Catholic sexual ethics proposes a number of exceptionless moral norms. This distinguishes it from theories which deny the possibility of any exceptionless moral norms (e.g. the proportionalist approach proposed in the aftermath of "Humanae Vitae" and condemned in "Veritatis Splendor"). I argue that Catholic teaching on sexual ethics refers to chosen physical structures in such a way as to make ‘new natural law’ theory inherently unstable. I outline a theory of “the moral act” (Veritatis Splendor 78) which emphasises the place (...) which chosen physical features – in particular, chosen sexual structures – play in specifying human actions. I conclude that this account, involving what I term UMDAs, is needed to make sense of the Church’s teaching in these areas. (shrink)

Conditional willing of morally impermissible actions like adultery tells us something about the moral agent, as does the liability to will such actions in certain unrealised contingencies. However, I argue, a liability to will wrongful actions in some circumstances need not (though it might) affect the moral permissibility of the act intended here and now e.g. terms of going through a marriage ceremony or enjoying sexual acts with one's spouse. This chapter explores the issue of conditional, preparatory or contingent intentions (...) of spouses with critical reference to work of John Finnis in this area. (shrink)

DIFERENCIAÇÃO SEXUAL -/- Emanuel Isaque Cordeiro da Silva Instituto Agronômico de Pernambuco Embrapa Semiárido -/- • _____OBJETIVO -/- Os estudantes de Veterinária e de Zootecnia estão ligados à disciplina Reprodução Animal, um pelos mecanismos fisiológicos para evitar e tratar as possíveis patologias do trato reprodutivo dos animais domésticos, e outro para o entendimento dos processos fisiológicos visando o manejo reprodutivo e a procriação para a formação de um plantel geneticamente melhorado. Sendo assim, a finalidade do presente trabalho é apresentar os (...) mecanismos que regulam as diferenças sobre o desenvolvimento embrionário relativos à diferenciação e determinação sexual de machos e fêmeas, que também incluem o desenvolvimento dos órgãos envolvidos na reprodução e a origem das diferenças entre ambos os sexos. -/- •____INTRODUÇÃO -/- Os organismos que se reproduzem sexualmente são descendentes de organismos ao qual não existia a diferenciação sexual. Em algum momento da evolução surgiu a reprodução sexual como um mecanismo para incrementar a diversidade genética e facilitar a troca de informações genéticas mediante o material genético da fêmea com o do macho. Devido sua origem comum, na maioria das espécies, tanto os machos como as fêmeas possuem todos os genes necessários para desenvolverem-se em qualquer dos sexos. O que efetivamente faz diferença entre os sexos é a forma e a ordem ao qual se expressam os genes durante o processo de desenvolvimento. A diferenciação sexual é regulada principalmente por mecanismos epigenéticos, mais do que as diferenças genéticas de grande magnitude entre os sexos. Todo o controle epigenético de qualquer processo de desenvolvimento depende basicamente de uma série de expressões gênicas, através da qual a expressão de certa combinação de genes resulta na presença de determinadas proteínas, conhecidas como os fatores de transcrição, que induzem ou reprimem a expressão de outro(os) gene(es), a partir dos quais se produzem novas proteínas, que em certos casos também atuam como fatores de transcrição para outros genes, e assim sucessivamente. Logo, a expressão ou falta de expressão de um gene ao início da série pode resultar em um ladrão totalmente diferente da expressão de outros genes subsequentes, o que pode ocasionar profundas mudanças no processo de desenvolvimento e até a mutações indesejáveis. O padrão predeterminado de expressões gênica relativo a diferenciação sexual na maioria das espécies tanto domésticas quanto selvagens, leva ao desenvolvimento de um dos sexos (o padrão predeterminado dos mamíferos é o sexo feminino). Em consequência, a diferenciação faz com que um indivíduo do sexo oposto exija a expressão de um gene de determinação sexual que desvie a subsequente série de expressões gênica em direção ao dito sexo. Nos mamíferos, a expressão do gene SRY, localizado no cromossomo Y (e portanto ausente nas fêmeas), redige o padrão de diferenciação sexual de sua via pré-estabelecida feminina em direção ao padrão masculino. A existência de uma única diferença genética (presença do gene SRY nos machos e ausentes nas fêmeas), vai se amplificando e termina resultando no desenvolvimento de indivíduos diferentes entre si. Esse é um mecanismo de diferenciação sexual cromossômica. O primeiro passo de uma série de diferenciação sexual, em sentido estrito, não depende nem requer necessariamente a presença de um gene diferente em algum dos sexos. O gene “disparador” da diferenciação sexual pode estar presente em todos os embriões, porém pode expressar-se somente em algum deles, devido a fatores ambientais que formam parte da sua regulação epigenética, isto é, uma determinação sexual ambiental. Em algumas espécies de tartarugas ou de lagartos a expressão ou falta de expressão do gene “disparador”, por exemplo, depende da temperatura existente durante a incubação dos ovos, pelo qual alguns embriões desenvolvem-se como machos e outros como fêmeas, apesar de não existir diferença genética entre eles, simplesmente como consequência da temperatura: a determinação sexual depende da temperatura a que cada um deles foi submetido durante a incubação. Em certas espécies as temperaturas mais elevadas facilitam o desenvolvimento de fêmeas e outras de machos, enquanto que em outras espécies as temperaturas amenas (intermediárias) resultam em machos, e as inferiores como as superiores induzem o desenvolvimento de fêmeas. A existência dessa diversidade indica que a temperatura por si mesma não é a que induz ou a que provoca o desenvolvimento do macho e da fêmea, senão a que atua somente como um regulador inicial da diferenciação sexual. Em outras espécies o fator ambiental que regula a determinação sexual pode ser distinto. A densidade populacional, por exemplo, pode atuar como um regulador. Podemos concluir que a determinação sexual dependente da temperatura ou de outros fatores ambientais estabelece-se antes da determinação sexual cromossômica, a qual evoluiu depois como um método que oferece maior certeza e resultado, já que a proporção de machos e fêmeas não é afetada por mudanças ambientais ou de hábitat. -/- •___FORMAÇÃO INICIAL DA GÔNADA -/- Basicamente em todos os embriões, inicialmente se formam as chamadas gônadas indiferenciadas (com o potencial de desenvolver-se em ovários ou testículos) a partir da invasão das cristas genitais pelas células germinais primordiais, que migram desde seu local de origem no epiblasto, perto do lugar onde o saco vitelino se une com o intestino primitivo e que chegam até às cristas genitais que são engrossamentos de tecido situados na região mesonéfrica do embrião. A migração das células germinais primordiais ocorre muito cedo sobre o processo de desenvolvimento do embrião (dia 26 nos bovinos). Ao chegas as cristas genitais, as células germinativas proliferam-se e se organizam com as células somáticas já existentes nas cristas para ir formando a gônada (figura 1). Para regular essa remodelação e conformação adequada da gônada vários genes se expressam, como o OCT-4 (que aparentemente mantém a totipotencialidade da gônada), assim como o SF-1 (Fator esteroidogênico 1) e o WT-1 (gene associado ao tumor de Wilms). Esses dois últimos genes estimulam a proliferação celular e estabelecimento dos cordões sexuais. Nessa etapa inicial do desenvolvimento todos esses genes se expressam sem distinção de sexo, pelo que a gônada em formação mantém a capacidade de se diferenciar em testículo ou em ovário. -/- Figura 1: migração das células germinais primordiais em direção a crista gonodal. Diferenciação das gônadas femininas e masculinas. Fonte: ZARCO, 2018. -/- •___SEXO CROMOSSÔMICO -/- Têm-se observado que nos mamíferos a determinação sexual depende diretamente dos cromossomos. As fêmeas possuem dois cromossomos sexuais X (um contribuído do óvulo e o outro por um espermatozoide “X”). Os machos, por sua vez, possuem um cromossomo sexual X(proveniente do óvulo) e um cromossomo sexual Y, que provém de um espermatozoide “Y” (figura 2). A metade dos espermatozoides produzidos por um macho são X e a metade Y, isso porque durante a espermatogênese a divisão meiótica provoca que a partir de cada espermatócito primário, célula diploide que por pertencer a um indivíduo macho tem um cromossomo X e um Y, se originem das espermátides haploides a cada um das que eles tocam cromossomos X, e outras espermátides haploides as que eles tocam os cromossomos Y. Dessa forma, de acordo com o tipo do espermatozoide que fertilize o ovócito, se originará um indivíduo com cariótipo feminino “XX” ou um cariótipo masculino “XY” (figura 2). Esse processo é conhecido como sexo cromossômico, ao qual se determina o momento da fertilização. Figura 2: nos mamíferos todos os óvulos produzidos pelas fêmeas possuem um cromossomo sexual X. A metade dos espermatozoides produzidos pelos machos possuem um cromossomo X e a outra metade possui um cromossomo Y. Dependendo do cromossomo presente no espermatozoide que fertilize o óvulo pode-se gerar um indivíduo XX (fêmea) ou um XY (macho). Fonte: ZARCO, 2018. -/- O cromossomo “Y” é uma “invenção” relativamente recente na história da evolução das espécies e do estudo da genética. Surgiu a partir de uma mutação de um cromossomo “X”, que resultou na perda de um de seus braços, que é por onde se originou a morfologia do cromossomo Y. A maioria dos genes presentes no cromossomo Y também existem no cromossomo X; assim mesmo somente alguns genes do cromossomo Y foram evoluídos até ser diferentes dos genes do cromossomo X. Embora os machos possuam um cromossomo que não está presente nas fêmeas, esse mesmo cromossomo não aporta toda a informação genética original. Todos os genes existentes nas fêmeas estão também presentes nos dos machos, já que eles também possuem um cromossomo X. Uma particularidade do cromossomo Y, ao existir somente uma cópia nos machos, é que ele sofre um entrecruzamento com um cromossomo análogo durante o processo de meiose, pelo que o cromossomo Y de um macho é idêntico ao de seu progenitor e ao de seus descendentes, exceto no caso em que ocorra uma mutação espontânea. Em contraste, os cromossomos X das fêmeas (um proveniente do pai e outro da mãe) se entrecruzam durante a meiose, por onde cada óvulo produzido pela fêmea terá uma combinação de alelos distinta em seu cromossomo X. Ao estudar as diferenças presentes na sequência de DNA do cromossomo Y, é possível identificar a distância filogenética entre os indivíduos (quanto mais diferenças existirem entre os cromossomos significa que seu ancestral comum está mais longe). Algo análogo ocorre com o DNA das mitocôndrias, que sempre são aportados pela mãe e nunca sofrem recombinação genética. Gene SRY -/- Um dos poucos genes do cromossomo Y que não possuem correspondência com o cromossomo X é o gene SRY (Sex-determining Region of the Y chromossome – região do cromossomo Y determinante do sexo). Esse gene se expressa somente na gônada em formação nos embriões machos, em particular em células precursoras das células de Sertoli; ele codifica uma proteína da família SOX (SRY-like Box) que é uma família formada por proteínas que possuem um domínio de união ao DNA e que atuam como fatores de transcrição. Ao produzir-se a proteína SRY nas células precursoras das células de Sertoli estimula-se a expressão (transcrição) de outro gene análogo, denominado SOX-9 que, por sua vez, atua como um fator de transcrição que ativa a expressão de outros genes, como o FGF-9 (Fibroblast Growth Factor-9), ou seja ele é o estimulante de ativação dos demais. Os produtos dos genes SOX-9 e FGF-9 iniciam uma cascata de expressões que provocam a diferenciação das células de suporte da gônada indiferenciada (crista genital) em células de Sertoli. Em seguida, essas células dirigem a diferenciação das células intersticiais da crista genital em células de Leydig, o que finalmente resulta na formação de um testículo. Outro dos efeitos da proteína codificada por SOX-9 é um estímulo maior da expressão de seu próprio gene, pelo qual é produzido um ciclo de retroalimentação positiva que favorece a continuidade do processo de formação testicular. Como nos embriões da fêmea não existe o gene SRY, a gônada indiferenciada não é estimulada para expressar os genes SOX-9 nem o FGF-9 nas células de suporte (que nesse caso serão precursoras de células da granulosa). A gônada, em mudança, expressa em forma constitutiva, isto é, sem a necessidade de estimulação, outra cascata de genes que incluem o WNT4 (Wingless-integration Factor 4) e o RAPO1 (Respondina-1), que por sua vez iniciam uma cascata de expressão gênica, a qual provoca a diferenciação das células somáticas da gônada indiferenciada para formação das células da granulosa e células da teca, esse feito conduz, por sua vez, a formação de um ovário. No embrião macho a proteína SOX-9 inibe a expressão dos genes WNT4 e RSPO-1, pelo que a presença do gene SRY, e portanto de SOX-9, inibem a formação de um ovário ao mesmo tempo que estimulam a formação do testículo (figura 3). Em suma, se o embrião possui genótipo XY (um embrião macho), o gene SRY começa a expressar-se sobre as células precursoras da gônada imediatamente depois da formação da mesma, quando os cordões sexuais primários estão se desenvolvendo na medula. A expressão do gene, assim como a presença subsequente das proteínas SOX-9 e FGF-9 estimula a distinção das células de Sertoli e que se organizem os tubos seminíferos a partir dos cordões sexuais primários. Em contrapartida, em um embrião com genótipo XX (fêmea) não existe o gene SRY, pelo qual é impossível que se elevem os níveis das proteínas SOX-9 e FGF-9 e as células precursoras não se diferenciam em células de Sertoli, e portanto os cordões sexuais primários sofrem regressão. Depois de alguns dias, começam a organizar-se os cordões sexuais secundários e as células precursoras iniciam a expressão do gene WNT4, o que leva as mesmas a diferenciar-se em células da granulosa, que serão a base para a conformação dos folículos ovarianos. Se em um embrião XY, macho, a expressão do gene SRY demora, é formada um ovo-testículo devido a que algumas das células somáticas das cristas gonodais começam a expressar o gene WNT4, e a diferenciar-se em células da granulosa, enquanto que em outras a proteína SRY chega a tempo para dirigir a diferenciação para formação das células de Sertoli. No ovário em formação é expressado um gene denominado DAX-1 (Dosage-sensitive Sex Reversal). Esse gene, localizado no cromossomo X, codifica uma proteína que é um membro da família dos receptores nucleares ao que lhe falta o domínio de união ao DNA, pelo que parece atuar no bloqueio de diversos fatores de transcrição, entre os que se encontra o SRY. Como a proteína DAX-1 impede a ação da proteína SRY, um excesso de expressão do gene DAX-1 pode provocar a feminilização gonodal de indivíduos XY, macho, embora tenham SRY. Em condições normais, a expressão adequada do gene DAX-1 não é capaz de evitar a masculinização gonodal de embriões com o gene SRY, daqui o nome de reversão sexual dependente da dose. Figura 3: série de expressão gênica para a determinação gonodal. SRY (Região do cromossomo Y determinante do sexo), SOX-9 (SRY-like Box-9), FGF-9 (Fator de crescimento de fibroblastos-9), WNT4 (Wingless-integration Factor-4), RSPO-1 (Respondina-1). Uma vez que o SRY induz a expressão de SOX-9 na gônada masculina, inicia-se um processo de feedback positivo mediante o qual os níveis de expressão de SOX-9 e FGF-9 vão aumentando, ao mesmo tempo que inibem a expressão de WNT-4 e RSPO-1. Na gônada feminina não se expressam SRY, SOX-9 e nem FGF-9, o que permite que se expressem os genes WNT-4 e RSPO-1, que iniciam uma cascata de sinalização que dirige a formação de um ovário. Fonte: ZARCO, 2018. -/- • ___DIFERENCIAÇÃO SEXUAL DOS GENITAIS -/- Uma vez que se formam os testículos, todo o desenvolvimento subsequente dos órgãos e as características “masculinas” em lugar das femininas é em consequência dos hormônios produzidos pelos testículos em formação, incluindo os andrógenos e o hormônio inibidor dos ductos de Müller. Mediante a ausência de testículos todo o desenvolvimento dos órgãos genitais internos e externos segue um padrão feminino, sem levar em conta se estão presentes os ovários; o que significa a ausência de hormônios gonodais determina que o embrião se desenvolva como fêmea, uma vez que não requerem hormônios ovarianos para desencadear o padrão feminino. Por sua vez, as gônadas masculinas (os testículos), produzem substâncias que desviam o desenvolvimento em direção ao padrão masculino. Sob etapas relativamente rápidas da diferenciação todos os embriões possuem dois pares de dutos sexuais, os dutos de Wolff ou mesonéfricos e os dutos de Müller ou paramesonéfricos (figura 4). A testosterona secretada pelos testículos do feto macho em desenvolvimento atua sobre os dutos de Wolff, o que induz a formação posterior dos dutos deferentes, do epidídimo e das glândulas seminais (figura 4). Figura 4: formação dos órgãos genitais internos a partir dos dutos de Wolff no macho e dos dutos de Müller na fêmea. Fonte: ZARCO, 2018. -/- Os testículos produzem ao mesmo tempo, uma glicoproteína chamada Hormônio Inibidor dos Dutos de Müller (Müllerian Inhibiting Hormone, MIH, também chamado de Anti-Müllerian Hormone, AMH); como o seu nome indica, inibe o desenvolvimento dos dutos de Müller ou paramesonéfricos, provocando sua regressão, que impede a formação dos órgãos genitais característicos da fêmea como os ovidutos, o útero, a cérvix e a porção cranial da vagina (figura 4). O MIH é uma glicoproteína da família dos fatores de crescimento transformativo β (TGFβ). O gene MIH possui locais de união para os produtos dos genes SOX-9 e SF-1, pelo que a presença simultânea de ambos fatores de transcrição é necessária para a secreção do MIH e leva a cabo sua função de iniciação dos dutos de Müller sobre o embrião macho (vale lembrar que nessa etapa tanto a gônada de embriões machos como de embriões fêmeas expressam o gene SF-1, mas somente o macho expressa o SOX-9, para que unicamente esse último produza MIH). O certo é que na gônada do embrião fêmea não se produzem quantidades importantes da proteína SOX-9, além de que se produz a proteína DAX-1, mesma que antagoniza tanto a SOX-9 como a SF-1, todo o qual impede a produção de MIH e resulta no desenvolvimento dos dutos de Müller até a formação dos ovidutos, útero, cérvix e a porção cranial da vagina (figura 4). Assim, na fêmea, ao não haver testículos não circulam concentrações elevadas de andrógenos, o que impedirá o desenvolvimento dos dutos de Wolff, enquanto que os dutos de Müller se desenvolvem já que não haverá a presença do MIH para impedi-lo. O desenvolvimento dos genitais internos e externos femininos não requerem a presença de nenhum hormônio ovariano o que levará a cabo de maneira predeterminada (ou pré-estabelecida) na ausência de testículos. Outra estrutura interna que também se desenvolve de forma distinta nos machos e nas fêmeas é o seio urogenital, que no embrião macho é estimulado pela testosterona para formação da próstata, das glândulas bulbouretrais e da uretra peniana, enquanto que na fêmea forma a porção caudal da vagina. A respeito dos órgãos genitais externos (figura 5), nos embriões de ambos os sexos existem estruturas precursoras chamadas de tubérculo genital e pregas vestibulares. Na fêmea o tubérculo genital da origem ao clitóris e as pregas vestibulares dão origem aos lábios vulvares sem a necessidade da atuação de hormônios ovarianos, já que o padrão “por via pré-estabelecida” é feminino. Em contrapartida, no macho, tanto o tubérculo genital quanto as pregas vestibulares respondem ao hormônio 5α-dehidro-testosterona (DHT), ao qual se formam as células da pele da zona genital a partir da testosterona que é secretada pelos testículos. Para isso existem nas células a enzima 5α-reductasa, que transforma a testosterona em DHT. Uma vez formada, a DHT atua sobre as pregas vestibulares do embrião macho para que se fusionem e formem o escroto (em lugar dos lábios vulvares), e sobre o tubérculo genital para formar o pênis (em lugar do clitóris). Figura 5: estruturas que se desenvolvem nos embriões de cada sexo a partir do seio urogenital, o tubérculo genital e as pregas vestibulares. A cor do né de cada estrutura final corresponde com a cor do nome da estrutura a partir da qual se originou. Fonte: ZARCO, 2018. -/- • ___DIFERENCIAÇÃO SEXUAL DO SISTEMA NERVOSO -/- Existem inúmeras diferenças funcionais entre o sistema nervoso da fêmeas e o do machos, em humanos podem incluir diferenças tão complexas como a maior capacidade de verbal da mulher ou a maior capacidade de orientação espacial do homem. Nessa parte será abordada aquelas diferenças que influenciam diretamente sobre a função reprodutiva, como as diferenças na regulação da secreção de gonadotropinas ou as diferenças na capacidade de comportamento sexual masculino ou feminino. É necessário lembrar que, apesar de que essas diferenças se originem durante um período crítico da vida fetal ou neonatal (dependendo da espécie), geralmente se fazem presentes até que o animal chegue a vida adulta e demonstre obter ou não a capacidade para se comportar como macho ou como fêmea uma vez que é exposto aos hormônios sexuais que são secretada depois da puberdade. Igualmente aos processos acima citados, podemos afirmar que nos mamíferos o padrão pré-estabelecido de comportamento sexual e de secreção de gonadotropinas é o feminino. Se durante os primeiros dias de vida neonatal uma rata fêmea não é exposta a nenhum hormônio gonodal, ao chegar a vida adulta ela terá a capacidade de se comportar como fêmea na presença de estrógenos, assim como de secretar um pico pré-ovulatório de GnRH/LH em resposta aos mesmos (figura 6). Essa rata, portanto, não poderá se comportar como macho embora que em sua vida adulta seja exposta a testosterona. O sistema nervoso do rato macho recém-nascido que é exposto aos andrógenos produzidos pelos testículos, em detrimento, faz com que adquiram o potencial para se comportar como machos em sua vida adulta e que perdem o potencial para ter conduta de fêmeas na presença e/ou administração de estrógenos (processo conhecido como desfeminização do SNC). Se por meios de experimentos injetamos testosterona em uma rata fêmea recém-nascida, essa rata não poderá se comportar como fêmea em sua vida adulta, e passará a se comportar como macho. A castração neonatal de um rato (visando evitar a exposição de seu SNC a andrógenos testiculares), assim mesmo, resultará em sua vida adulta um padrão feminino (SNC feminizado e não masculinizado). O hipotálamo das ratas adultas possui uma área em que o número, características e densidade dos corpos neurais difere em machos e fêmeas, essa área é denominada como “núcleo sexualmente dimórfico do hipotálamo”, e tem demonstrado que quando as ratas são tratadas com testosterona na vida neonatal, a morfologia de seu núcleo sexualmente dimórfico será masculinizado em sua vida adulta, enquanto que a castração neonatal de ratos resulta em um núcleo sexualmente dimórfico feminizado em sua vida adulta. Isso significa que a exposição ou não a testosterona na vida neonatal é o que determina que tipo de núcleo sexualmente dimórfico se desenvolverá, o que por sua vez está relacionado com o tipo de conduta que o animal poderá expressar em sua vida adulta. Não deixa de ser um paradoxo que ao injetar uma dose elevada de estrógenos nos primeiros dias de vida de uma rata, os núcleos sexualmente dimórficos da mesma se desenvolverão como macho e em sua vida adulta seu potencial de conduta estará masculinizado e desfeminizado. O hormônio “feminino” conhecido como estradiol, masculiniza o hipotálamo e a conduta do animal. Logo, se a rata neonatal for exposta a injeção de andrógeno não-aromatizado (que não pode ser transformado em estrógenos pelas células) ela não se masculiniza. A masculinização e desfeminização dos ratos ou das ratas tratados com testosterona, na realidade, não são provocados pela própria testosterona, senão pelos estrógenos que se formam dentro dos neurônios quando absorvem a testosterona do sangue e a aromatizam para transformá-la em estrógenos (figura 6). Figura 6: desfeminização e masculinização do sistema nervoso central por meio da testosterona, que quando não absorvida pela α-fetoproteína pode entrar nos neurônios, onde se aromatizam para serem transformados em estrógenos, hormônio que é responsável pela desfeminização. Fonte: ZARCO, 2018. Por que as ratas, que possuem ovários funcionalmente produtores de estrógenos, não se masculinizam? A resposta está em uma proteína denominada α-fetoproteína que circula em altas concentrações nos fetos e nos recém-nascidos. Essa proteína possui a capacidade de unir-se aos estrógenos, ao qual impede seu entrada nas células. Os ratos, em desenvolvimento, produzem testosterona, no entanto não possui afinidade pela α-fetoproteína, o que permite com que ela circule livremente. Ao chegar ao SNC, a testosterona (que não foi absorvida) pode entrar nos neurônios e dentro deles se aromatizam e transformam-se em estrógenos, que finalmente masculinizam o SNC. A diferenciação sexual do hipotálamo depende, em síntese, da presença ou ausência dos testículos, o que permite que se produza ou não o hormônio testosterona que pode não ser absorvida por parte da α-fetoproteína, transformar-se em estrógenos e masculinizar o SNC. -/- •___CONCLUSÃO -/- Nos mamíferos todo o processo que se requerem para o desenvolvimento de um macho depende da existência de somente um gene do cromossomo Y, o gene SRY; a ausência desse gene resulta no desenvolvimento de uma fêmea. A presença ou ausência do gene SRY determina, então, a cadeia de eventos morfogênicos que ocorrerá em sua expressão ou não, para desenvolver todos os órgãos e características de um macho ou de uma fêmea. Por essa razão, os indivíduos com uma monossomia XOA (síndrome de Turner) são fêmeas (por não possuir o cromossomo Y nem o gene SRY), enquanto que os indivíduos triploides XXY (síndrome de Kleinefelter) são machos embora possuam dois cromossomos X. Em algumas espécies, no entanto, têm-se identificado machos que são cromossomicamente XX; nesses casos é determinado invariavelmente que por ser um erro durante a meiose a região do cromossomo Y em que reside o gene SRY tem sido transloucada ao cromossomo X. Da mesma forma, em alguns casos tem sido encontrado fêmeas com cariótipo XY; que nelas se identifica uma mutação inabilitante do gene SRY. Isso demonstra experimentalmente que por meio da engenharia genética é possível produzir machos com cariótipo XY mas com o gene SRY eliminado (knockout). Como é de se esperar, esses machos desenvolvem ovários e todos seus órgãos genitais, tanto internos quanto externos, e se desenvolvem como fêmeas. Os machos cromossomicamente XX transgênicos aos que se insertam uma cópia do gene SRY, desenvolvem testículos e um fenótipo masculino, embora sejam estéreis por causa da ausência de alguns genes do cromossomo Y que são necessários para a realização de uma espermatogênese normal. As falhas nos mecanismos de diferenciação sexual podem, diretamente, ocasionar anormalidades como as observadas nas bezerras Freemartin, que são bezerras originadas de uma gestação gemelar em que seu gêmeo era macho. O que sucede é que na espécie bovina, quando há uma gestação gemelar, é produzido um certo grau de anastomose entre as placentas dos fetos, o que permite a troca de sangue e de células entre ambos. Os produtos recebem, então, algumas células de seu gêmeos, que encontram seu lugar no órgão correspondente e se integram a ele. No caso particular das gônadas, quando o ovário primitivo de um embrião fêmea é colonizado por algumas células gonodais de seu gêmeo macho, essas células expressam o gene SRY, o que fará com que essa região da gônada se diferencie como testículo. Como resultado, se desenvolve um ovo-testículo (com maior ou menor proporção de tecido testicular dependendo do grau de colonização da gônada em formação por células provenientes do gêmeo macho). Ademais, ao haver certa quantidade de tecido testicular produtor de MIH, circularão sobre o feto fêmea níveis desse hormônio que, embora baixos, afetarão o desenvolvimento normal dos dutos de Müller, fazendo com que as bezerras Freemartin possuam genitálias internas ausentes ou pouco desenvolvidas. Os andrógenos produzidos pelas zonas de tecido testicular, por fim, são suficientes para causar um certo grau de masculinização, que se manifesta como um clitóris mais grande que o normal ou um desenvolvimento corporal masculinizado. -/- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -/- ARNOLD, Arthur P.; CHEN, Xuqi; ITOH, Yuichiro. What a difference an X or Y makes: sex chromosomes, gene dose, and epigenetics in sexual differentiation. In: Sex and gender differences in pharmacology. Springer, Berlin, Heidelberg, 2013. p. 67-88. CUNNINGHAM, James. Tratado de fisiologia veterinária. Elsevier Health Sciences, 2011. DERIVAUX, Jules; BARNABÉ, Renato Campanarut. Reprodução dos animais domésticos. Zaragoza: Acribia, 1980. DA SILVA, Emanuel Isaque Cordeiro. Desenvolvimento Embrionário e Diferenciação Sexual nos Animais Domésticos. Disponível em:. Acesso em: Julho de 2020. HAFEZ, Elsayed Saad Eldin; HAFEZ, Bahaa. Reprodução animal. São Paulo: Manole, 2004. HIDALGO, C. Galina et al. Reproducción de animales domésticos. México: Limusa, 2008. MACLAUGHLIN, David T.; DONAHOE, Patricia K. Sex determination and differentiation. New England Journal of Medicine, v. 350, n. 4, p. 367-378, 2004. MCCARTHY, Margaret M.; ARNOLD, Arthur P. Reframing sexual differentiation of the brain. Nature neuroscience, v. 14, n. 6, p. 677, 2011. PLANT, Tony M.; ZELEZNIK, Anthony J. (Ed.). Knobil and Neill's physiology of reproduction. Academic Press, 2014. REY, Rodolfo. Diferenciación sexual embrio-fetal: De las moléculas a la anatomía. Revista chilena de anatomía, v. 19, n. 1, p. 75-82, 2001. SENGER, P. L. Embryogenesis of the pituitary gland and male or female reproductive system. In. 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A ansiedade gerada pela possível criação de inteligência artificial geral, algo profetizado desde a fundação do campo de pesquisa (i.e., Dartmouth's Summer Research Project on Artificial Intelligence) (MCCARTHY et al., 1955), é algo comumente investigado dentro dos círculos transhumanistas e singularistas (KURZWEIL, 2005; CHALMERS, 2010; TEGMARK, 2016; 2017; CORRÊA; DE OLIVEIRA, 2021). Por exemplo, em seu livro “Superintelligence: Paths, Dangers, Strategies”, Nick Bostrom (2014) apresenta uma série de argumentos para justificar a ideia de que precisamos ser cautelosos em relação (...) a criação de inteligência artificial avançada ou inteligência artificial geral. Contudo, muito dos argumentos levantados, em suas versões originais (i.e., convergência instrumental e ortogonalidade (OMOHUNDRO, 2008), são baseados em noções “vagas” de conceitos complexos (i.e., “inteligência”, “racionalidade”, “agência”). O objetivo deste resumo (apresentação) será introduzir o leitor/ouvinte ao campo de Segurança da Inteligência Artificial. Nesse campo, questões como o “Problema de controle” (i.e., evitar construir inadvertidamente uma inteligência artificial geral que prejudicará seus criadores) e o “Problema de Alinhamento” (i.e., criar sistemas de inteligência artificial que permaneçam seguros mesmo quando atuando de forma autônoma no ambiente real), que são questões muitas vezes debatidas apenas dentro da Filosofia ou Ficção Científica, ganham um aspecto muito mais real e formal (AMODEI et al., 2016, HUBINGER et al., 2019). A criação de alguns dos modelos de inteligência artificial mais avançados já criados (e.g., AlphaGo, GPT-3) (SILVER el al., 2016; BROWN et al., 2020), está ligado a utilização de dois paradigmas da área de Aprendizagem de Máquina, i.e., Aprendizagem Profunda e Aprendizagem por Reforço. Dentro deste contexto, podemos definir “um sistema autônomo inteligente” como “um sistema que implementa uma política ótima (tecnicamente "ϵ-greedy optimal") para alguma função de recompensa” (ORSEAU et al., 2018). Podemos também definir tais sistemas como “maximizadores de utilidade esperada” (VON NEUMANN; MORGENSTERN, 1944). Um sistema de IA maximizando uma função de recompensa (i.e., objetivo) especificada erroneamente pode vir a causar danos reais quando interagindo no ambiente real, seja por erros de especificação (i.e., Efeitos Colaterais Negativos, Hackeamento de Recompensa, Interrupção Segura), ou quando o domínio de treinamento é diferente do domínio de implantação (i.e., Exploração Segura e Mudança de Domínio). Ao mesmo tempo, especificar objetivos complexos (e.g., preferências e valores humanos) é uma tarefa extremamente complexa, e quando visamos a possibilidade de inteligência artificial avançada agindo no mundo real, é imperativo que tais sistemas estejam: (1) alinhados com nossos objetivos; e (2) desenvolvidos com um design que evite os problemas citados acima. Contudo, tais problemas permanecem em aberto. Por fim, gostaria de ressaltar que no cerne desta problemática, não temos apenas problemas técnicos de aprendizagem de máquina, mas uma importante questão de cunho “Moral”: “O que é a coisa ‘certa” a fazer”? “Qual o objetivo correto a ser perseguido”? “Como podemos especificar isso”? Perguntas como essas prometem um fértil campo para pesquisas interdisciplinares envolvendo inteligência artificial, aprendizagem de máquina, ciências da computação e filosofia moral. (shrink)

Unified Modeling Language (UML) of Object Management Group, along with Object Constraint Language (OCL), are considered as the best fit for blockchain ontology. OCL is a declarative language that describes the rules applicable to UML models and is part of the UML standard. Initially, OCL was just an extension of the formal specification language for UML. Now, OCL can be used with any meta-model. Enterprise ontology is combined with the business ontology of Resources, Events, Agents (REA) to be used for (...) the content of the change. REA was originally proposed in 1982 by William E. McCarthy as generalized accounting model. DOI: 10.13140/RG.2.2.14744.14083. (shrink)

McCarthy et al.’s proposal gains much of its plausibility by relying on a superficial treatment of justice, human dignity, sin, and the common good within the Christian tradition. Upon closer inspection of what these terms mean within the context of Christianity, it becomes clear that despite using the same phrases (e.g., a commitment to “protecting vulnerable populations,” the goal of “promoting justice,” etc.) contemporary secular bioethical goals are often deeply at odds with goals of Christian bioethics. So, while the (...) authors are right that there is room for dialogue (and even agreement) concerning general moral principles, the process of specification and application of these principles will often be heavily influenced by competing ethical traditions. Such divergent influences will often frustrate cooperative ventures between secular and religious bioethical projects. Thus, when put into action, McCarthy et al.’s proposal will—at best—produce a divided kingdom; one that cannot hope to stand. (shrink)

The argument for vegetarianism from overlapping species goes like this. Every individual who is the subject of a life has a right to life. Some humans—e.g., the severely congenitally cognitively limited—lack language, rationality, autonomy, and self-consciousness, and yet they are subjects of a life. Severely congenitally cognitively limited humans have a right to life. Some animals—e.g., all mammals—lack language, rationality, autonomy, and self-consciousness, and yet they are subjects of a life. We ought to treat like cases alike. The cases of (...) some humans are like the cases of some animals. Therefore, some animals have a right to life. -/- The argument seems not to have moved many people to change their diets. The reason, I suggest, is not because the argument is unsound but because our ability to change our dietary practices is difficult and we lack the imaginative resources to see the world from a nonhuman perspective. -/- I suggest that creative artists are of great value here, and I provide an example by referring to the work of the American novelist, Cormac McCarthy. (shrink)

The book covers scientific and philosophical topics by bringing them closer to literature. Some topics are scientific explanation, the concept of cause, rational argumentation, pseudoscience, language, ethics, philosophy of mind, posthumanism, and democracy. Summary Prefazione di Severino Saccardi. Introduzione. Capitolo 1: Le scrivanie di Eddington. 1.1. Il vecchio Qfwfq (I. Calvino. Le cosmicomiche). 1.2. L’assassino invisibile (L.F. Celine, Il dottor Semmelweis). 1.3. Gli gnommeri di Ingravallo (C.E. Gadda, Quer pasticciaccio brutto de via Merulana). 1.4. I sergenti di Napoleone (L. Tolstoj, (...) Guerra e pace). 1.5. Tex e il Coyote nero (G. Bonelli, Il Coyote nero). 1.6. “Elementare Watson!” (A.C. Doyle, Il segno dei quattro). Capitolo 2. Non saranno mai delusi. 2.1. L’albero di Natale. (V. Perrin, Cambiare l’acqua ai fiori). 2.2. Il dagherrotipo di Buendia. (G.G. Marquez, Cent’anni di solitudine). 2.3. Don Ferrante e la peste. (A. Manzoni, I promessi sposi). Capitolo 3. Capitolo puffo. 3.1. L’Accademia di Lagado. (J. Swift, I viaggi di Gulliver). 3.2. Bruto è uomo d’onore. (W. Shakespeare, Giulio Cesare). 3.3. Le oche mute. (G. Orwell, 1984). Capitolo 4. “Quarantadue!” 4.1. Lo zio N’Ba N’Ga. (I. Calvino, Le cosmicomiche). 4.2. La mosca cocchiera. (J. de La Fontaine, Favole). 4.3. Il fiore del dr. Dek. (E. Salgari, Le meraviglie del Duemila). Capitolo 5. L’ultimo uomo. 5.1. La pernice accusatrice. (Cyrano de Bergerac, Gli stati e gli imperi del Sole). 5.2. Pallino in via Mjasnickaja. (M.A. Bulgakov, Cuore di cane). Capitolo 6. Scenari perturbanti. 6.1. Dissipatio. (G. Morselli, Dissipatio H.G.). 6.2. Un mammifero meccanizzato. (S. Butler, Erewhon). 6.3. Mlle Olimpia. (E.T.A. Hoffmann, Racconti notturni). Capitolo 7. La gente perbene. 7.1. La balena bianca. (H. Melville, Moby Dick). 7.2. Betsabea Everdeene. (T. Hardy, Via dalla pazza folla). 7.3. Un’idea francese. (C. McCarthy, Cavalli selvaggi). 7.4. Le montagne del Montana. (D. Delillo, Rumore bianco). (shrink)

Recently, bioethicists and the UNCRPD have advocated for supported medical decision-making on behalf of patients with intellectual disabilities. But what does supported decision-making really entail? One compelling framework is Anita Silvers and Leslie Francis’ mental prosthesis account, which envisions supported decision-making as a process in which trustees act as mere appendages for the patient’s will; the trustee provides the cognitive tools the patient requires to realize her conception of her own good. We argue that supported decision-making would be better understood (...) as a collaborative process, giving patients with intellectual disabilities the opportunity to make decisions in a respectful relationship with trusted others. We offer an alternative account of supported decision-making where the primary constraint is to protect the patient from domination by the trustee. This is advantageous in its preservation of the prospects for genuine collaboration, for the mental prosthesis approach ultimately reinforces a problematic ideal of isolated patient self-determination. (shrink)

We give two social aggregation theorems under conditions of risk, one for constant population cases, the other an extension to variable populations. Intra and interpersonal welfare comparisons are encoded in a single ‘individual preorder’. The theorems give axioms that uniquely determine a social preorder in terms of this individual preorder. The social preorders described by these theorems have features that may be considered characteristic of Harsanyi-style utilitarianism, such as indifference to ex ante and ex post equality. However, the theorems are (...) also consistent with the rejection of all of the expected utility axioms, completeness, continuity, and independence, at both the individual and social levels. In that sense, expected utility is inessential to Harsanyi-style utilitarianism. In fact, the variable population theorem imposes only a mild constraint on the individual preorder, while the constant population theorem imposes no constraint at all. We then derive further results under the assumption of our basic axioms. First, the individual preorder satisfies the main expected utility axiom of strong independence if and only if the social preorder has a vector-valued expected total utility representation, covering Harsanyi’s utilitarian theorem as a special case. Second, stronger utilitarian-friendly assumptions, like Pareto or strong separability, are essentially equivalent to strong independence. Third, if the individual preorder satisfies a ‘local expected utility’ condition popular in non-expected utility theory, then the social preorder has a ‘local expected total utility’ representation. Fourth, a wide range of non-expected utility theories nevertheless lead to social preorders of outcomes that have been seen as canonically egalitarian, such as rank-dependent social preorders. Although our aggregation theorems are stated under conditions of risk, they are valid in more general frameworks for representing uncertainty or ambiguity. (shrink)

The debate concerning the proper way of understanding, and hence solving, the “is-ought problem” produced two mutually exclusive positions. One position claims that it is entirely impossible to deduce an imperative statement from a set of factual statements. The other position holds a contrary view to the effect that one can naturally derive an imperative statement from a set of factual statements under certain conditions. Although these two positions have opposing views concerning the problem, it should be evident that they (...) both accept that the “is-ought problem” is concerned with the deducibility of imperative statements from factual statements. Later I will argue that this should not be our concern when we try to make sense of the way we reason about morality. (shrink)

In order to fulfil their essential roles as the bearers of truth and the relata of logical relations, propositions must be public and shareable. That requirement has favoured Platonist and other nonmental views of them, despite the well-known problems of Platonism in general. Views that propositions are mental entities have correspondingly fallen out of favour, as they have difficulty in explaining how propositions could have shareable, objective properties. We revive a mentalist view of propositions, inspired by Artificial Intelligence work on (...) perceptual algorithms, which shows how perception causes persistent mental entities with shareable properties that allow them to fulfil the traditional roles of (one core kind of) propositions. The clustering algorithms implemented in perception produce outputs which are (implicit) atomic propositions in different minds. Coordination of them across minds proceeds by game-theoretic processes of communication. The account does not rely on any unexplained notions such as mental content, representation, or correspondence (although those notions are applicable in philosophical analysis of the result). (shrink)

This paperback edition contains a new greatly expanded bibliography of Habermas's work.

This article surveys different philosophical theories about the nature of truth. We give much importance to truth; some demand to know it, some fear it, and others would even die for it. But what exactly is truth? What is its nature? Does it even have a nature in the first place? When do we say that some truth-bearers are true? Philosophers offer varying answers to these questions. In this article, some of these answers are explored and some of the problems (...) raised against them are presented. (shrink)

This paper surveys medieval Christian philosophy.

According to the priority view, or prioritarianism, it matters more to benefit people the worse off they are. But how exactly should the priority view be defined? This article argues for a highly general characterization which essentially involves risk, but makes no use of evaluative measurements or the expected utility axioms. A representation theorem is provided, and when further assumptions are added, common accounts of the priority view are recovered. A defense of the key idea behind the priority view, the (...) priority principle, is provided. But it is argued that the priority view fails on both ethical and conceptual grounds. (shrink)

We provide conditions under which an incomplete strongly independent preorder on a convex set X can be represented by a set of mixture preserving real-valued functions. We allow X to be infi nite dimensional. The main continuity condition we focus on is mixture continuity. This is sufficient for such a representation provided X has countable dimension or satisfi es a condition that we call Polarization.

In the 1960s, before the promulgation of Humanae Vitae, the Catholic philosophers Elizabeth Anscombe and Herbert McCabe OP debated whether there are convincing natural law arguments for the claim that contraception violates an exceptionless moral norm. This article revisits those arguments and critiques McCabe’s approach to natural law, concerned primarily with ‘social sin’ and not simply violations of ‘right reason,’ as one particularly ill-suited to addressing questions in sexual ethics and unable both to distinguish properly between certain forms of sexual (...) wrongdoing and more obviously social sins such as theft, and also to distinguish between ‘natural’ and ‘unnatural’ sexual acts. Anscombe’s views, I argue, are closer to those of Thomas Aquinas and provide reasons for making the distinctions McCabe does not. An argument concerning the nature of the institution of marriage and the effects of non-marital acts on that institution is proposed as a way of strengthening Anscombe’s argument that contraception violates an exceptionless moral norm. (shrink)

Panentheism is the position that the world is in some sense ‘in’ God, and God ‘in’ the world, without the world being identical to God. Thus, it tries, like what I call mainstream theism and against pan- theism, to protect the transcendence of God, while giving greater emphasis to his immanence in creation than the former. I aim to explicate an approach that I call Orthodox Panentheism. The word ‘orthodox’ is to be read in two ways. First, the picture is (...) derived from the writings of some of the most important figures in Eastern Christian thought, so that it is Orthodox in the ‘big “O” sense’. Second, I hope to show that it is a legitimate Christian picture of the God–world relation which is both distinctive and worthy of being called ‘panentheism’ – an orthodox panentheism in the ‘little “o” sense’. (shrink)

We present an abstract social aggregation theorem. Society, and each individual, has a preorder that may be interpreted as expressing values or beliefs. The preorders are allowed to violate both completeness and continuity, and the population is allowed to be infinite. The preorders are only assumed to be represented by functions with values in partially ordered vector spaces, and whose product has convex range. This includes all preorders that satisfy strong independence. Any Pareto indifferent social preorder is then shown to (...) be represented by a linear transformation of the representations of the individual preorders. Further Pareto conditions on the social preorder correspond to positivity conditions on the transformation. When all the Pareto conditions hold and the population is finite, the social preorder is represented by a sum of individual preorder representations. We provide two applications. The first yields an extremely general version of Harsanyi's social aggregation theorem. The second generalizes a classic result about linear opinion pooling. (shrink)

One of the leading cognitive models of auditory verbal hallucinations (AVHs) proposes such experiences result from a disturbance in the process by which inner speech is attributed to the self. Research in this area has, however, proceeded in the absence of thorough cognitive and phenomenological investigations of the nature of inner speech, against which AVHs are implicitly or explicitly defined. In this paper we begin by introducing philosophical phenomenology and highlighting its relevance to AVHs, before briefly examining the evolving literature (...) on the relation between inner experiences and AVHs. We then argue for the need for philosophical phenomenology (Phenomenology) and the traditional empirical methods of psychology for studying inner experience (phenomenology) to mutually inform each other to provide a richer and more nuanced picture of both inner experience and AVHs than either could on its own. A critical examination is undertaken of the leading model of AVHs derived from phenomenological philosophy, the ipseity disturbance model. From this we suggest issues that future work in this vein will need to consider, and examine how interdisciplinary methodologies may contribute to advances in our understanding of AVHs. Detailed suggestions are made for the direction and methodology of future work into AVHs, which we suggest should be undertaken in a context where phenomenology and physiology are both necessary, but neither sufficient. (shrink)

A strongly independent preorder on a possibly in finite dimensional convex set that satisfi es two of the following conditions must satisfy the third: (i) the Archimedean continuity condition; (ii) mixture continuity; and (iii) comparability under the preorder is an equivalence relation. In addition, if the preorder is nontrivial (has nonempty asymmetric part) and satisfi es two of the following conditions, it must satisfy the third: (i') a modest strengthening of the Archimedean condition; (ii') mixture continuity; and (iii') completeness. Applications (...) to decision making under conditions of risk and uncertainty are provided. (shrink)

The article is a plea for ethicists to regard probability as one of their most important concerns. It outlines a series of topics of central importance in ethical theory in which probability is implicated, often in a surprisingly deep way, and lists a number of open problems. Topics covered include: interpretations of probability in ethical contexts; the evaluative and normative significance of risk or uncertainty; uses and abuses of expected utility theory; veils of ignorance; Harsanyi’s aggregation theorem; population size problems; (...) equality; fairness; giving priority to the worse off; continuity; incommensurability; nonexpected utility theory; evaluative measurement; aggregation; causal and evidential decision theory; act consequentialism; rule consequentialism; and deontology. (shrink)

Objective correlates—behavioral, functional, and neural—provide essential tools for the scientific study of consciousness. But reliance on these correlates should not lead to the ‘fallacy of misplaced objectivity’: the assumption that only objective properties should and can be accounted for objectively through science. Instead, what needs to be explained scientifically is what experience is intrinsically— its subjective properties—not just what we can do with it extrinsically. And it must be explained; otherwise the way experience feels would turn out to be magical (...) rather than physical. We argue that it is possible to account for subjective properties objectively once we move beyond cognitive functions and realize what experience is and how it is structured. Drawing on integrated information theory, we show how an objective science of the subjective can account, in strictly physical terms, for both the essential properties of every experience and the specific properties that make particular experiences feel the way they do. (shrink)

According to a traditional conception, romantic love is both constant - if someone loves another, they continue to love them - and exclusive - if someone loves another, they love only the other. In this paper, we argue that the essentiality of constancy and exclusivity is incompatible with the possibilities of fission - roughly speaking, of one person becoming two - and fusion - roughly speaking, of two people becoming one. Moreover, if fission or fusion are possible, then constancy and (...) exclusivity are obligatory features of love only if there are moral dilemmas. We conclude by suggesting this casts doubt on the constancy and especially the exclusivity of love. (shrink)

An in-depth critique of arguments of John Finnis, Germain Grisez, Joseph Boyle and William May to the effect that contraception is necessarily contralife in the sense of exhibiting a will against a possible person.

Is the “act itself” of separating a pregnant woman and her previable child neither good nor bad morally, considered in the abstract? Recently, Maureen Condic and Donna Harrison have argued that such separation is justified to protect the mother’s life and that it does not constitute an abortion as the aim is not to kill the child. In our article on maternal–fetal conflicts, we agree there need be no such aim to kill (supplementing aims such as to remove). However, we (...) argue that to understand “abortion” as performed only where the death of the child is intended is to define the term too narrowly. Respect for the mother, the fetus, and the bond between them goes well beyond avoiding any such aim. We distinguish between legitimate maternal treatments simply aimed at treating or removing a damaged part of the woman and illegitimate treatments that focus harmfully on the fetal body and its presence within the mother’s body. In obstetrics as elsewhere, not all side effects for one subject of intervention can be outweighed by intended benefits for another. Certain side effects of certain intended interventions are morally conclusive. (shrink)

This dissertation is an investigation into how scientific values may influence the kinds of theories which are investigated, and in turn which theories become ‘mainstream’. I have focussed on psychedelic therapy as a family of theories, and I identified three main reasons as to why psychedelic therapy is somewhat incompatible with the current psychiatric paradigm: (1) the inability to conduct double-blind trials, (2) The inability to isolate one explanatory variable, and (3) The mystical and spiritual dimensions of the mechanisms of (...) action of psychedelic drugs. Because double-blind randomised controlled trials, isolating one explanatory variable, and neurobiological- style explanations of mechanisms of action are seen as an integral part of good psychiatric research, this means that psychedelic therapy is inherently disadvantaged as a research avenue in the current paradigm. These three things also arguably embody scientific values proposed by Kuhn (1977), such as accuracy, simplicity, and consistency. Helen Longino (1995) argues that Kuhn’s values do not simply increase the likelihood of a theory being true, but in some instances serve to perpetuate discriminatory ideologies. She proposes her own list of values as a route to a more equitable science, and by extension, a more equitable society. Interestingly, psychedelic therapy as a theory embodies many, if not all of the values proposed by Longino. This led me to my conclusion that if the psychiatric paradigm were more feminist according to Longino’s criteria, then psychedelic therapy would be considered a “better” theory. It would therefore be easier to conduct research in this area, and psychedelic therapy would have a better chance at becoming a mainstream treatment. (shrink)

In memoriam of Vernon Venable, American philosopher who for four decades was a master teacher in the history of Western philosophy, author of an important study of Marx, and the seminal spirit in the development and flourishing of the program in philosophy at Vassar College.

This paper focuses on stakeholder identification as per the value sensitive design (VSD) approach applied to the context of quantum technologies (QT). We provide two comprehensive lists of stakeholders as starting points for VSD researchers and practitioners. These lists encompass a diverse range of organizations, including private companies, government agencies, NGOs, partnerships, and professional/trade organizations. Our aim is to facilitate the recognition, legitimation, and understanding of stakeholder interactions in the development of QT. These stakeholder lists can serve as a foundation (...) for designing and implementing policies and strategies that promote the ethical and responsible development of QT, considering the values and interests of various stakeholders. Furthermore, these lists can enable empirical and technical studies on specific QT innovations using an ethics-by-design approach like VSD. Overall, this paper contributes to a better understanding of the complex and dynamic nature of the QT landscape and highlights the importance of stakeholder engagement and collaboration in shaping its future. (shrink)

Senior high school is known to be part of the newly implemented K-12 program in the Philippines' educational system. Hence, this program added two years to the academic learning program of students, which mainly focuses on different theoretical and vocational strands that aim to prepare and fully furnish the students for education and employment in the future. Due to adjustments to new online learning amidst the pandemic, students begin to experience various challenges, primarily social support and mental well-being. Hence, this (...) study investigates the relationship between social support and anxiety with 160 respondents from private schools. The findings revealed that social support and anxiety have a significant relationship (r=0.126). (shrink)

Many people appear to attach great value to sad music. But why? One way to gain insight into this question is to turn away from music and look instead at why people value sad conversations. In the case of conversations, the answer seems to be that expressing sadness creates a sense of genuine connection. We propose that sad music can also have this type of value. Listening to a sad song can give one a sense of genuine connection. We then (...) explore the nature of this value in two experimental studies. The results suggest a striking relationship between music and conversation. People see something distinctively musical in works that express precisely those emotions that they think most create connection within conversation. (shrink)

Editors' introduction to 3rd thematic issue on philosophy of medicine.

Abstract: Artificial Intelligence (AI) has rapidly advanced, offering significant potential to transform business decision-making. This paper delves into how AI can be harnessed to enhance strategic decision-making within business contexts. It investigates the integration of AI-driven analytics, predictive modeling, and automation, emphasizing their role in improving decision accuracy and operational efficiency. By examining current applications and case studies, the paper underscores the opportunities AI offers, including improved data insights, risk management, and personalized customer experiences. It also addresses the challenges businesses (...) face when adopting AI, such as data privacy concerns, integration difficulties, and the need for skilled professionals. The paper concludes by offering recommendations for successfully implementing AI solutions to maximize benefits while mitigating potential challenges. (shrink)

Heart palpitations, while often benign, can sometimes be indicative of severe underlying conditions requiring immediate intervention. Accurate and swift diagnosis thus remains a clinical priority. "A CLIPS-Based Expert System for Heart Palpitations Diagnosis" represents a novel approach to addressing this challenge, harnessing the power of artificial intelligence and rule-based expert systems. Specifically, this system applies a suite of 7 if-then rules to evaluate potential heart palpitations causes and assign one of three outcomes: 1) A confirmed diagnosis of heart palpitations, 2) (...) A suspected link to cardiovascular diseases, and 3) A possible association with anxiety or stress disorders. The expert system offers an intuitive user interface, allowing for seamless symptom input and instant diagnosis based on user-provided information. This paper explores the various phases of this expert system's lifecycle, including design, implementation, and evaluation. Furthermore, the study situates the system within the broader discourse on rule-based expert systems for heart palpitations diagnosis, critically analyzing their efficiency, potential pitfalls, and ongoing challenges. Through this research, the value of integrating rule-based expert systems in clinical diagnostic processes is highlighted, illustrating its capacity to enhance diagnostic accuracy and patient outcomes. (shrink)

We argue that P. F. Strawson's hugely influential account of moral responsibility in ‘Freedom and Resentment’ (FR) is inextricably bound up with his barely known account of morality in ‘Social Morality and Individual Ideal’ (SMII). Reading FR through the lens of SMII has at least three far-reaching implications. First, the ethics–morality distinction in SMII gives content to Strawson's famous distinction between personal and moral reactive attitudes, which has often been thought to be a merely formal distinction. Second, the ethics–morality distinction (...) sheds light on the scope of moral responsibility in FR, which is narrower than commentators think. Third, Strawson's discussion of morality shows that he was not insensitive to issues of power, as several critics have claimed. The link between morality and power helps to make clear that Strawson allows for criticism of our moral responsibility practices. (shrink)

Various approaches have emerged over the last several decades to meet the challenges and complexities of anticipating and responding to the potential impacts of emerging technologies. Although many of the existing approaches share similarities, they each have shortfalls. This paper takes as the object of its study Anticipatory Ethics for Emerging Technologies (ATE) to technology assessment, given that it was formatted to address many of the privations characterising parallel approaches. The ATE approach, also in practice, presents certain areas for retooling, (...) such as how it characterises levels and objects of analysis. This paper results from the work done with the TechEthos Horizon 2020 project in evaluating the ethical, legal, and social impacts of climate engineering, digital extended reality, and neurotechnologies. To meet the challenges these technology families present, this paper aims to enhance the ATE framework to encompass the variety of human processes and material forms, functions, and applications that comprise the socio-technical systems in which these technologies are embedded. (shrink)

This report aims to offer insights into cutting-edge research on digital well-being. Many of these insights come from a 2-day academic-impact event, The Future of Digital Well-Being, hosted by a team of researchers working with the Royal Netherlands Academy of Arts and Sciences (KNAW) in February 2024. Today, achieving and maintaining well-being in the face of online technologies is a multifaceted challenge that we believe requires using theoretical resources of different research disciplines. This report explores diverse perspectives on how digital (...) well-being can be actively cultivated, while also emphasising the importance of considering individual differences, societal contexts, and nuanced cultural factors. We aim to offer a holistic view of the future of digital well-being, one that will inspire the next generation of designers of online tools, as well as policymakers who will regulate these tools. We start by asking what digital well-being is – how we can best define a concept that is used by diverse stakeholders and researchers from many disciplines in various ways. To do this, we explore the classic ethical theories of well-being, showing how they can give us insights into how the term digital well-being is currently deployed. We then move to look at the existing strategies that have been proposed to actively cultivate digital well-being, exploring the business models that threaten digital well-being and the relative advantages of the digital and non-digital solutions that are currently proposed. On the one hand, digital tools – such as Apple’s Screen Time and app blockers such as Opal and Forest – integrate seamlessly with the digital lifestyles of users. They also create precise metrics for digital well-being, which facilitates their solutions to reduce screen time. On the other hand, non-digital solutions, including mindfulness practices, digital detoxes, and digital well-being coaching, offer a new set of tools to reconnect individuals to their natural rhythms and help to actively promote offline activities. We then move to discuss diversity and how various groups of users have strikingly different digital well-being needs. Embracing neurodiversity in digital well-being is crucial as it strongly impacts the users’ experience of online technologies. When designing for diversity, organisations and designers alike need to prioritise customization for people with physical disabilities, mitigate harmful content for users with mental well-being conditions, address gender stereotypes and online harassment, and be designed in ways that recognize the very real risks of online technologies. This report closes by examining cultural differences. We believe that non-Western conceptions of well-being offer rich sources for enhancing digital well-being insofar as these traditions can inform and inspire the designers of future online technologies. We focus on East-Asian and South-Asian traditions, although in further work we recognise it would be useful to investigate conceptions of well-being that are influential in the Gulf region, Africa, and South America. Each of these areas have ethical frameworks that discuss well-being in depth as well as a rich cultural heritage. In conclusion, this report’s insights underscore the imperative of recognizing diversity in digital well-being, both in terms of cultural contexts and disciplinary perspectives. It emphasises the need for culturally responsive design methodologies and the integration of non-Western philosophical perspectives into current digital well-being research. Embracing this diversity, we believe, offers the best chance to create digital environments that prioritise well-being for users and the societies they live in across the world. Ultimately, we believe that it is not only about designing better online products; it’s about shaping a digital landscape that promotes well-being and flourishing for everyone. (shrink)

Wicked problems are tricky to solve because of their many interconnected components and a lack of any single optimal solution. At the science–policy interface, all problems can look wicked: research exposes the complexity that is relevant to designing, executing and implementing policy fit for ambitious human needs. Expertise in philosophical research can help to navigate that complexity.

Financial literacy is becoming a pivotal skill in navigating the marketplaces within the predominant rising digital branches of trading domains; however, there remains a concerning gap in the purchasing behavior of adolescents, who are its primary users. With this in mind, the main objective of our research is to determine whether there is a relationship between a student's level of financial literacy and their online purchase decision-making. The researchers employed an explanatory mixed approach and purposive sampling to identify respondents from (...) Immaculate Conception College of Balayan, Inc. A 5-point Likert scale survey was utilized to collect data from 66 respondents, followed by semi-structured interviews with 10 selected participants. The results showed a moderately positive correlation between a student's financial literacy and online purchase decisions, as determined by the Pearson correlation coefficient. Thus, the thematic analysis revealed that respondents generally have good financial literacy, emphasizing factors like pricing, online reviews, and product ratings when making digital marketplace decisions. However, there are notable gaps in their understanding of basic financial concepts and their ability to apply them in real-life situations. To effectively enhance students’ financial literacy and online purchasing decisions, a holistic approach is necessary, including targeted interventions, practical applications, and continuous adaptation to evolving consumer behaviors. Educational institutions, policymakers, and stakeholders should work together to create comprehensive programs that provide students with the knowledge, skills, and attitudes needed to negotiate real-world financial situations and make sound judgments in the digital commerce ecosystem. By emphasizing practical learning, key financial concepts, and trustbuilding approaches, educators may empower students to become responsible consumers capable of managing their resources successfully and ethically. (shrink)

Wittgenstein’s concepts shed light on the phenomenon of schizophrenia in at least three different ways: with a view to empathy, scientific explanation, or philosophical clarification. I consider two different “positive” wittgensteinian accounts―Campbell’s idea that delusions involve a mechanism of which different framework propositions are parts, Sass’ proposal that the schizophrenic patient can be described as a solipsist, and a Rhodes’ and Gipp’s account, where epistemic aspects of schizophrenia are explained as failures in the ordinary background of certainties. I argue that (...) none of them amounts to empathic-phenomenological understanding, but they provide examples of how philosophical concepts can contribute to scientific explanation, and to philosophical clarification respectively. (shrink)

Migraine is a complex neurological disorder characterized by recurrent moderate to severe headaches, accompanied by additional symptoms such as nausea, sensitivity to light and sound, and visual disturbances. Accurate and timely diagnosis of migraines is crucial for effective management and treatment. However, the diverse range of symptoms and overlapping characteristics with other headache disorders pose challenges in the diagnostic process. In this research, we propose the development of an expert system for migraine diagnosis using artificial intelligence and the CLIPS (C (...) Language Integrated Production System) framework. The expert system utilizes a rule-based inference engine to analyze patient-reported symptoms and provide reliable diagnoses or probability scores indicating the likelihood of migraine. The knowledge base of the expert system is designed based on expert knowledge obtained from medical professionals specializing in migraines. The collected knowledge is translated into a structured format suitable for the CLIPS inference engine, incorporating rules and facts to represent the diagnostic criteria and associated symptoms. The system prompts users to provide relevant information about their symptoms, medical history, and potential triggers. It applies the defined rules and facts to evaluate the likelihood of migraine and generate accurate diagnoses or probability scores. Preliminary evaluation results demonstrate the potential of the expert system as a valuable tool for diagnosing migraines. A dataset of anonymized patient records with confirmed migraine cases was used to test the system. The diagnoses generated by the expert system were compared against the known diagnoses, and a high level of accuracy was observed, with 90% of cases correctly diagnosed as migraines. These results highlight the effectiveness and reliability of the system in assisting medical professionals in the diagnosis of migraines. The proposed expert system offers several advantages for migraine diagnosis. It leverages the collective knowledge and expertise of experienced migraine specialists, providing a standardized and consistent approach to diagnosis. The system can handle large amounts of patient data and effectively analyse complex relationships between symptoms, risk factors, and diagnostic criteria. Furthermore, it offers real-time feedback and recommendations, supporting medical professionals in their clinical decision-making process. Future work involves refining the expert system based on feedback from medical experts, expanding the knowledge base to encompass a wider range of symptoms and risk factors, and conducting further evaluations to enhance its accuracy and applicability in clinical settings. The development of an expert system for migraine diagnosis has the potential to improve the diagnostic process, leading to more effective management and treatment strategies for individuals suffering from migraines. (shrink)

This collection brings together fourteen contributions by authors from around the globe. Each of the contributions engages with questions about how local and global bioethical issues are made to be comparable, in the hope of redressing basic needs and demands for justice. These works demonstrate the significant conceptual contributions that can be made through feminists' attention to debates in a range of interrelated fields, especially as they formulate appropriate responses to developments in medical technology, global economics, population shifts, and poverty.

Despite the recent proliferation of scientific, clinical, and narrative accounts of auditory verbal hallucinations, the phenomenology of voice hearing remains opaque and undertheorized. In this article, we outline an interdisciplinary approach to understanding hallucinatory experiences which seeks to demonstrate the value of the humanities and social sciences to advancing knowledge in clinical research and practice. We argue that an interdisciplinary approach to the phenomenology of AVH utilizes rigorous and context-appropriate methodologies to analyze a wider range of first-person accounts of AVH (...) at 3 contextual levels: cultural, social, and historical; experiential; and biographical. We go on to show that there are significant potential benefits for voice hearers, clinicians, and researchers. These include informing the development and refinement of subtypes of hallucinations within and across diagnostic categories; “front-loading” research in cognitive neuroscience; and suggesting new possibilities for therapeutic intervention. In conclusion, we argue that an interdisciplinary approach to the phenomenology of AVH can nourish the ethical core of scientific enquiry by challenging its interpretive paradigms, and offer voice hearers richer, potentially more empowering ways to make sense of their experiences. (shrink)

Abstract: In an era of rapid technological advancements, artificial intelligence (AI) has transformed surveillance systems, enhancing security capabilities across the globe. However, the deployment of AI-driven surveillance raises significant ethical concerns, particularly in balancing the need for security with the protection of individual privacy. This paper explores the ethical challenges posed by AI surveillance, focusing on issues such as data privacy, consent, algorithmic bias, and the potential for mass surveillance. Through a critical analysis of the tension between security and privacy, (...) this paper examines the implications of AI technologies on civil liberties and human rights. It also highlights the importance of establishing clear regulatory frameworks and ethical guidelines to ensure that AI surveillance systems operate within boundaries that respect individual freedoms. In navigating this delicate balance, we propose solutions that prioritize transparency, accountability, and the protection of privacy in the digital age. (shrink)

This article explores Galen's analysis of and response to the Rationalist and Empiricist medical sects. It argues that his interest in their debate concerning the epistemology of medicine and anatomy was key to his advancement of an experimental methodology.

Risk Management Strategies and Investment Behaviors are considered important factors in the investing activities of the retail investors. This study seeks to determine the relationship between Risk Management Strategies and Investment Behavior of Generation Z retail investors. The study is a correlational research and purposive sampling was used to select the respondents for this study. Cochran’s formula was utilized to determine the total sample size or total number of respondents. Spearman’s Rank-Order Correlation was employed to assess the significant relationship of (...) Risk Management Strategies and Investment Behaviors. Based on the results, it showed that risk management strategies have a significant relationship with one or more of the investment behaviors. Risk avoidance has a significant relationship with confirmation bias. Risk reduction has a significant relationship with all of the investment behaviors such as overconfidence, loss-aversion, recency bias, and confirmation bias. Risk transfer shows a significant relationship with only loss-aversion and confirmation bias. And lastly, risk acceptance also has a significant relationship with all of the investment behaviors. This study recommends exploring other types of behavioral biases under cognitive bias and emotional bias to determine their correlation with risk management strategies. Also, broadening the sample size, demographic scope, and geographic scope of the study can improve the generalizability of the study and provide a more comprehensive understanding of the relationship between investment behavior and risk management strategies. The researchers also recommend to utilize interviews and focus group discussions to gain an in-depth understanding of the underlying values and attitudes concerning investment behavior. (shrink)

Providing heroin to heroin addicts taking part in medical trials to assess the effectiveness of the drug as a treatment alternative, breaches ethical research standards, some ethicists maintain. Heroin addicts, they say, are unable to consent voluntarily to take part in these trials. Other ethicists disagree. In our view, both sides of the debate have an inadequate understanding of voluntariness. In this article we therefore offer a fuller conception, one which allows for a more flexible, case-to-case approach in which some (...) heroin addicts are considered capable of consenting voluntarily, others not. An advantage of this approach, it is argued, is that it provides a safety net to minimize the risk of inflicting harm on trial participants. (shrink)