"Wir mögen an der Natur beobachten, messen, rechnen, wägen und so weiter, wie wir wollen, es ist doch nur unser Maß und Gewicht, wie der Mensch das Maß der Dinge ist." So schrieb Goethe im Jahre 1807. "Die Natur wird uns keine Sonderbehandlung gewähren, nur weil wir uns als 'Krone der Schöpfung' betrachten... Ich fürchte, sie ist nicht eitel genug, um sich an den Menschen als einen Spiegel zu klammern, in dem allein sie ihre eigene Schönheit sehen kann", schreibt der (...) Physiker Hans-Peter Dürr heute. Diesen beiden Stellungnahmen liegen sehr unterschiedliche Vorstellungen vom Verhältnis Mensch - Natur zugrunde. Wie überhaupt die Naturphilosophie von den Vorsokratikern bis in die Gegenwart die unterschiedlichsten Varianten dieser Beziehung durchgespielt hat. Dass der Mensch sich jedoch in einem weit über die alttestamentarische Vorstellungskraft hinausgehenden Maße die Natur "untertan" gemacht und dabei großräumig zerstört hat, steht außer Zweifel. Im Rahmen der ökologischen Krise muss das Verhältnis zur Natur neu überdacht werden. Das vorliegende Lesebuch, das sich auch als Studientext und Diskussionsgrundlage für Schulen und Hochschulen bestens eignet, bietet den Blick in die Geschichte der Naturphilosophie, der dafür unerlässlich ist: Die Schwierigkeiten, die heute im Umgang mit der Natur auftreten, sind vielfach auf immer noch wirksame traditionelle Naturvorstellungen zurückzuführen. Andererseits gibt es einige eigenständige, bisher noch zu wenig berücksichtigte Ansätze, die zu neuen Konzeptionen anregen können. ------------------------------------------------------------- Inhalt: Vorwort; Einführung: Traditionslinien der Naturphilosophie; Heraklit und die Atomisten Leukipp und Demokrit; Platon und Aristoteles; Christliches Naturverstehen im Mittelalter: Aurelius Augustinus, Thomas von Aquin, Jacob Böhme; Naturvorstellungen in der beginnenden Neuzeit: Galileo Galilei, Rene Descartes, Isaac Newton; Kants Naturbegriff; Goethes Naturforschung; Nachkantische Naturphilosophie: Friedrich Wilhelm Joseph Schelling, Georg Wilhelm Friedrich Hegel; Geschichte der Natur und Kritik des Naturalismus: Karl Marx, Charles Darwin, John Stuart Mill; Kritik des Substanzbegriffes, Alfred North Whitehead, Werner Heisenberg, Ilya Prigogine und Isabelle Stengers; Bibliographie. (shrink)

SOCIOLOGIA DO TRABALHO: O TRABALHO E A SUA EVOLUÇÃO CONCEITUAL AO LONGO DA HISTÓRIA – SOBRE A DEFINIÇÃO DE TRABALHO -/- -/- SOCIOLOGY OF WORK: WORK AND ITS CONCEPTUAL EVOLUTION THROUGH HISTORY – ON THE DEFINITION OF WORK -/- -/- Emanuel Isaque Cordeiro da Silva – IFPE-BJ, CAP-UFPE e UFRPE. E-mails: [email protected] e [email protected]. WhatsApp: (82)98143-8399. -/- -/- RESUMO -/- Começamos, diminuto, com uma análise da complexidade do conceito de “trabalho”. Apresento ao leitor as várias interpretações que o mesmo termo (...) obteve ante as mais diversas culturas. Para essa análise, gozamos de elementos da história e da filosofia do trabalho, tendo como objetivo supremo, culminar numa perspectiva genérica e integral o suficiente para a compreensão dos mais variados trabalhos humanos existentes na história da humanidade e, com isso, sugerir um novo olhar para a sociologia do trabalho, deixando de lado, juntamente com outras disciplinas científicas, um conceito vago, defasado e reduzido, bem como sem potencialidade para o futuro do trabalho, como um trabalho formal e primordialmente assalariado. -/- Palavras-chave: Conceito, Trabalho; História; Definição. -/- ABSTRACT -/- We begin, diminutive, with an analysis of the complexity of the concept of “”work. I present to the reader the various interpretations that the same term has obtained before the most diverse cultures. For this analysis, we enjoy elements of the history and philosophy of work, having as supreme objective, to culminate in a generic and integral perspective sufficient for the understanding of the most varied human works existing in the history of mankind and, thus, to suggest a new look at the sociology of work, leaving aside, together with other scientific disciplines, a vague, laggard and reduced concept, as well as without potentiality for the future of work, as a formal and primarily salaried work. -/- Keywords: Concept; Work; History; Definition. -/- -/- BASES TEMÁTICAS DESSE TRABALHO -/-  O trabalho é um conceito construído socialmente; -/-  A modernidade trouxe consigo mudanças significativas quanto à valorização do trabalho; -/-  A origem dos mercados de trabalho, juntamente com o surgimento do capitalismo, minimizaram o trabalho como um mero emprego assalariado; -/-  O trabalho, no entanto, apresenta múltiplas manifestações nas nossas sociedades. -/- -/- 1. SOBRE A DEFINIÇÃO DO TRABALHO -/- Gostaríamos de começar esse texto com uma introdução à definição de trabalho, uma questão de importância indiscutível, considerando o trabalho não apenas como o objeto de estudo da Sociologia do Trabalho, mas também como um tema de discussão contemporânea que obteve inúmeros conceitos de grandes autores ao longo da história, desde o trabalho como algo “escravista” ao homem, até a supervalorização do mesmo mediante ao homem. -/- O trabalho, nas palavras de Yves Simon (1903-1961) , é um daqueles termos que são precedidos por fatos da vida cotidiana do homem, que se escondem por trás do mistério do habitual ou usual. É um termo, portanto, que possui uma riqueza factual muito superior à qualquer definição que se pode concentrar. Santo Agostinho (354-430), referindo-se ao tempo, sabia o que era, mas se o perguntassem como defini-lo, apontou que não sabia como fazê-lo (“Si nemo ex me quaerat, scio; si quaerenti explicare velim, nescio”), traduzindo (“Se ninguém me perguntar, sei o que é; mas se quiser explicá-lo a quem me perguntar, não sei”). -/- Assim como Agostinho, algo parecido acontece conosco quando nos pedem para definir o trabalho. Assim como diria Werner Sombart (1863-1941), a palavra pode não ter um significado real, apesar de seu uso frequente. E é que o trabalho, como uma atividade criativa, faz parte da história humana desde sua gênese, há mais de 2 milhões de anos atrás, quando o homo habilis mostrou-se capaz de criar conscientemente e por si próprio (e não por mera carga genética como acontece com várias espécies animais) seus próprios instrumentos. -/- O supracitado Yves Simon, escolheu em seu texto mais representativo sobre o tema, uma maneira mais razoável de se definir o trabalho. Começou com o método de caso mais óbvio. Nesse sentido, mostrou que a ambivalência entre o trabalho manual e intelectual que o tempo parece não deixá-lo ir completamente, optara pelos “trabalhadores ao invés dos advogados, comerciantes ou homens de letras”. Essa ordem de prioridade não significa exclusão, mas sim graus de aceitação que considero fazer parte do critério ainda mantido por muitos a respeito do termo “trabalho”. -/- Nesse sentido, argumenta-se que o trabalho manual corresponde a sua ligação direta com a natureza física. O termo “direto” não ignora a mediação de máquinas e ferramentas, apenas comenta seu caráter relacional com a natureza. Logo, o trabalho significa a modificação de algo. -/- Entre as características desse trabalho, ao menos o manual, Simon ressalta que é uma atividade apenas transitória. Isso significa que o trabalho produz um efeito fora do agente que o executa. É o caso de um carpinteiro que age sobre a madeira para moldá-la e transformá-la em um bem de uso posterior como uma mesa, um banco, etc. -/- O mesmo autor ressalta que, se o efeito reside apenas no agente e não em um assunto externo, estaríamos enfrentado algo que chamaríamos de jogo, esporte, exercício ou mesmo a “imitação do trabalho”. -/- Por outro lado, o trabalho é uma atividade útil, isto é, propício para produzir um bem que seja útil e desejável por alguém. Finalmente, a racionalidade é um elemento que distingue o trabalho dos homens em relação com os animais. Essa ideia remonta com Hume (1711-1776), que insistia que o trabalho distingue os homens dos animais. Essa visão também será desenvolvida com Marx (1818-1883), que reproduzimos mediante uma célebre passagem do primeiro livro de O Capital. -/- [...] Pressupomos o trabalho numa forma em que pertence exclusivamente ao homem. Uma aranha executa operações semelhantes às do tecelão, e a abelha envergonha mais de um arquiteto humano com a construção dos favos de suas colmeias. Mas o que distingue, de antemão, o pior arquiteto da melhor abelha é que ele construiu o favo em sua cabeça, antes de construí-lo em cera (MARX, 1996, p. 297/98). -/- Na tradição marxista, foi Engels (1820-1895) quem parou mais nesses questões. Em seu ensaio particular escrito em 1876 e intitulado “O papel do trabalho na transformação do macaco em homem”, sintetiza a ideia de que é o trabalho quem cria e faz o homem. -/- Passando para o trabalho intelectual, Simon ressalta que, na verdade, a medida em que contribui para o trabalho manual desenvolvido por outros, a atividade intelectual também poderá ser denominada de trabalho. Avançando nessa concepção do filósofo, posteriormente, ele aponta “para que uma atividade seja qualificada como trabalho, ela deve ser não apenas honesta mas, também, socialmente produtiva”. -/- Essa concepção de utilidade produtiva é a mais generalizada no momento de distinção do trabalho com demais atividades. Como exemplo, podemos citar Friedmann (1902-1977) que aponta que a utilidade é a primeira característica do trabalho humano. E ainda cita economistas como Colson (1853-1939). Ressalta ainda que “o trabalho é o meio pelo qual o homem exerce suas capacidades físicas e morais para a produção de riquezas ou serviços”. Por outro lado, o filósofo Bergson (1859-1941) escreveu que “o trabalho humano consiste em criar utilidade”. Não obstante, Friedmann se pergunta se a teleologia do trabalho é a única variável a ser tomada em conta para a construção da definição do conceito. Nesse sentido, ele aponta a necessidade de se incluir outros fatores relevantes para essa edificação do conceito, uma vez que os animais também “criam utilidade”. Logo, a distinção poderia estar presente no “marco de uma luta social contra a natureza”. Mediante isso, o trabalho seria “essencialmente através da técnica, a transformação que o homem faz da natureza que, por sua vez, reage ao homem modificando-a”. É a mesma visão marxista que fizemos referência anteriormente, segundo o qual o “trabalho é, em primeiro lugar, um processo entre o homem e a natureza, como o qual o homem regula, realiza e a controla por meio de suas ações, sua troca de assuntos com a natureza. Coloca em ação suas forças naturais que configuram sua corporeidade, seus braços e pernas, cabeça e mãos, para que desse modo, possa assimilar, sob uma forma útil à sua própria vida, os materiais que a natureza o proporciona. E ao mesmo tempo que age na natureza externa e a transforma, transforma também sua própria natureza, desenvolvendo, assim, as faculdades antes adormecidas em si”. Inteligentemente, Friedmann foi capaz de assegurar que, no mundo contemporâneo, tal definição é parcial, uma vez que, nem todas as atividades do homem são rurais e manufatureiras, onde a relação-transformação com a natureza é mais evidente. As atividades denominadas terciárias, segundo a tradicional tipologia de Colin Clark (1905-1989), e que ampliarei posteriormente no conceito de trabalho intelectual, também devem ser levadas em consideração. Nesse sentido, Friedmann ressalta que, no século XX, o homem no trabalho não é sempre e menos ainda, no sentido clássico do termo, um homo faber. -/- Todavia, isso força Friedmann a pensar em um conceito diferente de trabalho e, para isso, ele confia que “determinada imposição” é específica e o diferencia de outras atividades que não são trabalho. Dessa maneira, para um trabalho ser tal deverá ter uma quota indispensável de obrigações. -/- Tantas indagações e reflexões acerca do supracitado, nos obriga a perguntamo-nos: a pessoa “trabalha” apenas se for obrigada a fazê-lo? Os animais não trabalham/produzem? Em condições de alienação desenvolvida e, portanto, o homem desconhecendo o fim último do seu labor, não estamos lidando com um trabalho? Quem age sobre a natureza, afim de destruí-la logo, não lhe conferindo valor, está trabalhando? A dona de casa que não produz para o mercado de trabalho não está trabalhando? Todas essas perguntas, se respondidas, fariam menção a um conceito de trabalho que, sem dúvida, ainda não foi unanimemente construído pela humanidade. De fato, quando vemos culturas e povos distintos, notamos que eles lidaram com conceitos muito diferentes sobre o que é e o que não é trabalho. Mesmo dentro dessas culturas – incluindo a nossa- e aqueles tempos - incluindo o nosso -, podemos notar uma pluralidade de abordagens que obedece a perspectivas distintas e, por vezes, conflitantes. Acrescenta-se a isso que, hoje em dia, temos herdado muitos atributos do trabalho das culturas anteriores, o que torna nossa sociedade representada, sociologicamente, por um caldeirão de comportamentos e conceitualizações relacionados ao trabalho, o que dificulta a partir de critérios mais ou menos consensuais. Posteriormente, veremos quais são esses critérios e como eles evoluíram ao longo da história para alicerçar nossa perspectiva contemporânea acerca do trabalho. -/- Hannah Arendt (1906-1975), dado às dificuldades supracitadas, decidiu traçar a etimologia dos termos de trabalho em questão, em sua famosa obra A condição humana de 2007, em que aclara os termos e as distinções entre trabalho e labor. Etimologicamente temos o grego distinguindo a partir de ponein e ergazesthai; o Latim entre laborare e facere ou fabricare; o inglês com labor e work e, por fim, o alemão entre arbeiten e werken. Em todos eles, aponta Arendt, apenas os equivalentes de “trabalho” significam, sem infortúnio, sofrimento e infelicidade. O Arbeiten alemão foi aplicado somente para designar as atividades de campo exercida pelos servos e não ao trabalho dos artesãos, denominado Werken. Outros autores sinalam que em francês Travailler que tem uma substituição do termo “trabalho”, vem do “Tripalium” (do latim “Tripaliare”, uma espécie de instrumento de tortura usado na antiguidade para castigar os escravos). De qualquer forma, todos os supra conceitos não são aceitos por todos os etimologistas. -/- Essas distinções são eloquentes na medida em que reproduzem a visão de diferentes e inúmeras culturas em relação ao trabalho. Nesse sentido, seguindo o pensamento arendtiano, existe um conceito que faz menção à uma avaliação notadamente negativa, e é o que deu origem à conformação do termo “labor”. Por outro lado, a mesma etimologia distingue outro termo (a obra) que representa conotações positivas. O que distingue os dois termos e o que popularizou Locke quando se referiu ao “trabalho de nossos corpos e trabalho de nossas mãos”? A diferença está, de acordo com Arendt, em que o trabalho cria bens fúteis dedicados ao mero consumo promovendo assim, com o passar dos anos, uma sociedade de massas onde desaparecerá o trabalho dito bem feito, típico de artesãos, que criam objetos de uso durável ao longo do tempo, mediante um processo de fabricação e que, em nenhum momento, implica o tédio ou a alienação características de uma sociedade de massa. Os gregos, segundo a pensadora, e então vamos confirmar isso, nunca praticaram essa diferença: tanto o trabalho quanto o artesanato na antiguidade grega eram reservados para os escravos, uma vez que todas as obrigações tinham uma natureza servil. Estes se opuseram à contemplação de quaisquer tipos de atividades. Nos chama a atenção que em nossa sociedade, a partir da idade moderna, houve a inversão da perspectiva acerca do trabalho, isto é, houve uma “glorificação” do mesmo em que foi conferido uma elevação do animal laborans sobre o animal racional. A pensadora alemã ainda nos diz que em vez da distinção trabalho-labor, surge outras que devemos nos atentar, são a relação entre trabalho produtivo e improdutivo; entre trabalho qualificado e não qualificado e, finalmente, entre o já conhecido binômio do trabalho manual-intelectual. A primeira dessas distinções, a relação entre produtividade e improdutividade, foi a mais transcendente e primordial nas origens das ciências econômica e social. Adam Smith (1723-1790) e Karl Marx desprezaram o trabalho improdutivo a tal ponto de não considerar o mesmo como trabalho ao menos que enriquecesse o mundo. Essa distinção se aproxima do supracitado trabalho-labor do princípio. A elevação do trabalho produtivo, acima das visões antigas; é expressamente perceptível em alguns autores clássicos. É o que acontece com as contribuições do filósofo Marx, para quem o trabalho é uma fonte de produtividade (originada na energia humana não exaurida e que produz a mais-valia); com Smith, para quem o trabalho é uma fonte de riqueza; e com Locke, para qual o trabalho é fonte de propriedade. -/- Em relação ao trabalho qualificado e não qualificado, Arendt nos diz que não tem mais sentido na atualidade a sua discussão, uma vez que, esse praticamente desapareceu sob a influência das modernas tecnologias organizacionais. Logo, a distinção entre trabalho e labor estaria obsoleta e abandonada em favor do próprio trabalho. -/- A distinção entre trabalho manual e intelectual tornou-se amplamente interessante desde a perspectiva arendtiana. Com efeito, como cada ocupação deve mostrar sua utilidade para toda a sociedade em seu conjunto, e a utilidade da ocupação intelectual -diz Arendt- chega a ser mais que duvidosa quando confrontada com a glorificação do trabalho, seria mais que natural que os intelectuais quisessem conformar a população laboriosa, algo inimaginável entre os gregos. A isso se soma a demanda que o mundo contemporâneo faz do trabalho intelectual. -/- O pensamento revolucionário do século XX não era alheio a essa distinção. Haya de la Torre (1895-1979), um pensador e líder da oposição peruana do século XX, disse afirmando claramente uma leitura de classe que divide o trabalhador do explorador: -/- “A revolução está em uma distinção que todos podemos fazer por si só: há aqueles que vivem do seu próprio trabalho e há aqueles que vivem do trabalho dos outros. Todos, de acordo com sua consciência, poderá decidir a qual dessas duas classes pertence” (1924, pp. 24-25). (Tradução própria). -/- Se rastrearmos por uma linha histórica, no entanto, veremos como esse trabalho intelectual não foi considerado trabalho, uma vez que partiu do mundo do lazer e da contemplação entre os gregos. -/- Apenas com a “glorificação” do trabalho, antes supracitada, é que o “intelectual” assume uma perspectiva de ser considerado trabalho, não obstante, sob pena de ser considerado improdutivo em uma sociedade onde o valioso parece ser tudo aquilo que tem poder produtivo. -/- Posteriormente, traçaremos uma linha histórica sobre os conceitos e perspectivas acerca dos trabalhos manual e intelectual desde os gregos, passando pela “glorificação” na era moderna até os dias atuais. -/- -/- REFERENCIAL TEÓRICO -/- ARENDT, H. A condição humana. Trad. Roberto Raposo. Posfácio de Celso Lafer. 10ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007. -/- AZEVEDO, G. C.; SERIACOPI, R. História geral e do Brasil. Vol. Único. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2008. -/- BAVA, A. C. Introdução a sociologia do trabalho. 1ª ed. São Paulo: Ática, 1990. -/- BOMENY, H. et al. Tempos modernos, tempos de sociologia. 2ª ed. São Paulo: Editora do Brasil, 2013. -/- BRAICK, P. R.; MOTA, M. B. História: das cavernas ao terceiro milênio. 4ª ed. São Paulo: Moderna, 2016. -/- FRIEDMANN, G.; NAVILLE, P. Tratado de Sociologia do Trabalho. 1ª ed. São Paulo: Cultrix, 1973. -/- MACHADO, I. J. de R.; AMORIM, H. J. D.; BARROS, C. R. de. Sociologia hoje. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2013. -/- MARX, K. O Capital: crítica da economia política. 1ª ed. São Paulo: Nova Cultural, 1996. Col. Os Economistas. -/- NOGUERA, J. A. El concepto de trabajo y la teoría social crítica. Barcelona: Papers, 2002. -/- OLIVEIRA, P. S. de. Introdução a sociologia. 24ª ed. São Paulo: Ática, 2001. -/- SIMÓN, Y. R. Work, society and culture. 1ª ed. Nova Iorque: Fordham University Press, 1971. -/- SILVA, A. et al. Sociologia em movimento. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2016. -/- TORRE, V. R. H. de la. Moral Revolucionaria. In: Bohemia azul, Lima, n° 7, 1924. -/- Estimule a criatividade, respeite o direito autoral. -/- Emanuel Isaque Cordeiro da Silva © 2019. (shrink)

HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA: O DESENVOLVIMENTO DA SOCIOLOGIA I -/- A SOCIOLOGIA NA ALEMANHA -/- -/- HISTORY OF SOCIOLOGY: THE DEVELOPMENT OF SOCIOLOGY I -/- SOCIOLOGY IN GERMANY -/- -/- -/- Emanuel Isaque Cordeiro da Silva – IFPE-BJ, CAP-UFPE e UFRPE. E-mail's: [email protected] e [email protected]. WhatsApp: (82)9.8143-8399. -/- PREMISSA -/- Na Alemanha, a Sociologia foi profundamente influenciada pela discussão filosófica, histórica e metodológica que se desenvolveu entre o final do século XIX e o início do século XX. Em seus fundamentos encontra-se (...) o pensamento de vários filósofos, como Johann Gottlieb Fichte (1762 -1814), Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling (1775 -1854), Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher (1768 -1834), Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770 -1831) e Friedrich W. Nietzsche (1844-1900). -/- O representante mais expressivo da Sociologia alemã é Max Weber (1864-1920). Outros pensadores, entretanto, contribuíram significativamente para a formação e o desenvolvimento da Sociologia na Alemanha, entre os quais Ferdinand Tönnies (1855 -1936), Werner Sombart (1863-1941), Georg Simmel (1858-1918) e os estudiosos que a partir da década de 1920 constituíram a chamada Escola de Frankfurt. -/- A obra desses autores liga-se fortemente ao processo de unificação alemã, promovido somente após o triunfo de Otto von Bismarck na Guerra Franco-Prussiana (1871), e à aceleração da industrialização alemã. Esses dois fatores conferiram à Alemanha uma situação muito diferente da de outros países europeus. -/- A alteração nas estruturas de poder, na Alemanha, não ocorreu por meio de uma revolução, como na França, mas por um acordo entre a bur-guesia industrial e os grandes proprietários de terra, tendo em vista uma transição mais adequada aos seus interesses. -/- Vale salientar, em nota, que após a Guerra Franco-Prussiana (1870-71), os príncipes alemães se reuniram no palácio de Versalhes (França), onde aclamaram Guilherme I, da Prússia, como o imperador alemão. Assim surgia o Império da Alemanha, em 1871. -/- A burguesia industrial não estava preocupada em alterar de modo significativo a estrutura fundiária, e os grandes proprietários, que se encastelaram na burocracia estatal, não permitiram a formulação de uma legislação trabalhista que prejudicasse os interesses da burguesia. Assim se fez uma mudança “por cima”, sem levar em conta os interesses dos trabalhadores urbanos ou rurais. Destacam-se aqui dois importantes soció-logos alemães: Georg Simmel e Max Weber, pela presença no Brasil. Depois, brevemente, falar-se-á aqui da famosa Escola de Frankfurt. -/- 1. Georg Simmel (1858-1918) -/- Nascido em Berlim, Georg Simmel é um pensador difícil de enquadrar em alguma tendência ou campo específico do conhecimento. Vamos ler um trecho do que escreveu sobre ele o sociólogo brasileiro Leopoldo Waizbort: -/- Quem tentar esboçar a fisionomia de Georg Simmel (1858-1918), logo se encontra em meio a dificuldades que são características próprias daquilo que se quer apreender. Simmel sempre postulou para seu próprio pensamento uma mobilidade e uma plasticidade para se adaptar ao seu objeto – uma multiplicidade de direções, uma defesa do fragmento –, que se opõem a toda tentativa de fixação e acabamento, a toda pretensão de sistema. Por isso todos os rótulos que lhe são atribuídos, apesar de possuírem seu teor de verdade, sempre soam tão falsos: vitalismo, relativismo, esteticismo, formalismo, irracionalismo, psicologismo, impressionismo e tantos mais. Disto também é exemplo o fato de Simmel, hoje considerado, ao lado de Max Weber e Ferdinand Tönnies, um dos “pais” da sociologia alemã, não poder ser classificado sem mais como “sociólogo”, sob pena de se perderem várias outras dimensões que são essenciais ao seu pensamento (WAIZBORT, 2000. p. 11). -/- G. Simmel foi o último dos sete filhos de um próspero comerciante judeu convertido ao cristianismo. Com a morte do pai, herdou uma fortuna considerável que lhe permitiu independência para desenvolver a vida acadêmica. Estudou História e Filosofia na Universidade de Berlim, onde foi aluno das mais importantes figuras acadêmicas da época. Em 1881, defendeu uma tese sobre Immanuel Kant e recebeu o título de doutor em Filosofia. Entre 1885 e 1914, lecionou Filosofia, Ética e Sociologia na Universidade de Berlim, mas nunca foi incorporado formalmente à universidade. -/- Ocupou o cargo de professor titular de Filosofia somente em 1914, em Estrasburgo, cidade onde permaneceu até a morte, em 1918. -/- Na virada do século XIX para o século XX na Alemanha, houve uma intensa efervescência filosófica, cultural e artística, cenário em que se desenvolveram a psicanálise, a teoria da relatividade, o positivismo lógico e a música atonal. Nesse cenário, Simmel tornou-se um conferencista muito aclamado e escreveu artigos e ensaios sobre os mais variados temas da Filosofia, como lógica, teoria do conhecimento, ética, estética ou metafísica, além de temas da Psicologia, da Sociologia, da História e da religião. -/- Escreveu também muitas biografias (de Johann Wolfgang von Goethe, de Friedrich Nietzsche, de Immanuel Kant e de Rembrandt, entre outros). -/- Suas obras sociológicas mais importantes são: Da diferenciação social (1890), A filosofia do dinheiro (1907), Sociologia (1908) e Questões fundamentais da Sociologia (1917). Georg Simmel teve influência marcante no desenvolvimento da Sociologia na Alemanha, nos Estados Unidos (em especial na Escola de Chicago) e na França (em Durkheim e seus colaboradores diretos). Suas obras foram traduzidas para o francês e o inglês, muitas vezes antes de ser publicadas em alemão. -/- 2. Max Weber (1864-1920) -/- Max Weber nasceu em 21 de abril de 1864, em Erfurt, e morreu em Munique, em 1920. De família abastada, teve uma educação formal de boa qualidade, o que lhe permitiu uma erudição notável. Com 18 anos, ingressou na Universidade de Heidelberg, onde escolheu como área de concentração o Direito e como correlatas a História, a Filosofia e a Economia. Nessa universidade, teve o primeiro contato com os escritos de Immanuel Kant e com neokantianos, os quais nunca deixou de lado em seus estudos. -/- Em 1889, concluiu o doutorado em Direito Comercial com uma tese sobre a história das sociedades comerciais da Idade Média. Em 1891, defendeu outra tese: A importância da história agrária romana para o direito público e privado. Em 1894, tornou-se professor de Economia na Universidade de Freiburg e, dois anos depois, transferiu-se para a Universidade de Heidelberg. -/- A partir de 1897, acometido de uma depressão profunda, não conseguiu desenvolver as atividades acadêmicas. Entre 1902 e 1903, retomou as atividades intelectuais, mas fora da universidade, pois não tinha condições psicológicas para ministrar aulas. No ano seguinte, tornou-se coeditor do Arquivo de Ciências Sociais, publicação muito importante para o desenvolvimento dos estudos sociológicos na Alemanha. -/- Entre agosto e dezembro de 1904, viajou, com Ferdinand Tönnies e Werner Sombart, aos Estados Unidos, por ocasião da Exposição Universal de Saint-Louis, onde entrou em contato com as igrejas e seitas protestantes daquele país e também com vários escritos de Benjamin Franklin (1706-1790), o que foi fundamental para suas pesquisas sobre a relação entre a ética protestante e o capitalismo. -/- Em 1907, recebeu uma herança significativa. A partir de então, dedicou-se exclusivamente à investigação histórica e sociológica. Em 1909, colaborou na fundação da Sociedade Alemã de Sociologia. Ao ser deflagrada a Primeira Guerra Mundial, em 1914, Weber foi convocado como oficial da reserva para dirigir um hospital militar. Entre as atividades no hospital encontrou tempo para continuar a escrever partes do livro que foi publicado postumamente por sua esposa, com o título Economia e sociedade. Além disso, desenvolveu estudos sobre ética econômica e as religiões universais e escreveu uma série de artigos para os grandes jornais da Alemanha. Nesses artigos, criticou a estrutura partidária do país e a burocratização das esferas políticas na Alemanha, afirmando que aquela situação ainda era a herança de Otto von Bismarck. -/- Em 1917, pronunciou uma conferência – A ciência como vocação – e produziu um escrito, no qual explicitou seu método – Ensaio sobre neutralidade axiológica nas ciências sociológicas e econômicas. -/- Pelas ideias expostas em debates e nos jornais e por sua erudição, Max Weber, após a derrota alemã na Primeira Guerra Mundial, fez parte da comissão que redigiu, em 1919, a nova constituição política alemã, conhecida como a Constituição de Weimar. -/- Pode-se afirmar que a vida de Max Weber foi dedicada aos estudos, à pesquisa e à participação ativa na política alemã de seu tempo, por meio de conferências e artigos para jornais e revistas. -/- Weber não media esforços para analisar e com-preender mais profundamente os temas que elegia. Aprendeu grego e hebraico para ler a Bíblia no original, espanhol para ler os documentos sobre as companhias de navegação e comércio espanhol, russo para ler os jornais sobre os acontecimentos na Rússia de 1905 até a revolução de 1917, inglês para ler os textos estadunidenses sobre a vida religiosa e a ética dos protestantes. -/- Para Max Weber, o indivíduo é o núcleo de análise por ser o único que pode definir intenções e finalidades para seus atos. Desse modo, o ponto de partida da Sociologia é a compreensão da ação dos indivíduos, atuando e vivenciando situações sociais com determinadas motivações e intenções. Instituições como Estado e família só ganham sentido quando vistas da perspectiva das relações sociais. Assim, Max Weber não concebe a sociedade como um bloco, uma estrutura una, mas como uma teia de relações capazes de produzir sentido. -/- A obra de Max Weber é vasta e engloba história, direito e economia, passando pelas questões religiosas, pelos processos burocráticos, pela análise da cidade, da música e, enfim, pela discussão metodológica das ciências humanas e dos conceitos sociológicos. -/- Entre os seus escritos, podemos destacar: A ética protestante e o “espírito” do capitalismo (1904-1905/1920), A ciência como vocação (1917), A política como vocação (1919), Economia e sociedade (1920), História geral da economia (1923) e Ensaios reunidos de sociologia da religião (1917/1920). -/- Outros sociólogos alemães mantiveram-se em atividade após a Primeira Guerra Mundial, como Ferdinand Tönnies, Leopold von Wiese (1876 -1969), Hans Freyer (1887-1969) e Franz Oppenheimer (1864 -1943), que fundou, em 1919, a primeira cátedra de Sociologia na Alemanha, em Frankfurt. -/- 3. A Escola de Frankfurt -/- Logo após a morte de Max Weber, abriu-se um novo horizonte para a Sociologia alemã com a fundação do Instituto de Pesquisa Social, vinculado à Universidade Johann Wolfgang Goethe de Frankfurt, que ficou conhecido como Escola de Frankfurt. Em 1923, um grupo de intelectuais – entre eles Friedrich Pollok (1894-1970), Leo Löwenthal (1900-1993), Karl August Wittfogel (1896-1988), Max Horkheimer (1895-1973) e Theodor Adorno (1903-1969) – desenvolveu uma análise da sociedade contemporânea com base em concepções filosóficas de Immanuel Kant, Friedrich Hegel e Friedrich Nietzsche, em visões sociológicas de Karl Marx e de Max Weber e no pensamento de Sigmund Freud. -/- Os integrantes do grupo de Frankfurt pretendiam desenvolver uma teoria crítica da sociedade capitalista e buscavam explicar fenômenos que iam da análise da personalidade autoritária à indústria cultural. Mantiveram a crítica ao positivismo e ao pragmatismo, procurando demonstrar a necessida-de de refletir sobre as condições que permitiram a emergência do nazismo e sobre o significado dessa ideologia. As reflexões desses intelectuais culminaram com uma crítica à razão instrumental e às formas de controle sobre a sociedade contemporânea. -/- Além dos estudiosos citados, são representantes desse pensamento Walter Benjamin (1892-1940), Erich Fromm (1900-1980) e Herbert Marcuse (1898-1979), entre outros. Todos os integrantes da Escola de Frankfurt precisaram sair da Alema-nha por causa da perseguição nazista. Adorno e Horkheimer voltaram ao país depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Deram continuidade à Escola de Frankfurt, entre outros, Jürgen Habermas (1929-), da segunda geração, e Axel Honneth (1949-), da terceira e atual geração. -/- REFERENCIAL TEÓRICO -/- CUIN, C. H.; GRESLE, F. História da Sociologia. Trad. Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Ensaio, 1994. -/- CULTURAL, A. Max Weber. Textos selecionados. 2ª ed. São Paulo: Abril Cultural, 1980. (Col. Os Pensadores). -/- NOVA, S. V. Introdução à Sociologia. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2004. -/- SILVA, A. et al. Sociologia em movimento. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2016. -/- VANDENBERGHE, F. As sociologias de Georg Simmel. 1ª ed. Petrópolis: Vozes, 2018. -/- WAIZBORT, L. As aventuras de Georg Simmel. São Paulo: USP, Curso de Pós-Graduação em Sociologia/Editora 34, 2000. -/- SBS - Sociedade Brasileira de Sociologia PUCRS - PPG em Ciências Sociais Avenida Ipiranga, 6681 - Partenon CEP: 90619-900 - Porto Alegre, RS [email protected] Emanuel Isaque © 2019. (shrink)

The aim of this paper is to introduce, elucidate and defend the usefulness of a variant of grounding, or metaphysical explanation, that has the feature that the grounds explain of some states of affairs that one of them obtains without explaining which one obtains. I will dub this variant arbitrary grounding. After informally elucidating the basic idea in the first section, I will provide three metaphysical hypotheses that are best formulated in terms of arbitrary grounding in the second section. The (...) third section will be concerned with the relation between arbitrary grounding and non-arbitrary grounding. The fourth section will compare arbitrary grounding to two extant proposals in the literature. (shrink)

Moral perceptualism is the theory that perception and perceptual experience is attuned to moral features in our environment. This idea has received renewed attention in the last 15–20 years, for its potential to do theoretical work in moral epistemology and moral psychology. In this paper, I review the main motivations and arguments for moral perceptualism, the variety of theories that go under the heading of “moral perception,” and the three biggest challenges to moral perception. https://youtu.be/9cc_1zykq80.

Advances in science and technology have added to our insights into the vulnerabilities of human agency as well as to the methods of exploiting them. This has raised the stakes for efforts to clarify the concept and ethics of manipulation. Among these efforts, Robert Noggle’s influencer-centered account of manipulation has been most significant. He defines manipulative acts as those whereby an agent intentionally influences a recipient’s attitudes so that they do not conform as closely as they otherwise would to the (...) pertinent norms and ideals endorsed by the influencer. This provides a relatively simple and in many ways clear definition of manipulation. It sidesteps thorny debates about autonomy, freedom, or practical rationality. It also promises to reveal a conceptual parallel between manipulating and lying, and thus to explain why manipulation is pro tanto wrong. In one respect, however, the account remains ambiguous: It remains unclear whether, and to what extent, it requires that influencers’ beliefs about what is ideal for their recipients to be grounded in some effort on the part of the influencer to identify with or take on the role of her recipient. This paper explains this ambiguity. It argues that influencer-centrism cannot remain indifferent to the validity of an agent’s beliefs about the ideal state of the recipient and provide an identification requirement that would render the whole account plausible and sufficiently determinate. (shrink)

We performed a qualitative analysis of the Thesaurus in order to assess its conformity with principles of good practice in terminology and ontology design. We used both the on-line browsable version of the Thesaurus and its OWL-representation (version 04.08b, released on August 2, 2004), measuring each in light of the requirements put forward in relevant ISO terminology standards and in light of ontological principles advanced in the recent literature. Version 04.08b of the NCI Thesaurus suffers from the same broad range (...) of problems that have been observed in other biomedical terminologies. For its further development, we recommend the use of a more principled approach that allows the Thesaurus to be tested not just for internal consistency but also for its degree of correspondence to that part of reality which it is designed to represent. (shrink)

Moral perception has made something of a comeback in recent work on moral epistemology. Many traditional objections to the view have been argued to fail upon closer inspection. But it remains an open question just how far moral perception might extend. In this paper, I provide the beginnings of an answer to this question by assessing the relationship between the metaphysical structure of different normative properties and a plausible constraint on which properties are eligible for perceptual awareness which I call (...) the Counterfactual Strengthening Test. Along the way I consider and reject a few other possible constraints on perceptual awareness. I defend the view that moral perception is restricted to the perception of evaluative and pro tanto deontic properties. I conclude with a few gestures toward what this limitation on moral perception may mean for broader moral epistemology. (shrink)

Non-naturalism is the view that normative properties are response-independent, irreducible to natural properties, and causally inefficacious. An underexplored question for non-naturalism concerns the metasemantics of normative terms. Ideally, the non-naturalist could remain ecumenical, but it appears they cannot. Call this challenge the metasemantic challenge. This chapter suggests that non-naturalists endorse an epistemic account of reference determination of the sort recently defended by Imogen Dickie, with some modifications. An important implication of this account is that, if correct, a fully fleshed out (...) moral epistemology will simultaneously rebut metasemantic objections to non-naturalism. Thus, both the metasemantic and the more widely discussed epistemological challenges in effect amount to one. Before setting out the positive view, the chapter considers why all of the traditional metasemantic theories cause trouble for the non-naturalist. This includes discussions of teleosemantics, conceptual role semantics, as well as Schroeter and Schroeter’s “connectedness” model. (shrink)

Modal dispositionalists hold that dispositions provide the foundation of metaphysical necessity and possibility. According to the kind of modal dispositionalism that can be found in the present literature, a proposition p is possible just in case some things are disposed to be such that p. In the first part of this paper I show that combining this classic form of dispositionalism with the assumptions that the laws of nature are necessary and deterministic and that all dispositions are forward-looking in time (...) leads to the unattractive conclusion that every truth is necessary. I argue that the classic dispositionalist should be troubled by this result and in the second part of the paper I suggest a novel variant of dispositionalism that avoids it. This extended form of dispositionalism allows that some propositions are only indirectly underwritten by dispositions. (shrink)

This paper develops the metaphysical hypothesis that there are irreducibly collective pluralities, pluralities of objects that do not have a singular object among them. A way to formulate this hypothesis using plural quantification will be proposed and the coherence of irreducibly collective existence will be defended. Furthermore, irreducibly collective existence will be shown to allow for bottomless scenarios that do not involve things standing in relations of parthood. This will create logical space for an anti-atomistic form of mereological nihilism.

In a recent paper, Tim Henning argues that the result that we should save the greatest number in rescue cases can be established on procedural grounds without making use of the aggregation of interests. He first argues that we ought to respect the affected persons' equal claims to have a say in the rescue decision and that this can only be achieved by the majority rule, which consists in giving each affected person an equal vote. Then he argues for the (...) second claim that if everyone votes in their self-interest, then the greatest number will be saved. I present a class of cases in which the second claim fails. This establishes that even if self-interested voting is assumed, the majority rule does not always lead to the greatest number being saved. (shrink)

Quality assurance in large terminologies is a difficult issue. We present two algorithms that can help terminology developers and users to identify potential mistakes. We demon­strate the methodology by outlining the different types of mistakes that are found when the algorithms are applied to SNOMED-CT. On the basis of the results, we argue that both formal logical and linguistic tools should be used in the development and quality-assurance process of large terminologies.

One important challenge for contingentists is that they seem to be unable to account for the meaning of some apparently meaningful modal discourse that is perfectly intelligible for necessitists. This worry is particularly pressing for higher-order contingentists, contingentists who hold that it is not only contingent which objects there are, but also contingent which semantic values there are for higher-order variables to quantify over. Objections against higher-order contingentism along these lines have been presented in Williamson (Mind 119(475):657–748, 2010; Modal logic (...) as metaphysics, Oxford University Press, 2013, ch. 7), and Fritz and Goodman (Mind 126(504):1063–1108, 2017). This paper presents a way for contingentists to respond to these challenges. The upshot is that the contingentist can account for the meaningfulness of the problematic modal claims by pretending necessitism to be true, but in some cases it turns out to be indeterminate whether they are true. I defend this strategy against the objections against pretence-strategies presented in Fritz and Goodman (Mind 126(504):1063–1108, 2017, §4). Furthermore, I defend the plausibility of the resulting indeterminacy from the contingentist’s perspective. (shrink)

While classifications of mental disorders have existed for over one hundred years, it still remains unspecified what terms such as 'mental disorder', 'disease' and 'illness' might actually denote. While ontologies have been called in aid to address this shortfall since the GALEN project of the early 1990s, most attempts thus far have sought to provide a formal description of the structure of some pre-existing terminology or classification, rather than of the corresponding structures and processes on the side of the patient. (...) We here present a view of mental disease that is based on ontological realism and which follows the principles embodied in Basic Formal Ontology and in the application of BFO in the Ontology of General Medical Science. We analyzed statements about what counts as a mental disease provided in the research agenda for the DSM-V, and in Pies' model. The results were used to assess whether the representational units of BFO and OGMS were adequate as foundations for a formal representation of the entities in reality that these statements attempt to describe. We then analyzed the representational units specific to mental disease and provided corresponding definitions. Our key contributions lie in the identification of confusions and conflations in the existing terminology of mental disease and in providing what we believe is a framework for the sort of clear and unambiguous reference to entities on the side of the patient that is needed in order to avoid these confusions in the future. (shrink)

PURPOSE—A substantial fraction of the observations made by clinicians and entered into patient records are expressed by means of negation or by using terms which contain negative qualifiers (as in “absence of pulse” or “surgical procedure not performed”). This seems at first sight to present problems for ontologies, terminologies and data repositories that adhere to a realist view and thus reject any reference to putative non-existing entities. Basic Formal Ontology (BFO) and Referent Tracking (RT) are examples of such paradigms. The (...) purpose of the research here described was to test a proposal to capture negative findings in electronic health record systems based on BFO and RT. METHODS—We analysed a series of negative findings encountered in 748 sentences taken from 41 patient charts. We classified the phenomena described in terms of the various top-level categories and relations defined in BFO, taking into account the role of negation in the corresponding descriptions. We also studied terms from SNOMED-CT containing one or other form of negation. We then explored ways to represent the described phenomena by means of the types of representational units available to realist ontologies such as BFO. RESULTS—We introduced a new family of ‘lacks’ relations into the OBO Relation Ontology. The relation lacks_part, for example, defined in terms of the positive relation part_of, holds between a particular p and a universal U when p has no instance of U as part. Since p and U both exist, assertions involving ‘lacks_part’ and its cognates meet the requirements of positivity. CONCLUSION—By expanding the OBO Relation Ontology, we were able to accommodate nearly all occurrences of negative findings in the sample studied. (shrink)

Ontology is currently perceived as the solution of first resort for all problems related to biomedical terminology, and the use of description logics is seen as a minimal requirement on adequate ontology-based systems. Contrary to common conceptions, however, description logics alone are not able to prevent incorrect representations; this is because they do not come with a theory indicating what is computed by using them, just as classical arithmetic does not tell us anything about the entities that are added or (...) subtracted. In this paper we shall show that ontology is indeed an essential part of any solution to the problems of medical terminology – but only if it is understood in the right sort of way. Ontological engineering, we shall argue, should in every case go hand in hand with a sound ontological theory. (shrink)

The Information Artifact Ontology (IAO) was created to serve as a domain‐neutral resource for the representation of types of information content entities (ICEs) such as documents, data‐bases, and digital im‐ages. We identify a series of problems with the current version of the IAO and suggest solutions designed to advance our understanding of the relations between ICEs and associated cognitive representations in the minds of human subjects. This requires embedding IAO in a larger framework of ontologies, including most importantly the Mental (...) Func‐tioning Ontology (MFO). It also requires a careful treatment of the aboutness relations between ICEs and associated cognitive representa‐tions and their targets in reality, which implies in turn a new treatment of the relation of truthmaking. (shrink)

The IPAP Schizophrenia Algorithm was originally designed in the form of a flow chart to help physicians optimise the treatment of schizophrenic patients. We examined the current version from the perspective of recent work on terminologies and ontologies thereby drawing on the resources of Basic Formal Ontology, and this with the objective to make the algorithm appropriate for Semantic Web applications. We found that Basic Formal Ontology is a rich enough theory to represent all the entities involved and that applying (...) the theory to the IPAP schizophrenia algorithm results in a representation that can be used by software agents to perform monitoring and control in a referent tracking environment. (shrink)

Stance-independent nonnaturalist moral realism is subject to two related epistemological objections. First, there is the metaethical descendant of the Benacerraf problem. Second, there are evolutionary debunking arguments. Standard attempts to solve these epistemological problems have not appealed to any particular moral epistemology. The focus on these epistemologically neutral responses leaves many interesting theoretical stones unturned. Exploring the ability of particular theories in moral epistemology to handle these difficult epistemological objections can help illuminate strengths or weaknesses within these theories themselves, as (...) well as opening up potentially unexplored avenues for responding to deeply entrenched concerns about our epistemic access to the moral properties. In this paper, I assess the prospects of an empiricist and perceptualist model of moral knowledge for responding to epistemological arguments against non-skeptical moral realism. I argue that such a view has powerful responses to these objections that are not open to other moral epistemologists. The upshot is that if some version of the view is correct, then the realist has less to fear from Benacerraf and evolutionary debunking–style epistemological objections. Insofar as one is already a committed realist, then, this provides some indirect support for moral perceptualism. (shrink)

The goal of referent tracking is to create an ever-growing pool of data relating to the entities existing in concrete spatiotemporal reality. In the context of Electronic Healthcare Records (EHRs) the relevant concrete entities are not only particular patients but also their parts, diseases, therapies, lesions, and so forth, insofar as these are salient to diagnosis and treatment. Within a referent tracking system, all such entities are referred to directly and explicitly, something which cannot be achieved when familiar concept-based systems (...) are used in what is called “clinical coding”. In this paper we describe the components of a referent tracking system in an informal way and we outline the procedures that would have to be followed by healthcare personnel in using such a system. We argue that the referent tracking paradigm can be introduced with only minor – though nevertheless ontologically important – technical changes to existing EHR infrastructures, but that it will require a radically different mindset on the part of those involved in clinical coding and terminology development from that which has prevailed hitherto. (shrink)

We present the details of a methodology for quality assurance in large medical terminologies and describe three algorithms that can help terminology developers and users to identify potential mistakes. The methodology is based in part on linguistic criteria and in part on logical and ontological principles governing sound classifications. We conclude by outlining the results of applying the methodology in the form of a taxonomy different types of errors and potential errors detected in SNOMED-CT.

If SNOMED CT is to serve as a biomedical reference terminology, then steps must be taken to ensure comparability of information formulated using successive versions. New releases are therefore shipped with a history mechanism. We assessed the adequacy of this mechanism for its treatment of the distinction between changes occurring on the side of entities in reality and changes in our understanding thereof. We found that these two types are only partially distinguished and that a more detailed study is required (...) to propose clear recommendations for enhancement along at least the following lines: (1) explicit representation of the provenance of a class; (2) separation of the time-period during which a component is stated valid in SNOMED CT from the period it is (or has been) valid in reality, and (3) redesign of the historical relationships table to give users better assistance for recovery in case of introduced mistakes. (shrink)

The ongoing digital transformation of almost all areas of human action and agency calls for a readjustment of the norms that regulate these practices. For example, the digitisation of communicative practices poses new challenges to their functioning. This paper explains some of these challenges and argues that they cannot be met by a normative framework that focuses mainly on defensive (free speech and property) rights. In the context of mediated digital communication, the application of such a framework may even have (...) paradoxical consequences. Accordingly, this paper argues for a broader system of communicative rights, understood as rights to meaningful participation in well-functioning communicative practices. (shrink)

Digital Rights Management (DRM) covers the description, identification, trading, protection, monitoring and tracking of all forms of rights over both tangible and intangible assets. The Digital Object Identifier (DOI) system provides a framework for the persistent identification of entities involved in this domain. Although the system has been very well designed to manage object identifiers, some important questions relating to the creation and assignment of identifiers are left open. The paradigm of a Referent Tracking System (RTS) recently advanced in the (...) healthcare and life sciences environment is able to fill these gaps. This is demonstrated by pointing out inconsistencies in the existing DOI models and by showing how they can be corrected using an RTS. (shrink)

Semantic interoperability can be defined as the ability of two or more computer systems to exchange information in such a way that the meaning of that information can be automatically interpreted by the receiving system accurately enough to produce useful results to the end users of both systems. Several activities are currently being performed by a variety of stakeholders to achieve semantic interoperability in healthcare. Many of these activities are not beneficial, because they place too great a focus on business (...) aspects and not enough on involvement of the right sorts of researchers, in particular those that are able to see how the data and information relate to the entities of concern on the side of the patient. The lack of a central focus on the patient, and the associated focus on ‘concepts’, have spawned a variety of mutually incompatible terminologies exhibiting non-resolvable overlap. The predominance of the healthcare IT industry in the writing and selection of semantic interoperability standards mitigates against the benefits that standards, when well designed, can bring about. (shrink)

Referent tracking (RT) is a new paradigm, based on unique identification, for representing and keeping track of particulars. It was first introduced to support the entry and retrieval of data in electronic health records (EHRs). Its purpose is to avoid the ambiguity that arises when statements in an EHR refer to disorders or other entities on the side of the patient exclusively by means of compound descriptions utilizing general terms such as ‘pimple on nose’ or ‘small left breast tumor’. In (...) this paper, we describe the theoretical foundations of this paradigm and show how it is being applied to the solution of analogous problems of ambiguous identification in the fields of digital rights management, corporate memories and decision algorithms. (shrink)

One way to detect, monitor and prevent adverse events with the help of Information Technology is by using ontologies capable of representing three levels of reality: what is the case, what is believed about reality, and what is represented. We report on how Basic Formal Ontology and Referent Tracking exhibit this capability and how they are used to develop an adverse event ontology and related data annotation scheme for the European ReMINE project.

This paper contributes to answering the question how physicalism can be defined for a world without fundamental physical phenomena. In a recent paper in this journal, Torin Alter, Sam Coleman, and Robert J. Howell propose a necessary condition on physicalism. They argue that physicalism is true only if there is no infinitely descending chain of mentally constituted phenomena. I argue that this alleged necessary condition faces counterexamples. An infinitely descending chain of mentally constituted phenomena is compatible with physicalism. Afterwards I (...) propose a simpler definition of physicalism that does not fall prey to my counterexample. (shrink)

We present a novel methodology for calculating the improvements obtained in successive versions of biomedical ontologies. The theory takes into account changes both in reality itself and in our understanding of this reality. The successful application of the theory rests on the willingness of ontology authors to document changes they make by following a number of simple rules. The theory provides a pathway by which ontology authoring can become a science rather than an art, following principles analogous to those that (...) have fostered the growth of modern evidence-based medicine. Although in this paper we focus on ontologies, the methodology can be generalized to other sorts of terminology-based artifacts, including Electronic Patient Records. (shrink)

We defend a realistic attitude towards biological species. We argue that two species are not different species because they differ in intrinsic features, be they phenotypic or genomic, but because they are separated with regard to gene flow. There are no intrinsic species essences. However, there are relational ones. We argue that bearing a gene flow relation to conspecifics may serve as the essence of a species. Our view of the species as a Gene-Flow Community differs from Mayr’s definition of (...) the species as a reproductive community. In a reproductive community, each organism is able to successfully reproduce with each other. However, there are species in which geographically distant organisms lost their ability to successfully reproduce, due to strong genetic adaptations to the respective local environmental conditions. Despite this loss of the ability to mutually reproduce, they are still bound by gene flow via continuous intermediate populations. This replacement of Mayr’s notion of an interbreeding potential as a criterion for species membership has important implications for the treatment of populations in allopatry and sympatry. (shrink)

One of Plato’s aims in the Phaedrus seems to be to outline an ‘ideal’ form of rhetoric. But it is unclear exactly what the ‘true’ rhetorician really looks like, and what exactly his methods are. More broadly, just how does Plato see the relation between rhetoric and philosophy? I argue, in light of Plato’s epistemology, that the “true craft (techne) of rhetoric” which he describes in the Phaedrus is a regulative, but also an unattainable ideal. Consequently, the mythical palinode in (...) the dialogue is not (as some have claimed) an example of the true techne—and indeed it could not be. But neither is dialectic. Rather, dialectic is the closest approximation of the true techne of rhetoric which can be had; that is to say, dialectic is the best and highest kind of psychagogia (a ‘leading of the soul through words’). Plato’s purpose in describing the “true techne of rhetoric”, then, is not to reform or to rehabilitate rhetoric, but to urge us to abandon it in favor of the philosophical life. One implication of this is that Plato is just as hostile toward rhetoric as he is in the Gorgias. (shrink)

Based on the Ontology for General Medical Science, we propose definitions for biomarkers of various types of. These definitions provide not only a complete formal representation of what biomarkers are according to the Institute of Medicine (IOM), but also remove the ambiguities and inconsistencies encountered in the documentation provided by the IOM.

For corporate memory and enterprise ontology systems to be maximally useful, they must be freed from certain barriers placed around them by traditional knowledge management paradigms. This means, above all, that they must mirror more faithfully those portions of reality which are salient to the workings of the enterprise, including the changes that occur with the passage of time. The purpose of this chapter is to demonstrate how theories based on philosophical realism can contribute to this objective. We discuss how (...) realism-based ontologies (capturing what is generic) combined with referent tracking (capturing what is specific) can play a key role in building the robust and useful corporate memories of the future. (shrink)

Electronic Health Records (EHRs) are organized around two kinds of statements: those reporting observations made, and those reporting acts performed. In neither case does the record involve any direct reference to what such statements are actually about. They record not: what is happening on the side of the patient, but rather: what is said about what is happening. While the need for a unique patient identifier is generally recognized, we argue that we should now move to an EHR regime in (...) which all clinically salient particulars – from the concrete disorder on the side of the patient and the body parts in which it occurs to the concrete treatments given – should be uniquely identified. This will allow us to achieve interoperability among different systems of records at the level where it really matters: in regard to what is happening in the real world. It will also allow us to keep track of particular disorders and of the effects of particular treatments in a precise and unambiguous way. We discuss the ontological and epistemological aspects of our claim and describe a scenario for implementation within EHR systems. (shrink)

The goal of the OBO (Open Biomedical Ontologies) Foundry initiative is to create and maintain an evolving collection of non-overlapping interoperable ontologies that will offer unambiguous representations of the types of entities in biological and biomedical reality. These ontologies are designed to serve non-redundant annotation of data and scientific text. To achieve these ends, the Foundry imposes strict requirements upon the ontologies eligible for inclusion. While these requirements are not met by most existing biomedical terminologies, the latter may nonetheless support (...) the Foundry’s goal of consistent and non-redundant annotation if appropriate mappings of data annotated with their aid can be achieved. To construct such mappings in reliable fashion, however, it is necessary to analyze terminological resources from an ontologically realistic perspective in such a way as to identify the exact import of the ‘concepts’ and associated terms which they contain. We propose a framework for such analysis that is designed to maximize the degree to which legacy terminologies and the data coded with their aid can be successfully used for information-driven clinical and translational research. (shrink)

The paradigm of referent tracking is based on a realist presupposition which rejects so-called negative entities (congenital absent nipple, and the like) as spurious. How, then, can a referent tracking-based Electronic Health Record deal with what are standardly called ‘negative findings’? To answer this question we carried out an analysis of some 748 sentences drawn from patient charts and containing some form of negation. Our analysis shows that to deal with these sentences we need to introduce a new ontological relationship (...) between a particular and a universal, which holds when no instance of the universal has a specific qualified ontological relation with the particular. This relation is found to be able to accommodate nearly all occurrences of negative findings in the examined sample, in ways which involve no reference to negative entities. (shrink)

In the Phaedo the character Socrates argues that suicide is morally wrong. This is in fact one of only two places in the entire Platonic corpus where suicide is discussed. It is a brief passage, and a notoriously perplexing one. In this article, I distinguish between two arguments that Socrates gives in support of his claim. I argue that one of them is not to be taken literally, while the other represents the deeper reason for the prohibition of suicide. I (...) further relate the question of suicide to the overarching concerns of the Phaedo as a whole: the nature of our incarnate “imprisonment”, the nature and purpose of philosophy, the philosophical “purification” of the soul, the human pursuit of knowledge, and the nature of the divine. (shrink)

Health Level 7 (HL7) is an organization seeking to provide universal standards for the exchange of healthcare information. In a document entitled ‘HL7 Version 3 Standard: Data Types’, the HL7 organization advances descriptions of data types recom- mended for use as identifiers. We will argue that the descriptions supplied provide insufficient guidance as to what exactly the entities are which these data types uniquely identify. Are they real things, such as persons or pieces of equipment? Or are they representations of (...) such real things in information artifacts? We here outline the problems faced by HL7 in providing answers to such questions, problems which arise because of the lack of anything like a coherent ontology in the HL7 standard, and we make some recommendations for future improvements. (shrink)

One way to detect, monitor and prevent adverse events with the help of Information Technology is by using ontologies capable of representing three levels of reality: what is the case, what is believed about reality, and what is represented. We report on how Basic Formal Ontology and Referent Tracking exhibit this capability and how they are used to develop an adverse event ontology and related data annotation scheme for the European ReMINE project.

It is commonly thought that there is a connection between love and death. But what can be said philosophically about the nature of that connection (if indeed it exists)? Plato's Symposium suggests at least three possible ways in which love and death might be connected: first, that love entails (or ought to entail) a willingness to die for one’s beloved; second, that love is a desire for (or perhaps itself is) a kind of death; and third, that love is linked (...) to human mortality and the desire for immortality. I argue that each of these three suggestions is problematic, and should not be accepted at face value. I am ultimately skeptical as to whether any one, overriding connection—be it moral or causal or metaphysical—between love and death exists. At the very least, the matter deserves more nuanced and multi-faceted reflection than what we find in the Symposium. (shrink)

Ontological realism aims at the development of high quality ontologies that faithfully represent what is general in reality and to use these ontologies to render heterogeneous data collections comparable. To achieve this second goal for clinical research datasets presupposes not merely (1) that the requisite ontologies already exist, but also (2) that the datasets in question are faithful to reality in the dual sense that (a) they denote only particulars and relationships between particulars that do in fact exist and (b) (...) they do this in terms of the types and type-level relationships described in these ontologies. While much attention has been devoted to (1), work on (2), which is the topic of this paper, is comparatively rare. Using Referent Tracking as basis, we describe a technical data wrangling strategy which consists in creating for each dataset a template that, when applied to each particular record in the dataset, leads to the generation of a collection of Referent Tracking Tuples (RTT) built out of unique identifiers for the entities described by means of the data items in the record. The proposed strategy is based on (i) the distinction between data and what data are about, and (ii) the explicit descriptions of portions of reality which RTTs provide and which range not only over the particulars described by data items in a dataset, but also over these data items themselves. This last feature allows us to describe particulars that are only implicitly referred to by the dataset; to provide information about correspondences between data items in a dataset; and to assert which data items are unjustifiably or redundantly present in or absent from the dataset. The approach has been tested on a dataset collected from patients seeking treatment for orofacial pain at two German universities and made available for the NIDCR-funded OPMQoL project. (shrink)

Ontologies are today being applied in almost every field to support the alignment and retrieval of data of distributed provenance. Here we focus on new ontological work on dance and on related cultural phenomena belonging to what UNESCO calls the “intangible heritage.” Currently data and information about dance, including video data, are stored in an uncontrolled variety of ad hoc ways. This serves not only to prevent retrieval, comparison and analysis of the data, but may also impinge on our ability (...) to preserve the data that already exists. Here we explore recent technological developments that are designed to counteract such problems by allowing information to be retrieved across disciplinary, cultural, linguistic and technological boundaries. Software applications such as the ones envisaged here will enable speedier recovery of data and facilitate its analysis in ways that will assist both archiving of and research on dance. (shrink)

The Alcibiades I concludes with an arresting image of an eye that sees itself by looking into another eye. Using the dialogue as a whole, I offer a detailed interpretation of this image and I discuss its implications for the question of self-knowledge. The Alcibiades I reveals both what self-knowledge is (knowledge of soul in its particularity and its universality) and how we are to seek it (by way of philosophical dialogue). This makes the pursuit of self-knowledge an inescapably social (...) pursuit. Yet as Socrates cautions us, our ability to gain self-knowledge—and indeed his very account of what it is—are limited. The dialogue is thus challenging us to take the inquiry further, thereby displaying the very matter being discussed. (shrink)

The ending of the Phaedo is one of the most powerful and memorable moments in the entire Platonic corpus. It is not simply the end of a single dialogue, but a depiction of the end of the life of the man (Socrates) who is a looming presence in nearly everything that Plato wrote. In this article I offer an in-depth analysis of the final scene of the Phaedo. I argue that Plato very carefully constructs the scene for the sake of (...) specific philosophical, dramatic, and political ends. Plato uses it to unify the Phaedo as a singular text, while also provoking us to reflect on the nature of our lives, our deaths, and the possibilities and limits of philosophy itself. (shrink)

Equipped with the ultimate query answering system, computers would finally be in a position to address all our information needs in a natural way. In this paper, we describe how Language and Computing nv (L&C), a developer of ontology-based natural language understanding systems for the healthcare domain, is working towards the ultimate Question Answering (QA) System for healthcare workers. L&C’s company strategy in this area is to design in a step-by-step fashion the essential components of such a system, each component (...) being designed to solve some one part of the total problem and at the same time reflect well-defined needs on the prat of our customers. We compare our strategy with the research roadmap proposed by the Question Answering Committee of the National Institute of Standards and Technology (NIST), paying special attention to the role of ontology. (shrink)

Management of information is facilitated by unambiguously tracking portions of reality over time. To track the portions of reality, a referent tracking system is used. The referent tracking system is able to communicate with other tracking systems and/or tradition information systems. Errors in the referent tracking system are detected and corrected to maintain actual representations of the portions of reality.

Description logics and other formal devices are frequently used as means for preventing or detecting mistakes in ontologies. Some of these devices are also capable of inferring the existence of inter-concept relationships that have not been explicitly entered into an ontology. A prerequisite, however, is that this information can be derived from those formal definitions of concepts and relationships which are included within the ontology. In this paper, we present a novel algorithm that is able to suggest relationships among existing (...) concepts in a formal ontology that are not derivable from such formal definitions. The algorithm exploits cross-lingual information that is implicitly present in the collection of terms used in various languages to denote the concepts and relationships at issue. By using a specific experimental design, we are able to quantify the impact of cross-lingual information in coping with underspecification in formal ontologies. (shrink)

Moving beyond the piecemeal approach to the Euthyphro that has dominated much of the previous secondary literature, I aim in this article to understand the dialogue as an integrated whole. I argue that the question of myth underlies the philosophical and dialogical progression of the Euthyphro. It is an adherence to traditional myth that motivates each of Euthyphro’s definitions and that also accounts for their failure. The dialogue thus presents a broad criticism of traditional myth. But, as Socrates’s references to (...) Daedalus and Proteus show, myth can have a positive role and can be used for philosophical purposes. (shrink)