In this chapter we explore two important questions that we believe should be central to any discussion of the ethics and politics of cultural heritage: What are the harms associated with appropriation and commodification, specifically where the heritage of Indigenous peoples is concerned? And how can these harms best be avoided? Archaeological concerns animate this discussion; we are ultimately concerned with fostering postcolonial archaeological practices. But we situate these questions in a broader context, addressing them as they arise in connection (...) with the appropriation of Indigenous cultural heritage, both past and present. (shrink)

The strings of physics’ string theory are the binary digits of 1 and 0 used in computers and electronics. The digits are constantly switching between their representations of the “on” and “off” states. This switching is usually referred to as a flow or current. Currents in the two 2-dimensional programs called Mobius loops are connected into a four-dimensional figure-8 Klein bottle by the infinitely-long irrational and transcendental numbers. Such an infinite connection translates - via bosons being ultimately composed of (...) 1’s and 0’s depicting pi, e, √2 etc.; and fermions being given mass by bosons interacting in matter particles’ “wave packets” – into an infinite number of 8-Kleins. Each Klein 1) is one of the universe’s subuniverses (our own is 13.7 billion years old), 2) is made flexible through its binary digits which seamlessly, or almost seamlessly, join it to surrounding subuniverses and eliminate its central hole, and 3) possesses warped time and space because its foundation is the programmed curves in its mathematical Mobius loops (along with the twists they generate [p.7]). The universe functions according to the rules of fractal geometry. So the Mobius does not exist only at the cosmic level. It also manifests at the quantum scale, giving us photons and protons etc. Space and time are no longer separate, but are an indivisible space-time. So if space and the universe are infinite, how can time not be eternal? The past and the future must both extend forever (the idea of time being finite arises from confusion of our subuniverse with the one infinite universe). -/- BITS (Binary digiTS) only suggest existence of the divine if time is linear. Although a non-supernatural God is proposed via the inverse-square law coupled with eternal quantum entanglement, Einstein taught us that time is warped. Warped time is nonlinear, making it at least possible that the BITS composing space-time and all particles originate from the computer science of humans. -/- I suspect many readers will be content with reading this abstract. While there are more details, and mathematics, in the content; my natural style of writing is to avoid jargon and maths. I also tend to get philosophical. While I personally feel that there’s a lot of precious information in the content, I realize it won’t all be to everyone’s liking. Other subjects dealt with in this article are - the “Pioneer anomaly”, refinement of gravitational physics, dark energy and dark matter, quantum phenomena like mass and electric charge and quantum spin, Kepler’s laws of planetary motion, deflection of starlight by the sun, tides, falling bodies, Earth’s orbit, ancient Greek philosophers, Newton, Kepler, Galileo, Aristotle, Parmenides, Zeno of Elea, time travel into the past as well as the future, the elimination of distances in space, humanity’s construction of this universe we live in, The Law of Conservation of Matter-Energy, and support for the science-fiction-like idea of the electronic binary digits of 1 and 0 being the building blocks of our universe. (shrink)

I objected that the defeasibility theory of knowledge prohibits you from knowing that you know that p if your knowledge that p is a posteriori. Rodrigo Borges claims that Peter Klein has already satisfactorily answered a version of my objection. He attempts to defend Klein’s reply and argues that my objection fails because a principle on which it is based is false.I will show that my objection is not a version of the old one that Klein attempts (...) (unsuccessfully) to address, that Borges’ defence of Klein’s reply fails and that his argument against my new objection leaves it untouched. (shrink)

I provide a novel, non-reductive, action-first skill-based account of active imagining. I call it the Skillful Action Account of Imagining (the skillful action account for short). According to this account, to actively imagine something is to form a representation of that thing, where the agent’s forming that representation and selecting its content together constitute a means to the completion of some imaginative project. Completing imaginative projects stands to the active formation of the relevant representations as an end. The account thus (...) bakes in the means-end order that some in action theory take to be definitional of intentional action. Moreover, in the spirit of this conception of intentional action, I hold that a central feature of the means-end order exhibited in active imagining is the agent’s direct non-observational knowledge both of her act of imagining and of its having this order. The agent knows that she’s actively imagining (that-)p and knows why she actively imagines this–to carry on the pretense, engage in the fiction, predict another’s behavior, reason about possibility or necessity, reason about contingent matters of fact, just imagine for its own sake, and so on. I show that the account accounts for the possibility of misimagining while holding onto the idea that we imagine what we intend to imagine. I likewise show that the account unifies imagining across types of imaginative project like those just listed in a way that tolerates conflict in the roles that imagining plays in the mental economy across those projects. Finally, I show that the account can accommodate passive imagining like involuntary and automatic imagining as well as mind wandering. -/- Acknowledgments: I'd like to thank Amy Kind, Robert Brandom, Colin Allen, Peter Langland-Hassan, Alison Springle, Daniel Munro, Nick Wiltsher, and Andrew Rubner for excellent comments on earlier drafts from which this paper greatly benefited. I'd also like to thank two anonymous reviewers for extremely helpful comments. And I'd like to thank participants of the 2022 Simulationism Conference hosted by the Centre for Philosophy of Memory and the 4th Annual Conference [Online/Virtual] for Imagination Domination (COVID) hosted by Amy Kind for excellent feedback on earlier versions of the paper. (shrink)

OBJETIVO A gestação nos mamíferos domésticos é um processo fisiológico que implica mudanças físicas, metabólicas e hormonais na fêmea, que culminam com o nascimento de um novo indivíduo. Desta forma, a compreensão de tais mudanças e como estas favorecem um ambiente ideal de desenvolvimento embrionário inicial, até a placentação e a fisiologia envolvidas durante esses processos é fundamental na tomada de decisões quanto à saúde reprodutiva da fêmea, na seleção de futuras matrizes e até mesmo para a saúde fetal e (...) sanidade do novo animal. Neste capítulo, o estudante compreenderá de forma clara, concisa, didática e objetiva, as adaptações maternas e fetais para o estabelecimento da gestação após a fecundação, o desenvolvimento desta e também identificará as diferenças existentes entre as espécies de interesse zootécnico. INTRODUÇÃO O estabelecimento da gestação nos mamíferos domésticos inclui três etapas fundamentais: o reconhecimento materno da gestação ou prenhez (RMP), a implantação e a placentação. Dentro da fisiologia da reprodução nos mamíferos, a implantação e a placenta- ção constituem processos essenciais na nutrição do embrião e do feto e, portanto, para seu desenvolvimento; devido a isso, são etapas críticas para a produção animal já que possuem um efeito direto sobre a eficiência reprodutiva. Nos bovinos leiteiros, por exemplo, estima-se uma taxa de fertilização perto de 95%, embora apenas 55% desses zigotos se desenvolvam e cheguem ao parto, o qual representa uma perda de gestações perto de 35%. Entre 70% e 80% das mortes embrionárias ocorrem durante as três semanas seguintes à ovulação, o que coincide com o período no qual se estabelecem os processos de implantação e placentação supracitados. O desenvolvimento embrionário precoce depende da sincronia de eventos entre o oviduto-útero e o embrião. Foi determinado que a presença do embrião pode modificar as secreções ovidutais e uterinas durante as fases iniciais de desenvolvimento. O ambiente endócrino materno (predominância de progesterona) também modula as características das secreções ovidutais e uterinas para assegurar a sobrevivência embrionária no caso da fertilização ter sido bem sucedida. Se este último ocorrer, então o embrião deverá indicar à mãe a sua existência para que sejam mantidas as condições adequadas ao seu desenvolvimento. Como supracitado, o embrião em seu curso pelo oviduto requer certas secreções para sobreviver e desenvolver-se, no entanto, graças à fertilização in vitro, têm-se dispensado a importância das secreções ovidutais, já que se observou que um embrião é capaz de se desenvolver em condições laboratoriais fora do aparelho reprodutor materno durante as suas fases iniciais, e consegue estabelecer uma gestação normal que chega a termo após a sua reintrodução no útero. Em estágios mais tardios de desenvolvimento o embrião necessita necessariamente do meio uterino para sobreviver e continuar o seu crescimento. No bovino, por exemplo, o embrião só é capaz de alongar-se estando dentro do útero, indicando a presença de fatores específicos necessários para que o embrião se desenvolva de maneira normal. Um meio endócrino no qual predomina a progesterona materna durante a gestação induz a secreção do histiotrofo (ou leite uterino) que permite a nutrição e a sobrevivência do embrião antes da implantação e da formação da placenta, através do qual obterá a maioria do fornecimento e intercâmbio necessários para continuar o seu desenvolvimento intra-uterino. SEGMENTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO PRECOCE O desenvolvimento embrionário precoce, conhecido como período de pré- -implantação, é essencial; inclui processos de divisão e diferenciação celular que são realizadas no início com uma elevada sincronização para garantir o desenvolvimento correto do indivíduo dentro do útero. Esta fase envolve a passagem do zigoto (unicelular), a embrião (multicelular) e, por fim, em concepto (quando se distingue o embrião com suas membranas extraembrionárias). O desenvolvimento precoce é o estágio mais dinâmico e vulnerável na formação de um indivíduo. Investigações recentes demonstraram que alterações nesta etapa podem modificar características produtivas ou reprodutivas durante a vida adulta. É por isso que é necessário conhecer as etapas fisiologicamente normais envolvidas neste processo (figura 1). Em fases mais tardias de desenvolvimento, o embrião se converterá em um feto com todos os sistemas e tecidos diferenciados observados num animal adulto. Após a fertilização, o zigoto resultante é capaz de dar origem a um novo organismo completo, de modo que se considera como uma célula totipotencial. O desenvolvimento embrionário começa e se consegue graças a uma série de divisões mitóticas conhecidas como segmentação ou clivagem (cleavage, em inglês). A primeira divisão mitótica dá origem a duas células filhas idênticas (figura 1), e ocorre por volta das 20 às 30 horas depois da fertilização, com divisões subsequentes a cada 12 a 24 h, dependendo da espécie. As células resultantes destas divisões são conhecidas como blastômeros. A orientação da divisão inicial que dá origem aos dois primeiros blastô- meros, parece ser guiada pela posição dos corpos polares. As divisões iniciais das células embrionárias são sincrônicas, no entanto, conforme o desenvolvimento se torna assincrônicas. Assim, a divisão mitótica inicial dá origem a um embrião de duas células (dois blastômeros), a segunda a um embrião de quatro células, a terceira a um de oito células e a quarta a um com 16 células, onde passa a ser chamado de mórula. Estas divisões são realizadas sem o aumento do volume do citoplasma, para que seja restabelecida uma proporção celular mais adequada à das células somáticas, já que o ovócito é a célula mais grande do organismo (um ovócito mede entre 100 e 150 μm do ovócito, enquanto uma célula somática mede de 10 a 20 μm); e porque o embrião ainda está contido dentro da zona pelúcida (figura 1). Um dos pontos críticos durante o desenvolvimento embrionário precoce é a ativação do genoma embrionário. Durante as etapas iniciais após a fertilização, as proteínas e RNAs “herdados” do ovócito são responsáveis pelo metabolismo e desenvolvimento inicial do embrião. É apenas até o estágio de quatro (ratos) ou oito blastômeros (espécies domésticas e humanas) em que o embrião começa a sintetizar o seu próprio RNAm (mensageiro) e as proteínas específicas necessárias para controlar o seu crescimento e metabolismo. A qualidade do ovócito que é fertilizado, consequente- mente, tem um grande impacto sobre a sobrevivência inicial do embrião. Quando o embrião atinge uma média de 16 a 32 células é conhecido como mórula (tabela 1) (do latim morus: mora), e nesta fase o embrião começa a compactar-se, o que ocorre porque começam a estabelecer-se diferentes uniões celulares, de acordo com a relação espacial entre os blastômeros. As células centrais desenvolvem-se incluindo entre elas junções comunicantes, conhecidas também como junções GAP, enquanto as que se encontram na periferia estabelecem uniões estreitas, dando origem a duas subpopulações distintas de blastômeros: periféricos e centrais. Cabe mencionar que os blastômeros que compõem a mórula ainda são células capazes de dar origem a um novo indivíduo completo, ou seja, são totipotenciais. À medida que a mórula continua a dividir-se e a crescer, as células localizadas na periferia começam a liberar sódio para os espaços intercelulares, criando uma diferença na pressão osmótica seguida pela entrada de água ao embrião. O líquido se acumula e provoca a separação das células, distinguindo ainda mais as duas subpopulações de células mencionadas (periféricas e centrais) e forma-se uma cavidade cheia de líquido. Esta cavidade é conhecida como blastocele; com a sua formação o embrião entra em fase de blastocisto (figura 1, tabela 1). Da subpopulação celular da periferia se origina do trofoblasto (trofoectoderma) que formará a maioria das membranas extraembrionárias (placenta), e da subpopulação central é estabelecida a massa celular interna ou embrioblasto, que dará origem ao embrião propriamente dito, ou seja, ao feto. Ao continuar a multiplicação e crescimento do trofoblasto à medida que o blastocisto se desenvolve, as células da massa interna se diferenciam novamente em dois segmentos distintos: a endoderme primitiva ou hipoblasto e o epiblasto (figura 1), em que todos os tecidos do organismo (saco vitelino) são originados e as células germinativas primordiais. Uma vez formado, o epiblasto continua a dividir-se e a diferenciar-se para dar origem às três placas ou camadas germinativas conhecidas como endoderme, mesoderme e ectoderme. Este processo é conhecido como gastrulação, e durante este diferem-se no embrião as porções craniais, caudais, dorsais e ventrais, processo conhecido como polaridade do embrião, que orienta o desenvolvimento dos diversos tecidos e órgãos do indivíduo. À medida que o blastocisto continua crescendo e diferenciando-se, vai-se acumulando mais líquido no blastocele, com o que a pressão interna aumenta e a zona pelúcida começa a ficar mais fina. Este fato, juntamente com a ação de proteases produzidas pelo embrião, leva à ruptura da zona pelúcida e à saída do blastocisto (eclosão), pelo que, uma vez liberado, o embrião é conhecido como blastocisto eclodido. O trofoblasto embrionário entra, então, em contato direto com o endométrio, o que é considerado como o início da implantação. IMPLANTAÇÃO O trofoblasto embrionário, também conhecido como trofoectoderma, dá origem à maioria das membranas fetais ou placenta fetal. O processo no qual o trofoblasto se une ao endométrio materno é conhecido como implantação; para isso ocorre uma série de processos altamente sincronizados envolvendo secreções embrionárias e maternas, e interações físicas, durante um período limitado conhecido como janela de receptividade. A implantação é considerada um processo gradual que genericamente se divide em cinco fases, algumas das quais podem sobrepor-se parcialmente e diferir segundo a espécie: 1. Eclosão do blastocisto da zona pelúcida (figura 2); -/- 2. Pré-contato e orientação do blastocisto. É o contato inicial entre as células do trofoblasto e do epitélio endometrial, bem como a orientação da massa celular interna e do trofoectoderma, que assume especial importância em espécies cuja implantação é invasiva, como em roedores e primatas; 3. Aposição - refere-se ao posicionamento do blastocisto numa determinada área e de uma forma específica no útero. Começa a interdigitação das vilosidades coriônicas com o epitélio luminal do endométrio. 4. Adesão - requer sistemas de sinalização que envolvem glicoproteínas de adesão, como integrinas, selectinas e galectinas, com os seus ligantes, tanto no epitélio luminal como no epitélio trofoectoderma. 5. Invasão endometrial - este termo se relaciona ao tipo de placentação e é pertinente sobretudo para aquelas espécies onde existe uma fusão entre células do trofoblasto e do epitélio do endométrio durante a formação da placenta, ou que as células trofoblásticas penetrem as camadas endometriais e até modifiquem as células do endométrio que as rodeiam. Existem três tipos de implantação ou nidação. Na nidação central ou não invasiva, a vesícula embrionária ocupa uma posição central na luz do útero e, na sua relação com a mucosa uterina, unicamente através das vilosidades coriônicas (projeções das células trofoblásticas dentro das quais crescem capilares do feto), há adesão mas não invasão da mucosa. Este tipo ocorre nos ungulados domésticos, mas não em carnívoros. Na nidação excêntrica a vesícula embrionária está inserida num canal profundo da mucosa, parcialmente isolada da luz principal, e se apresenta na rata, cadela e gata. A nidação intersticial é própria dos primatas, rato e cobaia, e nesta produz-se a destruição do epitélio e do tecido conjuntivo do útero, de modo que a vesícula embrionária se afunda na própria lâmina mucosa e se desenvolve em um espaço intersticial. Até o momento da implantação, a nutrição do embrião é histotrófica, sendo as substâncias necessárias absorvidas através do trofoblasto, como foi mencionado anteriormente. A partir deste momento, o trofoblasto começa o desenvolvimento de uma série de membranas extraembrionárias que permitirão finalmente a troca de nutrientes e metabólitos entre o sangue materno e o do embrião, constituindo a placenta. Um fato necessário na implantação é a perda de receptores para progesterona no epitélio luminal do endométrio, e pré-sensibilização do mesmo pelos estrógenos. Apesar de parecer um efeito contraditório, este requisito permite o desaparecimento de uma camada de mucina e outros compostos proteicos, que revestem o endométrio e que atuam como uma película antiaderente que inicialmente não permite a aposição e adesão do embrião. O desaparecimento desta camada ocorre durante a janela de receptividade, seja em toda a superfície do endométrio (ruminantes, suínos e roedores) ou nas zonas específicas onde o blastocisto será implantado (humano e coelho). Por esta razão, a interação física entre o embrião e o endométrio desempenha um papel importante na implantação. Uma vez que a camada de glicoproteínas desaparecer, é possível a aposição do trofoectoderma embrionário e das células epiteliais do endométrio, iniciando assim a implantação propriamente dita através da intercomunicação entre os dois tecidos. A implantação pode ser considerada como a fixação do embrião ao útero a partir do ponto de vista físico e funcional. No entanto, como se trata de um processo progressivo e gradual, em que algumas das suas fases podem ser parcialmente sobrepostas, não existe consenso sobre o período em que se inicia e termina. Na borrega, por exemplo, estima-se que ocorra entre o dia 10 e o dia 22, enquanto na vaca entre os dias 11 e 40 pós-ovulação. Nas espécies polítocas, isto é, fêmeas que parem várias crias como as porcas, os blastocistos se distribuem ao longo dos cornos uterinos como resultado de movimentos musculares da parede uterina, aparentemente regulados por prostaglandinas e outros fatores secretados pelo útero. Por exemplo, nas porcas, os blastocistos se movem livremente entre os cornos, e a distribuição dos embriões ao implantar-se é mais uniforme do que poderia ser esperado se ocorresse meramente ao acaso. Tem observado que a deficiência na produção de ácido lisofosfatídico 3 (LPA3) e/ou seu receptor, ocasiona uma falha na distribuição dos embriões no útero. Por outro lado, não há evidência de que um blastocisto implantado exerça alguma influência inibitória sobre a implantação de outro blastocisto próximo a ele. Como supracitado, o processo de implantação inclui uma complexa interação entre o embrião e o útero, e cada um deles provê de estímulos essenciais para favorecer a progressão do outro, apresentando-se diferenças em tempos e particularidades dentro das diferentes espécies. -/- Porca O período de adesão situa-se entre os dias 12 e 24 após a fertilização. Ao redor do dia sete, o blastocisto é eclodido, porque o trofoblasto está em contato direto com o epitélio uterino e começa a proliferar com rapidez. O endoderme se forma e o blastocisto muda de uma pequena vesícula esférica para um tubo muito alongado que chega a medir cerca de um metro em poucos dias, ele que lhe proporciona uma superfície muito ampla para a absorção de nutrientes. Cadela Os embriões migram entre os dois cornos uterinos do dia 12 ao 17 após a fertilização, distribuindo-se de maneira uniforme. Estes embriões aderem ao endométrio entre os dias 16 e 18, e alcançam sua implantação final entre o dia 17 e 20 da gestação. Cabe ressaltar que nos caninos o período de pré-implantação é o mais longo das espécies domésticas, o que ocorre porque a cadela ovula ovócitos imaturos (ovócitos primários) que precisam amadurecer por dois a três dias, para formar ovócitos secundários, antes que a fertilização seja possível. Por isso, o zigoto canino chega à junção útero-tubárica entre o sétimo e o décimo dia após o pico pré-ovulatório de LH (a ovulação ocorre, em média, dois dias após o pico de LH), entrando no útero em estágio de mórula ou blastocisto em torno dos dias 10 a 12 depois do referido pico. Ovelha O desenvolvimento precoce do blastocisto é muito semelhante ao da porca. Observa-se certo grau de adesão desde o dia 10 da gestação, mas o alongamento do embrião é menos extenso do que em suínos e tem início entre o dia 11 e 12. Para a terceira semana o embrião ovino chega a medir até 30 cm de comprimento. O processo de implantação é concluído aproximadamente entre a quarta e quinta semana de gestação (figura 3). Vaca O processo de implantação é semelhante ao da borrega, mas tem início mais tarde. A zona pelúcida se perde por volta do dia 9 a 10 (blastocisto eclodido) e o embrião começa a alongar-se ao redor do dia 12 a 14, atingindo um comprimento de cerca de 60 mm para o dia 16, embora possa haver uma grande variação individual. A partir do dia 33, o córion é formado e existe uma adesão inicial que inclui dois ou quatro cotilédones, que se interdigitam rapidamente com o tecido materno de modo que o embrião começa a nutrir-se através deles. Égua O blastocisto atinge um diâmetro de cinco centímetros aos dois meses e pratica- mente não se alonga. Entre os dias seis e sete após a ovulação, o embrião começa a revestir-se de uma camada glicoproteica que se forma entre o trofoectoderma e a zona pelúcida e que contém e mantém o embrião esférico depois de ter eclodido. Esta cápsula é uma estrutura única nos equinos (cápsula embrionária), afina-se no dia 18 e se perde entre os dias 21 e 23 de gestação. Na décima semana as microvilosidades do córion se interdigitam com a mucosa da parede uterina e na semana 14 é completada a implantação. Espécies não domésticas Em algumas espécies como os marsupiais, os ursos, focas, doninhas e alguns tipos de cervídeos, pode interromper-se temporariamente o desenvolvimento do embrião in utero e adiar a sua implantação, como estratégia evolutiva para favorecer o nascimento das crias em condições ambientais favoráveis para a sua sobrevivência. Esta estratégia é conhecida como diapausa e pode ser uma condição obrigatória ou facultativa para cada gestação, dependendo da espécie. Os mecanismos que a desencadeiam e a concluem não estão totalmente explicados e são espécie-específica. RECONHECIMENTO MATERNO DA GESTAÇÃO (RMG/RMP) O estabelecimento da gestação em mamíferos domésticos requer a presença de um corpo lúteo CL funcional que produz progesterona em quantidades adequadas para manter o desenvolvimento embrionário inicial e permitir mudanças necessárias durante o período de peri-implantação. Para que o corpo lúteo seja mantido e a fêmea seja impedida de reiniciar um novo ciclo estral, o embrião deve sinalizar sua presença para a mãe. O sinal para o reconhecimento materno da gestação (RMG) provém então do embrião e podem ser de dois tipos: luteotrópico ou anti-luteolítico. No primeiro, a(s) substância(s) produzida(s) pelo embrião que atua(am) sobre o corpo lúteo para manter sua funcionalidade, por exemplo a gonadotrofina coriônica humana (hCG) e a prolactina em roedores. O segundo tipo de sinal previne ativamente a luteólise, e é o mecanismo presente nas espécies domésticas em que o embrião produz substâncias como o interferon-τ (IFN-τ) em ruminantes ou os estrógenos em suínos. Ruminantes Como supracitado, o IFN-τ é responsável pela sinalização para o reconhecimen- to materno da gestação neste grupo que engloba cabras, ovelhas e vacas (figura 4). É um fator produzido pelas células do trofoblasto do embrião, e pode ser detectado a partir dos dias 11 a 12 em ovinos e de 14 a 15 em bovinos. Uma vez secretado, o IFN-τ impede a lise do corpo lúteo (efeito anti-luteolítico) por meio do bloqueio indireto da síntese de prostaglandina F2 alfa (PGF2α). No trabalho acerca do ciclo estral foi explicado que a luteólise requer a presença de receptores de ocitocina (OTR) no endométrio, que ao unir-se ao seu ligante, a ocitocina (proveniente inicialmente do hipotálamo e posteriormente de origem lútea), estimulam a produção de PGF2α e estabelecem um feedback positivo, que culminará na destruição do CL. Para que os OTRs sejam sintetizados, é necessária uma estimulação prévia do endométrio com estradiol, que ocorre através da ligação com seus receptores (ER-1). O mecanismo pelo qual o IFN-τ impede a lise do corpo lúteo é bloqueando, direta ou indiretamente, a síntese de OTR e, consequentemente, a produção pulsátil de PGF2α. Suínos No caso dos suínos, considera-se que o sinal embrionário para o reconhecimento materno da gestação são os estrógenos, produzidos pelos embriões em torno do dia 11 a 12 pós-ovulação. O endométrio suíno produz PGF2α que, quando não há gestação, é secretado na circulação uterina (secreção endócrina), de onde é transportada em direção ao CL para causar luteólise. Se há embriões no útero produzindo suficiente quantidades de estradiol, isso redireciona a secreção de PGF2α para o lúmen uterino (secreção exócrina), evitando que seja liberado para a circulação e, portanto, é sequestrado impedindo que chegue ao corpo lúteo (figura 5). É importante enfatizar que a produção de PGF2α não é inibida, mas sua secreção é redirecionada. Este mecanismo é conhecido como teoria endócrino-exócrina. Vale ressaltar que para o sinal de reconhecimento materno da gestação na porca ser eficiente, é necessário a presença de pelo menos quatro embriões, dois em cada corno, uma vez que se não houver dois embriões, um em cada corno, ocorre luteólise e reinicia a atividade cíclica. Embora os estrógenos sejam identificados como o sinal de reconhecimento materno nesta espécie, o embrião suíno também produz outros fatores, como a PGE2 e o ácido lisofosfatídico, considerado necessário para o estabelecimento adequado da gestação. A PGE2 ocasiona uma redução na produção de PGF2α em favor da PGE2 no endométrio e favorece a contração do miométrio para permitir a migração de embriões. O ácido lisofosfatídico, juntamente com seu receptor, é um fator crítico que favorece a migração intra-uterina, e permite uma distribuição adequada dos embriões ao longo dos cornos. Outras substâncias produzidas pelo embrião suíno são o IFN-delta (IFN-δ) e IFN-gama (IFN-γ), que não possuem ação anti-luteolítica, mas poderiam intervir no processo de implantação. Equinos Na égua é essencial que o embrião, ainda rodeado pela sua cápsula embrionária, migre de 12 a 14 vezes por dia através do útero, entre os dias 12 e 14 após ovulação, a fim de distribuir o fator de reconhecimento materno (figura 6). Embora seja sabido que existe, este último ainda não foi identificado, mas foi estabelecido que é da natureza proteica e seu principal efeito é a inibição da produção endometrial de PGF₂α, mediante a redução na formação do receptores de ocitocina; desta forma, evita-se o início do sinal luteolítico. É interessante notar que nesta espécie a ocitocina não é de origem lútea e sim endometrial. Primatas Ao contrário das espécies domésticas mencionadas, o mecanismo de ação do sinal de reconhecimento materno em primatas é luteotrópico. No humano, o embrião produz gonadotrofina coriônica humana (hCG) após o início da implantação (dias 6 a 8). A hCG estende a vida funcional do CL por meio de sua ligação a receptores lúteos para LH, estimulando assim a liberação de progesterona. Este efeito permite a “sobrevivência” do CL pelo menos até o momento em que a produção de progesterona é transferida para a placenta para levar a gestação a termo. Carnívoros Na cadela não é necessário o reconhecimento da gestação, já que normalmente o corpo lúteo tem uma vida média maior que a duração da gestação. Como na égua, a migração dos embriões através do útero antes da implantação pode favorecer o reconhecimento materno. Adicionalmente, tem sido descrito que durante o período antes da implantação (< 10 dias depois da ovulação), há um aumento na expressão de genes relacionados com a imunomodulação local (IFN-γ, IL-4 e CD8+), que não estão presentes em cadelas durante o diestro. A produção de IFN-γ por parte do embrião canino, como em outras espécies, pode estar envolvida na implantação ou o reconheci- mento da gestação, mas até o momento não foi demonstrado de forma inequívoca. Na gata doméstica, o fator que favorece o reconhecimento materno da gestação ainda não foi descrito. Temos que lembrar que seja qual for o mecanismo envolvido, a produção do sinal embrionário de reconhecimento materno da gestação é importante, já que a contínua presença de progesterona na circulação materna, faz possível que ocorra o desenvolvimento precoce do embrião e eventualmente a implantação, com a formação do órgão temporal mais importante para o desenvolvimento fetal: a placenta. Resumindo, o sinal enviado pelo embrião deve ser dado antes do útero começar a secretar PGF2a, hormônio que causa a destruição do corpo lúteo produtor da progesterona necessária para a gestação. O embrião deve secretar algumas substâncias (denominadas EPF: Early Pregnant Factors/fatores de gestação precoce) que capte o endométrio materno e sirva para evitar a ação luteolítica da PGF2a. Na porca, em vez de ser evitada a secreção de PGF2a, o referido hormônio é “sequestrado na luz do útero” e, desta forma, passa a secretar-se em forma exócrina, sem ter efeito sobre o corpo lúteo. No bovino, o reconhecimento materno da gestação é o processo fisiológico no qual o embrião, por meio de sinais moleculares como a secreção de interferon-τ (IFN-τ), anuncia sua presença no trato reprodutivo materno a fim de evitar que seja desencadeado o mecanismo luteolítico exercido pela PGF2a sobre o corpo lúteo. PLACENTAÇÃO Nos mamíferos domésticos, o processo de implantação é gradual e prolongado, e ocorre paralelamente a processos como a gastrulação e a formação de membranas extra- embrionárias: saco vitelino, âmnio, alantóides e córion. A formação das membranas extraembrionárias nos mamíferos eutérios, ou seja, aqueles que formam uma placenta completa, é um processo indispensável que permite ao embrião aderir-se ou implantar-se ao endométrio materno. As quatro membranas extraembrionárias mencionadas são formadas a partir do trofoblasto, mesoderme e endoderme embrionários. O saco vitelino fornece nutrientes no desenvolvimento inicial do embrião e se converte em vestigial quando a gestação progride; tem origem no endoderma primitivo, estrutura que junta com o trofoblasto e o mesoderma, formam o córion e âmnions. O âmnion contém o líquido amniótico que está em contato direto com o embrião e é a membrana mais interna; ademais, protege o feto, proporciona lubrificação para o parto e serve como um depósito para urina e resíduos fetais. O córion, por outro lado, é a membrana mais externa do embrião e, portanto, é a que entra em contato direto com o endométrio uterino materno; se fixa ao útero, absorve nutrientes do útero, permite a troca gasosa materno/fetal e produz hormônios. O alantóide se origina de uma evaginação do intestino primitivo e é de onde surge o sistema vascular da placenta fetal; a fusão com o córion (placenta cotiledonária), carrega os vasos sanguíneos do cordão umbilical, que liga o feto com o alantóide e é um reservatório de nutrientes e resíduos. Conforme o embrião se desenvolve, o saco vitelino regride e o alantóide se enche de líquido, pelo que este último se funde com o córion para formar o corioalantóides, que se torna a membrana mais externa e, portanto, a porção fetal do placenta. A placenta é um órgão temporário que representa uma interface através da qual realiza a troca bidirecional de nutrientes, gases, hormônios e outras substâncias entre a mãe e o feto. A unidade funcional da placenta são as vilosidades corioalantóicas, as quais são projeções pequenas dos corioalantóides que se interdigitam com o endométrio uterino, cuja superfície de absorção permite essa troca. A placenta é um órgão endócrino capaz de produzir uma gama de hormônios que ajudam a controlar o ambiente uterino, favorecendo o desenvolvimento do feto, além disso possui um papel importante no momento do parto. Nas diferentes espécies a placenta tem características particulares, pelo qual existem várias classificações, de acordo com a sua posição uterina, a distribuição das vilosidades corioalantóicas e a sua histologia. Posição uterina Refere-se à posição do concepto em relação ao lúmen uterino (figura 7). Central: O concepto ao ser implantado permanece em contato com o lúmen do útero. A maioria das espécies domésticas de importância veterinária estão dentro desta classificação. Excêntrica: O concepto penetra parcialmente o endométrio materno, mas mantém um certo contato com o lúmen uterino. Os roedores (ratos e ratos) e a coelha possuem este tipo de placentação. Intersticial: O embrião invade o endométrio, perde contato com o lúmen uterino, e ao crescer o lúmen uterino se oblitera. Os humanos e a maioria dos primatas mostram este tipo de placenta. Distribuição das vilosidades As vilosidades que formam a interface materno-fetal podem estar distribuídas de maneira diferente ao longo da superfície dos corioalantóides, pelo qual a placenta pode ser classificada como (figura 8): Difusa: Neste tipo de placenta as vilosidades estão distribuídas ao comprimento de toda a superfície do córion (corioalantóides) de maneira uniforme. As placentas de suínos e equinos se enquadram nesta classificação, embora, nesta última espécie, as vilosidades formem estruturas mais ramificadas, que são chamadas microcotilédones (figura 10). Zonal: Esta placenta se apresenta nos carnívoros domésticos, tanto caninos como felinos. As vilosidades que determinam a zona de troca de nutrientes e resíduos, e de ligação com o endométrio são delimitadas de forma a formar uma cintura central em torno do feto (figura 9). Distingue-se também uma segunda região chamada paraplacenta, que se localiza em ambos lados deste “cinto”, e do qual a função não é inteiramente conhecida, embora sabe-se que desempenha um papel importante na troca de ferro da mãe para o feto. As extremidades laterais dos corioalantóides nestas placentas não possuem vilosidades por isso não se ligam ao endométrio. Uma terceira região é a zona transparente nas extremidades distais do córion que tem pouca vascularização. Esta zona pode estar envolvida na absorção de materiais diretamente do lúmen uterino (figura 11). Cotiledonária: É o tipo de placentação que se encontra presente nos ruminantes (ovinos, caprinos e bovinos). As vilosidades coriônicas nestas espécies são agrupadas em pequenas áreas do córion chamadas cotilédones, que se interdigitam e fundem-se parcialmente com locais delimitados no endométrio chamados carúnculas, formando, em conjunto, estruturas conhecidas como placentomas. Cabe destacar que as carúnculas carecem de glândulas endometriais, que só estão presentes nas porções inter-carun- culares do endométrio. Os placentomas, por sua vez, são altamente vascularizados e são remodelados com o progresso da gestação, ramificando-se para aumentar a superfície de troca e o fluxo sanguíneo para aumentar os requisitos do feto em crescimento. Nas zonas inter-carunculares, a placenta é ligada ao endométrio por meio de sistemas de adesão superficial que envolvem glicoproteínas. Acredita-se que a adesão do concepto com o endométrio (carúnculas) é estabelecida em torno de 30 dias em ovinos e 40 dias em bovinos. (figuras 13 a 17). Discoidal: Nestas placentas, as vilosidades agrupam-se numa área circular ou oval, formando uma estrutura discoidal. Este tipo de placenta é encontrada principal- mente em coelhas, roedores e primatas, incluindo os humanos. Histologicamente Esta classificação considera o número de camadas de tecido que compõem a placenta e que separam a circulação materna da circulação fetal (tabela 3). O número máximo é de seis camadas, três do lado fetal (córion, tecido intersticial e endotélio do vaso sanguíneo) e três do lado materno (epitélio endometrial, tecido intersticial e endotélio vascular) (figura 19 e tabela 3). O modo de distinguir e nomear os diferentes tipos de placenta nesta classificação é usando como prefixo a camada materna que está em contato com o córion fetal. As diferentes placentas baseados em sua histologia são as seguintes (figura 19): Epiteliocorial: É o menos íntimo entre os tipos de placentas (figura 20). Estas placentas conservam intactas as seis camadas de tecido, portanto que mantêm as circulações materna e fetal mais separadas, e consideradas como as mais impermeáveis. Este tipo de placenta está presente na porca e égua. Lembre-se de que as placentas da porca e da égua são diferentes e as vilosidades ocupam uma grande proporção da área de superfície do córion (figura 19 A). Também apresenta-se nos ruminantes, no entanto, as placentas dos ruminantes apresentam algumas características particulares que as colocam como um subgrupo e se chamam sinepiteliocorial ou sindesmocorial (figura 19 B). Na vaca, este tipo apresenta-se nos primeiros 2-3 meses de gestação. Além da característica de erosão parcial do epitélio endometrial, um tipo de célula único é encontrado na placenta de ruminantes. Essas células são chamadas células gigantes binucleadas. Como o nome indica, elas são caracterizadas como bastante grandes e com dois núcleos. Na placenta dos ruminantes, algumas células do epitélio coriônico conhecidas como células binucleadas, se fundem com algumas células do epitélio endometrial, criando inicialmente células gigantes trinucleadas e mais tarde placas ou sincícios multinucleados. Estes sincícios têm em consequência uma origem tanto fetal como materna, que criam lugares delimitados nos quais em vez de existir intacta uma camada de epitélio coriônico e outra de epitélio endometrial, encontra-se uma só camada que combina as duas origens. As células gigantes binucleadas migram e mudam seu número ao longo da gestação em forma dinâmica. Este tipo celular é importante porque secretam uma variedade de hormônios. Células gigantes binucleadas aparecem por volta do dia 14 na ovelha e entre os dias 18 e 20 na vaca. Endoteliocorial: 5 camadas. Neste tipo de placentação o córion fetal está em contato direto com o endotélio vascular do endométrio graças à erosão do epitélio e do tecido conectivo endometrial (tecido intersticial) durante a implantação (figura 19 C). De modo que o intercâmbio de substâncias e resíduos só requer atravessar quatro camadas de tecidos. Este tipo de placenta é presente principalmente em cães e felinos. Nota-se nas figuras 19 C e 21 que este tipo de placenta é mais íntimo do que a placenta epiteliocorial porque o epitélio endometrial não existe mais. Hemocorial: 3 camadas (figura 22). Aqui o epitélio coriônico está intacto e entra em contato direto com o sangue materno em regiões onde formam reservatórios de sangue semelhantes a poços (figura 19 D). O intercâmbio de substâncias e resíduos entre a mãe e o feto é mais direto uma vez que é necessário atravessar apenas três camadas para chegar até à circulação fetal. Algumas espécies de primatas, incluindo o ser humano e os roedores possuem este tipo de placentação. MEMBRANAS EXTRAEMBRIONÁRIAS EM AVES Ao mesmo tempo que se estabelece o corpo embrionário e os esboços de cada um dos órgãos começam a gerar-se, torna-se imperioso garantir a sobrevivência do embrião. Tenha-se em conta que nas aves todo o necessário para o desenvolvimento é encontrado no ovo pelo que deve-se reforçar a eficácia das estruturas criadas para garantir o objetivo a que se destina. O exterior é fornecido apenas com o O2; emite CO2 e vapor de água no exterior (perda de 15% da água durante a incubação inicial). Além disso, o neonato não é imaturo, como nos anfíbios, mas está em um estádio maduro juvenil. Como indicado, são quatro as problemáticas a que deve fazer frente o embrião: prover-se de um meio que garanta o desenvolvimento volumétrico, amortecendo os movimentos físicos excessivos que possam traumatizá-lo e evitar a dessecação; assegurar que os nutrientes (vitelo e albúmen) sejam incorporados de forma correta no interior do embrião; assegurar o intercâmbio de gases; e eliminar substâncias tóxicas derivadas do metabolismo proteico. Para atender estas necessidades são desenvolvidas uma série de membranas extrambrionárias que se vão expandindo progressivamente pelo interior do ovo. A dureza da casca e sua relativa impermeabilidade protege-o igualmente da intempérie terrestre. -/- Figura 23: Evolução das membranas extraembrionárias de galinha (3 e 10 dias de incubação). -/- Saco vitelino: o saco vitelino é a primeira membrana extraembrionária em formação. Aparece como consequência direta da gastrulação: as camadas germinativas que se formam ao nível do disco embrionário expandem-se progressivamente contornando o vitelo. Assim, as células provenientes da área opaca (equivalente ao trofoblasto dos mamíferos) migram sobre o vitelo, terminando quase por cobrir, o mesmo ocorre com o endoderma mais internamente, formando-se assim um saco bilaminar. Posteriormente, o mesoderma se interpõe entre ambos, progredindo igualmente no sentido distal, rodeando o endoderma e aderindo-se ao mesmo e ao equivalente de trofoblasto. Ao estabelecer-se o celoma, o saco é constituído pelo endoderma e folha esplâncnica do mesoderma lateral. Este mesoderma vai progredindo no sentido distal e se vasculariza profunda- mente; os vasos distais se anastomosam formando um anel vascular denominado seio terminal, que marca o limite do mesoderma em expansão. Assim, sobre o vitelo é distinguível um área distal não vascularizada (área vitelina) e uma área proximal vascularizada (área vasculosa) que vai ficando progressivamente maior. Ao sexto dia de incubação mais da metade da superfície do vitelo foi envolvido pelo mesoderma. Os nutrientes do vitelo são absorvidos e desdobrados a componentes mais simples por enzimas produzidas pelo endoderma, sendo incorporados aos vasos vitelinos que os veicularão até o coração, que os impulsionará a todo o embrião. Durante a fase embrionária (até ao sexto dia de incubação), o oxigênio do exterior chega até a área vasculosa por difusão, incorporando-se daqui ao embrião; além disso, durante a primeira semana, as alterações na composição e volume do vitelo fazem que se disponha flutuando sobre o albúmen, o que faz com que a área vasculosa fique em contato com a casca, favorecendo-se assim a respiração. O intestino primitivo se instaura a partir das porções mais proximais do saco vitelino à vez que o corpo é fechado (2º-3º dia). O saco vitelino vai regredindo à medida que se vão esgotando os nutrientes do vitelo que aloja. Pouco antes do nascimento é incorporado à cavidade corporal como divertículo vitelino que fica unido ao jejuno; o divertículo vitelino persiste até seis dias após o nascimento, constituindo uma fonte adicional de nutrientes. -/- Figura 24: Feto de galinho ao fim, perto de ser eclodido. -/- mnios: no segundo dia (-30 horas) de incubação se formam as dobras amnióticas na somatopleura extraembrionária, perto do disco embrionário. Progridem dorsalmente, terminando por convergir e fundir-se cerca de 72 horas de incubação, coincidindo com o fechamento corporal, assim sendo constituído o âmnios, que terminará perdendo todo o contato com o córion. A cavidade amniótica que limita está cheia de um líquido seroso que garante que o embrião seja desenvolvido em um meio aquoso; este líquido é secretado pelo âmnios, mas também composto por substâncias formadas pelos rins, cavidade oral e aparelho respiratório. Córion: após a formação do celoma e o estabelecimento e fusão das dobras amnióticas, a parte da somatopleura extraembrionária que fica mais periférica constitui o córion (também denominado serosa nas aves); permanece formada pela área opaca expandida e mesoderma somático. Progressivamente vai aderindo-se à membrana testácea interna deslocando o albúmen; sobre o dia 12 termina por cobrir toda a superfície interna da casca. Intervém na troca gasosa com o meio ambiente através dos poros da casca e na captação do cálcio desta. Alantóides: o alantóide inicia a sua formação no dia 3 de incubação. Cresce rapidamente, ocupando o espaço exocelômico, terminando por cobrir o âmnios e saco vitelino. Progressivamente, entre os dias 4 a 10, sua parte mais externa se funde com o córion, formando-se o alantocórion, membrana trilaminar que cobrirá a superfície interna da casca, aderindo-se à membrana testácea interna, cujo mesoderma (esplâncnico) se vasculariza intensamente. A partir do dia 7 substitui completamente a área vasculosa como órgão respiratório, sendo garantido o aumento gradual das necessidades de troca gasosa na fase fetal do desenvolvimento (desde o dia 8), de rápido crescimento. A capacidade de capilarização desta membrana é muito maior do que a do saco vitelino. Na cavidade alantóica acumula-se a urina produzida pelos rins, afastando os produtos tóxicos do embrião; a membrana também age sobre este fluido intervindo na manutenção do equilíbrio hídrico e mineral do embrião. -/- Figura 25: Formação do saco vitelino. Limite entre a área vascular e avascular. Seio terminal. -/- O albúmen perde água rapidamente e torna-se menos volumoso e mais viscoso, terminando por desaparecer progressivamente. A ligação do alantocórion à membrana testácea interna faz com que seja marginalizado para uma posição periférica, no polo agudo do ovo. Aqui, o alantocórion que o rodeia constitui o saco do albúmen. O albúmen é a principal fonte de água e proteínas. A água é incorporada ao vitelo, o que, ao tornar-se mais volumoso, provoca que, entre os dias 3 e 4, se rompa a membrana vitelina; apenas restos mortais devem permanecer entre o saco vitelino e o albúmen. Dentro do saco vitelino, a água se acumula principalmente sob o embrião -fluido subembrionário-; este fluido atinge o seu volume máximo (15 ml) no dia 6. As proteínas serão incorporadas principalmente a partir de no dia 12, seja através do saco vitelino, do saco do albúmen ou por ingestão de líquido amniótico, dada a comunicação seroamniótica que se estabelece. Na galinha, a eclosão ocorre aos 21 dias de incubação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -/- Anotações de aulas de Embriologia Básica, Prof. Dr. Edson João da Silva, UFRPE, 2021. BAZER, Fuller W. et al. Novel pathways for implantation and establishment and maintenance of pregnancy in mammals. MHR: Basic science of reproductive medicine, v. 16, n. 3, p. 135-152, 2009. CARTER, Anthony M. Evolution of placental function in mammals: the molecular basis of gas and nutrient transfer, hormone secretion, and immune responses. Physiological Reviews, 2012. CARTER, A. M.; ENDERS, A. C. Placentation in mammals: Definitive placenta, yolk sac, and paraplacenta. Theriogenology, v. 86, n. 1, p. 278-287, 2016. CONSTANTINESCU, G.M.; SCHATTEN, H. Comparative reproductive biology. Carlton: Blackwell Publishing, 2007. 402p. Avicultura: Formação do Ovo. Desenvolvimento Embrionário e Diferenciação Sexual nos Animais Domésticos. Disponível em:. Acesso em: Dezembro de 2021. Diferenciação e Determinação Sexual dos Animais. Fisiologia do Ciclo Estral dos Animais Domésticos. Emanuel Isaque Cordeiro da Silva, 2021. Manejo na Avicultura: Postura, Iluminação e Incubação dos Ovos. Transporte de Gametas, Fertilização e Segmentação. FERRER‐VAQUER, Anna; HADJANTONAKIS, Anna‐Katerina. Birth defects associated with perturbations in preimplantation, gastrulation, and axis extension: from conjoined twinning to caudal dysgenesis. Wiley Interdisciplinary Reviews: Developmental Biology, v. 2, n. 4, p. 427-442, 2013. GALINA, Carlos; VALENCIA, Javier. Reproducción de los animales domésticos. 2006. GEISERT, Rodney D.; SPENCER, Thomas E. Placentation in Mammals. Springer, 2021. GINTHER, O. J. Reproductive Biology of The mare: Basic and Applied Aspects. 2. ed. Cross Plains, Wisconsin: Equiservices, 1992. GUILLOMOT, Michel. Cellular interactions during implantation in domestic ruminants. Journal of Reproduction and Fertility-Supplements only, n. 49, p. 39-52, 1995. KLEIN, C.; TROEDSSON, M. H. T. Maternal recognition of pregnancy in the horse: a mystery still to be solved. Reproduction, Fertility and Development, v. 23, n. 8, p. 952-963, 2011. MIGLINO, Maria Angelica et al. The carnivore pregnancy: the development of the embryo and fetal membranes. Theriogenology, v. 66, n. 6-7, p. 1699-1702, 2006. MOFFETT, Ashley; LOKE, Charlie. Immunology of placentation in eutherian mammals. Nature Reviews Immunology, v. 6, n. 8, p. 584-594, 2006. PRETZER, S. D. Canine embryonic and fetal development: A review. Theriogenology, v. 70, n. 3, p. 300-303, 2008. SENGER, Phillip L. et al. Pathways to pregnancy and parturition. Current Conceptions, Inc., 1615 NE Eastgate Blvd., 2012. SOZEN, Berna; CAN, Alp; DEMIR, Necdet. Cell fate regulation during preimplantation development: a view of adhesion-linked molecular interactions. Developmental biology, v. 395, n. 1, p. 73-83, 2014. SPENCER, Thomas E. et al. Pregnancy recognition and conceptus implantation in domestic ruminants: roles of progesterone, interferons and endogenous retroviruses. Reproduction, fertility and development, v. 19, n. 1, p. 65-78, 2006. VERSTEGEN-ONCLIN, K.; VERSTEGEN, J. Endocrinology of pregnancy in the dog: a review. Theriogenology, v. 70, n. 3, p. 291-299, 2008. WOODING, Peter; BURTON, Graham. Comparative placentation: structures, functions and evolution. Springer Science & Business Media, 2008. FIXAÇÃO DO ASSUNTO -/- 1. Defina e diferencie os processos de desenvolvimento embrionário precoce, alonga- mento e gastrulação. -/- 2. O que é implantação? Caracterize as fases do processo de implantação. -/- 3. Qual a importância do acúmulo de líquido no interior do blastocele? Qual a importân- cia da eclosão do blastocisto? -/- 4. Caracterize os três tipos de implantação e, depois, explique e diferencie os meios de implantação nas fêmeas domésticas. -/- 5. Defina e caracterize os meios de reconhecimento materno da gestação (RMG) nos animais domésticos. -/- 6. O que diferencia o RMG em ruminantes e suínos? -/- 7. Qual o papel do estradiol no RMG em porcas? O que ocorre quando a porca não fica gestante? -/- 8. Explique o RMG em cães e gatos. -/- 9. Defina placentação e sua importância para a reprodução dos animais domésticos. -/- 10. Quais são as classificações da placentação? Classifique a placentação das fêmeas domésticas. -/- 11. Caracterize e diferencie o processo de placentação em fêmeas domésticas. -/- 12. Observe a figura e responda o que se pede:. (shrink)

Court cases involving sexual assault and police violence rely heavily on victim testimony. We consider what we call the “Traumatic Untrustworthiness Argument (TUA)” according to which we should be skeptical about victim testimony because people are particularly liable to misremember traumatic events. The TUA is not obviously based in mere distrust of women, people of color, disabled people, poor people, etc. Rather, it seeks to justify skepticism on epistemic and empirical grounds. We consider how the TUA might appeal to the (...) psychology and neuroscience of memory for empirical support. However, we argue that neither support the TUA. (shrink)

Klein, Nguyen, & Zhang (in press) argued that the evolutionary transition from respondent to agent during the Cambrian Explosion would be a promising vantage point from which to gain insight into the evolution of organic sentience. They focused on how increased competition for resources -- in consequence of the proliferation of new, neurally sophisticated life-forms -- made awareness of the external world (in the service of agentic acts) an adaptive priority. The explanatory scope of Klein et al (in (...) press) was limited to consideration of the conscious apprehension of externally sourced content – i.e., content delivered from the sensory registration of objects occupying phenomenal space. But consciousness – at least for humans -- takes its objects from internal as well as external sources. In the present article we extend their analysis to the question of how internally sourced content (i.e., mental states) became the object of conscious apprehension. (shrink)

The explanatory challenge of sentience is known as the “hard problem of consciousness”: How does subjective experience arise from physical objects and their relations? Despite some optimistic claims, the perennial struggle with this question shows little evidence of imminent resolution. In this article I focus on the “why” rather than on the “how” of sentience. Specifically, why did sentience evolve in organic lifeforms? From an evolutionary perspective this question can be framed: “What adaptive problem(s) did organisms face in their evolutionary (...) past and how were those challenges met? I argue that sentience was a critical component of the adaptive solution (i.e., adopting an agentic stance) to increasingly complex and unpredictable demands placed on vertebrates approximately 500 million years ago (the so-called Cambrian explosion). One consequence of taking an agentic stance is that it freed the organism from its neural moorings, positioning it within phenomenal space outside its brain. (shrink)

In this article I want to alert investigators who are familiar only with our neuropsychological investigations of self-knowledge to our earlier work on model construction. A familiarity with this foundational research can help avert concerns and issues likely to arise if one is aware only of neuropsychological extensions of our work.

This paper argues that, by construing emotion as epistemologically subversive, the Western tradition has tended to obscure the vital role of emotion in the construction of knowledge. The paper begins with an account of emotion that stresses its active, voluntary, and socially constructed aspects, and indicates how emotion is involved in evaluation and observation. It then moves on to show how the myth of dispassionate investigation has functioned historically to undermine the epistemic authority of women as well as other social (...) groups associated culturally with emotion. Finally, the paper sketches some ways in which the emotions of underclass groups, especially women, may contribute to the development of a critical social theory. (shrink)

In this long-awaited compendium of new and newly revised essays, Alison Wylie explores how archaeologists know what they know. -/- Preprints available for download. Please see entry for specific article of interest.

In their critique of Klein (2014a), Trafimow and Earp present two theses. First, they argue that, contra Klein, a well-specified theory is not a necessary condition for successful replication. Second, they contend that even when there is a well-specified theory, replication depends more on auxiliary assumptions than on theory proper. I take issue with both claims, arguing that (a) their first thesis confuses a material conditional (what I said) with a modal claim (T&E’s misreading of what I said), (...) and (b) their second thesis has the unfortunate consequence of refuting their first thesis. (shrink)

ABSTRACT. May scientists rely on substantive, a priori presuppositions? Quinean naturalists say "no," but Michael Friedman and others claim that such a view cannot be squared with the actual history of science. To make his case, Friedman offers Newton's universal law of gravitation and Einstein's theory of relativity as examples of admired theories that both employ presuppositions (usually of a mathematical nature), presuppositions that do not face empirical evidence directly. In fact, Friedman claims that the use of such presuppositions is (...) a hallmark of "science as we know it." But what should we say about the special sciences, which typically do not rely on the abstruse formalisms one finds in the exact sciences? I identify a type of a priori presupposition that plays an especially striking role in the development of empirical psychology. These are ontological presuppositions about the type of object a given science purports to study. I show how such presuppositions can be both a priori and rational by investigating their role in an early flap over psychology's contested status as a natural science. The flap focused on one of the field's earliest textbooks, William James's Principles of Psychology. The work was attacked precisely for its reliance on a priori presuppositions about what James had called the "mental state," psychology's (alleged) proper object. I argue that the specific presuppositions James packed into his definition of the "mental state" were not directly responsible to empirical evidence, and so in that sense were a priori; but the presuppositions were rational in that they were crafted to help overcome philosophical objections (championed by neo-Hegelians) to the very idea that there can be a genuine science of mind. Thus, my case study gives an example of substantive, a priori presuppositions being put to use—to rational use—in the special sciences. In addition to evaluating James's use of presuppositions, my paper also offers historical reflections on two different strands of pragmatist philosophy of science. One strand, tracing back through Quine to C. S. Peirce, is more naturalistic, eschewing the use of a priori elements in science. The other strand, tracing back through Kuhn and C. I. Lewis to James, is more friendly to such presuppositions, and to that extent bears affinity with the positivist tradition Friedman occupies. (shrink)

In this wide-ranging interview with three members of the Department of Philosophy at the University of Sao Paolo (Brazil) Wylie explains how she came to work on philosophical issues raised in and by archaeology, describes the contextualist challenges to ‘received view’ models of confirmation and explanation in archaeology that inform her work on the status of evidence and contextual ideals of objectivity, and discusses the role of non-cognitive values in science. She also is pressed to explain what’s feminist about feminist (...) research and in that connection outlines her account of feminist standpoint theory and the relevance of feminist analysis to science. (shrink)

In a recent set of articles (Klein et al., 2023; Klein & Loftus, 2024), my colleagues and I used the logic of adaptationism—the application of evolutionary principles to study the functional design of naturally selected systems (e.g., Klein et al., 2002)—to help make sense of the role natural selection played in the evolution of consciousness. To avoid well-known, seemingly intractable problems that accompany efforts to explain “how consciousness is possible in a world that consists in physical objects (...) and their relations” (the so-called “hard problem of consciousness”), we limited investigation to the question of “why natural selection favored consciousness?” In the present article, I try to make amends for this evasion by addressing some of the conceptual challenges posed by the hard problem. Drawing on insights from Klein et al.’s (2023) evolutionary excursion into the why of consciousness, I identify a potential alteration in the referential identity of “subject” and “object” when they are taken as properties of a mental state, and discuss how these changes might offer insight into the how question of consciousness. (shrink)

Drawing on ideas from philosophy (in particular, epistemology), I argue that one of memory’s most important functions is to provide its owner with knowledge of the physical world. This knowledge helps satisfy the organism’s need to confer stability on an ever-changing reality so the objects in which it consists can be identified and reidentified. I then draw a distinction between sources of knowledge (i.e., from physical vs. subjective reality) and argue—based on evolutionary principles—that because memory was designed by natural selection (...) to interface with the physical world, knowledge acquired via sensory/perceptual experiences should be better remembered than internally generated knowledge made available by introspection. A study conducted to test this hypothesis provides support. I conclude that a serious interdisciplinary approach to issues typically considered the purview of psychology best enables researchers to craft well-specified, theoretically based hypotheses that directly target functions of the mind. (shrink)

Alison Bailey’s The Weight of Whiteness: A Feminist Engagement with Privilege, Race, and Ignorance examines how whiteness misshapes our humanity, measuring the weight of whiteness in terms of its costs and losses to collective humanity. People of color feel the weight of whiteness daily. The resistant habits of whiteness and its attendant privileges, however, make it difficult for white people to feel the damage. White people are more comfortable thinking about white supremacy in terms of what privilege does for (...) them, rather than feeling what it does to them. The first half of the book focuses on the overexposed side of white privilege, the side that works to make the invisible and intangible structures of power more visible and tangible. Bailey discusses the importance of understanding privileges intersectionally, the ignorance-preserving habits of “white talk,” and how privilege and ignorance circulate in educational settings. The second part invites white readers to explore the underexposed side of white dominance, the weightless side that they would rather not feel. The final chapters are powerfully autobiographical. Bailey engages readers with a deeply personal account of what it means to hold space with the painful weight of whiteness in her own life. She also offers a moving account of medicinal genealogies, which helps to engage the weight she inherits from her settler colonial ancestors. The book illustrates how the gravitational pull of white ignorance and comfort are stronger than the clean pain required for collective liberation. The stakes are high: Failure to hold the weight of whiteness ensures that white people will continue to blow the weight of historical trauma through communities of color. -/- All rights reserved. No portion of this publication may be reproduced, stored in a retrieval system, or transmitted in any form by any means, electronic, mechanical, photocopying, recording or otherwise without the prior written permission of the publisher. -/- -/- . (shrink)

Feminist standpoint theory has been marginal to mainstream philosophical analyses of science–indeed, it has been marginal to science studies generally–and it has had an uneasy reception among feminist theorists. Critics of standpoint theory have attributed to it untenable foundationalist assumptions about the social identities that can underpin an epistemically salient standpoint, and implausible claims about the epistemic privilege that should be accorded to those who occupy subdominant social locations. I disentangle what I take to be the promising core of feminist (...) standpoint theory from this conflicted history of debate. I argue that non-foundationalist, non-essentialist arguments can be given (and have been given) for attributing epistemic advantage (rather than privilege) to some social locations and standpoints. They presuppose a situated knowledge thesis, and posit contingent advantage relative to epistemic purpose. I illustrate these claims in terms of the epistemic advantages that accrue to a fictional character, from Neely’s novel Blanche on the Lam, who represents a type of standpoint invoked by diverse advocates of standpoint theory: that of a race, class, and gender disadvantaged “insider-outsider” who has no choice, given her social location, but to negotiate the world of the privileged while at the same time being grounded in a community whose marginal status generates a fundamentally different understanding of how the world works. (shrink)

Abstract: If anger is the emotion of injustice, and if most injustices have prominent epistemic dimensions, then where is the anger in epistemic injustice? Despite the question my task is not to account for the lack of attention to anger in epistemic injustice discussions. Instead, I argue that a particular texture of transformative anger – a knowing resistant anger – offers marginalized knowers a powerful resource for countering epistemic injustice. I begin by making visible the anger that saturates the silences (...) that epistemic injustices repeatedly manufacture and explain the obvious: silencing practices produce angry experiences. I focus on tone policing and tone vigilance to illustrate the relationship between silencing and angry knowledge management. Next, I use María Lugones’s pluralist account of anger to bring out the epistemic dimensions of knowing resistant anger in a way that also calls attention to their histories and felt textures. The final section draws on feminist scholarship about the transformative power of angry knowledge to suggest how it might serve as a resource for resisting epistemic injustice. (shrink)

Memory of past episodes provides a sense of personal identity — the sense that I am the same person as someone in the past. We present a neurological case study of a patient who has accurate memories of scenes from his past, but for whom the memories lack the sense of mineness. On the basis of this case study, we propose that the sense of identity derives from two components, one delivering the content of the memory and the other generating (...) the sense of mineness. We argue that this new model of the sense of identity has implications for debates about quasi-memory. In addition, articulating the components of the sense of identity promises to bear on the extent to which this sense of identity provides evidence of personal identity. (shrink)

The Two Selves takes the position that the self is not a "thing" easily reduced to an object of scientific analysis. Rather, the self consists in a multiplicity of aspects, some of which have a neuro-cognitive basis (and thus are amenable to scientific inquiry) while other aspects are best construed as first-person subjectivity, lacking material instantiation. As a consequence of their potential immateriality, the subjective aspect of self cannot be taken as an object and therefore is not easily amenable to (...) treatment by current scientific methods. -/- Klein argues that to fully appreciate the self, its two aspects must be acknowledged, since it is only in virtue of their interaction that the self of everyday experience becomes a phenomenological reality. However, given their different metaphysical commitments (i.e., material and immaterial aspects of reality), a number of issues must be addressed. These include, but are not limited to, the possibility of interaction between metaphysically distinct aspects of reality, questions of causal closure under the physical, the principle of energy conservation. -/- After addressing these concerns, Klein presents evidence based on self-reports from case studies of individuals who suffer from a chronic or temporary loss of their sense of personal ownership of their mental states. Drawing on this evidence, he argues that personal ownership may be the factor that closes the metaphysical gap between the material and immaterial selves, linking these two disparate aspects of reality, thereby enabling us to experience a unified sense of self despite its underlying multiplicity. -/- . (shrink)

I argue that appreciation of the phenomenon of forgetting requires serious attention to its origins and place in nature. This, in turn, necessitates metaphysical inquiry as well as empirical backing – a combination likely to be eschewed by psychological orthodoxy. But, if we hope to avoid the conceptual vacuity that characterizes too much of contemporary psychological inquiry (e.g., Klein, 2012, 2014a, 2015a, 2016a), a “big picture” approach to phenomena of interest is essential. Adopting this investigative posture turns the “received (...) view” of the relation between remembering and forgetting on its head: Rather than treated as the result of breakdowns and limitations of biologically engineered systems of remembering, forgetting is accorded elevated status as the driving force behind the evolution of organic systems of information retention. (shrink)

Philosophy has the dubious distinction of attracting and retaining proportionally fewer women than any other field in the humanities, indeed, fewer than in all but the most resolutely male-dominated of the sciences. This short article introduces a thematic cluster that brings together five short essays that probe the reasons for and the effects of these patterns of exclusion, not just of women but of diverse peoples of all kinds in Philosophy. It summarizes some of the demographic measures of exclusion that (...) are cause for concern and identifies key themes that cross-cut these discussions: gender stereotypes and climate issues, ‘cognitive distortions’ and disciplinary norms. (shrink)

When radiocarbon dating techniques were applied to archaeological material in the 1950s they were hailed as a revolution. At last archaeologists could construct absolute chronologies anchored in temporal data backed by immutable laws of physics. This would make it possible to mobilize archaeological data across regions and time-periods on a global scale, rendering obsolete the local and relative chronologies on which archaeologists had long relied. As profound as the impact of 14C dating has been, it has had a long and (...) tortuous history now described as proceeding through three revolutions, each of which addresses distinct challenges of capturing, processing and packaging radiogenic data for use in resolving chronological puzzles with which archaeologists has long wrestled. In practice, mobilizing radiogenic data for archaeological use is a hard-won achievement; it involves multiple transformations that, at each step of the way, depend upon a diverse array of technical expertise and background knowledge. I focus on strategies of triangulation and traceability that establish the integrity of these data and their relevance as anchors for evidential reasoning in archaeology. (shrink)

I argue that our current practice of ascribing the term “ memory ” to mental states and processes lacks epistemic warrant. Memory, according to the “received view”, is any state or process that results from the sequential stages of encoding, storage and retrieval. By these criteria, memory, or its footprint, can be seen in virtually every mental state we are capable of having. This, I argue, stretches the term to the breaking point. I draw on phenomenological, historical and conceptual considerations (...) to make the case that an act of memory entails a direct, non-inferential feeling of re-acquaintance with one’s past. It does so by linking content retrieved from storage with autonoetic awareness during retrieval. On this view, memory is not the content of experience, but the manner in which that content is experienced. I discuss some theoretical and practical implications and advantages of adopting this more nuanced view of memory. -/-. (shrink)

A central theme of Cheryl Misak’s important new history is that there are two markedly different strands of the pragmatist tradition. One pragmatism traces back to Peirce, she thinks, and it takes seriously the ideals of logical precision, truth, and objectivity. This tradition had its insights carried through later analytic philosophy by figures like C. I. Lewis, Quine, and Davidson, among others. The second pragmatism has its roots in James’s (allegedly) more subjectivistic outlook and after Dewey’s death was revived by (...) Goodman, Rorty, and other so-called “neo-pragmatists.”Misak recommends the Peircean strain because it is “committed to doing justice to the objective dimension of human inquiry” (Misak 2013: 3)... (shrink)

This Target paper is about the hard problem of phenomenal consciousness (i.e., how is subjective experience possible given the scientific presumption that everything from molecules to minerals to minds is wholly physical?). I first argue that one of the most valuable tools in the scientific arsenal (metaphor) cannot be recruited to address the hard problem due to the inability to forge connections between the stubborn fact of subjective experience and physically grounded models of scientific explanation. I then argue that adherence (...) to the physicalist tenets of contemporary science has a limiting effect on a full appreciation of the phenomenon under discussion. (shrink)

Archaeological data are shadowy in a number of senses. Not only are they notoriously fragmentary but the conceptual and technical scaffolding on which archaeologists rely to constitute these data as evidence can be as constraining as it is enabling. A recurrent theme in internal archaeological debate is that reliance on sedimented layers of interpretative scaffolding carries the risk that “preunderstandings” configure what archaeologists recognize and record as primary data, and how they interpret it as evidence. The selective and destructive nature (...) of data capture in archeology further suggests that there may be little scope for putting “legacy” data to work in new ways. And yet archaeologists have been strikingly successful in mining old datasets for new insights. I situate these concerns in the broader context of debate about the epistemic standing of the historical sciences, and then consider three strategies by which archaeologists address the challenges posed by legacy data. The first two – secondary retrieval and recontextualization – are a matter of reconfiguring the scaffolding that underpins evidential reasoning. The third turns on redeploying old data in the context of computational models that support the experimental simulation of the cultural systems and contexts under study. (shrink)

What is W. V. O. Quine’s relationship to classical pragmatism? Although he resists the comparison to William James in particular, commentators have seen an affinity between his “web of belief” model of theory confirmation and James’s claim that our beliefs form a “stock” that faces new experience as a corporate body. I argue that the similarity is only superficial. James thinks our web of beliefs should be responsive not just to perceptual but also to emotional experiences in some cases; Quine (...) denies this. I motivate James’s controversial view by appealing to an episode in the history of medicine when a researcher self-experimented by swallowing a vial of bacteria that at the time had not been studied in much detail. The researcher’s commitment to his own as-yet untested hypothesis was based in part on emotional considerations. Finally, I argue that Quine’s insistence that emotions can never be relevant to adjusting our web of belief reflects a tacit holdover of one of logical positivism’s crucially anti-pragmatist commitments—that philosophy of science should focus exclusively on the context of justification, not the context of discovery. James’s emphasis on discovery as a (perhaps the) crucial locus for epistemological inquiry is characteristic of pragmatism in general. Since Quinean epistemology is always an epistemology of justification, he is not happily viewed as a member of the pragmatist tradition. (shrink)

This article revisits the ethical and political questions raised by feminist debates over essentialism, the belief that there are properties essential to women and which all women share. Feminists’ widespread rejection of essentialism has threatened to undermine feminist politics. Re-evaluating two responses to this problem—‘strategic’ essentialism and Iris Marion Young’s idea that women are an internally diverse ‘series’—I argue that both unsatisfactorily retain essentialism as a descriptive claim about the social reality of women’s lives. I argue instead that women have (...) a ‘ genealogy’: women always acquire femininity by appropriating and reworking existing cultural interpretations of femininity, so that all women become situated within a history of overlapping chains of interpretation. Because all women are located within this complex history, they are identifiable as belonging to a determinate social group, despite sharing no common understanding or experience of femininity. The idea that women have a genealogy thus reconciles anti-essentialism with feminist politics. (shrink)

This is the third draft of a paper that aims to clarify the apparent contradictions in the views presented in certain standards and other specifications of health informatics systems, contradictions which come to light when the latter are evaluated from the perspective of realist philosophy. One of the origins of this document was Klein’s discussion paper of 2005-07-02 entitled “Conceptology vs Reality” and the responses from Smith, as well as the several hours of discussions during the 2005 MIE meeting (...) in Geneva. (shrink)

This article builds on ideas presented in Klein (2015a) concerning the importance of a more nuanced, conceptually rigorous approach to the scientific understanding and use of the construct “memory”. I first summarize my model, taking care to situate discussion within the terminological practices of contemporary philosophy of mind. I then elucidate the implications of the model for a particular operation of mind – the manner in which content presented to consciousness realizes its particular phenomenological character (i.e., mode of presentation). (...) Finally, I discuss how the model offers a reconceptualization of the technical language used by psychologists and neuroscientists to formulate and test ideas about memory. (shrink)

Innovative modes of collaboration between archaeologists and Indigenous communities are taking shape in a great many contexts, in the process transforming conventional research practice. While critics object that these partnerships cannot but compromise the objectivity of archaeological science, many of the archaeologists involved argue that their research is substantially enriched by them. I counter objections raised by internal critics and crystalized in philosophical terms by Boghossian, disentangling several different kinds of pluralism evident in these projects and offering an analysis of (...) why they are epistemically productive when they succeed. My central thesis is that they illustrate the virtues of epistemic inclusion central to proceduralist accounts of objectivity, but I draw on the resources of feminist standpoint theory to motivate the extension of these social -cognitive norms beyond the confines of the scientific community. (shrink)

Classrooms are unlevel knowing fields, contested terrains where knowledge and ignorance are produced and circulate with equal vigor, and where members of dominant groups are accustomed to having an epistemic home-terrain advantage. My project focuses on one form of resistance that regularly surfaces in discussions with social-justice content. Privilege-preserving epistemic pushback is a variety of willful ignorance that many members of dominant groups engage in when asked to consider both the lived and structural injustices that members of marginalized groups experience (...) daily. I argue that this dominant form of resistance is neither an expression of skepticism nor a critical-thinking practice. I suggest that standard philosophical engagements with these expressions of resistance are incapable of tracking the harms of privilege-preserving epistemic pushback. I recommend treating this pushback as a “shadow text,” that is, as a text that runs alongside the readings in ways that offer no epistemic friction. I offer this as one critical philosophical practice for making students mindful of the ways they contribute to the circulation of ignorance and epistemic violence during the course of their discussions. (shrink)

In this paper, I first consider a famous objection that the standard interpretation of the Lockean account of diachronicity (i.e., one’s sense of personal identity over time) via psychological connectedness falls prey to breaks in one’s personal narrative. I argue that recent case studies show that while this critique may hold with regard to some long-term autobiographical self-knowledge (e.g., episodic memory), it carries less warrant with respect to accounts based on trait-relevant, semantic self-knowledge. The second issue I address concerns the (...) question of diachronicity from the vantage point that there are (at least) two aspects of self—the self of psychophysical instantiation (what I term the epistemological self) and the self of first person subjectivity (what I term the ontological self; for discussion, see Klein SB, The self and its brain, Social Cognition, 30, 474–518, 2012). Each is held to be a necessary component of selfhood, and, in interaction, they are appear jointly sufficient for a synchronic sense of self (Klein SB, The self and its brain, Social Cognition, 30, 474–518, 2012). As pertains to diachronicity, by contrast, I contend that while the epistemological self, by itself, is precariously situated to do the work required by a coherent theory of personal identity across time, the ontological self may be better positioned to take up the challenge. (shrink)

This paper critically evaluates Foucault’s relation to Bachelard and Canguilhem. It reconsiders the relevance of the concept of “influence” for treating this relation in order to register the more sceptical position Foucault adopts towards knowledge practices than either of these figures from twentieth-century French epistemology.

In this paper I address a tension in Samantha Vice’s claim that humility and silence offer effective moral responses to white shame in the wake of South African apartheid. Vice describes these twin virtues using inward-turning language of moral self-repair, but she also acknowledges that this ‘personal, inward directed project’ has relational dimensions. Her failure to explore the relational strand, however, leaves her description of white shame sounding solitary and penitent. -/- My response develops the missing relational dimensions of white (...) shame and humility arguing that this strand, once visible, complicates Vice’s project by (1) challenging her unitary and homogenous view of white identity, and (2) demonstrating the important role vulnerability plays in our understandings of white shame. (shrink)

Standpoint theory is an explicitly political as well as social epistemology. Its central insight is that epistemic advantage may accrue to those who are oppressed by structures of domination and discounted as knowers. Feminist standpoint theorists hold that gender is one dimension of social differentiation that can make such a difference. In response to two longstanding objections I argue that epistemically consequential standpoints need not be conceptualized in essentialist terms, and that they do not confer automatic or comprehensive epistemic privilege (...) on those who occupy them. Standpoint theory is best construed as conceptual framework for investigating the ways in which socially situated experience and interests make a contingent difference to what we know (well), and to the resources we have for determining which knowledge claims we can trust. I illustrate the advantages of this account in terms of two examples drawn from archaeological sources. (shrink)

This article is a critical examination of the approach to truth in Foucault’s late writing on the topic of ‘parrhesia’. I argue that his 1983 Berkeley seminar on ‘Discourse and Truth’ approaches the topic of truth as a positive value and that this approach presents, at least prima facie, a problem of continuity with his earlier critique of the presumption of an exclusionary relation between truth and power in works such as Discipline and Punish and The History of Sexuality: An (...) Introduction. Does the ethical notion of ‘parrhesia’ imply a different relation between truth and power than the one developed in the earlier works? And if so, what are we to make of the difference? In particular, 1) what does it mean to say that speaking the truth is dangerous? And 2) Are the two positions on truth compatible? What does it take to reconcile the two perspectives? (shrink)

As a working hypothesis for philosophy of science, the unity of science thesis has been decisively challenged in all its standard formulations; it cannot be assumed that the sciences presuppose an orderly world, that they are united by the goal of systematically describing and explaining this order, or that they rely on distinctively scientific methodologies which, properly applied, produce domain-specific results that converge on a single coherent and comprehensive system of knowledge. I first delineate the scope of arguments against global (...) unity theses. However implausible old-style global unity theses may now seem, I argue that unifying strategies of a more local and contingent nature do play an important role in scientific inquiry. This is particularly clear in archaeology where, to establish evidential claims of any kind, practitioners must exploit a range of inter-field and inter-theory connections. At the same time, the robustness of these evidential claims depends on significant disunity between the sciences from which archaeologists draw background assumptions and auxiliary hypotheses. This juxtaposition of unity with disunity poses a challenge to standard positions in the debate about scientific unity. (shrink)

Social justice demands that we attend carefully to the epistemic terrains we inhabit as well as to the epistemic resources we summon to make our lived experiences tangible to one another. Not all epistemic terrains are hospitable—colonial projects landscaped a good portion of our epistemic terrain long before present generations moved across it. There is no shared epistemicterra firma,no level epistemic common ground where knowers share credibility and where a diversity of hermeneutical resources play together happily. Knowers engage one another (...) on a politically saturated,unlevel knowing fieldwhere members of dominant groups work to forcibly maintain their epistemic home-terrain advantage. I use the metaphor of the unlevel knowing field to capture these oppressive epistemic structures. The unlevel knowing field is a hungry place where all knowledge that fails to nurture and sustain dominant ways knowing risks being dragged onto the dominator's epistemic home turf to be mined, coopted, consumed, or destroyed. Knowledge and willful ignorance circulate with equal vigor in this hungry world. From the standpoint of oppressed/resisting peoples, the unlevel knowing field is a minefield, an epistemic twilight zone, which must be traversed with considerable care and endless attention. The harms epistemic injustice produces are not disembodied harms. Repeated acts of injustice weather our bodies, dull our minds, weaken our hearts, and traumatize the spirit of our communities. They create public-health precarities and invite mental, emotional, physical, and spiritual illness into our being. Epistemic oppression is a cruel thief. It is disorienting, exhausting, and deadly. It triggers anger, anxiety, depression, and resistance. It steals our time, energy, and attention away from more beautiful things. (shrink)

Research on future-oriented mental time travel (FMTT) is highly active yet somewhat unruly. I believe this is due, in large part, to the complexity of both the tasks used to test FMTT and the concepts involved. Extraordinary care is a necessity when grappling with such complex and perplexing metaphysical constructs as self and time and their co-instantiation in memory. In this review, I first discuss the relation between future mental time travel and types of memory (episodic and semantic). I then (...) examine the nature of both the types of self-knowledge assumed to be projected into the future and the types of temporalities that constitute projective temporal experience. Finally, I argue that a person lacking episodic memory should nonetheless be able to imagine a personal future by virtue of (a) the fact that semantic, as well as episodic, memory can be self-referential, (b) autonoetic awareness is not a prerequisite for FMTT, and (c) semantic memory does, in fact, enable certain forms of personally-oriented FMTT. (shrink)

Episodic memory often is conceptualized as a uniquely human system of long-term memory that makes available knowledge accompanied by the temporal and spatial context in which that knowledge was acquired. Retrieval from episodic memory entails a form of first–person subjectivity called autonoetic consciousness that provides a sense that a recollection was something that took place in the experiencer’s personal past. In this paper I expand on this definition of episodic memory. Specifically, I suggest that (a) the core features assumed unique (...) to episodic memory are shared by semantic memory, (b) episodic memory cannot be fully understood unless one appreciates that episodic recollection requires the coordinated function of a number of distinct, yet interacting, “enabling” systems. Although these systems – ownership, self, subjective temporality, and agency – are not traditionally viewed as memorial in nature, each is necessary for episodic recollection and jointly they may be sufficient, and (c) the type of subjective awareness provided by episodic recollection (autonoetic) is relational rather than intrinsic – i.e., it can be lost in certain patient populations, thus rendering episodic memory content indistinguishable from the content of semantic long-term memory. (shrink)

Taking seriously the social dimensions of knowledge puts pressure on the assumption that epistemic agents can usefully be thought of as autonomous, interchangeable individuals, capable, insofar as they are rational and objective, of transcending the specificities of personal history, experience, and context. If this idealization is abandoned as the point of departure for epistemic inquiry, then differences among situated knowers come sharply into focus. These include differences in cognitive capacity, experience, and expertise; in access to information and the heuristics that (...) make it intelligible; and in motivating interests and orienting standpoint. Dissent takes on rather different significance, as a potentially productive feature of epistemic life rather than evidence of a failure of aperspectivality or an indication of error. The central questions are, then, what forms of diversity are epistemically consequential, and how can they best be deployed to ensure that the beliefs we warrant as knowledge are as well grounded and truth-tracking as possible. (shrink)

Following the seminal work of Ingvar (1985. “Memory for the future”: An essay on the temporal organization of conscious awareness. Human Neurobiology, 4, 127–136), Suddendorf (1994. The discovery of the fourth dimension: Mental time travel and human evolution. Master’s thesis. University of Waikato, Hamilton, New Zealand), and Tulving (1985. Memory and consciousness. Canadian Psychology/Psychologie Canadienne, 26, 1–12), exploration of the ability to anticipate and prepare for future contingencies that cannot be known with certainty has grown into a thriving research enterprise. (...) A fundamental tenet of this line of inquiry is that future-oriented mental time travel, in most of its presentations, is underwritten by a property or an extension of episodic recollection. However, a careful conceptual analysis of exactly how episodic memory functions in this capacity has yet to be undertaken. In this paper I conduct such an analysis. Based on conceptual, phenomenological, and empirical considerations,I conclude that the autonoetic component of episodic memory, not episodic memory per se, is the causally determinative factor enabling an individual to project him or herself into a personal future. (shrink)

Laplacean Determinism (his so-called demon argument) is the thesis that every event that transpires in a closed universe is a physical event caused (i.e., determined) in full by some earlier event in accord with laws that govern their behavior. On this view, it is possible, in principle, to make perfect predictions of the state of the universe at any time Tn on the basis of complete knowledge of the state of the universe at time T1. Thus, if identity theory, epiphenomenalism (...) or any other instantiation of Laplacean Determinism is correct, mental events such as free will, intention and other forms of mental agency are tricks of the mind, misleading us into believing our volitional concerns have traction in a world ruled entirely by physical circumstance. Not surprisingly, advocates of free will and related acts of human volition have engaged in spirited debate with adherents to Laplacean orthodoxy, the results of which have been far from conclusive. Rather than join these deliberations, I wholly embrace the demon argument and then ask “what are the consequences of this allegiance?” As I hope to show, acceptance of this argument commits one to a belief in the existence of human precognition. This, I suggest, is a consequence that does not fit comfortably within a contemporary scientific worldview. (shrink)

In Ethics 4, Spinoza argues that “A free man thinks of nothing less than of death, and his wisdom is a meditation on life, not on death” (E4p67). Spinoza’s argument for this claim depends on his view of imagination, reason, and scientia intuitiva and on his notion of conatus. I explicate Spinoza’s view of life in terms of power (potentia) and show that Spinozan death amounts to reconfiguration rather than absolute annihilation. I then show that E4p67 reflects Spinoza’s well-known account (...) of the three kinds of knowing. Thinking of death is quintessentially imaginative and passive. The free person of E4p67 is in contrast a rational person. To reason, and as becomes especially clear E5, to experience scientia intuitiva, moreover is to think of things “without any relation to time, but [rather] sub specie aeternatitis”(E2p44c2) and to experience activity To the extent, then, that we are rational, free, and active, death is a non-issue. Indeed, to the extent that we are able to meditate on life sub specie aeternitatis, we actually experience joy, love (E5p20s, p32c), eternity (Sp23s), and “the greatest satisfaction of the Mind” (E5p27). (shrink)

This paper examines the issue of what the self is by reviewing neuropsychological research,which converges on the idea that the self may be more complex and differentiated than previous treatments of the topic have suggested. Although some aspects of self-knowledge such as episodic recollection may be compromised in individuals, other aspects—for instance, semantic trait summaries—appear largely intact. Taken together, these findings support the idea that the self is not a single, unified entity. Rather, it is a set of interrelated, functionally (...) independent systems. Implications for understanding the self in various areas of psychological research—e.g., neuroimaging, autism, amnesia, Alzheimer’s disease, and mirror self-recognition—are discussed in brief. (shrink)

In this paper I discuss philosophical and psychological treatments of the question "how do we decide that an occurrent mental state is a memory and not, say a thought or imagination?" This issue has proven notoriously difficult to resolve, with most proposed indices, criteria and heuristics failing to achieve consensus. Part of the difficulty, I argue, is that the indices and analytic solutions thus far offered seldom have been situated within a well-specified theory of memory function. As I hope to (...) show, when such an approach is adopted, not only does a new, functionally-grounded answer emerge; we also gain insight into the adaptive significance of the process proposed to underwrite our belief in the memorial status of a mental state (i.e.,autonoetic awareness). (shrink)