HORMÔNIOS E SISTEMA ENDÓCRINO NA REPRODUÇÃO ANIMAL -/- OBJETIVO -/- As glândulas secretoras do corpo são estudadas pelo ramo da endocrinologia. O estudante de Veterinária e/ou Zootecnia que se preze, deverá entender os processos fisio-lógicos que interagem entre si para a estimulação das glândulas para a secreção de vários hormônios. -/- Os hormônios, dentro do animal, possuem inúmeras funções; sejam exercendo o papel sobre a nutrição, sobre a produção de leite e sobre a reprodução, os hormônios desempenham um primordial papel (...) quanto ao funcionamento do animal. -/- Nesse capítulo, o estudante identificará os hormônios relevantes para o controle reprodutivo, suas características e o uso clínico dos mesmos. -/- -/- INTRODUÇÃO -/- A endocrinologia é a ciência que se encarrega do estudo do sistema endócrino: um sistema de comunicação entre as células de um organismo; esse trabalho de comunicação é compartilhado com o sistema nervoso já que ambos sistemas possuem características distintas que lhes permite complementar-se para alcançar uma adequada coordenação das funções. Em algumas ocasiões o sistema nervoso e o sistema endócrino interagem direta-mente na transmissão de uma mensagem, pelo qual se conhece como sistema neuroendó-crino. -/- -/- OS HORMÔNIOS -/- A endocrinologia é a ciência que se encarrega do estudo dos hormônios e seus e-feitos. De maneira tradicional os hormônios são considerados como “substâncias secreta-das em direção a circulação pelas glândulas especializadas, e que exercem uma função sobre um órgão branco”. Essa definição, no entanto, é limitada e imprecisa. É necessário ser mais pontual, já que os hormônios não são produzidos em qualquer célula da glândula, senão nas células específicas. Por exemplo, o hormônio luteinizante (LH) é produzido pelos gonadotropos da adenohipófise e não por qualquer outro tipo de célula hipofisária. Da mesma maneira, falar de um “órgão branco” não é exato, já que os hormônios atuam somente nas células que tenham receptores específicos para esse hormônio, e não outras células do mesmo órgão; logo, falar de uma “célula branca” é mais apropriado que falar de um “órgão branco”. As células brancas do LH no testículo são as células de Leydig e as células brancas do hormônio folículo estimulante (FSH) no mesmo órgão são as células de Sertoli. -/- Mediante o supracitado, uma definição mais apropriada de hormônio é a seguinte: “Os hormônios são reguladores biológicos, produzidos e secretados em quantidades pe-quenas pelas células vivas, que depois de viajar pelo meio extracelular atuam sobre as cé-lulas brancas, onde exercem uma ação específica”. -/- É importante levar em conta que os hormônios somente regulam (estimulam ou inibem) funções que já existem na célula branca. Ademais, os hormônios são extraordina-riamente potentes, pelo qual se requerem quantidades muito pequenas para induzir uma resposta na célula. As concentrações circulantes da maioria dos hormônios estão na ordem de nanogramas (10-9 g) ou pictogramas (10-12 g) por mililitro. -/- Etimologicamente o termo “endócrino” significa “secretar em direção adentro”, já que os hormônios são secretados em direção ao interior do organismo (o sangue ou o espaço intracelular), em diferença das secreções exócrinas (em direção ao exterior), que são secretadas em direção a luz de um órgão, como o intestino no caso das enzimas pan-creáticas. -/- Algumas substâncias, sem deixar de ser hormônios, recebem uma classificação adicional em relação ao seu local de ação, ao tipo de células que lhes produzem, ou a al-guma outra característica. Agora, serão descritas algumas dessas características (figura 1). -/- -/- Parahormônio ou hormônio local -/- A maioria dos hormônios são transportados pela circulação desde seu local de se-creção até a célula branca. No entanto, alguns hormônios exercem seu efeito em células adjacentes aquelas que foram produzidos, ao qual não é necessário seu transporte através da circulação geral. Esse tipo de substâncias são chamadas de parahormônios ou hormô-nios locais, e sua liberação é denominada como secreção parácrina. Um exemplo é a pros-taglandina F2 alfa (PGF₂α), que é produzida no epitélio uterino (endométrio) e provoca as contrações nas células musculares do mesmo órgão (miométrio). Deve-se tomar em conta que a mesma substância poderia se comportar em outros casos como um hormônio clássico, atuando em um órgão distinto ao local de sua produção; é o caso da mesma PGF₂α de origem endometrial quando atua sobre as células do corpo lúteo do ovário, pro-vocando sua regressão. A classificação de uma substância como hormônio ou parahormô-nio não depende de sua estrutura química, senão da relação espacial existente entre a célu-la que o produz e a célula branca. -/- -/- Neurohormônio -/- A maioria dos hormônios são produzidos pelas células de origem epitelial, porém, muitos deles são produtos pelos neurônios, logo denominados como neurohormônios. To-dos os neurônios segregam alguma substância, porém tratam-se dos neurohormônios quando o neurônio que os produz despeja-os diretamente em direção a circulação geral, através da qual chegam aos órgãos para exercer seu efeito, sejam na indução, inibição ou estimulação do mesmo. -/- Esse processo é diferente dos neurotransmissores, os quais também são secretados por um neurônio, mas exercem seu efeito em uma célula adjacente com o qual o neurônio estabelece uma sinapse (neuroma com neurônio, neurônio com célula muscular, neurônio com célula glandular). A classificação de uma substância como hormônio ou como neuro-hormônio não depende de sua estrutura química, senão do tipo de célula que o produz. Uma mesma substância é um hormônio quando ele é produzido por uma célula epitelial e um neurohormônio se é produzido por um neurônio. A ocitocina, por exemplo, é secre-tada na neurohipófise por neurônios hipotalâmicos, nesse caso se trata de um neurohor-mônio, mas também é secretada por células do corpo lúteo dos ruminantes, e se trata nesse caso, de um hormônio. A distinção entre um neurohormônio e um hormônio é um neuro-transmissor, da mesma forma, não depende de sua estrutura química, e sim do local onde é secretado. Por exemplo, a dopamina atua como neurotransmissor quando se libera em sinapse da substância negra do mesencéfalo z mas atua como neurohormônio quando é liberada por neurônios hipotalâmicos em direção a circulação do eixo hipotálamo-hipofisário. -/- -/- Pré-hormônio -/- Em alguns casos, os hormônios são secretados em forma inativa (pré-hormônio), que requer uma transformação posterior para converter-se na forma ativa de hormônio. O angiotensinógeno circulante somente cobrará atividade biológica ao se transformar em angiotensina por ação da enzima renina. Algumas substâncias podem atuar como hormô-nios m alguns casos e como pré-hormônios em outros. A testosterona, por exemplo, atua como hormônio nas células musculares, aos quais possui um efeito anabólico direto. O certo é que para a testosterona induzir a masculinização dos órgãos genitais externos em um efeito macho é necessário que seja transformada previamente em 5α-di-hidrotes-tosterona pela enzima 5α-redutase presente nas células de tecido branco, por onde, nesse caso a testosterona é um pré-hormônio de di-hidrotestosterona. -/- -/- Feromônio -/- Os hormônios são mensagens químicas que comunicam a células distintas dentro do mesmo organismo, embora existam casos aos que requerem uma comunicação quími-ca entre organismos diferentes, em geral da mesma espécie. As substâncias empregadas para esse fim denominam-se feromônios. Essas substâncias devem possuir a capacidade de dispersão sobre o ambiente, pelo que nos organismos terrestres geralmente trata-se de substâncias voláteis, enquanto que os feromônios de organismos aquáticos geralmente são substâncias hidrossolúveis. Embora muitos feromônios possuam uma função sexual ou reprodutiva como é o caso de muitas espécies como a canina em que a fêmea em cio dispersa grandes quantidades de feromônios que são captados de longe pelos machos, todavia esse não é sempre o caso, e eles podem ser utilizados para outros tipos de comunicação, como é o caso dos feromônios utilizados pelas formigas para sinalização da rota em direção a fonte de alimentação. E como as abelhas no sentido de orientação da fonte de pólen até a colmeia. Muitos desses feromônios podem ser artificializados, isto é, elaborados pelo homem em laboratório para o estudo ou manipulação de algum animal. -/- -/- O SISTEMA ENDÓCRINO COMO UM SISTEMA DE COMUNICAÇÃO -/- O sistema endócrino é um sistema de comunicação que tem como objetivo coor-denar as funções das células de diferentes órgãos para mantença da homeostase do orga-nismo e promover seu desenvolvimento, crescimento e reprodução. Também ajuda os or-ganismos a adaptarem-se as mudanças de ambiente e ao habitat. O sistema endócrino representa um sistema de comunicação do tipo sem fio, diferentemente do sistema nervo-so que é um sistema de comunicação com fio. -/- Em todo o sistema de comunicação existe uma série de elementos que são necessá-rios para a realização da comunicação de forma efetiva. Esses elementos incluem o emis-sor, a mensagem, o sinal, o meio de transporte do sinal, o receptor, o efetor, a resposta e o feedback ou retroalimentação (figura 1). Todos os elementos são igualmente importan-tes e uma deficiência em qualquer deles pode interromper ou alterar a comunicação. -/- -/- Figura 1: componentes do sistema endócrino de comunicação. Fonte: ZARCO, 2018. -/- -/- Emissor ou transmissor -/- É o elemento responsável pela transmissão de uma mensagem; poderíamos com-pará-lo com a redação de notícias de um canal de televisão. Antes de decidir quais serão as notícias que serão transmitidas esse dia, em que ordem se apresentarão e que ênfase lhes darão, as pessoas da redação analisa rodas as informações disponíveis: provenientes de seus repórteres, de agências de notícias internacionais, publicada em jornais do dia, a existente na internet ou disponíveis através de redes sociais; isso significa que as mensa-gens transmitidas pelo emissor não são aleatórias, e sim respondem a uma análise respon-sável das necessidades de informação. -/- No sistema endócrino o emissor é a célula que produz e secreta um hormônio. Co-mo todo emissor responsável, a mesma célula analisa toda a informação relevante dispo-nível, tal como a concentração de diversos metabólitos no sangue, a concentração de ou-tros hormônios, e as mensagens que recebem por via nervosa, antes de decidir se secretará seu hormônio, em que quantidade o fará e com que frequência. Por essa razão, ao estudar o sistema endócrino não somente devemos conhecer a célula transmissora, e sim qual é a informação que a célula pode receber, e como a analisa e a prioriza para construir sua mensagem. -/- -/- Mensagem -/- É a informação transmitida pelo emissor. No caso de um sistema de notícias tele-visivas a mensagem é a notícia, por exemplo “Vaca dá a luz trigêmeos, um caso raro no Brasil”. No sistema endócrino a mensagem que se transmite é uma instrução para que em outra célula se realize determinadas ações. Por exemplo, os neurônios produtores de GnRH no hipotálamo de uma coelha, ao analisar as concentrações de estradiol circulantes e a informação nervosa procedente de neurônios sensoriais nós órgãos genitais da fêmea, podem “saber” que nos ovários existam folículos lisos para ovularem e que a coelha está copulando, pelo qual decidem transmitir a mensagem “Solicita-se os gonadotropos da adenohipófise a liberação de LH em quantidade suficiente para provocar a ovulação”. -/- -/- Sinal -/- É a forma a qual se codifica a mensagem para permitir sua difusão. No caso de um jornal, a mensagem (por exemplo a notícia da vaca que deu a luz trigêmeos) se codifi-ca em forma de ondas de rádio de uma determinada frequência, amplitude e intensidade; no caso do sistema endócrino a mensagem (a necessidade de realizar uma função celular) é codificada em forma de hormônio secretado em determinada quantidade, frequência e amplitude. Para o exemplo descrito supra, a mensagem se codifica na forma de uma grande elevação nas concentrações de GnRH no sangue do sistema porta hipotálamo-hipofisário. -/- É necessário tomar em conta que o emissor codifica a mensagem de forma tal que quando o receptor decifre o sinal obtenha a informação originalmente contida na mensa-gem. No entanto, o sinal pode ser interpretado de diferentes formas por receptores distintos, o que pode provocar respostas contrárias as esperadas. A notícia transmitida por um jornal de rádio, por exemplo, poderia estar codificada em forma de ondas de rádio que, casualmente, para o sistema eletrônico de um avião signifiquem “baixe a altitude e acelere”, razão pela qual é proibido utilizar aparelhos eletrônicos durante a decolagem e aterrissagem desses aparelhos. -/- Do mesmo modo, a mensagem codificada na forma de secreção de estradiol por parte dos ovários pode ser interpretado pelo sistema nervoso de uma ovelha como uma ordem para apresentar conduta de estro, pelas células do folículo ovariano como uma instrução para sofrer mitose e secretar o líquido folicular, pelos gonadotropos como uma ordem para a secreção de um pico pré-ovulatório de LH, e pelas células do endométrio como uma instrução para sintetizar receptores para a ocitocina. Dessa forma, o mesmo sinal (secreção de estradiol) pode conter diferentes mensagens para diferentes células do organismo. -/- Em alguns casos, pode-se apresentar uma resposta patológica devido as diversas formas de interpretação de uma mensagem, por exemplo, a repetição da secreção de adrenalina em um indivíduo estressado pode resultar no desenvolvimento de um proble-ma de hipertensão arterial. Por isso é necessário conhecer a maneira em que cada célula endócrina codifica suas mensagens, assim como a forma em que esses sinais podem ser interpretados em diferentes órgãos e tecidos, em diferentes momentos da vida do animal, em animais com diferentes antecedentes de espécies diferentes. -/- -/- Meio de transporte do sinal -/- O sinal tem que viajar ou difundir-se desde o emissor até o receptor, e em seu ca-minho pode ser modificado de diversas formas. Os sinais de rádio, por exemplo, viajam através da atmosfera e durante esse trajeto podem ser bloqueados por uma barreira física (como ocorre com as ondas de rádio AM em um túnel), ampliadas por uma estação repeti-dora, alteradas por um campo eletromagnético (uma aspiradora funcionando ao lado da sala de transmissão), entre outros. Da mesma forma, os sinais endócrinos que geralmente viajam no sangue, podem ser modificados ao longo do seu caminho. -/- A PGF₂α é inativada ao passar pelo pulmão, o angiotensinógeno é ativado pela re-nina na circulação, e a testosterona pode ser transformada em di-hidrotestosterona nas células da pele e na próstata, ou em estrógenos nos adipócitos e nos neurônios. Por tudo isso, o sinal que finalmente chega ao receptor pode ser diferente do transmitido pelo emissor. -/- Portanto, ao estudar qualquer sistema hormonal devemos conhecer as possíveis modificações que o hormônio pode sofrer desde o momento em que é secretado até que se uma ao seu receptor na célula branca. -/- -/- Receptor -/- É o elemento que recebe o sinal e interpreta a mensagem contida nele. No caso de um jornal de TV, o receptor é o canal correspondente (por exemplo o canal 2) em um aparelho de televisão. É importante ressaltar que um aparelho de TV possui muitos canais distintos, mas somente receberá mensagens se estiver ligado e sintonizado no canal que está transmitindo a mensagem de interesse. Ou seja, o receptor tem que estar ativo. -/- No caso das mensagens endócrinas os receptores são moléculas específicas nas células brancas. Essas moléculas são proteínas membranais ou citoplasmáticas (segundo o tipo de hormônio), que possui uma alta afinidade por seu hormônio, o que lhes permite registrar a mensagem apenas das baixíssimas concentrações em que os hormônios circu-lam. Os receptores possuem uma alta especificidade, o que significa que somente se unem a seu próprio hormônio, e não a outras substâncias. Em algumas ocasiões um receptor pode receber diversos hormônios do mesmo tipo; por exemplo o receptor de andrógenos pode unir testosterona, androstenediona, di-hidrotestosterona e diversos andrógenos sin-téticos. Apesar disso, cada um desses hormônios pode possuir uma afinidade diferente pelo receptor, pelo qual alguns serão mais potentes que outros para estimulação. -/- Em geral existe um número limitado de moléculas receptoras em cada célula, logo diz-se que os receptores são “saturáveis”, o qual significa que uma vez que todos sejam ocupados a célula não pode receber mais moléculas desse hormônio. Por essa razão a magnitude da resposta de um determinado hormônio vai aumentando conforme se aumen-tam suas concentrações, porém ao saturar-se os receptores alcançam um ponto em que a resposta já não aumenta embora sigam incrementando as concentrações hormonais já que os receptores não permanecem livres para unirem-se ao excesso de moléculas do hormô-nio. -/- As células, em contrapartida, podem regular tanto o número de receptores presen-tes como a afinidade destes por seu hormônio; isso significa que a magnitude da resposta antes um determinado sinal endócrino pode ser distinta em diferentes momentos da vida de um animal; depende do estado dos receptores presentes nos tecidos, pelo qual é impor-tante conhecer quais são os fatores que podem aumentar ou reduzir o número de recepto-res em uma célula, assim como aqueles que podem aumentar ou diminuir a afinidade des-ses receptores por seus hormônios. -/- -/- Efetor -/- É o elemento encarregado de responder a uma mensagem realizando uma ação, e é um elemento diferente do receptor. Vale ressaltar que no caso de uma transmissão de televisão o receptor é o aparelho sintonizado no canal de interesse, porém o efetor é o te-lespectador que está exposto as notícias. Esse telespectador sofrerá mudanças que podem resultar em uma ação. A mudança pode ser evidente (e auxiliar as vítimas de um desastre), ou simplesmente uma mudança potencial (ao se inteirar de uma notícia não se pode produ-zir nenhuma mudança aparente até que alguém lhe pergunte: já se interessou?, E nesse caso a resposta será: “sim” em lugar do “não”). Deve-se tomar em conta que o efetor pode estar ausente embora o receptor esteja presente (um televisor ligado em uma sala vazia). O efetor também pode estar inativado (o telespectador encontra-se dormindo); quando assim ocorre não irá produzir uma resposta embora o receptor esteja presente. -/- No sistema endócrino o efetor é, em geral, um sistema celular encarregado de rea-lizar uma determinada função. Na maioria dos casos trata-se de sistemas enzimáticos cuja função é estimulada pela união do hormônio ao seu receptor. Alguns hormônios, por exemplo, atuam através do sistema AMP cíclico (AMPc) logo, a união do hormônio ao seu receptor resulta na ativação de uma proteína chamada Proteína Gs, que ativa a enzima Adenil-ciclase (ou adenilato ciclase), a qual transforma ATP em AMPc. A presença de AMPc resulta na ativação de uma enzima cinese de proteínas que fosforiza outras enzi-mas, o que pode ativá-las ou inativá-las; nesses casos, é gerada uma cascata de eventos que resulta em uma mudança na atividade celular; por exemplo, a cadeia de eventos que produz-se em resposta ao AMPc quando a célula de Leydig do testículo é estimulada pela união do LH a seu receptor resulta na produção de testosterona, enquanto que a estimula-ção de um adipócito provocada pela união da adrenalina a seu receptor, que também atua através do sistema AMPc, resulta em uma série de eventos que provocam, finalmente, a liberação de ácidos graxos livres em direção a circulação. -/- Nos exemplos supra, o AMPc é considerado um mensageiro intracelular, já que o receptor capta o sinal (hormônio) no exterior da célula, o que resulta na produção de um novo sinal (mudança nas concentrações de AMPc) no interior da célula. Embora o sistema AMPc seja utilizado por muitos hormônios, não é um sistema universal; existem outros sistemas mensageiros intracelulares que também são utilizados para responder os hormô-nios que não entram nas células, por exemplo o sistema cálcio-calmodulina, ou os siste-mas baseados em receptores com atividade de cineses de tirosina. Nos casos que os hor-mônios possa atravessar livremente a membrana celular, como acontece com os hormôni-os esteroides, o hormônio se une a receptores presentes no citoplasma, que depois ingres-sam ao núcleo celular para intervir na regulação da transcrição do genoma. -/- De maneira independente ao mecanismo de ação de um determinado hormônio, sua presença finalmente desencadeará mudanças em um ou mais sistemas efetores da célula, o que permitirá que a mesma responda a mensagem que o emissor transmitiu originalmente. É evidente que para compreender a ação de qualquer hormônio é indispensável conhecer seu mecanismo de ação, o papel dos mensageiros intracelulares e as característi-cas dos sistemas efetores. Deve-se conhecer também quais são os fatores que afetam a transdução da mensagem já que uma célula pode regular seus sistemas efetores e dessa forma ter uma resposta maior, menor ou alterada ante a mesma mensagem. -/- -/- Resposta -/- Como mencionado, qualquer mensagem provoca uma resposta (embora somente seja potencial) sobre o efetor que a recebe. No sistema endócrino, as mensagens hormonais viajam constantemente pelo organismo e são captadas por todas as células que possuem receptores ativos para um determinado hormônio. Uma única célula pode ter receptores para diferentes hormônios, pelo qual pode estar recebendo diversas mensagens simultaneamente, e cada uma dessas mensagens pode afetar a resposta de outras mensagens. Por exemplo, a presença de progesterona pode alterar a resposta das células endometriais ao estradiol. Ademais, as células podem estar recebendo ao mesmo tempo uma informação não hormonal, como as concentrações de diversos metabólitos na circulação, ou a recebida pelo sistema nervoso. A célula analisa toda essa informação e com base nela decide se deve responder a mensagem hormonal que está recebendo como deve responder, com que intensidade e durante quanto tempo. A resposta final pode ser uma resposta física imediata (contração, secreção de um hormônio armazenado previa-mente), uma modificação bioquímica a curto prazo (síntese de um determinado hormônio ou outra substância), ou o início de uma série de mudanças que levam a uma mudança a longo prazo (divisão celular, diferenciação celular, crescimento, morte celular). -/- -/- Feedback ou retroalimentação -/- Quando em um sistema de comunicação se produz uma resposta, em muitos casos essa resposta engloba a geração de informação que vai retornar ao emissor, e que agora constituirá um ou mais dos elementos que o emissor tomará em conta antes de transmitir uma nova mensagem. Assim, se um jornal transmite uma mensagem “menina pobre necessita de doação de roupas”, a resposta de alguns efetores (telespectadores) que virão a doar roupas será conhecida pelo emissor, que assim saberá que já não será mais neces-sário voltar a transmitir a mensagem, o que o fará tomar a decisão de transmitir uma mensagem diferente como “menina pobre já não necessita de roupas, porém requer de ali-mentos para sua família”. Essa modificação da mensagem provocada pela resposta do efetor é conhecida como retroalimentação. -/- De forma análoga, no sistema endócrino a resposta da célula efetora geralmente é reconhecida pelo emissor, que em consequência modifica sua mensagem. Na maioria dos casos se produz uma retroalimentação negativa, que consiste em que a resposta do efetor provoca uma redução na intensidade da mensagem transmitida pelo emissor. Quando os gonadotropos de uma vaca secretam hormônio folículo estimulante (FSH), as células da granulosa de seus folículos ovarianos respondem realizando diversas funções, uma das quais é a secreção de inibina. A elevação nas concentrações circulantes de inibina é capta-da pelos gonadotropos, que logo sabem que o FSH já transmitiu sua mensagem, pelo que reduzem a secreção deste hormônio. A retroalimentação negativa é muito importante em qualquer sistema endócrino já que permite manter as concentrações hormonais dentro de limites aceitáveis. -/- A retroalimentação negativa pode ser de onda ultracurta, curta ou longa. A onda ultracurta é quando o hormônio produzido por uma célula pode inibir sua própria secre-ção. A retroalimentação negativa de onda curta é quando o hormônio produzido por uma célula pode inibir a de um órgão imediatamente superior na hierarquia (por exemplo, quando a progesterona produzida pelo corpo lúteo do ovário inibe a secreção de LH pelos gonadotropos da hipófise). O feedback negativo de onda longa sucede quando o hormônio produzido por uma célula inibe a uma célula de um órgão que está dois ou mais níveis por cima na escala hierárquica, por exemplo, quando a testosterona produzida pelas células de Leydig do testículo inibe diretamente os neurônios produtores de GnRH, saltando as células produtoras de LH e adenohipófise. -/- Existe também a retroalimentação positiva, da qual o primeiro hormônio estimula a secreção de um segundo hormônio, o que por sua vez estimula o primeiro, com o que se estabelece um círculo progressivo de estimulação. Um exemplo de retroalimentação positiva é a que se produz pouco antes da ovulação entre o LH hipofisário e o estradiol de origem folicular. Os dois hormônios se estimulam mutuamente até que alcancem níveis elevados de LH que provoca a ovulação. O círculo de feedback positivo termina quando o pico pré-ovulatório de LH mudanças sobre o folículo que incluem a perda da capacidade de produção de estrógenos. Todo o sistema de retroalimentação positiva deve ter um final abrupto sobre o qual se rompe o ciclo de estimulação mútua, já que não mais deverá ser produzida quantidades elevadas dos hormônios, até que todos os recursos do organismo sejam utilizados para esse fim. -/- -/- CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA DOS HORMÔNIOS -/- Do ponto de vista químico e sobre o estudo da Fisiologia da Reprodução Animal, existem quatro grupos principais de hormônios: polipeptídios, esteroides, aminas e prostaglandinas; dentro de cada grupo, por sua vez, existem mais grupos de inúmeros outros hormônios dispostos em subdivisões. -/- -/- Hormônios polipeptídios -/- Os polipeptídios são cadeias de aminoácidos. Quando uma dessas cadeias está constituída por poucos aminoácidos é denominada simplesmente de polipeptídios, mas quando uma cadeia de aminoácidos é longa e adquire uma configuração espacial de três dimensões o polipeptídio é denominado proteína (figura 2). Muitos neurohormônios hipo-talâmicos são polipeptídios, como o liberador de gonadotropinas (GnRH), constituído por 10 aminoácidos, o hormônio liberador de tirotropina (TRH), formado por 3 aminoácidos, o somatostatina, constituído por 14 aminoácidos, a ocitocina que é formada por 8 aminoá-cidos etc. O sistema nervoso central e a hipófise produzem peptídeos opioides. -/- Entre os hormônios polipeptídios que por seu tamanho são considerados proteínas encontramos a prolactina, o hormônio do crescimento, os lactogênios placentários, a relaxina, a insulina e fatores de crescimento parecidos com a insulina (IGFs). Existe outro grupo de hormônios polipeptídios classificados como glicoproteínas. Trata-se de proteí-nas que possuem carboidratos unidos a alguns de seus aminoácidos. -/- -/- Figura 2: classificação dos hormônios polipeptídios. Fonte: ZARCO, 2018. -/- -/- Há um grupo de hormônios glicoproteicos que constituem uma família de molécu-las similares entre si, dentro das quais estão o hormônio luteinizante (LH), o hormônio folículo estimulante (FSH), o hormônio estimulante da tireoide (TSH), a gonadotropina coriônica humana (hCG) e a gonadotropina coriônica equina (eCG); todos estão formados pela subunidade alfa que é idêntica para os hormônios de uma determinada espécie animal, e por uma subunidade beta específica para cada hormônio. As duas subunidades mantém-se unidas através de ligações dissulfeto. Deve-se mencionar que os carboidratos associados as glicoproteínas podem ser distintos em diferentes idades, épocas do ano ou estados fisiológicos; esse processo é conhecido como microheterogenicidade, e recente-mente têm-se dado grande importância a seu estudo, já que é reconhecido fatores tais como a vida média de um hormônio ou sua atividade biológica podem ser modificados de acordo com o tipo de carboidratos presentes na molécula. -/- Existe outra família de hormônios glicoproteicos, que incluem a inibina A, a B, e a activina A, AB e B. Todos os hormônios polipeptídios possuem algumas características comuns. Em primeiro lugar, trata-se de moléculas hidrossolúveis que não conseguem atravessar as membranas celulares pelo qual se unem a receptores transmembranais que flutuam sobre a parede externa da membrana da célula branca e requerem de um segundo mensageiro intracelular, como o cálcio ou o AMPc, para levar sua mensagem ao interior da célula. -/- Os hormônios desse grupo, não podem ser administrados por via dérmica, oral, retal ou intravaginal, já que não podem atravessar a pela ou as mucosas intestinais, retais ou vaginais. Os polipeptídios são digeridos no estômago, o que também impede sua admi-nistração oral. Outra característica que deve-se tomar em conta é que as proteínas (embora não os polipeptídios pequenos) podem se desnaturalizar por fatores como o calor (são termolábeis), a congelação, ou mudanças de pH m a desnaturalização consiste em uma mudança na forma natural da proteína, o que leva a perda de sua função. Por essa razão, ao trabalhar com hormônios proteicos devem-se tomar cuidados especiais durante seu manejo para evitar a exposição a fatores desnaturalizantes. -/- -/- Hormônios esteroides -/- São moléculas derivadas do colesterol; a célula esteroidogênica pode sintetizar o colesterol, obtê-lo de reservas intracelulares ou da circulação. Na célula esteroidogênica existem diversas enzimas que atuam sequencialmente sobre a molécula de colesterol, provocando mudanças sucessivas até obter o hormônio final que será secretado, ao qual dependerá das enzimas que estão presentes e ativas na célula. -/- Existem cinco grupos principais de hormônios esteroides; os progestágenos, os estrógenos, os glicocorticoides e os mineralocorticoides (figura 3). -/- Os progestágenos são hormônios que favorecem o desenvolvimento da gestação; seus efeitos incluem, entre outros, a estimulação da secreção endometrial de substâncias nutritivas para o embrião, a estimulação do desenvolvimento embrionário e placentário, a inibição das contrações uterinas, bem como fazer com que a cérvix fique fechada. O principal hormônio natural desse grupo é a progesterona, mas existem uma grande quantidade de progestágenos sintéticos utilizados na medicina veterinária, tais como o acetato fluorogestona (FGA), o acetato de melengestrol (MGA), o altrenogest e o norgestomet. -/- Os estrógenos são os hormônios femininos responsáveis, entre outras funções, dos sinais do estro ou receptividade sexual nas fêmeas. A maior parte de seus efeitos estão no alcance da fertilização do ovócito. Os estrógenos, além de estimular a conduta sexual feminina, favorecem, entre outras coisas, a abertura da cérvix para permitir a passagem do espermatozoide, e as contrações uterinas para impulsionar o sêmen em direção aos ovidutos. O principal estrógeno natural é o estradiol 17β, outros membros naturais do grupo são a estrona, a equilina e a equilenina, esses dois últimos presentes exclusivamente em éguas gestantes. Também existem numerosos estrógenos sintéticos, tais como o valerato de estradiol, o benzoato de estradiol e o cipionato de estradiol. -/- Os andrógenos são hormônios masculinos. Possuem uma grande quantidade de efeitos encaminhados a alcançar o êxito reprodutivo do macho, como estimular a conduta sexual, estimular a produção de espermatozoides e estimular as secreções das glândulas sexuais acessórias. O andrógeno principal é a testosterona, outros andrógenos naturais incluem a androstenediona e a di-hidrotestosterona. Existe também inúmeros andrógenos sintéticos. -/- Os glicocorticoides ou corticosteroides possuem funções principalmente metabó-licas e de adaptação ao estresse. O principal corticosteroide na maioria das espécies é o cortisol, enquanto que nos ratos e outros roedores é a corticosterona. Na reprodução, os corticosteroides desempenham um papel relevante, em particular durante o parto e a lac-tação. -/- Os mineralocorticoides, como a aldotestosterona, se encarregam da regulação do balanço de líquidos e eletrólitos no organismo. -/- -/- Figura 3: subgrupos dos hormônios esteroides. Fonte: ZARCO, 2018. -/- -/- Os hormônios esteroides como grupos são hidrossolúveis, pelo qual podem atra-vessar livremente as membranas celulares, por essa razão utilizam receptores intracelula-res que se encontram no citoplasma da célula branca; também pode-se administrar por via oral, pela pele, e através das mucosas retal ou vaginal. São moléculas termoestáveis e não são digeridas no estômago, embora algumas possas sofrer modificações na pH ácido, alterando sua função. -/- -/- Aminas -/- São moléculas derivadas de um aminoácido que se modifica pela ação de enzimas específicas. Existem dois tipos de hormônios aminas: as catecolaminas e as indolaminas (figura 4). As catecolaminas derivam do aminoácido tirosina, e incluem a dopamina, a a-drenalina e a noradrenalina. As indolaminas derivam-se do triptofano, e incluem a seroto-nina e a melatonina. -/- As aminas são moléculas hidrossolúveis que não podem atravessar as membranas celulares e portanto atuam através de receptores membranais e segundos mensageiros intracelulares. -/- -/- Figura 4: classificação dos hormônios peptídicos. Fonte: ZARCO, 2018. -/- -/- Prostaglandinas -/- São substâncias derivadas do ácido araquidônico. A principal fonte desse ácido graxo são os fosfolipídios da membrana celular, a partir dos quais se podem liberar o ácido araquidônico mediante a ação da enzima fosfolipase A2. O ácido araquidônico se transforma em prostaglandina H mediante a ação da enzima ciclo-oxigenase (ou sintetase de prostaglandinas), que mais adiante se transforma em diferentes prostaglandinas especí-ficas pela ação de diversas enzimas. O tipo de prostaglandina produzido por cada célula dependerá do complemento de enzimas presentes. -/- A prostaglandina mais importante na reprodução é a PGF2α, a qual é responsável pela destruição do corpo lúteo na maioria das espécies; também provoca contrações uteri-nas, pelo qual é importante para o parto, e o transporte dos espermatozoides e a involução uterina depois do parto. Na prática veterinária a PGF2α natural (dinoprosr) ou seus seme-lhantes sintéticos (cloprostenol, luprostiol etc.) são utilizados para a sincronização do ciclo estral, para a indução do parto e para tratar diversas patologias. Outra prostaglandina com algumas ações relacionadas com a reprodução é a prostaglandina E2 (PGE2). -/- As prostaglandinas são substâncias anfipáticas (com propriedades hidrossolúveis e lipossolúveis), pelo qual podem atravessar as membranas celulares. -/- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -/- AUSTIN, Colin Russell; SHORT, R. Reproduction in mammals. Cambridge, 1972. -/- BEARDEN, Henry Joe et al. Reproducción animal aplicada. México: Manual Moderno, 1982. -/- BECKER, Jill B. et al. (Ed.). Behavioral endocrinology. Mit Press, 2002. -/- BITTAR, Edward (Ed.). Reproductive endocrinology and biology. Elsevier, 1998. -/- BURNSTEIN, Kerry L. (Ed.). Steroid hormones and cell cycle regulation. Kluwer Academic Pub., 2002. -/- CUNNINGHAM, James. Tratado de fisiologia veterinária. Elsevier Health Sciences, 2011. -/- CUPPS, Perry T. (Ed.). Reproduction in domestic animals. Elsevier, 1991. -/- DUKES, Henry Hugh; SWENSON, Melvin J.; REECE, William O. Dukes fisiologia dos animais domésticos. Editora Guanabara Koogan, 1996. -/- FELDMAN, Edward C. et al. Canine and feline endocrinology-e-book. Elsevier health sciences, 2014. -/- FUSCO, Giuseppe; MINELLI, Alessandro. The Biology of Reproduction. Cambridge University Press, 2019. -/- GILBERT, Scott F. Biologia del desarrollo. Ed. Médica Panamericana, 2005. -/- GORE, Andrea C. 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Nova Jersey: John Wiley & Sons, 2011. -/- MELMED, Shlomo (Ed.). The pituitary. Londres: Academic press, 2010. -/- NORRIS, David O.; LOPEZ, Kristin H. (Ed.). Hormones and reproduction of vertebrates. Academic Press, 2010. -/- PARHAR, Ishwar S. (Ed.). Gonadotropin-releasing hormone: molecules and receptors. Elsevier, 2002. -/- PIMENTEL, C. A. Fisiologia e endocrinologia da reprodução da fêmea bovina. I Simpósio de Reprodução de Bovinos, Porto Alegre, RS, 2002. -/- PINEDA, Mauricio H. et al. McDonald's veterinary endocrinology and reproduction. Iowa state press, 2003. -/- RAMOS DUEÑAS, J. I. Endocrinología de la reproducción animal. 2018. -/- SALISBURY, Glenn Wade et al. Physiology of reproduction and artificial insemination of cattle. WH Freeman and Company., 1978. -/- SANDERS, Stephan. Endocrine and reproductive systems. Elsevier Health Sciences, 2003. -/- SORENSEN, Anton Marinus. Reproducción animal: principios y prácticas. México, 1982. -/- SQUIRES, E. James. Applied animal endocrinology. Cambridge: Cabi, 2010. -/- YEN, Samuel SC; JAFFE, Robert B.; BARBIERI, Robert L. Endocrinología de la Reproducción. Fisiología, fisiopatología y manejo clínico. Madrid: Ed. Médica Panamericana, 2001. -/- ZARCO, L. Endocrinología. In. PORTA, L. R.; MEDRANO, J. H. H. Fisiología reproductiva de los animales domésticos. Cidade do México: FMVZ-UNAM, 2018. (shrink)

Frans de Waal (1948-2024) transformed our understanding of primate cognition and social behavior, shaping the perspectives of scientists, philosophers, and the general public through his groundbreaking research and engaging popular books.

While more species are being identified as cultural on a regular basis, stark differences between human and animal cultures remain. Humans are more richly cultural, with group-specific practices and social norms guiding almost every element of our lives. Furthermore, human culture is seen as cumulative, cooperative, and normative, in contrast to animal cultures. One hypothesis to explain these differences is grounded in the observation that human children across cultures appear to spontaneously over-imitate silly or causally irrelevant behaviors that they observe. (...) The few studies on over-imitation in other species are largely taken as evidence that spontaneous over-imitation is not present in other species. This leads to the over-imitation hypothesis – that the differences between human culture and animal cultures can be traced to the human unique tendency to over-imitate. In this paper, we analyze the current state of the literature on animal over-imitation and challenge the adequacy of the over-imitation hypothesis for the differences between humans and animal cultures. To make this argument, we first argue that the function of human over-imitation is norm-learning and that over-imitation, like skill-learning, should be subject to selective social learning effects. Then we review the empirical evidence against animal over-imitation and argue that these studies do not take into account the relevant variables given the normative and selective nature of over-imitation. We then analyze positive empirical evidence of over-imitation in great apes and canids from the experimental literature and conclude that the current body of evidence suggests that some canids and primates may have the capacity for over-imitation. This paper offers a methodological suggestion for how to study animal over-imitation, and a theoretical suggestion that over-imitation might be much more widely found among species. The larger implication for claims about human uniqueness suggests that if we do find widespread evidence of over-imitation across species, many of the current theories of human uniqueness that focus on human hyper-cooperation or social norms may have only identified a difference of degree, not of kind, between humans and other animals. (shrink)

Andrews argues for a pluralistic folk psychology that employs different kinds of practices and different kinds of cognitive tools (including personality trait attribution, stereotype activation, inductive reasoning about past behavior, and ...

The study of animal cognition raises profound questions about the minds of animals and philosophy of mind itself. Aristotle argued that humans are the only animal to laugh, but in recent experiments rats have also been shown to laugh. In other experiments, dogs have been shown to respond appropriately to over two hundred words in human language. In this introduction to the philosophy of animal minds Kristin Andrews introduces and assesses the essential topics, problems and debates as they cut (...) across animal cognition and philosophy of mind. She addresses the following key topics: what is cognition, and what is it to have a mind? What questions should we ask to determine whether behaviour has a cognitive basis? the science of animal minds explained: ethology, behaviourist psychology, and cognitive ethology rationality in animals animal consciousness: what does research into pain and the emotions reveal? What can empirical evidence about animal behaviour tell us about philosophical theories of consciousness? does animal cognition involve belief and concepts; do animals have a ‘Language of Thought’? animal communication other minds: do animals attribute ‘mindedness’ to other creatures? moral reasoning and ethical behaviour in animals animal cognition and memory. Extensive use of empirical examples and case studies is made throughout the book. These include Cheney and Seyfarth’s ververt monkey research, Thorndike’s cat puzzle boxes, Jensen’s research into humans and chimpanzees and the ultimatum game, Pankseep and Burgdorf’s research on rat laughter, and Clayton and Emery’s research on memory in scrub-jays. Additional features such as chapter summaries, annotated further reading and a glossary make this an indispensable introduction to those teaching philosophy of mind, animal cognition. It will also be an excellent resource for those in fields such as ethology, biology and psychology. (shrink)

This paper is based on the comments I gave to Alfred Mele regarding his original Zygote Argument during my presentation at a small workshop on manipulation arguments in Budapest back in 2012. After those comments, Mele changed the conclusion of his original Zygote Argument (OZA) from a positive, explanatory conclusion to a negative, non-explanatory conclusion--and, correspondingly, redefined 'incompatibilism' so that it would no longer refer in his work to the view that determinism precludes (undermines, eliminates, destroys, etc.) free will, but (...) refers narrowly to the perhaps spurious association claim that appears in the conclusion of the revised Zygote Argument (Mele 2013+). Yet, over the last decade, Mele has made no comment in print about the changes he made, the invalidity objection that led to them, nor to the fact that his revised Zygote Argument was originally presented by me as a (non-optimal) reaction to my invalidity objection to his original Zygote Argument. To my knowledge, Mele has only mentioned this 2015 paper once, at it was not in the context of understanding manipulation arguments; it was, rather, in the context of defending his revised, non-explanatory definition of 'incompatibilism' at the opening of Aspects of Agency (p. 6, n. 4). There, Mele singles out *just this 2015 paper* as a place where they'll find what Mele degrades as a type of nonstandard/nontraditional definition of 'incompatibilism' that he rejects. This is notable because Mele provides no empirical evidence that his preferred definition is standard, and most (including Lehrer, who coined the term) reject the negative, non-explanatory, association-based definition that Mele came to endorse in the aftermath of my invalidity objection to OZA. So, if Mele had a genuine concern about philosophers who use the term 'incompatibilism', then Mele could have--and should have--named almost any leading figure in free will for this purpose (since most--including Pereboom, Vihvelin, Haji, etc.) reject the non-explanatory definition that Mele-2013+ now endorses. Yet, for untold reasons, Mele isolated the working definition of 'incompatibilism' used in one paper by one unemployed junior researcher to use as his example--even though Neil Levy had used this same definition in previously published work (eg. Levy 2011). Moreover, if Mele were genuinely interested in helping his readers understand the ambiguity of terms like 'compatibilism' and 'incompatibilism' it is a mystery that he referenced a paper in which nothing of substance hung on the definitions given to these terms -- especially considering that he might have instead pointed them to my OTHER 2015 paper, "A Critique of Vihvelin's Three-Fold Classification" in which the MAIN AIM of the paper is to expose the difficulties facing anyone who wants to define the terms 'compatibilism' and 'incompatibilism' in a way that everyone will accept (including a critique of the negative, non-explanatory "incompossibilist" definition that Mele adopted after my objection to OZA). By all appearances, Mele's main aim in citing specifically THIS paper and none of my other work was to give readers the false impression that my working definition of 'incompatibilism' played some role in my charge that his argument is invalid (which it doesn't, given that the term doesn't appear in either the premises or conclusion of that argument). Mele adds to this unseemly rhetorical campaign in his book *Manipulation Agents* where he mentions an invalidity objection in the intro (p. 84) and then discusses that objection in the final lines of Chapter 5 of the book (p. 120-121). The invalidity objection discussed here is completely pedantic, has never been seriously raised in the primary literature (and was previously addressed in multiple places my multiple philosophers, including me), and has nothing whatever to do with my invalidity objection. In other words, Mele was content to discuss an invalidity objection that no one has ever had to an argument that is clearly valid while completely ignoring the ONLY substantive invalidity objection to his argument in print. This is unfortunate, because it has led to serious confusion --including the patently false description of my invalidity objection to OZA as an objection to the revised version of the Zygote Argument that Mele adopted in *response* my objection (e.g., Capes mistakenly claims "Mickelson (2015) contends that arguments like this [i.e. like the revised Zygote Argument] are invalid. But that’s because she defines “incompatibilism” differently than I’ve defined it here" in his "Manipulation Arguments and Direct Arguments" chapter in the 2023 Wiley-Blackwell Companion to Free Will; I did not say this, and the definition of 'incompatibilism' is irrelevant to my objection). In "The Zygote Argument Is Invalid--Now What?", I simply use the invalidity of the simple 2-premise Zygote Argument as a foil to make a series of more philosophically significant points (e.g. regarding the dialectical structure of the free-will debate, the role of best-explanation reasoning, and to develop the first-ever "master manipulation argument"). Mele has yet to address my reasons for calling attention to the non-trivial invalidity of his OZA or to any of my answers to the "Now What?" question in this paper, even though this question and my proposed answers to this question are the paper's main point. For those interested in a more recent discussion of how the logical and metaphilosophical observations made in this "Now What?" paper have helped to move the free-will debate forward, I suggest looking at the discussions of the "paradigm shift" in the free-will debate that helps to explain why the free-will debate has become mired in stalemates and empty verbal disputes that are found, for example, in my contributions to the Wiley-Blackwell Companion to Free Will (Intro and Chapter 4, 2023) and my paper "Free Will, Self-Creation, and the Paradox of Moral Luck" (2019). (shrink)

This introduction to the topical collection, Folk Psychology: Pluralistic Approaches reviews the origins and basic theoretical tenets of the framework of pluralistic folk psychology. It places special emphasis on pluralism about the variety folk psychological strategies that underlie behavioral prediction and explanation beyond belief-desire attribution, and on the diverse range of social goals that folk psychological reasoning supports beyond prediction and explanation. Pluralism is not presented as a single theory or model of social cognition, but rather as a big-tent research (...) program encompassing both revisionary and more traditionally inspired approaches to folk psychology. After reviewing the origins of pluralistic folk psychology, the papers in the current issue are introduced. These papers fall into three thematic clusters: Folk-psychological strategies beyond propositional attitude attribution ; Enculturation and regulative folk psychology ; and Defenses of pluralism. (shrink)

In the context of animal cognitive research, anthropomorphism is defined as the attribution of uniquely human mental characteristics to animals. Those who worry about anthropomorphism in research, however, are immediately confronted with the question of which properties are uniquely human. One might think that researchers must first hypothesize the existence of a feature in an animal before they can, with warrant, claim that the property is uniquely human. But all too often, this isn't the approach. Rather, there is an a (...) priori argument against attributing some properties to animals. Which features are thought to be uniquely human on a priori grounds? The class can be quite large, including psychological states such as beliefs and desires, personality traits such as confidence or timidity, emotions such as happiness or anger, social organizational properties such as culture or friendship, moral behavior such as punishment or rape. For convenience, I will refer to the members of the class as "psychological properties". One critic includes feeling, purpose, intentionality, consciousness, and even cognition in his list of psychological properties that are incorrectly attributed to animals (Kennedy 1992). Among the critics, there is quite a bit of disagreement about what counts as an anthropomorphic attribution, and this alone should raise questions about the charge. We can identify two different questions about the practice of attributing psychological properties to animals within a scientific context. First we can ask whether it is scientifically respectable to examine questions about the mental, psychological, cultural, etc. states of animals. Those who bemoan anthropomorphism think that we ought not even ask such questions. I will look at the worries about asking the question, and argue that there is no special problem with it. The second question arises with an affirmative answer to the first. Given that it is scientifically respectable to examine whether an animal has a psychological property, there must be some scientifically respectable method for doing the examination.. (shrink)

Birch sketches out an ingenious account of how the psychology of social norms emerged from individual-level norms of skill. We suggest that these individual-level norms of skill are likely to be much more widespread than Birch suggests, extending deeper into the hominid lineage, across modern great ape species, all the way to distantly related creatures like honeybees. This suggests that there would have been multiple opportunities for social norms to emerge from skill norms in human prehistory.

*As mentioned in Peter Coy's NYT essay "When Being Good Is Just a Matter of Being Lucky" (2023) -/- ----- -/- How is the problem of free will related to the problem of moral luck? In this essay, I answer that question and outline a new solution to the paradox of moral luck, the source-paradox solution. This solution both explains why the paradox arises and why moral luck does not exist. To make my case, I highlight a few key connections (...) between the paradox of moral luck and two related problems, namely the problem of free will and determinism and the paradox of self-creation. Piecing together intuitions, arguments, and insights from recent work on each of these three problems, I argue that the type of control necessary for moral responsibility can only be had by someone who is a genuine source of his own actions, but the relevant notion of sourcehood admits no coherent characterization. If our commonsense view of moral responsibility is incoherent, it is unsurprising that our commitment to the existence of morally responsible agents commits us to some paradoxical things—e.g. to both the existence and impossibility of moral luck. For more information about this article, please write to gmail account: kristin.mickelson.42. (shrink)

Comparative psychology, the multidisciplinary study of animal behavior and psychology, confronts the challenge of how to study animals we find cute and easy to anthropomorphize, and animals we find odd and easy to objectify, without letting these biases negatively impact the science. In this Element, Kristin Andrews identifies and critically examines the principles of comparative psychology and shows how they can introduce other biases by objectifying animal subjects and encouraging scientists to remain detached. Andrews outlines the scientific benefits of (...) treating animals as sentient research participants who come from their own social contexts and with whom we will be in relationship. With discussions of science's quest for objectivity, worries about romantic and killjoy theories, and debates about chimpanzee cognition between primatologists who work in the field and those in the lab, Andrews shows how scientists can address the different biases through greater integration of the subdisciplines of comparative psychology. (shrink)

In “The Zygote Argument is Invalid: Now What?” (2015), Kristin Mickelson published an objection to the Zygote Argument that she first presented in 2012 as workshop comments on a draft of Mele's "Manipulation, Moral Responsibility, and Bullet-Biting" (2013). Assuming that the phrase "determinism precludes free will" means something like determinism-related causal factors are what prevent people from acting freely when determinism is true, Mele's original Zygote Argument was invalid. At the workshop, Mickelson presented Mele with two options to address (...) the problem, a premise-preserving option and a conclusion-preserving option. That is, Mele could change the conclusion of the original argument to the negative, non-explanatory thesis entailed by its original two premises, or find a way to add premises that would support the positive, explanatory conclusion of the original argument (which, notably, is the conclusion that Pereboom supports using best-explanation reasoning in his Four-Case Argument). Mickelson used this as an opportunity to explain the key contribution that best-explanation reasoning makes to manipulation arguments -- and why the best variant of the manipulation argument might conclude that incompatibilism is FALSE. In response to Mickelson's objection, Mele changed the conclusion of the argument before "Manipulation, Moral Responsibility, and Bullet-Biting" went to print, choosing Mickelson's proposal to change its conclusion over the suggestion to change its premises. However, Mele failed to mention Mickelson's invalidity objection in print and that he changed the conclusion of his argument as a direct response to it; nor did Mele mention the costs that Mickelson outlined for the premise-preserving solution that he adopted or the benefits of a conclusion-preserving solution. At the same time, Mele began using the term 'incompatibilism' to pick out the negative, non-explanatory claim supported by the newly revised Zygote Argument--and also started to claim (without providing evidence) that those who use the term 'incompatibilism' to denote the explanatory claim deterministic causal factors *make it the case* that no one acts freely when determinism is true" is guilty of using the term in a nonstandard and nontraditional way that he had "never had any use for"--failing to mention that he clearly used the term in this explanatory sense in his 2005 critique of the Four-Case Argument, which is to be expected give that Derk Pereboom uses the explanatory definition (as do Kadri Vihvelin, Carolina Sartorio, and *most* other contributors to the free-will literature). In THIS reply essay, Mickelson responds to an attempt by Gabriel De Marco (FSU, advisor Alfred Mele) to defend the original Zygote Argument from Mickelson's 2012/2015 critique. Unfortunately, both of De Marco's proposed "solutions" are non-starters. The first is a non-starter because De Marco merely repeats the premise-preserving solution that Mickelson offered to Mele in 2012 and that Mele adopted in print in 2013. In other words, De Marco took credit for the premise-preserving solution to the invalidity objection that Mickelson developed (although he does *redescribe* Mickelson's solution in his own idiosyncratic jargon) and Mele had already adopted in print. De Marco's second solution is a non-starter because it is constituted by a patently invalid argument. Contrary to De Marco's proposal, it's not true that the conjunction of possibilism and incompossibilism deductively entails the positive, diagnostic claim that deterministic causal factors beyond one's control preclude (destroy, undermine, is antagonistically relevant to) free will when determinism is true. *My thanks to the editors of Philosophia for publishing this reply when PhilStudies would not. (shrink)

"The Manipulation Argument has recently taken center stage in the free-will debate, yet little else can be said of this newcomer that is uncontroversial. At present, even the most fundamental elements of the Manipulation Argument--its structure, conclusion, and target audience--are a matter of dispute. As such, we cannot begin, as we ideally would, with a simple and relatively uncontroversial overview of the argument. Instead, clarifying the debate over the basic structure and general conclusion of the Manipulation Argument will be our (...) goal." -/- UPDATE: I now refer to an isolated objection to the counterexample step as a hardline reply, an isolated attack on the generalization step a softline reply, and an isolated response to the explanation step as an "al dente" reply. Al dente replies have been given in Mele's 2005 critique of the Four-Case Argument and my 2015 (2012) critique of Mele's Zygote Argument. I also now refer to a manipulation argument which has a generalization step that concludes to impossibilism and an explanation step which proposes an explanation for the impossibility of free will as a "Master Manipulation Argument" (examples of master manipulation arguments include Mickelson 2015 and 2019). (shrink)

In this essay, I suggest that Spinoza acknowledges a distinction between formal reality that is infinite and timelessly eternal and formal reality that is non-infinite (i. e., finite or indefinite) and non-eternal (i. e., enduring). I also argue that if, in Spinoza’s system, only intelligible causation is genuine causation, then infinite, timelessly eternal formal reality cannot cause non-infinite, non-eternal formal reality. A denial of eternal-durational causation generates a puzzle, however: if no enduring thing – not even the sempiternal, indefinite individual (...) composed of all finite, enduring things – is caused by the infinite, eternal substance, then how can Spinoza consistently hold that the one infinite, eternal substance is the cause of all things and that all things are modes of that substance? At the end of this essay, I sketch how Spinoza could deny eternal-durational causation while still holding that an infinite, eternal God is the cause of all things and that all things are modes. I develop the interpretation more in the companion essay.1 1 In “Spinoza’s Monism II,” in the next issue of this journal. (shrink)

An old question in Spinoza scholarship is how finite, non-eternal things transitively caused by other finite, non-eternal things (i. e., the entities described in propositions like E1p28) are caused by the infinite, eternal substance, given that what follows either directly or indirectly from the divine nature is infinite and eternal (E1p21–23). In “Spinoza’s Monism I,” “Spinoza’s Monism I,” in the previous issue of this journal. I pointed out that most commentators answer this question by invoking entities that are indefinite and (...) sempiternal, but argued that perhaps we should not be so quick to assume that in Spinoza’s system, an infinite and eternal substance could cause such indefinite, sempiternal entities. But if such eternal-durational causation is denied, then it seems harder to see how Spinoza’s system could be coherent: if Spinoza holds that the infinite, eternal substance cannot cause anything that is not infinite and not eternal, then how can he also hold that all things are modes immanently caused by substance (E1p15, E1p18, E1p25)? In this essay, I explain how Spinoza’s system could be understood in light of a denial of eternal-durational causation. On the interpretation I offer, God is the cause of all things and all things are modes because the essences of all things follow from the divine nature and all essences enjoy infinite, eternal reality as modes immanently caused by the infinite, eternal substance. The same non-substantial essences can also be conceived as enjoying non-infinite, non-eternal reality, but so conceived, they are enduring, finite (or sempiternal, indefinite) entities that cannot be conceived as modes caused by and inhering in the one infinite, eternal substance. I conclude by pointing out that if we take this interpretive route, we do have to understand Spinoza as committed to acosmism, or a denial of the reality of the world – at least the world of enduring, finite things. (shrink)

Derk Pereboom's Four-Case Argument is among the most famous and resilient manipulation arguments against compatibilism. I contend that its resilience is not a function of the argument's soundness but, rather, the ill-gotten gain from an ambiguity in the description of the causal relations found in the argument's foundational case. I expose this crucial ambiguity and suggest that a dilemma faces anyone hoping to resolve it. After a thorough search for an interpretation which avoids both horns of this dilemma, I conclude (...) that none is available. Rather, every metaphysically coherent interpretation invites either a hard- or soft-line reply to Pereboom's argument. I then consider a recharacterization of the dilemma which seems to clear the way for the defence of a revised Four-Case Argument. I address this rejoinder by identifying a still more fundamental problem shared by all viable interpretations of the manipulation cases, showing that each involves a type of manipulation which undermines the victim's agency. Because this diagnosis supports a soft-line reply to every viable interpretation of the argument and can be endorsed by any compatibilist, I consider it the final piece of the Soft-line Solution to the Four-Case Argument. Finally, I suggest a new taxonomy of manipulation arguments, arguing that none that employs the suppressive variety of manipulation found in Pereboom's argument offers a threat to compatibilism. (shrink)

The view that folk psychology is primarily mindreading beliefs and desires has come under challenge in recent years. I have argued that we also understand others in terms of individual properties such as personality traits and generalizations from past behavior, and in terms of group properties such as stereotypes and social norms (Andrews 2012). Others have also argued that propositional attitude attribution isn’t necessary for predicting others’ behavior, because this can be done in terms of taking Dennett’s Intentional Stance (Zawidzki (...) 2013), appealing to social structures (Maibom 2007), shared norms (McGeer 2007) or via solution based heuristics for reaching equilibrium between social partners (Morton 2003). But it isn’t only prediction that can be done without thinking about what others think; we can explain and understand people in terms of their personality traits, habitual behaviors, and social practices as well. The decentering of propositional attitude attributions goes hand in hand with a move away from taking folk psychology to be primarily a predictive device. While experiments examining folk psychological abilities in children, infants, and other species still rest on asking subjects to predict behavior, theoretical investigations as to the evolutionary function of folk psychology have stressed the role of explanation (Andrews 2012) and regulative functions (McGeer 2007, Zawidzki 2013, Fenici 2011). In this paper I argue that an explanatory role for folk psychology is also a regulative role, and that language is not required for these regulative functions. I will start by drawing out the relationship between prediction, explanation, and regulation of behavior according to both mindreading approaches to folk psychology and the pluralistic account I defend. I will argue that social cognition does not take the form of causal reasoning so much as it does normative reasoning, and will introduce the folk psychological spiral. Then I will examine the cognitive resources necessary for participating in the folk psychological spiral, and I will argue that these cognitive resources can be had without language. There is preliminary evidence that some other species understand one another through a normative lens that, through looping effects, creates expectations that community members strive to live up to. (shrink)

In this essay, I argue for the rejection of Vihvelin's ‘Three-fold Classification’ , a nonstandard taxonomy of free-will compatibilism, incompatibilism, and impossibilism. Vihvelin is right that the standard taxonomy of these views is inadequate, and that a new taxonomy is needed to clarify the free-will debate. Significantly, Vihvelin notes that the standard formal definition of ‘incompatibilism’ does not capture the historically popular view that deterministic laws pose a threat to free will. Vihvelin's proposed solution is to redefine ‘incompatibilism.’ However, Vihvelin's (...) formal definition of ‘incompatibilism’ is flawed according to her own arguments. In addition, Vihvelin's characterization of ‘compatibilism’ is incomplete, and at least two important free-will views are missing from her proposed taxonomy. Given the problems with Vihvelin's arguments for 3-FC, her novel view of the dialectic between the major free-will views lacks support. (shrink)

My two principal aims in this essay are interconnected. One aim is to provide a new interpretation of the ‘infinite modes’ in Spinoza’s Ethics. I argue that for Spinoza, God, conceived as the one infinite and eternal substance, is not to be understood as causing two kinds of modes, some infinite and eternal and the rest finite and non-eternal. That there cannot be such a bifurcation of divine effects is what I take the ‘infinite mode’ propositions, E1p21–23, to establish; E1p21–23 (...) show that each and every one of the immanent effects of an infinite and eternal God is an infinite and eternal mode. The other aim is to show that these propositions can be understood as part of an extended critical response to Descartes’s infamous doctrine that God creates eternal truths and true and immutable natures. If we have the correct (Spinozan) conceptions of what God is and how God works, we see that an eternal and infinite God can only be understood to cause ‘eternal truths,’ and that these eternal truths are infinite and eternal modes of God. (shrink)

In December 2013, the Nonhuman Rights Project (NhRP) filed a petition for a common law writ of habeas corpus in the New York State Supreme Court on behalf of Tommy, a chimpanzee living alone in a cage in a shed in rural New York (Barlow, 2017). Under animal welfare laws, Tommy’s owners, the Laverys, were doing nothing illegal by keeping him in those conditions. Nonetheless, the NhRP argued that given the cognitive, social, and emotional capacities of chimpanzees, Tommy’s confinement constituted (...) a profound wrong that demanded remedy by the courts. Soon thereafter, the NhRP filed habeas corpus petitions on behalf of Kiko, another chimpanzee housed alone in Niagara Falls, and Hercules and Leo, two chimpanzees held in research facilities at Stony Brook University. Thus began the legal struggle to move these chimpanzees from captivity to a sanctuary, an effort that has led the NhRP to argue in multiple courts before multiple judges. The central point of contention has been whether Tommy, Kiko, Hercules, and Leo have legal rights. To date, no judge has been willing to issue a writ of habeas corpus on their behalf. Such a ruling would mean that these chimpanzees have rights that confinement might violate. Instead, the judges have argued that chimpanzees cannot be bearers of legal rights because they are not, and cannot be persons. In this book we argue that chimpanzees are persons because they are autonomous. (shrink)

Once upon a time, not too long ago, the question about apes and ethics had to do with moral standing—do apes have interests or rights that humans ought to respect? Given the fifty years of research on great ape cognition, life history, social organization, and behavior, the answer to that question seems obvious. Apes have emotions and projects, they can be harmed, and they have important social relationships.

According to the mental continuity claim (MCC), human mental faculties are physical and beneficial to human survival, so they must have evolved gradually from ancestral forms and we should expect to see their precursors across species. Materialism of mind coupled with Darwin’s evolutionary theory leads directly to such claims and even today arguments for animal mental properties are often presented with the MCC as a premise. However, the MCC has been often challenged among contemporary scholars. It is usually argued that (...) only humans use language and that language as such has no precursors in the animal kingdom. Moreover, language is quite often understood as a necessary tool for having representations and forming beliefs. As a consequence, by lacking language animals could not have developed representational systems or beliefs. In response to these worries, we aim to mount a limited defense of the MCC as an empirical hypothesis. First, we will provide a short historical overview of the origins of the MCC and examine some of the motives behind traditional arguments for and against it. Second, we will focus on one particular question, namely whether language as such is necessary for having beliefs. Our goal is to show that there is little reason to think language is necessary for belief. In doing so, we will challenge a view of belief that is widely accepted by those working in animal cognition, namely representational belief, and we will argue that if belief is non-representational, then different research questions and methods are required. We will conclude with an argument that to study the evolution of belief across species, it is essential to begin the study of subjects in their social and ecological environment rather than in contexts that are not ecologically valid along the social and ecological dimensions. Thus, rather than serving as a premise in an argument 3 in favor of animal minds, the MCC can only be defended by empirical investigation, but importantly, empirical investigation of the right sort.. (shrink)

**For my more recent views of the third kind of cognition, see my "Finding Oneself in God"** -/- Abstract: Cognition of the third kind, or scientia intuitiva, is supposed to secure beatitudo, or virtue itself (E5p42). But what is scientia intuitiva, and how is it different from (and superior to) reason? I suggest a new answer to this old and vexing question at the core of Spinoza’s project in the Ethics. On my view, Spinoza’s scientia intuitiva resembles Descartes’s scientia more (...) than has been appreciated. Although Spinoza’s God is not Descartes’s benevolent, transcendent God, Spinoza agrees with Descartes that the highest certainty requires that a cognizer correctly conceive of God and her causal relation to God; it is only with cognition of the third kind that a cognizer can be certain that her adequate (that is, clear and distinct) representations of extramental things agree with formally real, extramental ideata, and so are true. If this is right, a reading of Spinoza that has dominated scholarship since the Ethics’ publication is misguided: for Spinoza, it is not always the case that having (and recognizing that one has) a clear and distinct idea is sufficient for knowing that that idea is true. I end the chapter by suggesting why scientia is intuitive for Spinoza: Spinoza attempts to avoid Cartesian-Circle-style circularity by insisting that a cognizer must intuit the correct representation of God and God’s relation to things. (shrink)

In this review article of Dan Hutto's bok Folk Psychological Narratives: The Sociocultural Basis of Understanding Reasons, I argue that we can take a functional approach to FP that identifies it with the practice of explaining behaviour -- that is, we can understand folk psychology as having the purpose of explaining behaviour and promoting social cohesion by making others’ behaviour comprehensible, without thinking that this ability must be limited to those with linguistic abilities. One reason for thinking that language must (...) be implicated in FP explanations arises from the history of theorizing about the nature of scientific explanation. I will show that there are other models of explanation that are free from the metaphysical linguistic baggage of the traditional models, and argue that such models can be profitably used to make sense of an explanation-centred FP that need not involve the attribution of propositional attitudes or a functioning linguistic competence. Further, I will argue that there is evidence that pre-linguistic human children engage in explanatory practices, and that some of these explanations may be seen as narrative explanations in an important sense. (shrink)

on ). Advice about how to move forward on the mindreading debate, particularly when it comes to overcoming the logical problem, is much needed in comparative psychology. In chapter 4 of his book Ockham’s Razors, Elliott Sober takes on the task by suggesting how we might uncover the mechanism that mediates between the environmental stimuli that is visible to all, and chimpanzee social behavior. I argue that Sober's proposed method for deciding between the behaivor-reading and mindreading hypotheses fails given the (...) nature of each of those hypotheses. I argue that the behavior-reading hypothesis that Povinelli and colleagues propose is so rich and robust that it is going to make predictions that are behaviorally indiscernible from the mindreading hypothesis. Further, I argue that the logical problem artificially separates one’s knowledge of behavior and one’s knowledge of mind. If we reject this form of dualism, the logical problem doesn’t arise. (shrink)

Paternalistic interventions restrict individuals’ liberty or autonomy so as to guide their decisions towards options that are more beneficial for them than the ones they would choose in the absence of such interventions. Although some philosophers have emphasised that there is a case for justifiable paternalism in certain circumstances, much of contemporary moral and political philosophy works from a strong presumption against paternalistic interventions. However, Richard Arneson has argued that there are egalitarian reasons that support the case for paternalism: paternalistic (...) interventions can protect poor decision-makers from making ‘bad’ choices, thus preventing inequalities between them and those with better decision-making skills. This paper seeks to clarify and advance our understanding of the egalitarian argument for paternalism. Arneson’s argument adds an important and often neglected dimension to the debate about paternalism but also raises a number of questions about equality, paternalism and the relationship between the two. (shrink)

In this chapter, I first turn to Spinoza’s obscure “ideas of ideas” doctrine and his claim that “as soon as one knows something, one knows that one knows it, and simultaneously knows that one knows that one knows, and so on, to infinity” (E2p21s). On my view, Spinoza, like Descartes, holds that a given idea can be conceived either in terms of what it represents or as an act of thinking: E2p7 (where Spinoza presents his doctrine of the “parallelism” of (...) minds and bodies) primarily concerns the former way of conceiving of an idea while E2p21 primarily concerns the latter. I propose that in E2p21, Spinoza makes a few crucial points about an adequate idea conceived as the “idea of the idea,” or as the activity of thinking: 1) when one has an adequate representation of p, one automatically knows that one is thinking an adequate representation of p, and 2) this reflective knowledge cannot be improved. I then turn to E2p43, “he who has a true idea at the same time knows that he has a true idea, and cannot doubt the truth of the thing." This is a denial of skepticism, but I think we need to be careful. E2p21 and E2p43 rule out the most hyperbolic doubts like those we see in Descartes's Third Meditation (AT VII 36), so it is the case that thinkers need no additional validation for the “adequate ideas of properties of things” and “common notions” employed in "cognition of the second kind," or reason. However, a reasoning thinker might nevertheless be troubled by doubts about the extramental world. As I have argued in other work, we can take Spinoza as following Descartes at least this far: once our reasoning thinker comes to adequate ideas of God and God’s relation to things, their ideas cannot be rendered doubtful. Here I concede that because one can reason to these adequate ideas of God and God's relation to things, scientia intuitiva is not unique in removing doubt. However, scientia intuitiva may still be distinctive in the way it removes doubt. (shrink)

People are increasingly exposed to conflicting health information and must navigate this information to make numerous decisions, such as which foods to consume, a process many find difficult. Although some consumers attribute these disagreements to aspects related to uncertainty and complexity of research, many use a narrower set of credibility-based explanations. Experts’ views on disagreements are underinvestigated and lack explicit identification and classification of the differences in causes for disagreement. Consequently, there is a gap in existing literature to understand the (...) range of reasons for these contradictions. Combining the findings from a literature study and expert interviews, a taxonomy of disagreements was developed. It identifies 10 types of disagreement classified under three dimensions: informant-, information- and uncertainty-related causes for disagreement. The taxonomy may assist with adoption of more effective strategies to deal with conflicting information and contributes to research and practice of science communication in the context of disagreement. (shrink)

This paper explores the unique phenomenology of habit and temporality put forth in Beauvoir’s La Vieillesse. I situate her understanding of temporality in relation to her early work Pyrrhus and Cinéas. I extract her notion of a boundary marked future that decreases anticipation for the future and thus rigidifies habits. In the final section I appropriate the notion of a boundary mark for a cultural phenomenology where we understand boundary marks as constituted by our understandings of ourselves in time and (...) not through aging alone. This cultural boundary mark can be used to understand how societal prejudice operates at the level of lived temporality. (shrink)

Personhood is not a redundant category, but a social cluster kind. On this view, chimpanzees have their own kind of personhood profile. Seeing that chimpanzees have a personhood profile allows us to argue that chimpanzees like Tommy are individuals who deserve rights under the law. If chimpanzee personhood is a matter of public policy that needs to be decided by society, then learning more about the person profiles of chimpanzees will be essential in making this case. As the public learns (...) what scientists have come to see, and with public conversations about what counts as a person, our society can make another ethical transformation that will be recognized by the courts. But without the metaphysical personhood concept to rely on, we will have a difficult time showing that chimpanzees should count as persons under the law. (shrink)

In this brief, we argue that there is a diversity of ways in which humans (Homo sapiens) are ‘persons’ and there are no non-arbitrary conceptions of ‘personhood’ that can include all humans and exclude all nonhuman animals. To do so we describe and assess the four most prominent conceptions of ‘personhood’ that can be found in the rulings concerning Kiko and Tommy, with particular focus on the most recent decision, Nonhuman Rights Project, Inc v Lavery.

The tradition of philosophical hermeneutics does not offer a definitive answer to the question “What is truth?” and the inquiry into the relationship between truth and interpretation. Instead, it presents a number of ways in which this question can be asked and discusses the validity and relevance of some plausible responses. Modern hermeneuticians emphasize the interpretative nature of human thought and existence. For Heidegger and Gadamer, truth concerns the way we lead our lives. Dilthey and Nietzsche contemplate the role of (...) the human sciences in a landscape of shifting historical and cultural horizons, arriving at quite different conclusions with respect to the possibility of truth and objectivity. Events and symbolic expressions are products of human intentions and desires, and must be understood as such. For Dilthey, this dimension of meaning is, so to speak, the imprint of human historicity. (shrink)

Following recent arguments that cultural practices in wild animal populations have important conservation implications, we argue that recognizing captive animals as cultural has important welfare implications. Having a culture is of deep importance for cultural animals, wherever they live. Without understanding the cultural capacities of captive animals, we will be left with a deeply impoverished view of what they need to flourish. Best practices for welfare should therefore require concern for animals’ cultural needs, but the relationship between culture and welfare (...) is also extremely complex, requiring us to rethink standard assumptions about what constitutes and contributes to welfare. (shrink)

Social norms are commonly understood as rules that dictate which behaviors are appropriate, permissible, or obligatory in different situations for members of a given community. Many researchers have sought to explain the ubiquity of social norms in human life in terms of the psychological mechanisms underlying their acquisition, conformity, and enforcement. Existing theories of the psychology of social norms appeal to a variety of constructs, from prediction-error minimization, to reinforcement learning, to shared intentionality, to domain-specific adaptations for norm acquisition. In (...) this paper, we propose a novel methodological and conceptual framework for the cognitive science of social norms that we call normative pluralism. We begin with an analysis of the explanatory aims of the cognitive science of social norms. From this analysis, we derive a recommendation for a reformed conception of its explanandum: a minimally psychological construct that we call normative regularities. Our central empirical proposal is that the psychological underpinnings of social norms are most likely realized by a heterogeneous set of cognitive, motivational, and ecological mechanisms that vary between norms and between individuals, rather than by a single type of process or distinctive norm system. This pluralistic approach, we suggest, offers a methodologically sound point of departure for a fruitful and rigorous science of social norms. (shrink)

I respond to an argument presented by Daniel Povinelli and Jennifer Vonk that the current generation of experiments on chimpanzee theory of mind cannot decide whether chimpanzees have the ability to reason about mental states. I argue that Povinelli and Vonk’s proposed experiment is subject to their own criticisms and that there should be a more radical shift away from experiments that ask subjects to predict behavior. Further, I argue that Povinelli and Vonk’s theoretical commitments should lead them to accept (...) this new approach, and that experiments which offer subjects the opportunity to look for explanations for anomalous behavior should be explored. (shrink)

NOTE TO READERS: My current research program is firmly grounded in the technical aspects of this dissertation. That said, my views have evolved significantly since writing it, e.g. I've flipped my views on the best working definition of 'determinism', and I no longer defend the viability of incompatibilist-impossibilism (I still grant the superficial logical consistency of the two views, but now contend that there is no way to defend one without rejecting the other). I have also given up on the (...) general project of rehabilitating the terms 'compatibilism' and 'incompatibilism', as I now see them as unhelpful hangovers from a degenerated research program. (shrink)

Observations of animals engaging in apparently moral behavior have led academics and the public alike to ask whether morality is shared between humans and other animals. Some philosophers explicitly argue that morality is unique to humans, because moral agency requires capacities that are only demonstrated in our species. Other philosophers argue that some animals can participate in morality because they possess these capacities in a rudimentary form. Scientists have also joined the discussion, and their views are just as varied as (...) the philosophers’. Some research programs examine whether animals countenance specific human norms, such as fairness. Other research programs investigate the cognitive and affective capacities thought to be necessary for morality. There are two sets of concerns that can be raised by these debates. They sometimes suffer from there being no agreed upon theory of morality and no clear account of whether there is a demarcation between moral and social behavior; that is, they lack a proper philosophical foundation. They also sometimes suffer from there being disagreement about the psychological capacities evident in animals. Of these two sets of concerns—the nature of the moral and the scope of psychological capacities—we aim to take on only the second. In this chapter we defend the claim that animals have three sets of capacities that, on some views, are taken as necessary and foundational for moral judgment and action. These are capacities of care, capacities of autonomy, and normative capacities. Care, we argue, is widely found among social animals. Autonomy and normativity are more recent topics of empirical investigation, so while there is less evidence of these capacities at this point in our developing scientific knowledge, the current data is strongly suggestive. (shrink)

Among Edvard Munch’s many portraits of Henrik Ibsen, the famous Norwegian dramatist and Munch’s senior by a generation, one stands out. Large in scope and with a characteristic pallet of roughly hewed gray blue, green and yellow, the sketch is given the title Geniuses. Munch’s sketch shows Ibsen, who had died a few years earlier, in the company of Socrates and Nietzsche. The picture was a working sketch for a painting commissioned by the University. While Munch, in the end, chose (...) a different motif for his commission, it is nonetheless significant that he found it appropriate to portrait the Norwegian dramatist in the company of key European philosophers, indeed the whole span of the European philosophical tradition from its early beginnings to its most controversial spokesman in the late 1800s. In my article, I seek to take seriously Munch’s bold and original positioning of Ibsen in the company of philosophers. Focusing on Hedda Gabler—a play about love lost and lives unlived—I explore the aesthetic-philosophical ramifications of Ibsen’s peculiar position between realism and modernism. This position, I suggest, is also reflected in Munch’s sketches for the set design for Hermann Bahr’s 1906 production of the play. (shrink)

How the arguments of Spinoza's Ethics work might seem obvious. Even if Spinoza's exposition is not perfect, and some suppressed premises might have to be recovered, it seems clear enough that the demonstrations are supposed to show, in Euclidian fashion, how truths about the basic structure of nature—as well as truths about how to live—follow from axioms and uncontroversial definitions. If readers keep their imagination and emotions from sullying their reasoning, they will see the force of the demonstrations and be (...) convinced.In his engaging, highly original book, Garver argues that the Ethics is not a linear march through timeless truths, but rather a complicated drama that works precisely because its "characters,"... (shrink)

What is it to be a better ape? This is the question Victor Kumar and Richmond Campbell ask in their book on the evolution of the moral mind, an ambitious story that starts with the common ancestor of the modern apes—humans, chimpanzees, bonobos, gorillas, and orangutans. Of all of us, it’s the humans who remain in the running for being a better ape, because we’re the ones who have all the necessary ingredients: the binding emotions of sympathy and loyalty which (...) we share with our nonhuman cousins, but also the collaborative emotions of trust and respect and the reactive emotions of guilt and resentment. Importantly, only humans are thought to have norms, and to be biologically prepared to learn norms. For Kumar and Campbell, the co-evolution of emotions and norms is what set humans on this path so we can become a better ape. -/- The story they tell is artfully woven from major theories in psychology and anthropology, and those of us who have pre-existing opinions about these theories have points where we can quibble regarding the nature of the emotions–whether only humans imitate, what norms of fairness amount to, or whether any other species are generalists who can survive in a wide range of habitats. Rather than focusing on these, I want to turn to an exciting hypothesis Kumar and Campbell propose about the evolution and function of norms. While it is most common to think that norms helped our ancestors solve the collective action problems that emerged when larger groups of individuals started living together, Kumar and Campbell suggest a different, though complementary, function for norms. They propose that norms provide a more precise and flexible means for coordinating behavior in quickly changing societies. On their view, it isn’t the size of community that is the most significant variable, but rather the speed at which culture evolves. -/- That norms are a human universal is indubitable. Our contemporary human societies are rife with rules constraining our behaviors, governing aspects of our lives from birth to death, prescribing practices about what to wear, how to work, what to eat, when and how to sleep as well as rules about rare practices that are proscribed. However, Kumar and Campbell also presume that norms are human unique. Here I have more than a quibble, given the burgeoning empirical and theoretical literature on the question of animal normativity (Andrews 2020; Danón 2019; Fitzpatrick 2020; de Waal 2014; von Rohr et al. 2011; Rohr et al. 2015; Whiten et al. 2005; Westra et al., in prep)... (shrink)

In this paper we aim to demonstrate the enormous ethical complexity that is prevalent in child obesity cases. This complexity, we argue, favors a cautious approach. Against those perhaps inclined to blame neglectful parents, we argue that laying the blame for child obesity at the feet of parents is simplistic once the broader context is taken into account. We also show that parents not only enjoy important relational prerogatives worth defending, but that children, too, are beneficiaries of that relationship in (...) ways difficult to match elsewhere. Finally, against the backdrop of growing public concern and pressure to intervene earlier in the life cycle, we examine the perhaps unintended stigmatizing effects that labeling and intervention can have and consider a number of risks and potential harms occasioned by state interventions in these cases. (shrink)

This study investigates the relationship between self-efficacy and resilience among 150 first-year college students. This study used a correlational research design. Thus, General Self-Efficacy Scale and Resilience Scale were utilized to measure the variables. Furthermore, the statistical analysis reveals that the r coefficient of 0.48 indicates a low positive correlation between the variables. The p-value of 0.00, which is less than 0.05, leads to the decision to reject the null hypothesis. Hence, a significant relationship exists between self-efficacy and resilience among (...) first-year college students. Implications were discussed in the study. (shrink)

In “Rethinking Norm Psychology,” Cecilia Heyes offers an insightful critique of nativist approaches to the psychology of norms and then proposes a plausible alternative model grounded in the theory of cognitive gadgets. We are broadly sympathetic to both the critique and to the cognitive-gadgets model, though our own pluralistic approach to the psychology of norms (Westra & Andrews, 2022) leads us to think that the range of psychological and ecological processes that contributes to our norm psychology is even more diverse (...) than what Heyes proposes. Here, though, we focus on Heyes’s conceptual critique of the nativist model and its explanatory target—namely, a system for representing and processing rules. Heyes’s criticism of this representational rule-based conception of the psychology of norms is quite sound. However, we will argue that Heyes’s alternative behavioral explanandum for the psychology of norms also fails to escape the gravitational pull of a rule-based approach. (shrink)

Animalism, the thesis that each of us is a human animal, is a prominent materialist account of what we are. Animalism is often motivated by an attractive line of reasoning, the Thinking Animal Argument. And, independently, animalism has been challenged by appeals to a metaphysical puzzle, the problem of the many. In this paper, I draw attention to the relationship between the Thinking Animal Argument and the problem of the many. I further argue that in virtue of this relationship, animalists (...) are left in an unfortunate position: animalists cannot hold onto their most successful argument without undermining animalism itself. (shrink)