Altruism and solidarity are concepts that are closely related to organ donation for transplantation. On the one hand, they are typically used for encouraging people to donate. On the other hand, they also underpin the regulations in force in each country to different extents. They are often used indistinctly and equivocally, despite the different ethical implications of each concept. This paper aims to clarify to what extent we can speak of altruism and solidarity in the predominant models of organ donation. (...) It also raises the ethical question of whether these categories are adequate as a basis for such models, bearing in mind that organs are a scarce resource and that a shortage of them may mean that fewer lives are saved or improved. (shrink)

DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E DIFERENCIAÇÃO SEXUAL -/- E. I. C. da Silva Departamento de Agropecuária – IFPE Campus Belo Jardim Departamento de Zootecnia – UFRPE sede -/- 1.1 INTRODUÇÃO O sexo foi definido como a soma das diferenças morfológicas, fisiológicas e psicológicas que distinguem o macho da fêmea permitindo a reprodução sexual e assegurando a continuidade das espécies. Os processos de diferenciação sexual são realizados durante o desenvolvimento embrionário, onde ocorre a proliferação, diferenciação e maturação das células germinativas e primordiais, precursoras (...) de ovócitos e espermatozoides em fêmeas e machos, respectivamente. Assim, os embriões machos e fêmeas iniciam o seu desenvolvimento de forma semelhante, de modo que em ambos os sexos se estabelecem em estruturas idênticas a partir das quais se formarão os órgãos reprodutores correspondentes a cada sexo. O conhecimento da origem e do desenvolvimento do aparelho genital é indispensável para entender sua função e as alterações que produzem infertilidade ou esterilidade. 1.2 DETERMINAÇÃO DO SEXO CROMOSSÔMICO Nos mamíferos, o sexo cromossômico é determinado no momento da fertilização, quando um óvulo, que contém um cromossomo X, é fecundado por um espermatozoide portador de um cromossomo X ou um cromossomo Y. No primeiro caso, o complemento cromossômico seria XX, o que originaria uma fêmea (sexo homogamético), e no segundo daria como resultado um macho com a fórmula cromossômica XY (sexo heterogâmico). 1.3 A GÔNADA INDIFERENCIADA A primeira manifestação das gônadas se aprecia no embrião em forma de um par de eminências longitudinais chamadas cristas ou dobras gonodais, situadas em ambos os lados da linha média entre os mesonefros (rins em desenvolvimento) e do mesentério dorsal. Nos embriões dos mamíferos, as células germinativas primordiais (CGP) manifestam-se em estágios precoces do desenvolvimento, podendo ser detectadas pela primeira vez na metade da gastrulação. As CGP são células grandes, de citoplasma claro e núcleo grande e redondo, localizadas na parede do saco vitelino, perto do alantoide. Essas células possuem grande capacidade de proliferação e vão migrar desde o endoderma do intestino e o epitélio do saco vitelino, através do mesentério, até as cristas gonodais. Isso ocorre por volta do 26° dia da gestação no bovino. Sua migração realiza-se graças aos movimentos de translocação passiva e deslocamento ameboide ativo. Desconhece-se o mecanismo pelo qual estas células são dirigidas para as cristas gonodais, porém foram estudadas algumas moléculas que se expressam durante sua migração e que poderiam desempenhar um papel importante na diferenciação deste tipo celular. A fosfatase alcalina é uma enzima que tem sido usada como marcador de CGP para determinar a sua origem e migração. Num estudo recente, foi inserido um marcador fluorescente que se exprime unicamente nas células germinativas primordiais de embriões transgênicos, e utilizando este marcador e a fosfatase alcalina determinou-se a origem e o padrão de migração destas células. O primeiro sinal de diferenciação das células germinativas primordiais é a expressão de fosfatase alcalina, e esta apareceu pela primeira vez na parte mais posterior da linha primitiva. No sétimo dia de desenvolvimento no embrião do camundongo, o endoderma visceral (AF+) é substituído pelo endoderma definitivo (AF-) originado na parte anterior da linha primitiva. O fator de transcrição Oct-4 é expresso nas CGP de ambos os sexos, pelo que acredita-se estar envolvido na mantença a totipotêncialidade das células. O receptor tirosina quinase, cujo ligante é o fator de Steel, é outra das moléculas que expressam as CGP. Tem sido demonstrado que este receptor possui um papel muito importante na sobrevivência deste tipo celular. Existem outros fatores que promovem a sobrevivência e/ou proliferação de CGP in vitro. Em experiências realizadas com o fator de transformação beta I (TGFβ-I), observou-se que este tem um efeito negativo sobre a proliferação das CGP. Outra atividade que tem sido postulada a este fator é o de um agente quimioatraente que possivelmente possa direcionar a migração destas células para a gônada. a) Um formado pelas células germinativas primordiais (precursoras dos gametas masculinos ou femininos), rodeadas de células somáticas das quais posteriormente se derivarão as células de Sertoli no macho e as células da granulosa na fêmea. b) O tecido que formará o estroma da gônada: tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e as células intersticiais com atividade esteroidogênica (células de Leydig no testículo e a teca interna do ovário). As células somáticas do primórdio gonodal originam-se do mesoderma. Inicialmente são de três tipos: mesenquimáticas, mesoteliais e endoteliais. As células mesenquimáticas e mesoteliais iniciam grande atividade proliferativa ao chegar as CGP. Observa-se então uma condensação de células de origem mesotelial e mesenquimatoso que forma um agregado compacto denominado "blastema gonodal". A partir deste primórdio embrionário, diferenciam-se dois tecidos gonodais: os cordões sexuais e o estroma. Os cordões sexuais são arranjos epiteliais que se encontram delimitados por uma folha basal, e dentro deles encontramos as CGP. Por sua vez, no estroma encontram-se células do tipo mesenquimático e vasos sanguíneos. Neste momento, as gônadas são indiferenciadas e bipotencialmente sexuais, sendo impossível diferenciar, morfologicamente, uma gônada masculina de uma feminina, mas no caso dos machos genéticos já existe uma diferenciação da gônada a nível molecular. Nesta fase já se encontram presentes as estruturas das quais se desenvolvem os dutos mesonéfricos ou de Wolff precursores do aparelho genital masculino e os dutos paramesonéfricos ou de Müller que darão origem ao aparelho reprodutor feminino. Há uma série de fatores envolvidos no desenvolvimento precoce da gônada, entre os quais o fator esteroidogênico I (SFI: Steroidogenic fator l), que é um membro da subfamília de receptores nucleares, receptores órfãos. Este fator de transcrição tem um local de ligação ao DNA composto por dois dedos-de-Zinc. O SFI foi identificado como um ativador de genes envolvidos na biossíntese de esteroides em diferentes células. O SFI está presente durante o desenvolvimento embrionário em regiões associadas com funções endócrinas como gônadas, adrenais, pituitárias e hipotálamos. Os animais homozigotos para o gene SFI defeituoso, necessitam de gônadas e adrenais e têm a função gonadotrófica alterada. Os ratos sem SFI carecem de gonadotrofos e têm um desenvolvimento anormal do núcleo ventro-medial do hipotálamo; em particular as gônadas deixam de se desenvolver entre os dias 11 a 15 e degeneram-se por apoptose. No entanto, a crista genital forma-se e é colonizada pelas células germinativas, o que indica que estas continuam a receber o sinal adequado para a sua migração. Portanto, o SFI não está envolvido no desenvolvimento precoce da gônada e do sistema urogenital, mas parece estar envolvido na manutenção do crescimento das células somáticas presentes na gônada indiferenciada. O gene associado ao tumor de Wilms (WTI: Wilm's tumor Associated) está envolvido no desenvolvimento da gônada e do rim. Durante o desenvolvimento embrionário, WTI se expressa em todo o mesoderma intermediário e posteriormente na gônada indiferenciada, bem como no rim em formação. WTI regula o sinal indutivo do mesênquima para o epitélio celômico dos mesonefros. Se este for o caso, então WTI é responsável pelo crescimento da crista genital ao dirigir a entrada do epitélio celômico. Dado que estas células darão origem às células de Sertoli, a carência de WTI pode causar o desenvolvimento de embriões XY como fêmeas simplesmente porque não se formam as células de Sertoli. Em geral, todos os genes importantes na diferenciação do mesoderma intermediário e do sistema urogenital intervêm no desenvolvimento da gônada precoce. 1.4 DIFERENCIAÇÃO GONODAL O desenvolvimento das gônadas e ductos genitais descritos até o momento, é o mesmo para ambos os sexos. Igualmente, os genes descritos, que estão envolvidos no desenvolvimento das gônadas, ductos genitais e migração das células germinativas, afetam igualmente os embriões com genótipo XX ou XY. A gônada primitiva consiste anatomicamente de uma medula (interna) e uma crosta (externa), e de acordo com o local onde ocorre a colonização das células germinativas, diferenciara em testículo ou um ovário, respectivamente. Nos mamíferos, a primeira manifestação estrutural de diferenciação sexual é detectada na gônada dos machos, onde as células germinativas estão localizadas na medula. A diferenciação do testículo inicia-se quando os cordões sexuais se separam do epitélio celômico como consequência dos arranjos produzidos por uma invasão do mesênquima e vasos sanguíneos que provoca a compactação dos cordões, agora denominados cordões testiculares. As células que rodeiam os cordões se achatam e formam as células mioides, que são responsáveis pela formação das membranas basais. As células do epitélio interno, ou seja, as células de Sertoli, têm duas funções principais: o suporte das CGP e a síntese da hormona antimulleriana, responsável pela regressão dos ductos de Müller e secretada durante o período de diferenciação sexual. As células do estroma que rodeiam os cordões testiculares diferenciam-se para formar vários tipos de células: células mioides, fibroblastos, endotélio e células de Leydig, que são as mais importantes pela sua atividade endócrina. Posteriormente, os cordões testiculares dão origem aos túbulos seminíferos, que contêm o epitélio que produzirá os espermatozoides ao chegar à puberdade. Na fêmea, durante os estágios iniciais de diferenciação gonodal, não se observam mudanças em relação à gônada indiferenciada, só pode-se observar um certo crescimento devido à proliferação de células somáticas e germinativas. As células germinativas iniciam um período de proliferação, que termina com o início da meiose. Iniciada a meiose, dá-se o processo de foliculogênese; neste momento os cordões epiteliais se fragmentam, de tal maneira que cada ovócito fica rodeado de células epiteliais cobertas por uma folha basal fina (figura 1). Para que a gônada primitiva se desenvolva em testículo é indispensável a presença do cromossoma Y, independentemente do número de cromossomas X que contenha o genoma de um indivíduo. O gene determinante do testículo encontra-se localizado no cromossoma Y, denominado sry em ratos e SRY em humanos. O gene sry se expressa durante o desenvolvimento embrionário na crista genital de embriões de camundongos. A expressão é detectável no dia 10,5, pouco depois do aparecimento das cristas genitais, atinge o seu máximo durante o dia 11,5 e mantém-se até pouco depois de ocorrerem os primeiros sinais morfológicos de diferenciação testicular no dia 12,5. Este padrão de expressão é compatível com a teoria de que sry atua induzindo a ativação dos genes (figura 2) que conduzem ao desenvolvimento testicular, sem que exista a necessidade da expressão contínua de sry para manter a diferenciação do testículo após o dia 12,5. Como mencionado anteriormente, a gônada primitiva é composta por vários tipos de células. No entanto, as células germinativas primordiais não são o local de expressão do sry, já que os embriões que necessitam de células germinativas mantêm a expressão de sry e desenvolvem o sexo gonodal normalmente. As células somáticas na gônada em desenvolvimento incluem também as células de suporte. Sabe-se que é nestas células que o sry é expresso para que se diferenciem em células de Sertoli, e a expressão transitória de sry indica que deve ativar a outros genes para a manutenção das células de Sertoli. Uma vez diferenciadas as células de Sertoli, elas se encarregarão da diferenciação do resto das células na gônada. -/- Figura 1: Representação da diferenciação dos órgãos genitais internos. Adaptado de BRONSON, 1989. Figura 2: Cascada de genes envolvidos na diferenciação sexual, adaptado de KOOPMAN, 1999. O fator sry é necessário para a diferenciação do testículo. Embora não se conheçam os genes que provavelmente regulam esse gene, estudos realizados em camundongos demonstram que este gene parece coordenar-se com certos genes autossômicos. Entre estes genes autossômicos, o sox9, que é produzido pelas células de Sertoli uma vez que são estimuladas por sry, de modo que sox9 é um dos genes relacionados estruturalmente com sry. O Sox9 funciona como um fator de transcrição, mas não se sabe se a proteína tem qualquer outra função estrutural; este gene exprime-se abundantemente nos condrócitos e está relacionado com defeitos do aparelho ósseo chamados displasia campomélica. Curiosamente, os pacientes XY com esta condição sofrem frequentemente de reversão do sexo. O Sox9 é um dos poucos genes, além do SRY, do qual as mutações demonstraram interferir com a determinação sexual masculina. No entanto, apenas 75% dos pacientes com anomalias esqueléticas de tipo displasia campomélica têm reversão sexual e não foram encontrados casos de reversão sexual devido a um defeito de Sox9 que não seja acompanhado de defeitos esqueléticos. Isso indica que o Sox9 é apenas um membro da rede de genes que são ativados para determinar a diferenciação sexual, enquanto a rota que rege a condrogênese é mais sensível a perturbações deste. O momento em que se detecta a expressão do gene Sox9 (11dpc em ratos) coincide com a máxima expressão de sry, o que poderia indicar a possibilidade de que sry regule positivamente a Sox9. De fato, na região do promotor de Sox9 há um local de união ao que potencialmente se pode unir o sry. A expressão de Sox9 durante a diferenciação sexual sugere um papel abaixo de sry na diferenciação das células de Sertoli. O cromossoma X também é importante na diferenciação gonodal. O gene DAX-I foi isolado do lócus DSS (Dosage sensitive sex reversal) do cromossoma X. DAX-I é parte da cascata de determinação sexual, mas não é necessário para a formação do testículo. DAX-I é um membro dos receptores nucleares conhecidos como receptores órfãos. Este gene demonstrou ser um poderoso repressor da transcrição de SFI e de vários genes. Os padrões de expressão de DAX-I são complementares daqueles de SFI, ambos expressos nas cristas genitais. Em resumo, dada a evidência exposta, desenvolveu-se a hipótese de que DAX-I é um antagonista de sry; esse antagonismo é dependente dos níveis relativos de DAX-I e sry e de um limiar que varia de espécie para espécie. A DAX-I foi classificada como o gene antitestículo. Na fêmea (cariótipo XX) é importante que ocorra a inativação de um dos cromossomas sexuais X para que se mantenha o equilíbrio genético ao igualar o conteúdo de DNA dos cromossomas. Esse cromossoma inativado constitui o chamado corpúsculo de Barr. No entanto, para que a meiose se realize, é necessário dos dois cromossomas X ativos nos ovócitos para assegurar a diferenciação ovárica e a fertilidade. 1.5 DIFERENCIAÇÃO DOS DUCTOS SEXUAIS O embrião possui, além das gônadas indiferenciadas, dois sistemas de ductos: os de potencialidade masculina denominam-se ductos de Wolff ou mesonéfricos, e os de potencialidade feminina se chamam ductos de Müller ou paramesonéfricos (figura 1). Se a diferenciação gonodal levou à formação de um testículo, a partir do ducto mesonéfrico ou de Wolff se desenvolverão os ductos eferentes, o epidídimo, os ductos deferentes e as vesículas seminais. As hormonas importantes no desenvolvimento do aparelho genital masculino são a testosterona, produzida pelas células de Leydig, e sua forma 5α reduzida, a 5α di-hidrotestosterona. Acredita-se que a testosterona é responsável pela virilização dos ductos de Wolff, e a di-hidrotestosterona dos órgãos genitais externos. No macho, os canais de Müller atrofiam-se devido à ação de uma hormona fetal de origem testicular denominada hormona inibidora das estruturas de Müller (HIM) ou hormona antimulleriana. Este processo começa assim que os cordões espermáticos se formam e se diferenciam as células de Sertoli. A existência de HIM foi proposta baseada em estudos realizados em bezerras freemartin, devido à existência de uma hormona responsável pela atresia dos ductos de Müller que na fêmea dá origem ao útero e aos ovidutos. Essa hormona provoca a involução do aparelho genital do bovino nas gestações gemelares nas quais os produtos de diferente sexo têm comunicação sanguínea por ter ocorrido a anastomose dos vasos de ambas as placentas (figura 3). A HIM é uma glicoproteína pertencente à subfamília de TGFβ, é expressa pelas células que darão origem às células de Sertoli e é um dos primeiros marcadores de diferenciação nestas células. A HIM é secretada na vida adulta pelas células de Sertoli no testículo e por células da granulosa no ovário. No rato a HIM é expressa-se no 12° dia em um teste padrão que segue muito de perto o aumento na expressão de sry. No macho, esta secreção de HIM continua durante a vida fetal e adulta, contudo os níveis de HIM declinam na puberdade devido a um aumento na secreção de testosterona. Vários fatores intervêm na regulação do gene de HIM, incluindo os acima descritos SFI e Sox9. O gene HIM contém segmentos de DNA que são conservados em várias espécies de vertebrados. Existe um nexo de ligação para SFI, que ativa a transcrição de HIM. A mutação no local de ligação de SFI resulta em reversão do sexo em indivíduos XY incluindo genitais femininos normais, presença de um útero formado enfatizando a importância de SFI na determinação sexual e na expressão de HIM. Embora SFI seja um bom candidato como regulador de HIM, é expresso em outras células, como as de Leydig e adrenais, que não expressam HIM. Em contrapartida, Sox9 é expresso unicamente nas células de Sertoli que são as produtoras de HIM. O gene HIM também tem um nexo de ligação para Sox9. Além disso, Sox9 pode atuar sinergicamente com SFI para promover a secreção de HIM. Ao contrário destes dois fatores de transcrição, DAX-I antagoniza a ação de Sox9 e provavelmente SFI sobre o promotor de HIM. Assim, para que as células de Sertoli secretem HIM, a transcrição de DAX-I deve diminuir. Figura 3: Representação da diferenciação dos órgãos genitais externos. Adaptado de BRONSON, 1989. Os ductos de Wolff tornam-se o sistema de ejaculação do macho. A porção mais próxima dos testículos dá origem ao epidídimo, a parte central ao ducto deferente e a porção mais distal às vesículas seminais. A próstata e a parte membranosa da uretra do macho desenvolvem-se a partir da porção pélvica do seio urogenital. A virilização e diferenciação dos ductos de Wolff dependem da produção de testosterona pelo testículo. Quanto aos órgãos genitais externos do macho, o tubérculo genital é ampliado e as dobras uretrais se fundem para formar a uretra peniana. A fusão das dobras uretrais aproxima os tubérculos genitais para formar o escroto (figura 4). Figura 4: Diferenciação do aparelho genital da fêmea e do macho. Adaptado de KOOPMAN, 1989. A diferenciação dos órgãos genitais da fêmea ocorre de forma passiva, já que a ausência de testículos e por isso da hormona inibidora dos ductos de Müller (HIM), assim como dos andrógenos virilizantes, favorece o desenvolvimento dos ductos de Müller, enquanto os de Wolff sofrem atrofia. A porção cefálica dos ductos de Müller dá origem aos ovidutos, que na sua terminação caudal se fundem com o útero. O contato dos ductos de Müller com o seio urogenital induz uma intensa proliferação celular que resulta na formação da área uterovaginal localizado entre o seio urogenital e os ductos de Müller. As células do prato uterovaginal proliferam e aumentam a distância entre as duas estruturas criando o espaço que formará a vagina quando o prato é canalizado e forma um lúmen. Em contraste com o que ocorre no macho, na fêmea a maior parte do seio urogenital se mantém exposta na superfície da abertura onde desembocam a vagina e a uretra. O tubérculo urogenital da fêmea tem um crescimento limitado e forma o clitóris. A sequência de passos da diferenciação sexual do aparelho genital é resumida na tabela 1. Tabela 1: Destino em desenvolvimento dos rudimentos sexuais dos fetos macho e fêmea dos mamíferos -/- Rudimento sexual Macho Fêmea Gônada Testículo Ovário Ductos de Müller (Paramesonéfricos) Vestígios Útero, parte da vagina, ovidutos Ductos de Wolff (Mesonéfricos) Ductos eferentes deferentes, epidídimo, vesículas seminais Vestígios Seio urogenital Uretra, próstata, glândulas bulbouretrais Parte da vagina, uretra, vestíbulo, glândulas vestibulares Tubérculo genital Pênis Clitóris Pregas vestibulares Escroto Lábios vulvares Fonte: HAFEZ, 2004. 1.6 DIFERENCIAÇÃO SEXUAL DO HIPOTÁLAMO Os processos de diferenciação sexual não se limitam apenas às células somáticas do organismo do feto, mas incluem também os centros nervosos superiores do cérebro. Assim, da mesma maneira que a gônada e os ductos sexuais se desenvolvem para o tipo feminino ou masculino, propôs-se que o cérebro pode ser "masculinizado" ou permanecer "Feminizado". A diferenciação do hipotálamo vai depender do ambiente esteroidal do neonato e ocorre na fase perinatal. Estes eventos serão de grande transcendência na vida reprodutiva do indivíduo. Tanto a fêmea como o macho nascem com a capacidade de secreção de gonadotropinas de acordo com um padrão cíclico; contudo, no macho, a exposição do hipotálamo à ação dos andrógenos testiculares durante os primeiros dias da vida extrauterina provoca a masculinização, com o qual o hipotálamo do macho é programado para que a secreção de gonadotropinas se realize a um ritmo relativamente constante por parte da hipófise (secreção tônica). Na fêmea, tanto a secreção tônica como a cíclica se conservam. No entanto, observou-se que a injeção de testosterona ou o transplante de testículo na rata fêmea durante os primeiros dias de vida, suprime a sua futura atividade estral (secreção cíclica). Por outro lado, se os ovários forem transplantados para o rato macho normal castrado na idade adulta, o animal não desenvolve qualquer atividade cíclica, mas se os machos transplantados forem castrados ao nascer, o ovário é capaz de efetuar mudanças cíclicas e ovulações. Isto foi demonstrado em roedores, mas não em animais domésticos ou na espécie humana. Portanto, o padrão de secreção de gonadotropinas, seja cíclico ou tônico, não depende da hipófise, mas do hipotálamo e sua correta diferenciação. 1.7 CONCLUSÕES A maioria dos conhecimentos no campo da biologia do desenvolvimento e, muito especificamente, dos processos de diferenciação sexual têm sido originados de estudos relacionados com desordens congênitas, que na sua maioria devem-se a defeitos de genes específicos. A análise detalhada destas desordens permitiu entender alguns mecanismos endócrinos, moleculares e genéticos envolvidos na diferenciação sexual. A identificação do gene sry como determinante do testículo foi uma contribuição crucial e abriu as portas à compreensão dos mecanismos moleculares e celulares relacionados com o desenvolvimento do testículo. Se este gene não estiver presente, é criado um programa genético alternativo para levar a cabo a diferenciação gonodal para o ovário. Finalmente, devemos ter presente que é necessária uma correlação entre mudanças morfológicas e expressão de genes durante o desenvolvimento para entender os mecanismos relacionados com a diferenciação. -/- Apoio -/- Realização -/- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDERSON, Robert et al. The onset of germ cell migration in the mouse embryo. Mechanisms of development, v. 91, n. 1-2, p. 61-68, 2000. AUSTIN, Colin Russell; SHORT, R. V. Reproduction in Mammals: Volume 1, Germ Cells and Fertilization. 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Most theories of slurs fall into one of two families: those which understand slurring terms to involve special descriptive/informational content (however conveyed), and those which understand them to encode special emotive/expressive content. Our view is that both offer essential insights, but that part of what sets slurs apart is use-theoretic content. In particular, we urge that slurring words belong at the intersection of a number of categories in a sociolinguistic register taxonomy, one that usually includes [+slang] and [+vulgar] and always (...) includes [-polite] and [+derogatory]. Thus, e.g., what distinguishes ‘Chinese’ from ‘chink’ is neither a peculiar sort of descriptive nor emotional content, but rather the fact that ‘chink’ is lexically marked as belonging to different registers than ‘Chinese’. It is, moreover, partly such facts which makes slurring ethically unacceptable. (shrink)

La teoría de los hacedores de verdad, como la vieja teoría correspondentista, intenta comprender la relación que, ligando proposiciones y hechos, resulta en la verdad (o falsedad) de las primeras. Esta teoría presenta una versión débil, que da cuenta de dicha relación en términos de la noción de implicación, y una fuerte, fundada en la relación de "ser verdadero en virtud de". La diferencia fundamental entre ambas es la adhesión y el rechazo, respectivamente, del Principio de Implicación, según el cual (...) dos proposiciones ligadas por implicación serán hechas verdaderas por el mismo hecho. El presente trabajo muestra cómo esta adhesión conduce a las versiones débiles al colapso, por lo cual sólo las versiones fuertes tienen oportunidades de prosperar. (shrink)

In a recent paper in this journal, David Chalmers introduced the meta-problem of consciousness as “the problem of explaining why we think consciousness poses a hard problem” (Chalmers, 2018, p. 6). A solution to the meta-problem could shed light on the hard problem of consciousness. In particular, it would be relevant to elucidate whether people’s problem intuitions (i.e. intuitions holding that conscious experience cannot be reduced to physical processes) are driven by factors related to the nature of consciousness, or rather (...) by factors that are independent of consciousness. Whether people hold problem intuitions, and what factors drive those intuitions, are largely empirical questions. However, there is a lack of empirical research on these issues to date. The results of four studies will show that (1) problem intuitions are not widespread, and (2) when they arise, they do so because of factors that are unrelated to the nature of consciousness. This suggests that consciousness is, after all, not so problematic. (shrink)

It is generally assumed that emotion concepts are purely descriptive. However, recent investigations suggest that the concept of happiness includes information about the morality of the agent's life. In this study, we argue that normative influences on emotion concepts are not restricted to happiness and are not about moral norms. In a series of studies, we show that emotion attribution is influenced by whether the agent's psychological and bodily states fit the situation in which they are experienced. People consider that (...) emotions are not just about feeling in certain ways, but also about feeling the right way. (shrink)

Can we experience emotion without the feeling of accelerated heartbeats, perspiration, or other changes in the body? In his paper “What is an emotion”, William James famously claimed that “if we fancy some strong emotion and then try to abstract from our consciousness of it all the feelings of its bodily symptoms, we find we have nothing left behind” (1884, p. 193). Thus, bodily changes are essential to emotion. This is known as the Subtraction Argument. The Subtraction Argument is still (...) used to support Embodied theories of emotion. Proponents of Disembodied theories, however, have different intuitions regarding the role of bodily changes in the experience of emotion. In order to advance this debate, I conducted a series of studies testing people’s intuitions regarding the Subtraction Argument. Results show that, against James’ claims, most people consider that their hypothetical (Study 1) and actual (Study 2) emotions persist in the absence of bodily feelings. Furthermore, Study 1 found that participants’ responses were not related to individual differences in reflection or interoceptive awareness. These results pose a problem for Embodied theories of emotion and challenge extant explanations for the persistence of emotional experience in cases of impaired interoception. (shrink)

In emotion research, both conceptual analyses and empirical studies commonly rely on emotion reports. But what do people mean when they say that they are angry, afraid, joyful, etc.? Building on extant theories of emotion, this paper presents four new studies (including a pre-registered replication) measuring the weight of cognitive evaluations, bodily changes, and action tendencies in people’s use of emotion concepts. The results of these studies suggest that the presence or absence of cognitive evaluations has the largest impact on (...) people’s emotion attributions, and that bodily changes and action tendencies are considered to depend on cognitive evaluations. Implications for theories of emotion (concepts) and the interpretation of emotion reports are discussed. (shrink)

Emergency situations require individuals to make important changes in their behavior. In the case of the COVID-19 pandemic, official recommendations to avoid the spread of the virus include costly behaviors such as self-quarantining or drastically diminishing social contacts. Compliance (or lack thereof) with these recommendations is a controversial and divisive topic, and lay hypotheses abound regarding what underlies this divide. This paper investigates which cognitive, moral, and emotional traits separate people who comply with official recommendations from those who don't. In (...) four studies (three pre-registered) on both U.S. and French samples, we found that individuals' self-reported compliance with official recommendations during the COVID-19 pandemic was partly driven by individual differences in moral values, disgust sensitivity, and psychological reactance. We discuss the limitations of our studies and suggest possible applications in the context of health communication. (shrink)

Although Husserlian phenomenology appears to require that practitioners bracket all metaphysical questions and claims, this requirement runs against the evidence of experience in which objects themselves are presented as constituents of experience. Moreover, to completely bracket metaphysical considerations would suggest that phenomenology is compatible with metaphysical views it should in principle deny. Nonetheless, permitting metaphysical claims threatens to contravene the critical limits of phenomenology, to invite claims that would require a perspective different in kind than our own to verify. These (...) tensions raise an important question, namely, what are the metaphysical implications of the phenomenologically intuitive claim that objects themselves are constituents of experience? To answer this question, I draw on a broad swath of thought on transcendental idealism and phenomenology. I argue that a modest metaphysics of appearance is warranted within the critical limits of Husserlian phenomenology. Through discussing and addressing the problems that typically plague transcendental arguments, I show that Husserlian phenomenology permits stronger claims about objects of experience than deflationary accounts allow but does not permit claims about intrinsic properties allowed by some forms of transcendental idealism. (shrink)

Are feelings an essential part or aspect of emotion? Cases of unconscious emotion suggest that this is not the case. However, it has been claimed that unconscious emotions are better understood as either (a) emotions that are phenomenally conscious but not reflectively conscious, or (b) dispositions to have emotions rather than emotions proper. Here, I argue that these ways of accounting for unconscious emotions are inadequate, and propose a view of emotions as non-phenomenal attitudes that regard their contents as relevant (...) to one's motivations. (shrink)

El presente artículo tiene como objeto llevar a cabo un estudio pragmático y analítico sobre la acción de valoración, el valor y los valores a la luz de la ciencia semiótica y de la ciencia cibernética. Por ello, se desarrollará un proceso axiológico que ilustre cómo sucede el ingreso, la transición y la salida de códigos morales en función de un esquema cognitivo. Así pues, el proceso axiológico se postula, primero, en fundamento de tres sistemas: de mentalidad, de valores y (...) de biomoralidad y, segundo, conforme a la teoría de la información y de la teoría general de sistemas. (shrink)

Husserl’s theory of types is most often associated with his account of perception. Here, types operate as pre-predicative frames of experience that guide the perception of objects. In this paper, I will argue that Husserl’s theory of types is also central to his account of intersubjectivity. More specifically, I will show that a foundational kind of typical subjectivity is entailed by his discussion of the sphere of ownness. It is by way of this type that even a solitary subject can (...) tacitly anticipate the possibility of other subjects. It is also this type that is enriched through interactions between actual subjects. (shrink)

Pérez Carballo adopts an epistemic utility theory picture of epistemic norms where epistemic utility functions measure the value of degrees of belief, and rationality consists in maximizing expected epistemic utility. Within this framework he seeks to show that we can make sense of the intuitive idea that some true beliefs—say true beliefs about botany—are more valuable than other true beliefs—say true beliefs about the precise number of plants in North Dakota. To do so, however, Pérez Carballo argues that (...) we must think of the value of epistemic states as consisting in more than simply accuracy. This sheds light on which questions it is most epistemically valuable to pursue. (shrink)

El presente artículo tiene como propósito criticar y reformular la teoría de valores del autor y filósofo argentino Risieri Frondizi. Para ello, se someterán a falsacionismo las tesis según las cuales la cualidad estructural es, primero, estructuralista y no analítica y, segundo, empírica, de acuerdo con la metodología holista de la ciencia. La crítica, así, se desarrollará a partir de los siguientes interrogantes. Inicialmente, ¿el autor acude al holismo o al reduccionismo como enfoques metodológicos de desarrollo? Finalmente, ¿cuál es la (...) distinción lógica entre el valor como cualidad sui géneris y el valor como cualidad estructural? (shrink)

Las descripciones definidas pueden ser interpretadas de acuerdo con las dos lecturas propuestas por Donnellan. El presente trabajo presenta una interpretación contextualista de la lectura referencial de estas expresiones.

El tema de la producción de sentido ha entrado en el debate filosófico contemporáneo, como un asunto de nuevas afiliaciones y de un ferviente compromiso con la filosofía práctica. Y no es menos cierto, la producción de sentido se alza como la estancia en la que el lenguaje renueva lo esencial del ser y el pensamiento. Sin embargo, el lugar de la producción de sentido como una práctica significante capaz de realizar una interpretación/apertura del mundo, ha sido confinado a un (...) momento de inmovilización. Desde esta óptica, la propuesta de restaurar/redimir la producción de sentido y viabilizarla como fenómeno de representación y actitud; al tiempo que propone una solución, determina la reestructuración interna de lo histórico-cultural, reubicando los espacios de signo y símbolo para un sujeto que, si bien lucha por la decodificación del mundo, presenta grandes evidencias (cada vez más acentuadas), de una enajenación continua, bien en identidad directa o en contraposición a los límites impuestos por la época. De ahí que la fenomenología y la hermenéutica hayan sido insertadas por la contemporaneidad y sus diatribas socioculturales como un punto genérico para la propia lectura de las cuestiones cotidianas urgentes. Esta imagen se inserta en una situación concreta particular, dígase en el justo momento en que, la experiencia del lenguaje como práctica real del pensamiento, hace converger la pregunta por el texto sobre la pregunta por el sentido. Así, el sujeto en proceso documenta su dinámica interna, al tiempo que corrige sus límites en la narrativa del mundo contemporáneo. (shrink)

In recent years, feminist scholarship on emotional labor has proliferated. I identify a related but distinct form of care labor, hermeneutic labor. Hermeneutic labor is the burdensome activity of: understanding and coherently expressing one’s own feelings, desires, intentions, and movitations; discerning those of others; and inventing solutions for relational issues arising from interpersonal tensions. I argue that hermeneutic labor disproportionately falls on women’s shoulders in heteropatriachal societies, especially in intimate relationships between women and men. I also suggest that some of (...) the gendered burdens of emotional labor that feminist scholars point out would better be described as hermeneutic labor. Drawing on feminist philosophy as well as findings from social psychology and sociology, I argue that the exploitation of women’s hermeneutic labor is a pervasive element of what Sandra Bartky calls the ‘micropolitics’ of intimate relationships. The widespread expectation that women are relationship maintenance experts, as well as the prevalence of a gendered demand-withdraw pattern of communication, leads an exploitative situation to appear natural or even desirable, even as it leads to women’s dissatisfaction. This situation may be considered misogynistic in Kate Manne’s sense, where misogyny is a property of social environments rather than a worldview. (shrink)

In this study, we examine the philosophical bases of one of the leading clinical psychological methods of therapy for anxiety, anger, and depression, Cognitive Behavioral Therapy (CBT). We trace this method back to its philosophical roots in the Stoic, Buddhist, Taoist, and Existentialist philosophical traditions. We start by discussing the tenets of CBT, and then we expand on the philosophical traditions that ground this approach. Given that CBT has had a clinically measured positive effect on the psychological well-being of individuals, (...) it becomes important to study the philosophical foundations on which this therapy is based. (shrink)

The Uniform Determination of Death Act (UDDA) provides that “an individual who has sustained either (1) irreversible cessation of circulatory and respiratory functions or (2) irreversible cessation of all functions of the entire brain, including the brain stem, is dead.” We show that the UDDA contains two conflicting interpretations of the phrase “cessation of functions.” By one interpretation, what matters for the determination of death is the cessation of spontaneous functions only, regardless of their generation by artificial means. By the (...) other, what matters is the cessation of both spontaneous and artificially supported functions. Because each UDDA criterion uses a different interpretation, the law is conceptually inconsistent. A single consistent interpretation would lead to the conclusion that conscious individuals whose respiratory and circulatory functions are artificially supported are actually dead, or that individuals whose brain is entirely and irreversibly destroyed may be alive. We explore solutions to mitigate the inconsistency. (shrink)

What does it mean to say that some features, such as gender, race and sexual orientation, are socially constructed? Many scholars claim that social constructionism about a kind is a version of realism about that kind, according to which the corresponding kind is a social construction, that it, it is constituted by social factors and practices. Social constructionism, then, is a version of realism about a kind that asserts that the kind is real, and puts forward a particular view about (...) the nature of the kind, namely, that it is constituted by social factors and practices. Social constructivists about human kinds such as gender, race and sexual orientation often make an additional claim, namely, that these kinds are social constructions but they are typically believed to be biological kinds (that is, people are typically wrong about the nature of these kinds). Ron Mallon (2017) calls social constructions that are (falsely) taken to be biological kinds covert social constructions. This paper is about how we could have terms in our natural language that come to refer to covert social constructions. (shrink)

Terms for consciousness, used with a cognitive meaning, emerged as count nouns in the 17th century. This transformation repeats an evolution that had taken place in late antiquity, when related vocabulary, used in the sense of conscience, went from being mass nouns designating states to count nouns designating faculties possessed by every individual. The reified concept of consciousness resulted from the rejection of the Scholastic-Aristotelian theory of mind according to which the mind is not a countable thing, but a pure (...) potentiality. This rejection was motivated by an acute sense of the mind’s fallible subjectivity. While conditioned by recent historical events, the 17th century’s pervasive sense of subjectivity also reveals a heavy debt to Hellenistic philosophy, which had been recently rediscovered. But whereas Hellenistic thought, mistrustful of theoria, only reifies conscience, early modern thinking, more mistrustful of praxis and seeking its grounding in theoria, goes a step further and reifies consciousness. Partly modeled on theological ideas, the resulting concept of consciousness is plagued by paradoxes that have becomes notorious for their intractability. But essentially the same model of consciousness underwrites contemporary theory, embroiling contemporary debates in the same controversies that dominated the 17th century. Sidestepping these difficulties by returning to the Scholastic-Aristotelian theory of mind would be a tall order, but it is not impossible. Alfred North Whitehead's theory of consciousness offers an example. His novel theory of time enables Whitehead to rehabilitate the Aristotelian concept of passive mind in a wholly naturalistic way. (shrink)

Do moral beliefs motivate action? To answer this question, extant arguments have considered hypothetical cases of association (dissociation) between agents’ moral beliefs and actions. In this paper, I argue that this approach can be improved by studying people’s actual moral beliefs and actions using empirical research methods. I present three new studies showing that, when the stakes are high, associations between participants’ moral beliefs and actions are actually explained by co-occurring but independent moral emotions. These findings suggest that moral beliefs (...) themselves have little or no motivational force, supporting the Humean picture of moral motivation. (shrink)

The metaphysics of gender and race is a growing area of concern in contemporary analytic metaphysics, with many different views about the nature of gender and race being submitted and discussed. But what are these debates about? What questions are these accounts trying to answer? And is there real disagreement between advocates of differ- ent views about race or gender? If so, what are they really disagreeing about? In this paper I want to develop a view about what the debates (...) in the metaphysics of gender and race are about, namely, a version of metaphysical deflationism, according to which these debates are about how we actually use or should use the terms ‘gender’ and ‘race’ (and other related terms), where moral and political considerations play a central role. I will also argue that my version of the view can overcome some recent and powerful objections to metaphysical deflationism of- fered by Elizabeth Barnes (2014, 2017). (shrink)

In this work we argue that there is no strong demarcation between pure and applied mathematics. We show this first by stressing non-deductive components within pure mathematics, like axiomatization and theory-building in general. We also stress the “purer” components of applied mathematics, like the theory of the models that are concerned with practical purposes. We further show that some mathematical theories can be viewed through either a pure or applied lens. These different lenses are tied to different communities, which endorse (...) different evaluative standards for theories. We evaluate the distinction between pure and applied mathematics from a late Wittgensteinian perspective. We note that the classical exegesis of the later Wittgenstein’s philosophy of mathematics, due to Maddy, leads to a clear-cut but misguided demarcation. We then turn our attention to a more niche interpretation of Wittgenstein by Dawson, which captures aspects of the aforementioned distinction more accurately. Building on this newer, maverick interpretation of the later Wittgenstein’s philosophy of mathematics, and endorsing an extended notion of meaning as use which includes social, mundane uses, we elaborate a fuzzy, but more realistic, demarcation. This demarcation, relying on family resemblance, is based on how direct and intended technical applications are, the kind of evaluative standards featured, and the range of rhetorical purposes at stake. (shrink)

Are emotions bodily feelings or evaluative cognitions? What is happiness, pain, or “being moved”? Are there basic emotions? In this chapter, I review extant empirical work concerning these and related questions in the philosophy of emotion. This will include both (1) studies investigating people’s emotional experiences and (2) studies investigating people’s use of emotion concepts in hypothetical cases. Overall, this review will show the potential of using empirical research methods to inform philosophical questions regarding emotion.

Testimonial injustices occur when individuals from particular social groups are systematically and persistently given less credibility in their claims merely because of their group identity. Recent “pluralistic” approaches to folk psychology, by taking into account the role of stereotypes in how we understand others, have the power to explain how and why cases of testimonial injustice occur. If how we make sense of others’ behavior depends on assumptions about how individuals from certain groups think and act, this can explain why (...) speakers are given different degrees of credibility depending on their group identity. For example, if people assume that women are more emotional than men, they will systematically give less credibility to women’s claims. This explanation involves three empirical claims: people assume that women are more emotional than men, people assume that emotionality hinders credibility, and people give less credibility to women’s claims. While extant studies provide some support for and, no study to date has directly tested. In two different studies, we tested all these three claims. The results from both studies provide support for, as we found significant negative correlations between emotionality and credibility attributions. However, in contrast to what some accounts of folk psychology posit, we did not find any significant difference in people’s attributions of emotionality and credibility towards women versus men speakers. We hope that our studies here pave the way for further empirical studies testing the phenomenon of testimonial injustice in a context-sensitive way, in order to have a better understanding of the conditions in which testimonial injustices are likely to happen. (shrink)

Laura Specker Sullivan (2022) makes a fairly compelling case for the value of the perspectives of Buddhist practitioners in neuroethics. In this study, Tibetan Buddhist monks have been asked, among other things, whether consciousness, in brain-injured patients in a minimally conscious state, entails a duty to preserve life. In our view, some of the participants’ responses could be used to inform the bioethical debate on death determination.

The syllogism and the predicate calculus cannot account for an ontological argument in Descartes' Fifth Meditation and related texts. Descartes' notion of god relies on the analytic-synthetic distinction, which Descartes had identified before Leibniz and Kant did. I describe how the syllogism and the predicate calculus cannot explain Descartes' ontological argument; then I apply the analytic-synthetic distinction to Descartes’ idea of god.

Evaluative judgments imply positive or negative regard. But there are different ways in which something can be positive or negative. How do we tell them apart? According to Evaluative Sentimentalism, different evaluations (e.g., dangerousness vs. offensiveness) are grounded on different emotions (e.g., fear vs. anger). If this is the case, evaluation differentiation requires emotional awareness. Here, we test this hypothesis by looking at alexithymia, a deficit in emotional awareness consisting of problems identifying, describing, and thinking about emotions. The results of (...) Study 1 suggest that high alexithymia is not only related to problems distinguishing emotions, but also to problems distinguishing evaluations. Study 2 replicated this latter effect after controlling for individual differences in attentional impulsiveness and reflective reasoning, and found that reasoning makes an independent contribution to evaluation differentiation. These results suggest that emotional sensibilities play an irreducible role in evaluative judgment while affording a role for reasoning. (shrink)

This chapter analyses the prospects of using neuroimaging methods, in particular functional magnetic resonance imaging (fMRI), for philosophical purposes. To do so, it will use two case studies from the field of emotion research: Greene et al. (2001) used fMRI to uncover the mental processes underlying moral intuitions, while Lindquist et al. (2012) used fMRI to inform the debate around the nature of a specific mental process, namely, emotion. These studies illustrate two main approaches in cognitive neuroscience: Reverse inference and (...) ontology testing, respectively. With regards to Greene et al.’s study, the use of Neurosynth (Yarkoni 2011) will show that the available formulations of reverse inference, although viable a priori, seem to be of limited use in practice. On the other hand, the discussion of Lindquist et al.’s study will present the so far neglected potential of ontology-testing approaches to inform philosophical questions. (shrink)

Drawing on the work of John Rawls and Thomas Pogge, I argue that the U.S. is in part responsible for the immigration of Mexicans and Central Americans into the U.S. By seeking to further its national interests through its foreign policies, the U.S. has created economic and politically oppressive conditions that Mexican and Central American people seek to escape. The significance of this project is to highlight the role of the U.S. in illegal immigration so that we may first acknowledge (...) our responsibility in order to seek lasting humane solutions. (shrink)

El propósito central del presente artículo, es formular un enfoque sistémico-jurídico para el análisis de los sistemas sociales. Para esto, se proponen tres tipologías de consensos denominados límites del sistema social: consenso normal, consenso normativo y consenso legítimo. La función de estas tipologías es, primero elaborar una explicación sobre la constitucionalización y democratización del poder político, con base en la regla de reconocimiento y la norma fundamental de un Estado; segundo postular dos metodologías normativas, un registro positivo y una demarcación (...) positiva, que desplieguen, tanto sobre las conductas sociales como sobre la estructura del sistema social, un proceso de legalidad emergente, cuya función sea, tercero regular, realimentar y optimizar el funcionamiento de la constitución política. Finalmente, se analizan los conceptos de completitud y de legitimidad del sistema normativo, con el fin de definir el alcance institucional que debe poseer un sistema jurídico sobre los subsistemas culturales del sistema social. (shrink)

El conflicto armado colombiano, uno de los más largos del mundo, requiere un enfoque especial para estrategias de justicia transicional. Las prácticas institucionalizan costumbres. Enfocarlo desde una perspectiva que, junto a las acciones legislativas y judiciales, dé el lugar a acciones político-educativas y ético-culturales, es clave. Reconocimiento y Legitimidad son complementarias. Con Carlos S. Nino, vemos el Derecho como acción colectiva en el tiempo. Palabras clave: Legitimidad – Ciudadanía – Compromiso – Reconocimiento –Postconflicto - Justicia transicional. Abstract: Colombia's armed conflict, (...) one of the longest in the world, requires a special approach to transitional justice strategies. Institutionalized practices customs. Approach it from a perspective that, with the legislative and judicial actions, give rise to political-educational and ethical-cultural actions is key. Recognition and legitimacy are complementary. With Carlos S. Nino, we see the law as a collective action in time. (shrink)

Action research serves a pivotal purpose in enhancing educational practices as well as the achievement of students, as teachers can now take a more proactive role in the process. Success in action research initiatives depends on the self-efficacy of teacher researchers, their capability to handle their research roles, and the challenges they experience in initiating action research. This study looked into the research self-efficacy, productivity, and the issues the teachers face in conducting action research in one school district in the (...) Philippines. Data were collected through interviews with eight teacher-researchers. Findings show the tendency of less self-efficacy in the teachers’ research activities caused by inadequate research time due to their demands for teaching and poor self-confidence in engaging in research. Teachers experienced work overload, compounding the problem of observing time for research activities. They also lack sufficient funding for action research and institutional support from schools to help facilitate it. To address such challenges and warrant the participation of the teachers in research, there is a need for improved work schedules and a boost in institutional support for capacitating teachers. (shrink)

In his genetic phenomenology, Husserl introduces types, pre-predicative frames of experience that guide the perception and cognition of objects. In this essay, I argue that there are two types that are functionally almost identical to Kant’s schemata. To support this conclusion, I first present an interpretation of Kant’s discussion of schemata. I argue that we must see schemata as pure, a priori cognitions that involve only pure intuition, pure concepts of the understanding, and the imagination. I offer two analogies to (...) explain how schemata function to subsume objects under concepts and to anticipate possible objects of experience before moving on to discuss the schema of substance. Next, I present a brief explanation of Husserl’s genetic phenomenology, organizing my presentation around the idea of apperception. This paves the way for a demonstration of how the fundamental type is best understood as standing at the center of a cluster of concepts, including apperception, passive belief, natural bodies, and the one spatio-temporal horizon of experience. I argue that the fundamental type is central to Husserl’s attempt to ground logic in pre-predicative experience. Finally, I compare two specific types with schemata on the grounds cultivated in the previous sections. The first of these types, the fundamental type, functions to pre-predicatively anticipate objects of possible experience, just as schemata do. The second of these types, which is implied by but never discussed in Husserl’s work, serves to mediate between a formal system of rules and an intuitive grasp of the world, just as schemata do. (shrink)

A recent quarrel over faultless disagreements assumes that disputes over evaluative sentences should be understood as regular, factual disagreements. Instead, I propose that evaluative disagreements should be understood in Lewisian terms. Language use works like a rule-governed game. In it, the assertion of an evaluative sentence is an attempt to establish one value as default in the conversation; its rejection, in turn, is in most cases the refusal to accept this move.

In the Foundations of Mathematics, Ramsey attempted to amend Principia Mathematica’s logicism to meet serious objections raised against it. While Ramsey’s paper is well known, some questions concerning Ramsey’s motivations to write it and its reception still remain. This paper considers these questions afresh. First, an account is provided for why Ramsey decided to work on his paper instead of simply accepting Wittgenstein’s account of mathematics as presented in the Tractatus. Secondly, evidence is given supporting that Wittgenstein was not moved (...) by Ramsey’s objection against the Tractarian account of arithmetic, and a suggestion is made to explain why Wittgenstein reconsidered Ramsey’s account in the early thirties on several occasions. Finally, a reading is formulated to understand the basis on which Wittgenstein argues against Ramsey’s definition of identity in his 1927 letter to Ramsey. (shrink)

How can we ameliorate the current immigration policies toward Mexican people immigrating to the United States? This study re-examines how the development of scenarios assisted South Africa to dismantle apartheid without engaging in a bloody civil war. Following the scenario approach, we articulate positions taken by different interest groups involved in the debate concerning immigration from Mexico. Next, we formulate a set of scenarios which are evaluated as to how well each contributes to the well-being of the populace both of (...) Mexico and of the United States. The South African scenario model has proven to be an effective tool in times of political disagreement. It fosters a common language among competing groups, non-hierarchal communication among groups, and acknowledgement of the concerns of each group involved. (shrink)

Competing theories on the semantics of group pejorative terms (also known as‘slurs’)comprise both advocates and opponents to the Identity Thesis (IT), according to whichthese terms and their neutral counterparts do not differ in semantic value. In the oppo-nents’camp, Christopher Hom has offered an argument based on substitution of slurs andneutral counterparts that both supports his semanticist approach and cast doubts on all IT-based approaches to slurs. We aim to point to a dilemma triggered by this argument based on evidence showing (...) that substitution of some words (including but not restricted to slurs)for non-problematically co-referential pairs may fail to preserve truth-values in some linguistics contexts. (shrink)

Kim Diaz's translation of Guillermo Hurtado's "Retratos de Luis Villoro".

El objetivo principal del artículo es hacer notar la dimensión jurídico-normativa del problema del aborto, considerando que acentuar excesivamente su dimensión ético-moral conduce a una estéril contraposición que impide una discusión serena del abortoy de su dimensión irremediablemente pública. En este sentido, aún reconociéndole su perspectiva moral, en el artículo se plantea la posibilidad de pensar el aborto como una conducta que pueda reconducirse a un modelo de regulación jurídica “blando”, dondela perspectiva moral del legislador no adquiera las características de (...) una moral común, igual para todos ,y que,por el contrario,mediante la modalidad jurídica del permiso, cada individuo ponga en acto su propia convicción moral. De ahí puede surgir una legislación en la que el aborto no sea objeto ni de un deber jurídico ni de una prohibición: abortaro no abortar, en este modelo de regulación jurídica, son decisiones que los individuos toman con base en sus propias convicciones. (shrink)

I argue that Husserl’s account of passive synthesis can be developed into a phenomenology of peripheral experience. Peripheral experiences are not defined by their location in visual space but by their phenomenal and intentional character, by what these experiences are like and how they present things in the world. Further, I argue that peripheral experience is of a piece with our most basic background convictions about the world. As such, the periphery is epistemically neutral, but not therefore empty of meaning. (...) It is meaningful as holding open the possibility of further activity, both practical and intellectual. I explore these ideas by focusing on peripheral color experience. Husserl’s discussions of associative synthesis, affection, and doxic and nondoxic forms of attention prove key to detailing peripheral color experience. I end by arguing that at the periphery, intentional content and phenomenal content come apart. (shrink)

El argumento de la subdeterminación establece que las personas de ciencia pueden utilizar valores políticos para orientar la investigación, pero no proporciona criterios para distinguir entre una orientación legítima y una ilegítima. Este artículo provee tales criterios. El análisis de los confusos argumentos contra la ciencia cargada de valores revela el criterio fundamental de la orientación ilegítima: cuando los juicios de valor operan orientando la investigación a una conclusión predeterminada. Un estudio de caso de la investigación feminista sobre el divorcio (...) revela numerosas formas legítimas en que los valores pueden orientar a la ciencia sin vulnerar este criterio. (shrink)

Three arguments summarize opposition to laws protecting LGBTQ+ persons from discrimination: (1) The pseudo-democratic argument (social change should be free of governmental coercion); (2) The clinical argument (homosexuality is an illness); (3) The choice argument (homosexuality is a choice). My purpose is to show the three are vulnerable to damaging objections. This article reflects conditions as they were in 1987 in the USA. For example, the expression LGBTQ+ had not been coined. My use of "gays and lesbians," then believed to (...) be inclusive, excluded a lot of people. (shrink)

Background: Several countries have recently changed their model of consent for organ donation from opt-in to opt-out. We undertook a systematic review to determine public knowledge and attitudes towards these models in Europe. Methods: Six databases were explored between 1 January 2008 and 15 December 2017. We selected empirical studies addressing either knowledge or attitudes towards the systems of consent for deceased organ donation by lay people in Europe, including students. Study selection, data extraction, and quality assessment were conducted by (...) two or more reviewers independently. Findings: Awareness of the consent model was lower in opt-out countries than in opt-in countries. A majority of the public agrees with opt-in, regardless of the law in their own country. There are ambivalent attitudes regarding the opt-out system. The public tend to prefer opt-in and mandatory choice over opt-out when several options are offered. Interpretation: The assumption that people in opt-out countries are aware of the legal requirements to be excluded from the pool of potential donors is not supported by the results of this review. This is a concern, since ignorance hinders people's autonomy regarding organ donation decision-making. Higher awareness of consent model in opt-in countries may reflect greater efforts to inform the public through campaigns to motivate donation. Legal moves towards opt-out are at odds with people's expressed preferences. Main limitations of this review are the lack of data from some countries, study population heterogeneity, and methodological shortcomings. (shrink)

Human emotional expressions can communicate the emotional state of the expresser, but they can also communicate appeals to perceivers. For example, sadness expressions such as crying request perceivers to aid and support, and anger expressions such as shouting urge perceivers to back off. Some contemporary artificial intelligence (AI) systems can mimic human emotional expressions in a (more or less) realistic way, and they are progressively being integrated into our daily lives. How should we respond to them? Do we have reasons (...) to reply to the appeals made by AI emotional expressions? In this paper, we examine the conditions under which AI emotional expressions could give us prudential or even moral reasons to change our behavior. We argue that these conditions do not depend on whether the emotional expression is genuine or not, but rather on the presence of features some of which can be implemented in emotive AI given our current level of technological development. We extract recommendations and warnings for the development of emotive AI. (shrink)

According to an influential view, when it comes to representing reality, some words are better suited for the job than others. This is elitism. There is reason to believe that the set of the best, or elite, words should not be redundant or arbitrary. However, we are often forced to choose between these two theoretical vices, especially in cases involving theories that seem to be mere notational variants. This is the riddle of redundancy: both redundancy and arbitrariness are vicious, but (...) there are cases in which one must be picked. Logical realists admit that there are some logical constants among the elite words. This leads to awkward questions, such as which among conjunction and disjunction is elite. In this paper, I show how the riddle of redundancy arises for logical realists, and offer a solution. This approach requires us to change how we represent negation. Instead of using some particular symbol, we represent negation by flipping formulae over the horizontal axis. (shrink)