A presença dos ingleses na Índia data do século XVII e foi se ampliando com o tempo. A dominação foi facilitada pela inexistência de um governo centralizado e também pela diversidade religiosa e de castas, o que não contribuía para uma visão de unidade nacional. -/- Em 1920, logo após o término da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), surgiram movimentos pela independência, os quais, ao final da Segunda Guerra, quando o declínio do poder econômico e militar da Inglaterra ficou evidente, foram muito bem -sucedidos em suas lutas. Assim, a dominação na Índia não pôde ser mantida e em 1947 os ingleses reconheceram a independência indiana, que, em função das rivalidades religiosas, deu origem à União Indiana, com maioria hinduísta, e à Liga Muçulmana, com maioria islâmica, que veio a constituir o Paquistão (Ocidental e Oriental). O Ceilão, de maioria budista, tornava-se também independente, passando a ilha a se denominar Sri-Lanka. Posteriormente, o Paquistão Oriental se tornou o atual Bangladesh. -/- 4. REVOLUÇÕES RADICAIS E POPULARES -/- Muitas foram as revoluções radicais e populares. Aqui será abordada apenas a Revolução Francesa. -/- 4.1 Revolução Francesa -/- A Revolução Francesa eclodiu em 1789 como um movimento contrário ao poder monárquico e aos resquícios do feudalismo na França. Foi exemplo para a luta em várias nações do mundo ocidental contra os regimes absolutistas e pela eliminação da monarquia, uma vez que essas formas e sistemas de governo significavam opressão à maioria da população. -/- Além disso, com a revolução foi alterada profundamente a estrutura da propriedade rural, eliminando entraves para o desenvolvimento de uma nova sociedade. Entretanto, o fato mais importante foi que os revolucionários lutaram em nome das pessoas (apesar de não incluir as mulheres), e não só dos franceses, o que transformou o movimento em paradigma das revoluções posteriores. -/- 5. REVOLUÇÕES POLÍTICAS NO SÉCULO XX -/- No século XX ocorreram várias experiências revolucionárias. Entretanto, foram poucas as que envolveram os mais explorados e, portanto, a maioria da sociedade. Duas delas serão aqui tratadas. -/- 5.1 Revolução Mexicana -/- A Revolução Mexicana começou em 1910 e foi uma resposta dos explorados no campo e nas cidades a uma situação insustentável de desigualdade e de exploração. Havia no México uma grande desigualdade social: 1% da população possuía 97% das terras, o que gerava uma situação de exploração e miséria muito grande. -/- Três grandes grupos, representando classes sociais diferentes, participaram do movimento: o dos camponeses, que eram a maioria (seus líderes mais conhecidos foram Pancho Villa no norte e Emiliano Zapata no sul); o dos trabalhadores urbanos organizados em torno da Casa del Obrero Mundial (COM), de orientação inicialmente anarquista; e o da burguesia urbana e rural, liderada por Francisco Madero. Os camponeses exigiam o fim da concentração e a redistribuição das terras. A burguesia dissidente exigia que fossem definidas regras claras sobre as eleições para que se implantasse uma democracia de tipo liberal. Os trabalhadores urbanos, por sua vez, que não tinham nenhum direito nem liberdade de expressão e reunião, exigiam direitos garantidos pela Constituição. -/- O movimento estendeu-se até 1917, quando foi promulgada uma nova Constituição para o México. Várias reivindicações dos camponeses foram atendidas, mas todas sob o controle do Estado. Grandes propriedades, principalmente as da Igreja, foram expropriadas e repartidas. Possibilitou-se a manutenção das terras comunais na forma de cooperativas, mas a reforma agrária (divisão dos latifúndios) propriamente dita não foi realizada e a restituição das terras usurpadas não se efetivou. Assim, os camponeses pouco tiveram a comemorar. -/- Aos trabalhadores urbanos garantiu-se uma série de novos direitos, como jornada máxima de oito horas e a regulamentação do trabalho das mulheres e de menores, do trabalho noturno, do repouso semanal, das férias e das horas extras. Além disso, foram regulamentados a liberdade de organização sindical e o direito à greve, entre outros direitos. -/- A burguesia industrial, os banqueiros, os grandes comerciantes e proprietários de terras, em nome da “revolução mexicana”, constituíram o Partido Revolucionário Institucional (PRI), que se manteve no poder de 1929 até 2000. -/- 5.2 Revolução Russa -/- Enquanto os mexicanos conquistavam sua Constituição, na Rússia a sociedade fervilhava. A maior parte dos russos, tanto no campo como na cidade, vivia em condições precárias e, desde 1905, lutava pela construção de uma nova ordem social. -/- A Revolução Russa de 1917 começou com a derrubada do czar, em fevereiro, e culminou com a tomada do poder pelos bolcheviques, liderados por Vladimir Ilitch Ulianov, o Lênin, e por Leon Trotsky, em outubro. O movimento teve como base os trabalhadores urbanos e os soldados. -/- Os revolucionários organizavam-se em conselhos populares que expressavam a proposta de uma sociedade que se orientasse pela vontade da maioria. Esses conselhos populares eram chamados de sovietes e constituíram o fato mais inovador da revolução. -/- Após a tomada do poder, com a constituição de uma nova estrutura estatal, os sovietes perderam pouco a pouco sua força. O termo, no entanto, ficou gravado no nome da unidade política e nacional formada em consequência da revolução: República Soviética. -/- A situação na Rússia, que era terrível por causa da Primeira Guerra Mundial, tornou-se ainda pior no período de afirmação da revolução. Mesmo assim, a propriedade privada foi extinta e procurou-se alterar a estrutura estatal e de serviços, como a educação, a saúde, o transporte ferroviário e o sistema bancário. A grande dificuldade foi mudar a estrutura da propriedade rural, que ainda era medieval, e a condição dos camponeses, precária em todos os sentidos. Assim, foi necessário primeiro privatizar a terra para depois torná-la coletiva. Isso foi possível com a concentração do poder pelo Partido Comunista e pelo Estado. -/- Em 1922 foi criada a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), formada por 12 repúblicas, todas sob o comando político e militar da República Soviética Russa. Depois da Segunda Guerra Mundial, mais três repúblicas foram incorporadas à URSS. -/- Em 1924, com a morte de Lênin, Josef Stálin assumiu o comando da URSS e aprofundou a concentração do poder no Partido Comunista e no Estado, eliminando a oposição. A partir de então, uma revolução que nascera com o propósito de transformar o sistema anterior e garantir a liberdade para todos gerou uma sociedade que teve parte dos problemas econômicos resolvidos, mas à custa da submissão a um Estado autoritário que oprimiu a maioria da população. -/- A União Soviética desmoronou na década de 1980, tendo seu fim assinalado pela queda do Muro de Berlim, em 1989. Deixou oficialmente de existir em dezembro de 1991. -/- Além da experiência russa, outras revoluções populares de orientação socialista ocorreram no século XX. Podemos citar alguns exemplos: na China, em 1949, a revolução liderada por Mao Tsé-Tung; em Cuba, em 1959, o movimento revolucionário encabeçado por Fidel Castro e Che Guevara; no Vietnã, de 1945 a 1954, o movimento liderado por Ho Chi Minh. -/- 5.3 Um breve balanço -/- Como se pode perceber, uma coisa é o início de uma revolução, com seus propósitos transformadores; outra é a situação pós-revolucionária ou a institucionalização da revolução, em que o momento inicial de tomada do poder e alteração das estruturas políticas, econômicas e sociais precisa ser deixado para trás. É necessário, então, criar novas instituições ou reformular as antigas para que a revolução possa se desenvolver. -/- Com o passar dos anos, a liderança muda, e as situações interna e externa se modificam; aparecem interesses novos e são necessárias novas ações, que podem gerar maior emancipação ou não. -/- Algumas revoluções, como a do México, são populares, mas depois do momento inicial as demandas da maioria do povo são deixadas de lado e, em nome delas, há uma reorganização das classes dominantes para continuar no poder. -/- Os exemplos analisados aqui são de sociedades que alteraram sua estrutura e seu modo de vida, mas avançaram pouco no processo de liberdade e emancipação. Pode-se afirmar, então, que não são parâmetros para futuras mudanças, embora devam ser vistos como repletos de lições da história, da vida e dos rumos sempre otimistas e de esperança num mundo melhor. -/- 6. E O QUE VEM PELA FRENTE? -/- A transformação radical de uma sociedade – revolução – está sempre ligada à superação de um sistema por outro, havendo um movimento popular ou uma classe social oprimida organizada para ir à frente e derrubar o antigo regime. -/- Na sociedade capitalista, segundo Marx, a classe social oprimida é o proletariado. Depois das muitas revoluções que ocorreram no mundo, há a possibilidade de a classe proletária, ou trabalhadora, organizar-se para derrubar o sistema capitalista? Há condições objetivas (crise do sistema, organização, poder, armas) e subjetivas (consciência social, aliança entre os diversos segmentos dos explorados) para que isso ocorra? Não se pode negar a existência de algumas dessas condições, principalmente nos países periféricos do sistema capitalista, mas, com as sociedades submetidas a forte esquema de massificação, torna-se cada dia mais difícil acontecer um movimento revolucionário nos moldes da Revolução Russa. -/- Hoje, em todos os meios de comunicação, ouvimos declarações de que estamos vivendo em uma “nova” sociedade, em uma “era pós-moderna”, em uma “sociedade pós-burguesa”, em uma “sociedade pós-industrial” etc. Com isso, afirma-se que está se estruturando uma nova organização social, completamente diferente da anterior. -/- Ora, na sociedade atual estão sendo levadas ao limite as potencialidades da modernidade estabelecida pela Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX, sem mudanças nas estruturas de poder e na economia; mas há indícios de que uma transformação esteja ocorrendo. Em que direção? As respostas a essa questão são divergentes. -/- É possível perceber que a ideia de uma revolução violenta, com a tomada do poder do Estado para desenvolver uma nova sociedade, está cada dia mais distante da realidade. Parece remota, também, a ideia de uma mudança significativa mediante ações lentas e graduais por parte das instituições políticas, pois estas estão muito amarradas às estruturas de poder existentes. Diante de uma possibilidade de mudança, a força da reação normalmente é muito grande e pode aniquilar qualquer tentativa de resistência. Além disso, devido à crise na democracia representativa, as pessoas já não acreditam que seus representantes possam tomar medidas que alterem profundamente a sociedade. -/- Então não há alternativa? Parece difícil, porque a capacidade de cooptação por parte dos poderes vigentes é muito grande. Mas a consciência da desigualdade e do sofrimento que isso acarreta não é apagada ou silenciada e se expressa em manifestações populares e revoltas pontuais em várias partes do mundo. -/- 6.1 Mobilizações e mudanças no século XXI -/- Para pensar um pouco mais sobre as possibilidades de mudança social, é urgente atentar para o que está acontecendo no mundo. Se é verdade que a simples ideia de mudanças lentas e constantes, em termos políticos, não avança para uma grande transformação da vida em sociedade, é também verdadeiro que os sintomas da inquietude que se alastram pelo mundo contemporâneo permitem observar a gestação de novas realidades no curso do processo histórico. -/- O filósofo italiano Antônio Negri (1933-) e o filósofo estadunidense Michael Hardt (1960-) destacaram ao menos três características que podem multiplicar os sintomas da inquietude social: -/- • o nascimento de um grupo composto de novos e jovens sujeitos políticos, conectados com o mundo e inconformados com os limites e a mediocridade de sua vida cotidiana nas periferias das metrópoles, que já não aceitam a condição de subordinação e, para abandoná-la, estão dispostos a sacudir o status quo; -/- • o cultivo de um projeto emancipador por esses jovens sujeitos políticos: eles querem organizar a produção e a distribuição de riquezas horizontalmente e em rede – sem os limites das hierarquias e da mercantilização atuais; -/- • a prática de uma nova democracia, ainda em construção, numa época em que a representação tradicional está se tornando cada vez mais obsoleta e desprestigiada. -/- Exemplos de inquietude social foram as Jornadas de Junho de 2013, quando as ruas do Brasil foram tomadas por insubmissas e plurais personagens. O mesmo aconteceu durante a ocupação, pelos estudantes, das escolas públicas paulistas, em 2015 e 2016, contrários às políticas do governo estadual. -/- Conforme o sociólogo espanhol Manuel Castells (1942-), em termos tecnológicos, econômicos e culturais já há um longo caminho percorrido e muitas transformações efetivadas. De acordo com ele, o período atual é um tempo de eclosão de uma nova era em termos políticos e institucionais. -/- É crucial que se estabeleça um alerta para as possíveis reações contrárias às mudanças sociais e políticas, posto que as forças conservadoras são robustas e poderosas e não desejam mudanças que possam ameaçar seus privilégios. É do confronto entre as correntes progressistas e conservadoras, no entanto, que poderá emergir uma nova era que seja constituída de saltos qualitativos na vida coletiva ou, então, que faça prevalecer o ritmo obscuro e perigoso do retrocesso histórico, rumo a um tempo que não garanta a existência de direitos, em que gritos não são ouvidos e em que as utopias não se alimentam. -/- REFERENCIAL TEÓRICO -/- ALMOND, M.; BATISTA, G. O livro de ouro das revoluções. 2ª ed. Nova Iorque: Harper Collins, 2018. -/- ARRUDA, J. J. de A. A Revolução Inglesa. Vol. 82. 1ª ed. São Paulo: brasiliense, 1984. Col. Tudo é História. -/- COTRIM, G. História global. Vol. Único. 11ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016. -/- FUKASAWA, M.; ISI, M.; IRIMAJIRI, Y. Cultura japonesa 7: a era Meiji. Vol. 7. 1ª ed. São Paulo: Nikkey Shimbun, 2018. -/- SILVA, A. et al. Sociologia em movimento. Vol. Único. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2016. -/- VÁRIOS AUTORES. O livro da Sociologia. Trad. Rafael Longo. 1ª ed. São Paulo: Globo, 2015. -/- -/- Todos os direitos reservados para Emanuel Isaque Cordeiro da Silva © 2019 -/- Estimule a criatividade, respeite o direito autoral. -/- EICdaS, Belo Jardim, Pernambuco, 2019. (shrink)

I argue that, given evidence of the factors that tend to distort our intuitions, ethical intuitionists should disown a wide range of common moral intuitions, and that they should typically give preference to abstract, formal intuitions over more substantive ethical intuitions. In place of the common sense morality with which intuitionism has traditionally allied, the suggested approach may lead to a highly revisionary normative ethics.

I defend the 'Repugnant' Conclusion that for any possible population of happy people, a population containing a sufficient number of people with lives barely worth living would be better. Four lines of argument converge on this conclusion, and the conclusion has a simple, natural theoretical explanation. The opposition to the Repugnant Conclusion rests on a bare appeal to intuition. This intuition is open to charges of being influenced by multiple distorting factors. Several theories of population ethics have been devised to (...) avoid the Repugnant Conclusion, but each generates even more counterintuitive consequences. The intuition opposing the Repugnant Conclusion is thus among the best candidates for an intuition that should be revised. (shrink)

In this paper, I propose a new way of defining sport that I call a ‘core-periphery’ model. According to a core-periphery model, sport comes in degrees – what I refer to as ‘sport-likeness’ – and the aim of the philosopher of sport is to chart those dimensions along which an activity can be more or less a sport. By introducing the concept of sport-likeness, the core-periphery model complicates the picture of what is or is not a sport and encourages philosophers (...) interested in defining sport to engage with the social sciences in exploring the extension of the term sport in common usage. In this paper I present the results of a small survey about attitudes to sport, and use it to illustrate how a core-periphery definition of sport would proceed. (shrink)

This paper concerns a distinction between circumstantial truths that hold because of the circumstances and acircumstantial truths that hold regardless of, or transcend, the circumstances. Previous discussions of the distinction tended to focus on its applications, such as to modality, logical truth, and essence. This paper focuses on developing the distinction largely, but not entirely, in abstraction from its potential applications. As such, the paper’s main contribution is to further clarify the distinction itself. An indirect contribution is to help guide (...) its future applications. (shrink)

This paper contains a critical examination of the prospects for analyses of knowledge that weaken the factivity condition such that knowledge implies approximate truth.

In this paper I argue for the usefulness of the concept of ‘movement compression’ for understanding sport and games, and particularly the differences between traditional sport and eSport (as currently practised). I suggest that movement compression allows us to distinguish between different activities in terms of how movement quality (in the sense of the qualities the movement possesses, rather than that the movement is of ‘high quality’) affects outcome. While it applies widely, this concept can in particular help us to (...) understand the persistent idea that eSports are in some key way distinct from traditional sports. (shrink)

Time may be infinite in both directions. If it is, then, if persons could live at most once in all of time, the probability that you would be alive now would be zero. But if persons can live more than once, the probability that you would be alive now would be nonzero. Since you are alive now, with certainty, either the past is finite, or persons can live more than once.

In this paper, I examine two major challenges to epistemic theories of democracy: “the authority dilemma” and “the epistemic gamble.” The first is a conceptual challenge, suggesting that epistemic democracy is inherently self-undermining. The second is a normative challenge, asserting that the case for democracy should not rely on precarious epistemic grounds. I argue that both challenges fail. Thus, epistemic theories of democracy escape two of the most popular objections to this view.

The social world contains institutions, groups, objects, and more. This essay explores a puzzle about the essences of social items. There is widespread consensus against social essences because of problematic presuppositions often made about them. But it is argued that essence can be freed from these presuppositions and their problems. Even so, a puzzle still arises. In a Platonic spirit, essences in general seem detached from the world. In an Aristotelian spirit, social essences in particular seem embedded in the world. (...) The puzzle is that these inclinations are individually plausible but jointly incompatible. The essay has four aims: to clarify and refine the puzzle; to explore the puzzle's implications for essence in general and for social essences in particular; to illustrate the fruitfulness of the general distinction between detached and embedded; and to develop this distinction to sketch a novel solution to the puzzle. (shrink)

A striking feature of political discourse is how prone we are to disagree. Political opponents will even give different answers to factual questions, which suggests that opposing parties cannot agree on facts any more than they can on values. This impression is widespread and supported by survey data. I will argue, however, that the extent and depth of political disagreement is largely overstated. Many political disagreements are merely illusory. This claim has several important upshots. I will explore the implications of (...) this idea for theories about voter misinformation, motivated reasoning, public reason liberalism, deliberative democracy, and a number of other issues. (shrink)

Past research has found that the value of a person's activities can affect observers' judgments about whether that person is experiencing certain emotions (e.g., people consider morally good agents happier than morally bad agents). One proposed explanation for this effect is that emotion attributions are influenced by judgments about fittingness (whether the emotion is merited). Another hypothesis is that emotion attributions are influenced by judgments about the agent's true self (whether the emotion reflects how the agent feels “deep down”). We (...) tested these hypotheses in six studies. After finding that people think a wide range of emotions can be fitting and reflect a person's true self (Study 1), we tested the predictions of these two hypotheses for attributions of happiness, love, sadness, and hatred. We manipulated the emotions' fittingness (Studies 2a-b and 4) and whether the emotions reflected an agent's true self (Studies 3 and 5), measuring emotion attributions as well as fittingness judgments and true self judgments. The fittingness manipulation only impacted emotion attributions in the cases where it also impacted true self judgments, whereas the true self manipulation impacted emotion attribution in all cases, including those where it did not impact fittingness judgments. These results cast serious doubt on the fittingness hypothesis and offer some support for the true self hypothesis, which could be developed further in future work. -/- . (shrink)

In this paper I argue that philosophers of sport should avoid value-laden definitions of sport; that is, they should avoid building into the definition of sport that they are inherently worthwhile activities. Sports may very well often be worthwhile as a contingent matter, but this should not be taken to be a core feature included in the definition of sport. I start by outlining what I call the ‘legitimacy-conferring’ element of the category ‘sport’. I then argue that we ought not (...) to include such a dimension in our definition of sport, on the grounds that it confuses issues of description with issues of definition: the issue of what sport does with what sport is. Following this, I consider a Wittgensteinian family resemblance approach to defining sport; Kevin Schieman’s argument that sports are necessarily good games; and the oft-cited wide-following and institutional criteria, as arguments for including an evaluative dimension in the definition of sport. I conclude that none succeed, for similar reasons: they either fail to track our common sense intuitions about what does or does not count as a sport; and/or they make it impossible for us to ever describe something a ‘bad’ sport (or instance of sport). Just as a good definition of, say, art, shouldn’t make it impossible for us to describe something as ‘bad art’, I argue that our definition of sport shouldn’t build in a necessarily positive evaluation. I conclude by discussing some of the practical reasons why supporters of activities about which there is currently debate as to their status as sports might want to see those activities included under the sports umbrella, but suggest that this on its own isn’t a good reason for modifying a philosophical definition of sport to include them. (shrink)

Skeptical hypotheses such as the brain-in-a-vat hypothesis provide extremely poor explanations for our sensory experiences. Because these scenarios accommodate virtually any possible set of evidence, the probability of any given set of evidence on the skeptical scenario is near zero; hence, on Bayesian grounds, the scenario is not well supported by the evidence. By contrast, serious theories make reasonably specific predictions about the evidence and are then well supported when these predictions are satisfied.

Raimo Tuomela’s most important contribution to the philosophy of collective intentionality was his development of the notion of the we-mode. In my chapter I extend the notion of we-mode to that of role-mode, the mode in which individual and collective subjects feel, think and act as occupants of roles within groups and institutional structures. I focus on how being in role-mode is manifest in the minds of subjects and on the following points. First, I argue that both we-mode and role-mode (...) are best thought of as further modifications of I-consciousness, respectively we-consciousness. Second, role-mode is further characterized by the fact that subjects will take positions as role occupants that they won’t take as mere individuals, or we-mode group members, or in other roles. Third, such divergences are only possible against a background of agreements between positions taken in different modes. Fourth, such divergences are also grounded in decision making procedures and the accessibility and admissibility of sources of evidence. Fifth, role-mode goes all the way down, that is, it is also manifest in how subjects feel, move and comport themselves when they occupy their roles. To put it into fashionable jargon, it is embodied and enacted. (shrink)

Religious fictionalism is the theory that it is morally and intellectually legitimate to affirm religious sentences and to engage in public and private religious practices, without believing the content of religious claims. This article discusses the main features of fictionalism, contrasts hermeneutic, and revolutionary kinds of fictionalism and explores possible historical and recent examples of religious fictionalism. Such examples are found in recent theories of faith, pragmatic approaches to religion, and mystical traditions in religious theology.

Frege argued for the force-content distinction not only by appealing to the logical and fictional contexts which are most closely associated with the “Frege point", but also based on the fact that an affirmative answer to a yes-no question constitutes an assertion. Supposedly this is only intelligible if the question contains a forceless thought or proposition which an affirmative answer then asserts. Against this I argue that this fact more readily supports the view that questions operate on assertions and other (...) forceful acts themselves. Force is neither added to propositions as on the traditional view, nor is it cancelled as has recently been proposed. Rather higher-level acts such as questioning, but also e.g. conditionalizing, embed and present assertoric or directive acts that are forceful and committal, while suspending commitment to them. The Frege point confounds different varieties of force and the question whether something is merely presented for consideration with the question what is so presented. Force is representational: through assertoric and directive force indicators subjects non-conceptually present positions of theoretical or practical knowledge, while interrogative acts indicate positions of wondering which strive for such knowledge. (shrink)

This paper discusses Raimo Tuomela's we-mode account in his recent book "Social Ontology: Collective Intentionality and Group Agents" and develops the idea that mode should be thought of as representational. I argue that in any posture – intentional state or speech act – we do not merely represent a state of affairs as what we believe, or intend etc. – as the received view of 'propositional attitudes' has it –, but our position relative to that state of affairs and thus (...) ourselves. That is, we represent the subject through what I call "subject mode" and its position through what I call "position mode". I argue that the key to understanding collective intentionality is to understand how we represent others as co-subjects of positions rather than as their objects. This is shown on various levels of collective intentionality. On the non-conceptual level of joint attention we experience others as co-subjects who we attend with rather than to and who we are at least also disposed to act jointly with. On the conceptual level of the we-mode we represent others as co-subjects of positions of knowledge, intention, belief and shared values. Organizations and thus group agents in Tuomela's sense I propose to understand in terms of what I call "role mode", that is, in terms of the positions individuals and groups take as occupants of certain roles, for example, as committee members, or as chancellor of Germany. I try to show how this account, while very much in the spirit of Tuomela's, can avoid his fictionalism about group agents and some other problems of his account, while steering between the Scylla of excessive individualism and the Charybdis of extreme collectivism. (shrink)

Grief is our emotional response to the deaths of intimates, and so like many other emotional conditions, it can be appraised in terms of its rationality. A philosophical account of grief's rationality should satisfy a contingency constraint, wherein grief is neither intrinsically rational nor intrinsically irrational. Here I provide an account of grief and its rationality that satisfies this constraint, while also being faithful to the phenomenology of grief experience. I begin by arguing against the best known account of grief's (...) rationality, Gustafson's strategic or forward-looking account, according to which the practical rationality of grief depends on the internal coherence of the component attitudes that explain the behaviors caused by grief, and more exactly, on how these attitudes enable the individual to realize states of affairs that she desires. While I do not deny that episodes of grief can be appraised in terms of their strategic rationality, I deny that strategic rationality is the essential or fundamental basis on which grief's rationality should be appraised. In contrast, the heart of grief's rationality is backward-looking. That is, what primarily makes an episode of grief rational qua grief is the fittingness of the attitudes individuals take toward the experience of a lost relationship, attitudes which in turn generate the desires and behaviors that constitute bereavement. Grief thus derives its essential rationality from the objects it responds to, not from the attitudes causally downstream from that response, and is necessarily irrational when the behaviors that constitute an individual's grieving are inappropriate to the object of that grief. So while the strategic rationality of an episode of grief contributes to whether it is on the whole rational, no episode of grief can be rational unless the actions that constitute grieving accurately gauge the change in a person's normative situation wrought by the loss of her relationship with the deceased. (shrink)

In this paper I want to introduce and defend what I call the "subject mode account" of collective intentionality. I propose to understand collectives from joint attention dyads over small informal groups of various types to organizations, institutions and political entities such as nation states, in terms of their self-awareness. On the subject mode account, the self-consciousness of such collectives is constitutive for their being. More precisely, their self-representation as subjects of joint theoretical and practical positions towards the world – (...) rather than as objects of such positions – makes them what they are. Members of such collectives represent each other as co-subjects of such positions and thus represent the world from the point of view of the collective. (shrink)

Standard accounts of counterfactuals with metaphysically impossible antecedents take them to by trivially true. But recent work shows that nontrivial countermetaphysicals are frequently appealed to in scientific modeling and are indispensable for a number of metaphysical projects. I focus on three recent discussions of counterpossible counterfactuals, which apply counterpossibles in both scientific and metaphysical modeling. I show that a sufficiently developed modal counterpart theory can provide a semantics for a wide range of counterpossibles without any inconsistent possibilities or other forms (...) of impossible worlds. But such a view faces problems: in order for the metaphysical views I discuss to bear weight, there must be a significant difference between the metaphysical possibilities and impossibilities. I will show how the counterpart-theoretic view delineates the possible from impossible, while still making room for the impossible. (shrink)

The transparency approach to introspection has received much attention over the last few decades. It is inspired by some wellknown remarks from Gareth Evans (1982). Although this approach can seem quite plausible as applied to belief (and perhaps perception), philosophers tend to be sceptical that it can succeed for other mental kinds. This paper focuses on desire. It lays out in detail a transparency theory of desire introspection and addresses various concerns and objections to such a theory. The paper takes (...) as its launching point Alex Byrne's (2018) influential work on transparency. (shrink)

According to rational will views of paternalism, the wrongmaking feature of paternalism is that paternalists disregard or fail to respect the rational will of the paternalized, in effect substituting their own presumably superior judgments about what ends the paternalized ought to pursue or how they ought to pursue them. Here I defend a version of the rational will view appealing to three rational powers that constitute rational agency, which I call recognition, discrimination, and satisfaction. By appealing to these powers, my (...) version of the rational will view can rank the wrongfulness of paternalistic acts in terms of the extent to which such acts (a) amount to supplanting the paternalized individual’s identity as a rational agent with that of the paternalist, and (b) the degree of mistrust the paternalistic act shows in the paternalized individual’s rational agency. My rational powers account thus provides a more complete account of why paternalism is a powerful, but not decisive or absolute, objection to an act or policy. My rational powers account also provides powerful explanations of why rational suasion deflects charges of paternalism; why consenting to intercessions in one’s rational agency negates paternalism; why we ordinarily believe that strong paternalism is more objectionable than weak paternalism; and why we ordinarily believe that hard paternalism is more objectionable than soft paternalism. (shrink)

The ‘Big 3’ theories of well-being—hedonism, desire-satisfactionism, and objective list theory—attempt to explain why certain things are good for people by appealing to prudentially good-making properties. But they don’t attempt to explain why the properties they advert to make something good for a person. Perfectionism, the view that well-being consists in nature-fulfilment, is often considered a competitor to these views (or else a version of the objective list theory). However, I argue that perfectionism is best understood as explaining why certain (...) properties are prudentially good-making. This version of perfectionism is compatible with each of the Big 3, and, I argue, quite attractive. (shrink)

According to phenomenalism, physical things are a certain kind of possibility for experience. This paper clarifies the phenomenalist position and addresses some main objections to it, with the aim of showing that phenomenalism is a live option that merits a place alongside dualism and materialism in contemporary metaphysical debate.

What explains the outcomes of chance processes? We claim that their setups do. Chances, we think, mediate these explanations of outcome by setup but do not feature in them. Facts about chances do feature in explanations of a different kind: higher-order explanations, which explain how and why setups explain their outcomes. In this paper, we elucidate this 'mediator view' of chancy explanation and defend it from a series of objections. We then show how it changes the playing field in four (...) metaphysical disputes concerning chance. First, it makes it more plausible that even low chances can have explanatory power. Second, it undercuts a circularity objection against reductionist theories of chance. Third, it redirects the debate about a prominent argument against epistemic theories of chance. Finally, it sheds light on potential chancy explanations of the Universe's origin. (shrink)

This paper is a response to Baumann's comments on "Can Knowledge Really be Non-fative?" In this paper Baumann's suggestions for how those who deny the factivty of knowledge might deal with the argument from inconsistency and explosion are addressed.

This paper shows how the availability heuristic can be used to justify inference to the best explanation in such a way that van Fraassen's infamous "best of a bad lot" objection can be adroitly avoided. With this end in mind, a dynamic and contextual version of the erotetic model of explanation sufficient to ground this response is presented and defended.

There may be a limit on our capacity to suppress anthropocentric tendencies toward non-human others. Normally, we do not reach this limit in our dealings with animals, the environment, etc. Thus, continued striving to overcome anthropocentrism when confronted with these non-human others may be justified. Anticipation of super artificial intelligence may force us to face this limit, denying us the ability to free ourselves completely of anthropocentrism. This could be for our own good.

The justificatory force of empirical reasoning always depends upon the existence of some synthetic, a priori justification. The reasoner must begin with justified, substantive constraints on both the prior probability of the conclusion and certain conditional probabilities; otherwise, all possible degrees of belief in the conclusion are left open given the premises. Such constraints cannot in general be empirically justified, on pain of infinite regress. Nor does subjective Bayesianism offer a way out for the empiricist. Despite often-cited convergence theorems, subjective (...) Bayesians cannot hold that any empirical hypothesis is ever objectively justified in the relevant sense. Rationalism is thus the only alternative to an implausible skepticism. (shrink)

Speedrunning is a kind of ‘metagame’ involving video games. Though it does not yet have the kind of profile of multiplayer e-sports, speedrunning is fast approaching e-sports in popularity. Aside from audience numbers, however, from the perspective of the philosophy of sport and games, speedrunning is particularly interesting. To the casual player or viewer, speedrunning appears to be a highly irreverent, even pointless, way of playing games, particularly due to the incorporation of “glitches”. For many outside the speedrunning community, the (...) use of glitches appears to be cheating. For speedrunners, however, glitches are entirely within the bounds of acceptability. Because of this, however, speedrunning frequently involves sidestepping what are typically taken to be the core challenges of the game. By examining the distinction between the use of glitches and cheating in speedrunning, we can gain a greater understanding of the unique ethos of this activity; that is, we can make sense of what fundamentally constitutes speedrunning as a metagame. I argue that by understanding the code of the game not as rules but as physics, and by examining what actions are deemed impermissible by the speedrunning community – such as hardware modification and hacking – we can see that the ethos of speedrunning has three components: constitutive skills (including dexterity, memorisation and mental fortitude); a collective, fine-grained knowledge of the game and the desire to subvert the intentions of the programmers. Each of these components limits and structures the earlier ones: collective knowledge takes priority over constitutive skills, and subversion takes priority over both. These three components form the ethos that structures speedrunning as a metagame, expressing what speedrunners take to be its central aim. (shrink)

In this paper I outline the PAIR account of joint attention as a perceptual-practical, affectively charged intentional relation. I argue that to explain joint attention we need to leave the received understanding of propositions and propositional attitudes and the picture of content connected to it behind and embrace the notions of subject mode and position mode content. I also explore the relation between joint attention and communication.

My thesis is that social constructionists should embrace minimalist race. By this I mean they should accept the minimalist concept of race and the existence of minimalist races. They are likely to reject this suggestion because they are antirealists about biological race. But their antirealism about biological race is based on their identification of the biological concept of race with the racialist concept of race. The minimalist concept of race is free of the invidious features that make the racialist concept (...) objectionable. It represents race as ancestry marked by patterns of visible physical differences. The reasons social constructionists have to reject the racialist concept of race do not extend to the minimalist concept of race. Social constructionists should accept that minimalist races exist, because it is overwhelmingly plausible that such races exist. Furthermore, they need minimalist races to account for the biological correlate of social race and to secure the biological materials the project of social construction requires. (shrink)

Knowledge ascriptions of the form ‘S knows that p’ are a central area of research in philosophy. But why do humans think and talk about knowledge? What are knowledge ascriptions for? This article surveys a variety of proposals about the role of knowledge ascriptions and attempts to provide a unified account of these seemingly distinct views.

Are we being manipulated online? If so, is being manipulated by online technologies and algorithmic systems notably different from human forms of manipulation? And what is under threat exactly when people are manipulated online? This volume provides philosophical and conceptual depth to debates in digital ethics about online manipulation. The contributions explore the ramifications of our increasingly consequential interactions with online technologies such as online recommender systems, social media, user-friendly design, micro-targeting, default-settings, gamification, and real-time profiling. The authors in this (...) volume address four broad and interconnected themes: • What is the conceptual nature of online manipulation? And how, methodologically, should the concept be defined? • Does online manipulation threaten autonomy, freedom, and meaning in life, and if so, how? • What are the epistemic, affective, and political harms and risks associated with online manipulation? • What are legal and regulatory perspectives on online manipulation? The Philosophy of Online Manipulation brings these various considerations together to offer philosophically robust answers to critical questions concerning our online interactions with one another and with autonomous systems. It will be of interest to researchers and advanced students working in moral philosophy, digital ethics, philosophy of technology, and the ethics of manipulation. (shrink)

In this paper I criticize theory-biased and overly individualist approaches to understanding others and introduce the PAIR account of joint attention as a pragmatic, affectively charged intentional relation. I argue that this relation obtains in virtue of intentional contents in the minds of the co-attenders, and – against the received understanding of intentional states as propositional attitudes – that we should recognize what I call “subject mode” and “position mode” intentional content. Based on findings from developmental psychology, I propose that (...) subject mode content represents the co-attenders as co-subjects, who are like them and who are at least disposed to act jointly with them. I conclude by arguing that in joint attention we experience and understand affective, actional and perceptual relations at a non-conceptual level prior to the differentiation of mind and body. (shrink)

The physicalist credo is that the world is physical. But some phenomena, such as minds, morals, and mathematics, appear to be nonphysical. While an uncompromising physicalism would reject these, a conciliatory physicalism needn’t if it can account for them in terms of an underlying physical basis. Any such account must refer to the nonphysical. But won’t this unavoidable reference to the nonphysical conflict with the physicalist credo? This essay aims to clarify this problem and introduce a novel solution that relies (...) on a distinction between “circumstantial” facts that are based in the circumstances and “acircumstantial” facts that are not. This is used in two ways. First, physicalism is restricted to circumstantial facts: only they must have a physical basis that does not refer to the nonphysical. Second, facts accounting for the nonphysical are not restricted to the circumstantial: they may refer to the nonphysical if they are acircumstantial. Facts about how the physical accounts for the nonphysical therefore do not conflict with the physicalist’s credo. This provides a credible answer to what physicalism could be. (shrink)

This chapter will discuss the relation of physicalism to social ontology, and explores problems that social ontology raises for physicalism. Physicalism is often understood to be the view that all facts—the social ones included—are physical facts, or at least are exhaustively determined by physical facts. While this view is widely endorsed, social phenomena challenge physicalism in several ways, both challenging the coherence of claims of physicalism and raising potential counterexamples.

Philosophers often claim that doing philosophy makes people better thinkers. But what evidence is there for this empirical claim? This paper reviews extant evidence and presents some novel findings. We discuss standardized testing scores, review research on Philosophy for Children and critical thinking skills among college students, and present new empirical findings. On average philosophers are better at logical reasoning, more reflective, and more open-minded than non-philosophers. However, there is an absence of evidence for the claim that studying philosophy led (...) to these differences. We present some preliminary and suggestive evidence that, although some of these differences may be attributable to philosophical training, others appear to be selection effects. The key takeaway is that more data are needed. We conclude by urging philosophers and interdisciplinary collaborators to gather more data to test the claim that studying philosophy makes people better thinkers. (shrink)

Etic theorizing uses the theorist’s social notions to theorize about their subject. This theorist may claim that Genghis Khan was a war criminal even though his actions predate the enactment of the Geneva Conventions. Brian Epstein considers a modal etic theorist who claims that Genghis Khan would have been a war criminal even if the Geneva Conventions were never enacted. Epstein argues that this has metaphysical import: it requires postulating a novel metaphysical notion of “anchoring”. Drawing from some familiar issues (...) in modal actualism, I argue that modal etic theorizing does not support this postulate. But it does suggest a distinctive kind of modality at work in social reality. (shrink)

This is an editorial introduction to a special issue of Acta Analytica on epistemic luck.

This paper argues that to account for group speech acts, we should adopt a representationalist account of mode / force. Individual and collective subjects do not only represent what they e.g. assert or order. By asserting or ordering they also indicate their theoretical or practical positions towards what they assert or order. The ‘Frege point’ cannot establish the received dichotomy of force and propositional content. On the contrary, only the representationalist account allows a satisfactory response to it. It also allows (...) us to give a more satisfactory analysis of the speech act of inviting a joint commitment and to answer two important questions Bernhard Schmid has raised about group speech acts, namely whether there are 1st person plural forms of Moore’s paradox and of 1st person authority. (shrink)

Awareness and concern about climate change are widespread. But rates of pro-environmental behaviour are low. This is partly due to the way in which pro-environmental behaviour is framed—as a sacrifice or burden that individuals bear for the planet and future generations. This framing elicits well-known cognitive biases, discouraging what we should be encouraging. We should abandon the self-sacrifice framing, and instead frame pro-environmental behaviour as intrinsically desirable. There is a large body of evidence that, around the world, people who are (...) living more environmentally lifestyles are happier than those not doing so. This is the message we should be spreading. (shrink)