Results for 'Diferenciação Sexual'

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  1. Desenvolvimento Embrionário e Diferenciação Sexual nos Animais Domésticos.Emanuel Isaque Cordeiro da Silva - manuscript
    DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E DIFERENCIAÇÃO SEXUAL -/- E. I. C. da Silva Departamento de Agropecuária – IFPE Campus Belo Jardim Departamento de Zootecnia – UFRPE sede -/- 1.1 INTRODUÇÃO O sexo foi definido como a soma das diferenças morfológicas, fisiológicas e psicológicas que distinguem o macho da fêmea permitindo a reprodução sexual e assegurando a continuidade das espécies. Os processos de diferenciação sexual são realizados durante o desenvolvimento embrionário, onde ocorre a proliferação, diferenciação e maturação (...)
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  2. Diferenciação e Determinação Sexual dos Animais.Emanuel Isaque Cordeiro da Silva -
    DIFERENCIAÇÃO SEXUAL -/- Emanuel Isaque Cordeiro da Silva Instituto Agronômico de Pernambuco Embrapa Semiárido -/- • _____OBJETIVO -/- Os estudantes de Veterinária e de Zootecnia estão ligados à disciplina Reprodução Animal, um pelos mecanismos fisiológicos para evitar e tratar as possíveis patologias do trato reprodutivo dos animais domésticos, e outro para o entendimento dos processos fisiológicos visando o manejo reprodutivo e a procriação para a formação de um plantel geneticamente melhorado. Sendo assim, a finalidade do presente trabalho é (...)
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  3. Gametogênese Animal: Espermatogênese e Ovogênese.Emanuel Isaque Cordeiro da Silva - manuscript
    GAMETOGÊNESE -/- Emanuel Isaque Cordeiro da Silva Instituto Agronômico de Pernambuco Departamento de Zootecnia – UFRPE Embrapa Semiárido -/- • _____OBJETIVO -/- Os estudantes bem informados, estão a buscando conhecimento a todo momento. O estudante de Veterinária e Zootecnia, sabe que a Reprodução é uma área de primordial importância para sua carreira. Logo, o conhecimento da mesma torna-se indispensável. No primeiro trabalho da série fisiologia reprodutiva dos animais domésticos, foi abordado de forma clara, didática e objetiva os mecanismos de (...) sexual dos embriões em desenvolvimento, quais os genes envolvidos nesse processo e tudo mais. Nesse segundo trabalho, a abordagem será teórica, mas também clara, sobre a formação primordial dos gametas femininos e masculinos, através da ovogênese nas fêmeas e a espermatogênese nos machos. Esse trabalho visa levar a importância do processo de formação dos gametas e a produção hormonal das gônadas, bem como o entendimento sobre as interações com o eixo hipotálamo-hipofisário. -/- •____INTRODUÇÃO -/- A reprodução sexual é um processo mediante a qual dois organismos da mesma espécie unem seu material genético para dar lugar a um organismo fixo com combinação única de genes; para isso, cada organismo produz células que contém a metade do material genético característico da espécie. Essas células haploides (1n) são denominadas gametas; ao combinar-se um gameta masculino com um feminino produz-se uma célula diploide (2n) (zigoto ou ovo) a partir da qual se forma o embrião. A grande maioria das espécies com reprodução sexual são anisogâmicas, o que significa que produzem dois tipos de gametas diferentes: os gametas masculinos são microscópios, móveis e produzem-se em grande quantidade, enquanto que os femininos são grandes, imóveis e produzem-se em menor quantidade. O tipo de gameta que um indivíduo produz é o que define seu sexo; sobre os animais o macho é o indivíduo que produz grandes quantidades de espermatozoides e a fêmea produz uma menor quantidade de óvulos, enquanto que nas plantas as gônadas masculinas são as produtoras pólen e as femininas produzem oosferas. Os gametas são diferentes do resto das células do organismo, as quais se chamam células somáticas; essas últimas são diploides porque contém dois pares de cromossomos, um par herdado do pai do indivíduo e o outro da mãe. As células somáticas, ademais, se dividem por mitose, ao qual os cromossomos se duplicam antes de cada divisão celular e cada uma das células filhas recebe um complemento diploide idêntico dos cromossomos, logo todas as células somáticas de um indivíduo possuem o mesmo material genético, embora cada tipo celular expresse diferentes combinações de genes. Em contraponto, os gametas são células haploides porque possuem somente um par de cromossomos e a metade do material genético característico da espécie. Cada um dos cromossomos em um gameta é resultado da recombinação dos genes contidos nos cromossomos paterno e materno do indivíduo que originam o gameta, e cada um destes possuem uma combinação única de genes. Os gametas se formam a partir das células germinais, que são células que em sua origem são diploides e elas de “comprometem” a manter-se como uma linha celular especial que em determinado momento sofrerá o processo de meiose para dar origem aos gametas haploides, sejam óvulos ou espermatozoides segundo o sexo do animal. Como descrito no trabalho sobre a diferenciação sexual, as células germinativas primordiais originam-se no epiblasto do embrião, e migram desde o saco vitelino até colonizar as cristas gonodais, onde, por sua vez, proliferam-se e se organizam junto com as células somáticas da gônada primitiva para formar o testículo ou o ovário. As células germinais masculinas e femininas tem a mesma origem embrionária. As gônadas indiferenciadas em um embrião possuem três tipos celulares: as células que dão origem aos gametas (ovogonia ou espermatogonia), as precursoras de células que nutrem os gametas em desenvolvimento (células da granulosa no ovário; células de Sertoli no testículo) e as precursoras de células que secretam hormônios sexuais (células da teca no ovário; células de Leydig no testículo). As células germinais são as únicas estruturas do organismo que têm a capacidade de dividir-se por meiose sofrendo uma redução no número de seus cromossomos, sendo responsável pela transmissão da carga genética aos descendentes. Em contraste, as células somáticas somente se dividem por mitose. A formação dos gametas compreende fases sequenciais de mitose, meiose e pós-meiose. Esses processos são altamente organizados e necessitam de um preciso e bem coordenado programa de expressão genética. Uma das características importantes da gametogênese é a redução cromossômica, que através da meiose, reduz pela metade o número de cromossomos e produz células distintas entre si, devido a trocas de material genético entre os pares de cromossomos provenientes do pai e da mãe, o que ocorre no processo de “crossing over” durante a primeira fase da meiose. A gametogênese é o processo mediante o qual as células germinais de cada sexo se multiplicam, dividem e diferenciam até formar os gametas. No caso da formação dos gametas masculinos o processo recebe o nome específico de espermatogênese, e para os gametas femininos é denominado como ovogênese. Embora os dois processos alcancem o objetivo comum de produção das células haploides, por onde compartilham algumas características, existem diferenças marcadas entre eles devido a necessidade de produzir um número muito distinto de gametas, de tamanho diferente, e com características de motilidade também distintas. -/- •___ESPERMATOGÊNESE -/- A espermatogênese é o processo mediante o qual se produz os gametas masculinos denominados espermatozoides. Durante a vida fetal as células germinais e as células somáticas do testículo em formação organizam-se em túbulos seminíferos que se derivam dos cordões sexuais primários e conformam a maior parte da medula do testículo. Na etapa fetal cada tubo seminífero é delimitado por uma membrana basal, recoberta na parte interior pelas células precursoras das células de Sertoli (um tipo de células somáticas). No exterior do túbulo localizam-se as células precursoras das células de Leydig ou intersticiais (figura 1), que também são células somáticas. Entre a membrana basal e as células de Sertoli encontram-se algumas células germinais denominadas espermatogonias de reserva A0 (denominadas gonócitos) que serão o único tipo de células germinais presentes no testículo enquanto o animal não alcançar a puberdade. As células de Sertoli estabelecem na região basal uniões oclusoras entre si, formando parte da barreira hemato-testicular. As espermatogonias A0 localizam-se por dentro da membrana basal do túbulo seminífero, embora fora da barreira hemato-testicular. Figura 1: fase neonatal. Nota-se a grande infiltração de tecido intersticial em quase 50% da seção originando que os túbulos sejam pequenos e redondos em sua maioria. O citoplasma e núcleo das células pré-Leydig são notadas claramente por essa ser uma espécie suína onde o tecido intersticial está claramente diferenciado. Hematoxilina-eosina (X 220.5). Fonte: Embrapa. -/- O número de células de Sertoli no testículo depende da influência do hormônio folículo estimulante (FSH) presente durante a vida fetal e as primeiras etapas de vida pós-natal. A população de células de Sertoli ao chegar a puberdade se manterá fixa durante o resto da vida do animal; existe uma relação positiva entre o tamanho e a população de células de Sertoli e a capacidade de produção de espermatozoides do testículo. As células de Sertoli são as únicas células somáticas que estão no epitélio seminífero, e sua função é a nutrição, sustentação e controle endócrino das células germinais. As células de Sertoli participam ativamente no processo de liberação dos espermatozoides para a luz do túbulo. Nesse momento, as células de Sertoli realizam a fagocitose de parte do citoplasma do espermatozoide dos chamados corpos residuais. As células de Sertoli também fagocitam as células germinais que se degeneram no curso normal da espermatogênese. Essas células ainda sintetizam grande quantidade de proteínas, como por exemplo as proteínas ABP (androgen hinding protein), que transportam andrógenos para todo o aparelho reprodutivo, transferrinas, que transportam ferro para a respiração celular das células germinais e também às inibinas, que regulam a liberação de FSH pela hipófise, através de um sistema de retroalimentação (feedback) negativa (figura 2). Figura 2: epitélio seminífero, células de Sertoli (flecha) (400 X). Fonte: Embrapa. -/- Antes da puberdade dos túbulos seminíferos observam-se ao corte como estruturas de diâmetro pequeno, sem luz, e conformados unicamente pelas células de Sertoli e espermatogonias de reserva e rodeados por abundante tecido intersticial, ao que estão presentes as células precursoras das células de Leydig. Ainda antes da puberdade, a diferenciação celular manifesta-se primeiro pela presença de espermatócitos primários, os quais se degeneram em geral na fase de paquíteno, por falta de estimulação hormonal. A partir de que o animal chega a puberdade inicia-se o processo de espermatogênese, que se manterá durante toda a vida do animal, exceto em espécies de animais silvestres muito estacionais, ao qual pode se suspender durante a época não reprodutiva para voltar e ser retomada na época ou estação reprodutiva. Depois da puberdade, os túbulos seminíferos possuem um diâmetro muito maior; em seu interior observa-se um grande número de células germinais de todos os tipos, diferentes estádios de divisão, e em seu lúmen contém líquido e espermatozoides. Ainda sobre o alcancei da puberdade, as espermatogonias começam a dividir-se aceleradamente por mitose, enquanto que no espaço intersticial as células mesenquimais também começam a se diferenciar e a dar origem as células de Leydig (figura 3). A partir dessa etapa as células de Leydig (totalmente diferenciadas) são também evidentes no exterior do túbulo, junto com as células mioides ou peritubulares que o rodeiam o que ao contrair-se são responsáveis por controlar o avanço dos fluidos e as células presentes no lúmen do túbulo. As células mioides estão situadas ao redor do túbulo, e é creditado a elas a promoção da contração e da integridade estrutural do túbulo. Esse tipo celular apenas se diferencia na puberdade pela ação dos andrógenos (figura 4). As interações entre as células de Sertoli e as mioides parecem ter um papel importante na manutenção das funções do testículo. Durante o processo de espermatogênese, as espermatogonias de reserva dividem-se periodicamente e enquanto algumas células fixas permanecem como espermatogonias de reserva, outras proliferam e sofrem uma seção de divisões mitóticas durante as quais se vão diferenciando até formarem espermatócitos primários (espermatocitogênese ou fase de mitose), logo sofrem divisões especiais mediante as quais reduzem seu número de cromossomos (fase de meiose), e ao final trocam de forma para converter-se em espermatozoides (espermatocitogênese) (figura 5). Cada uma dessas etapas da espermato- gênese será descrito detalhadamente adiante, antes é necessário a explicação de algumas características das células de Sertoli e de Leydig que ajudarão a entender seu papel durante a espermatogênese. Figura 3: células de Leydig no espaço intersticial do testículo bovino adulto PAS (400 X). Fonte: Embrapa. -/- Figura 4: o estabelecimento da puberdade pela presença de espermatozoides no túbulo. Hematoxilina-eosina (400 X). Fonte: Embrapa. Figura 5: fases mitóticas das espermatogonias (A0 e B) para formação de um espermatócito primário e as duas fases de meiose que se sucedem antes da espermatogênese. Fonte: ZARCO, 2018. -/- Ao início da espermatocitogênese as uniões oclusoras entre as células de Sertoli se abrem por etapas (como as comportas de um submarino) para permitir a passagem das espermatogonias em direção ao centro do túbulo seminífero sem que se estabeleça uma continuidade entre o exterior e o interior da barreira hemato-testicular. Uma vez ultrapassada essa barreira, as sucessivas gerações de espermatogonias, espermatócitos, espermátides e espermatozoides irão se localizar em direção ao interior do túbulo seminífero, em estreita associação com as células de Sertoli. Em consequência, as células de Sertoli dividem o túbulo seminífero em dois compartimentos; o compartimento basal (debaixo das uniões oclusoras das células de Sertoli), ao qual residem as espermatogonias de reserva, e o compartimento adluminal (em direção ao centro do túbulo), cujos espaços entre as células de Sertoli desenvolvem o resto do processo de espermatogênese (meiose e espermatocitogênese). Esse feito é importante porque durante a vida fetal as únicas células germinais existentes eram as espermatogonias de reserva, pelo que os antígenos expressados por gerações mais avançadas (espermatogonias intermediárias, secundárias, espermátides e espermatozoides) não são reconhecidos como próprios do corpo pelo sistema imunológico. Logo, o anterior implica que deve existir uma barreira entre eles e o sangue para evitar um ataque imunológico. Em todas as etapas da espermatogênese, as células de Sertoli atuam como células de suporte para as células germinais, que sempre permanecem recoberta pela membrana das células de Sertoli. Também atuam como células nutricionais já que proporcionam o meio em que as células germinais se desenvolvem e maturam, assim como as substâncias que regulam e sincronizam as sucessivas divisões e transformações das células germinais. As células de Sertoli produzem hormônios, como estrógenos e inibina que atuam sobre a hipófise para regular a secreção das gonadotropinas que controlam a espermatogênese. As células de Leydig que residem no exterior do túbulo seminífero também são importantes para a espermatogênese: produzem a testosterona que estimula e mantém a espermatogênese, bem como serve como substrato sobre o qual atua como aromatizador das células de Sertoli para transformá-las em estrógenos. Como supracitado, para seu estudo podemos dividir a espermatogênese em três fase: espermatocitogênese, meiose e espermiogênese (figura 6). Agora, serão descritas cada uma dessas etapas. Em algumas espécies, incluindo no homem, os macrófagos representam o segundo tipo celular intersticial mais numeroso no testículo, depois das células de Leydig. Os macrófagos e vários subtipos de linfócitos são identificados nós testículos de ovinos e ratos. Eles estão intimamente associados com as células de Leydig e atuam juntamente na regulação da esteroidogênese. Figura 6: fluxograma da espermatogênese. -/- Espermatocitogênese -/- A espermatocitogênese, também chamada de etapa proliferativa ou de mitose, consiste numa série de divisões mitóticas sofridas pelas células descendentes de uma espermatogonia de reserva. Uma vez que a célula se divide, abandona o estado de reserva e começa um processo de diferenciação. As espermatogonias de reserva (denominadas espermatogonias A0 na rata ou As nos humanos) são células que existem desde a vida fetal e que permanecem mitoticamente inativas durante a infância. Uma vez que alcançam a puberdade começam a dividir-se em intervalos regulares, e as células filhas podem permanecer como espermatogonias de reserva ou abandonar a reserva e ingressar na dita espermatocitogênese. Uma vez abandonada a reserva, as células filhas que vão se formando em cada divisão permanecem unidas por pontes citoplasmáticas, constituindo um clone que se divide sincronicamente. As células que se formam depois de cada divisão continuam sendo espermatogonias, porém cada geração é ligeiramente diferente da anterior. Na rata, por exemplo, as espermatogonias tipo A0 ao dividir-se originam espermatogonias do tipo A1, que em sucessivas divisões formam espermatogonias dos tipos A2, A3 e A4, as quais, por sua vez, sofrem outra mitose para formar espermatogonias intermediárias e uma mais para formar espermatogonias do tipo B. Essas últimas se diferenciam (sem se dividir) em espermatócitos primários, processo em que termina a fase de espermatocitogênese, que literalmente significa processo de geração de espermatócitos. As espermatogonias tipo A0 são a fonte para a contínua produção de gametas. A metade delas se dividem e formam células iguais (as chamadas células tronco) e a outra metade forma as espermatogonias A1, que sofre novas divisões mitóticas e formam os tipos 2, 3 e 4. O tipo A4 sofre mitose para formar a intermediária (A In), que por mitose, forma a tipo B (figura 6). Esses tipos de espermatogonias podem ser identificadas em evoluções histológicas de acordo com sua organização topográfica na membrana basal dos túbulos seminíferos ou mediante seu conteúdo de heterocromatina. Outra maneira de diferenciação se baseia em marcadores moleculares específicos que distinguem as espermatogonias tronco (A0) das demais, com os fins de isolamento, desenvolvimento in vitro e transplante. As tipo B passam por mitose para formarem os espermatócitos primários; estes iniciam a primeira etapa da meiose formando os espermatócitos secundários; na segunda etapa da divisão meiótica, cada espermatócito secundário se divide e formam as chamadas espermátides. Quando o testículo alcança seu desenvolvimento total, a meiose completa-se e as espermátides originadas se convertem em espermatozoides. Um dos maiores sinais característicos desse fenômeno é o alargamento das espermátides e sua migração em direção ao lúmen do túbulo seminífero (figuras 4, 7 e 8). Figura 7: espermatogonias marcadas por imuno-histoquímica, anticorpo monoclonal TGFa (400 x). Figura 8: fases de divisões meióticas (M), espermatócitos em paquíteno (PA) e espermatócitos secundários (ES). -/- Figura 9: estádio posterior a liberação dos espermatozoides na luz do túbulo. Hematoxilina-eosina (400 x). Mediante as seis divisões mitóticas que ocorrem durante a espermatocitogênese se forma potencialmente um clone de 64 espermatócitos primários a partir de cada espermatogonia A que ingressa sobre o processo. Não obstante, algumas células sofrem apoptose em cada uma das etapas do processo, ao qual o número real formado é menor. Em outras espécies produzem-se um transcurso similar de divisões mitóticas sucessivas durante a espermatocitogênese, embora a nomenclatura utilizada possa ser distinta, por exemplo nos bovinos as duas últimas divisões mitóticas dão origem as espermatogonias de tipo B1 e B2. -/- Meiose -/- Uma vez que as espermatogonias B se diferenciam em espermatócitos primários, esses iniciam a etapa de meiose, com uma nova divisão; desta vez a divisão é do tipo meiótica. Ao completar-se a primeira divisão meiótica (meiose I) se obtém os espermató-citos secundários, que ao sofrer a segunda divisão meiótica (meiose II) dão origem as espermátides. Vale salientar que a meiose é o processo mediante o qual reduz-se a metade do número de cromossomos, pelo que as espermátides que se obtém são células haploides (1n). Os espermatócitos secundários que se formam depois da primeira divisão meiótica contém a metade do número normal de cromossomos, porém a mesma quantidade de DNA já que cada cromossomo é duplo. As espermátides formadas na conclusão da segunda divisão meiótica (figura 7), por sua vez, contém a metade dos cromossomos, e esse já não são duplos, já que se trata de células 1n. Também deve-se enfatizar que durante a meiose é relevante o entrecruzamento dos cromossomos homólogos, pelo que cada espermátide possui uma combinação única e diferente de genes paternos e maternos. Outro ponto que deve ser levado em consideração é que cada espermátide somente possui um cromossomo sexual; a metade das espermátides contém o cromossomo X herdado da mãe do macho que está levando a cabo a espermatogênese e a outra metade contém o cromossomo Y herdado de seu pai. Para cada espermatócito primário que entra no processo de meiose obtém-se cerca de quatro espermátides, pelo qual ao ser completada a meiose potencialmente se poderiam formar até 256 espermátides por cada espermatogonia que abandona a reserva e ingressa na espermatocitogênese. -/- Espermiogênese -/- Durante a espermiogênese, também chamada de fase de diferenciação, as esper-mátides sofrem, sem se dividir, uma metamorfose que as transforma em espermatozoides, os quais finalmente são liberados das células de Sertoli em direção ao lúmen do túbulo seminífero. A espermiogênese é um processo complicado e longo já que a espermátide deve sofrer complexas trocas nucleares, citoplasmáticas e morfológicas que resultam na forma-ção dos espermatozoides. Algumas dessas mudanças incluem a condensação do material nuclear para formação de um núcleo plano e denso, a eliminação do citoplasma para a constituição de uma célula pequena, a formação de uma estrutura especializada denomi-nada acrossomo ou tampa cefálica, e a formação do pescoço e da cauda (flagelo) do esper-matozoide, do que depende a sua motilidade. Durante a maior parte da espermiogênese, as espermátides se mantém com uma estreita associação com as células de Sertoli; logo, chega-se a observar, então, flagelos que se projetam em direção a luz do túbulo que pare-cem sair das células de Sertoli, sendo na realidade os flagelos dos espermatozoides que ainda não tinham sido liberados pelo lúmen. Ao liberar os espermatozoides em direção a luz do túbulo, as células de Sertoli realizam a fagocitose de parte do citoplasma dos espermatozoides (corpos residuais). Também fagocitam os restos de todas as células germinais que sofrem apoptose ou degeneram-se durante a espermatogênese. Credita-se que ao realizar essas funções as células de Sertoli podem fazer uma monitoração eficiente da espermatogênese, o que lhes permitiria emitir sinais para colaborar na regulação desse processo em nível gonodal e a nível sistêmico através da secreção de hormônios como a inibina e o estradiol. Além da inibina e activina, as células de Sertoli sintetizam outras proteínas, como a ABP (proteína ligadora de andrógenos) que serve como uma molécula de transporte de andrógenos dentro dos túbulos seminíferos, ductos deferentes e epidídimo, ou a transfer-rina, que transporta o ferro necessário para a respiração celular. -/- Resultados da espermatogênese -/- O resultado da espermatogênese não significa apenas uma simples multiplicação das células germinais (até 256 espermatozoides a partir de cada espermatogonia A1), senão que através dela são produzidos gametas haploides pequenos, móveis e com grande diversidade genética entre eles, ao mesmo tempo que se mantêm uma reversa de células mãe (espermatogonias A0) a partir das quais se poderiam originar novos ciclos de esper-matogênese durante o resto da vida do animal. -/- Controle hormonal da espermatogênese -/- Como mencionado, o FSH reproduz um importante papel para o estabelecimento das células de Sertoli durante a vida fetal e início da vida pós-natal. O começo da esper-matogênese também é estimulado pelo FSH, que atua sobre as células de Sertoli para estimular sua função e a ativação de sinais dessas células em direção as células germinais, incluindo-as a abandonar a reserva e ingressar na espermatogênese. O FSH, assim mesmo, estimula a mitose durante o resto da espermatogênese e aumenta a eficiência do processo, já que reduz a apoptose e a degeneração de espermatogonias intermediárias e do tipo B. O FSH também estimula as células de Sertoli para produzirem inibina e ABP. Uma vez iniciada a espermatogênese somente requerem níveis baixos de FSH para se mantê-la. As células de Sertoli também devem ser estimuladas pela testosterona para funcio-nar de maneira adequada; se requer também do LH hipofisário: hormônio que estimula as células de Leydig para produzir testosterona. Por sua vez, a secreção de LH e FSH é regulada pelo GnRH hipotalâmico: esse neurohormônio também faz parte do mecanismo de regulação da espermatogênese. A espermatogênese também é modulada em nível local mediante a produção de determinados fatores e interações entre as células. Dentro dos fatores locais podemos mencionar o fator de crescimento parecido com a insulina 1 (IGF-1), o fator de crescimen-to transformante beta (TGF- β), activina, ocitocina e diversas citocinas. Entre as intera-ções celulares existem tanto uniões de comunicação entre as células de Sertoli e as células germinais, como pontes citoplasmáticas entre todas as células germinais que formam o clone de células descendentes de uma espermatogonia A1. Uma vez que as células de Sertoli iniciam sua função na puberdade é possível manter experimentalmente a espermatogênese somente com testosterona, sem ser requeri-dos nenhum outro hormônio. A quantidade de espermatozoides produzidos, no entanto, é maior quando há presença do FSH. Abaixo do estímulo do FSH as células de Sertoli produzem estradiol e inibina, hormônios que geram uma retroalimentação sobre o eixo hipotálamo-hipofisário para a regulação da secreção de gonadotropinas. Em particular, a inibina reduz a secreção de FSH, pelo qual é factível que sirva como um sinal que evite uma excessiva estimulação as células de Sertoli. -/- Ciclo do epitélio seminífero -/- Em cada espécie as espermatogonias de reserva iniciam um novo processo de divi-sões celulares em intervalos fixos: a casa 14 dias no touro; 12 dias no garanhão e a cada 9 dias no cachaço (reprodutor suíno). A nova geração de células que começam a proliferar sobre a base do tubo deslocam-se em direção ao centro do túbulo a geração anterior, que por sua vez deslocam-se as gerações anteriores. Devido as mudanças que vão sofrendo cada geração celular se ajustam a tempos característicos de cada etapa, já que rodas as células em uma determinada seção do túbulo estão sincronizadas entre si pelas células de Sertoli; em cada espécie somente é possível encontrar um certo número de combinações celulares: 14 diferentes combinações no caso da rata, 8 no touro e 6 no ser humano. A sucessão de possíveis combinações até regressar a primeira combinação se conhece como o ciclo do epitélio seminífero. Na maioria das espécies os espermatozoides que são libera-dos em direção a luz do túbulo provém das células que entraram no processo de esperma-togênese quatro gerações antes que a geração que está ingressando nesse momento, pelo que a espermatogênese no touro dura ao redor de 60 dias e um pouco menos em outras espécies domésticas. Significa que os efeitos negativos das alterações na espermatogêne-se podem estar presentes até dois meses depois de que se produziram essas alterações. Como supracitado, geralmente se observa a mesma combinação celular em toda a área de uma determinada secção transversal do túbulo seminífero. No entanto, se fizermos uma série de secções, observa-se que ao longo do túbulo há uma sucessão ordenada de combinações (a primeira em uma determinada secção; a segunda combinação na seguinte secção, e assim sucessivamente em secções subsequentes até regressar a primeira combi-nação. Teremos, então, que ao início da divisão das espermatogonias A1 se produz de forma sincronizada em uma secção do túbulo, e vai-se transmitindo como uma onda peristáltica as secções adjacentes. Esse processo é denominado como onda do epitélio seminífero e graças à esse túbulo seminífero sempre tem secções em todas as etapas da espermatogênese, com o que se alcança uma produção constante de espermatozoides. -/- Alterações da espermatogênese -/- Nas espécies estacionais a espermatogênese, como já mencionado, pode reduzir-se ou inclusive suspender sua atividade fisiológica durante a época não reprodutiva dessas espécimes, porém esse processo fisiológico não pode ser considerado como uma altera-ção. No entanto, a espermatogênese só pode ser alterada pelas enfermidades ou por fatores externos. A principal causa de alterações na espermatogênese é o aumento da temperatura testicular. Por isso, os testículos são localizados na saco escrotal e são “caídos” para fora do corpo como pode-se observar nos bovinos, caprinos, ovinos, caninos e no próprio homem. A temperatura testicular deve estar cerca de 2 a 6 °C abaixo da temperatura corporal normal. As células germinais masculinas são sensíveis ao calor, pelo qual na maioria dos mamíferos os testículos se encontram fora da cavidade abdominal e existe um sofisticado sistema de termorregulação para mantê-los a uma temperatura menor que a corporal. Se a temperatura corporal for elevada ou se os testículos permanecerem na cavidade abdominal, ou ainda se os sistemas termorreguladores do testículo sejam afetados por fatores inflamatórios como edema ou falta de mobilidade testicular dentro do escroto, a temperatura do tecido testicular aumentará e a espermatogênese sofrerá alterações proporcionais ao excesso de temperatura e a duração da elevação. A espermatogênese também pode ser afetada pela exposição a hormônios ou a outras substâncias. É possível que a causa mais comum (sobretudo no homem) seja o uso de esteroides anabólicos, que elevam a concentração de andrógenos na circulação, provo-cando um feedback negativo sobre a secreção de gonadotropinas. Ao deixar de estimular-se o testículo pelas gonadotropinas, este deixará de produzir testosterona, e as concentra-ções de andrógeno exógeno nunca alcançará as altíssimas concentrações de testosterona que normalmente estão presentes a nível do tecido testicular por ser o local onde se produz o hormônio. Também se supõe que diversas substâncias com propriedades estrogênicas derivadas de processos industriais (indústria dos plásticos, hidrocarbonetos etc.) e presentes no ambiente (fatores xenobióticos) podem ser responsáveis pelas alterações na espermatogênese em diversas espécies, entre as quais se inclui o ser humano. -/- • OVOGÊNESE E FOLICULOGÊNESE -/- A ovogênese é o processo seguido pelas células germinais da fêmea para a forma-ção dos óvulos, que são células haploides. Durante a vida fetal as células germinais proliferam-se no ovário por mitose, formando um grande número de ovogonias, algumas das quais se diferenciam em ovócitos primários que iniciam sua primeira divisão meiótica para deter-se na prófase da divisão. Somente alguns desses ovócitos primários retornarão e concluirão a primeira divisão meiótica em algum momento da vida adulta do animal, dando origem a um ovócito secundário e a um corpo polar. O ovócito secundário inicia a sua segunda divisão meiótica, a qual volta a ficar suspensa até receber um estímulo apropriado, já que somente os ovócitos secundários que são ovulados e penetrados por um espermatozoide retornam e concluem a segunda divisão meiótica, dando origem a um óvulo (figura 10). O processo de ovogênese é realizado dentro dos folículos ovarianos, que também tem que sofrer um longo transcurso de desenvolvimento e diferenciação denominado foliculogênese pelo que a ovogênese como tal realiza-se dentro do marco desse último processo. Por essa razão, na seguinte seção descreverei tanto a ovogênese como a folicu-logênese, e a relação que existe entre ambos. Figura 10: representação da ovogênese. Na etapa de proliferação, as células germinais se diferen-ciam por mitose. A meiose I se caracteriza por uma prófase prolongada, ocorrendo a duplicação do DNA. Nas duas divisões, que ocorrem antes da ovulação e depois da fertilização, a quantidade de DNA é reduzida a 1n, com o fim de que a fusão dos pronúcles (singamia) pós-fertilização, seja gerado um zigoto com um número de cromossomos de 2n (diploide). -/- Geração de ovócitos primários e folículos primordiais Tanto a ovogênese como a foliculogênese iniciam-se durante a vida fetal, quando as células germinais primordiais provenientes do saco vitelino colonizam a gônada primitiva e, junto com as células somáticas z organizam-se para a formação dos cordões sexuais secundários, que se desenvolvem principalmente no córtex do ovário. Nesse período, as células germinais que colonizaram o ovário sofrem até 30 divisões mitóticas, proliferando-se até formar milhares ou milhões de ovogonias, que inicialmente formam “ninhos” constituídos cada um deles por um clone de várias ovogonias que descendem da mesma célula precursora e que se mantêm unidas por pontes citoplasmáticas, sincronizan-do suas divisões mitóticas. Nessa etapa alcança-se a máxima população de células germinais no ovário, que antes de nascer se reduzirá drasticamente por apoptose. No ovário do feto humano chegam a haver até sete milhões de células germinais que ao nascimento se reduzem a dois milhões. Os ovários fetais do bovino, de maneira análoga, chegam a ter até 2.100.000 células germinais, que ao nascimento reduzem para 130.000 aproximadamente. A redução no número de ovogonias produz-se ao mesmo tempo que essas células, que vêm dividindo-se por mitose e estão agrupadas em ninhos, iniciam sua primeira divisão meiótica para se transformarem em ovócitos primários: células germinais que se encontram em uma etapa de suspensão (diplóteno) da prófase da primeira divisão meiótica. Nesse período produz-se uma grande proporção de células germinais; as células somáticas dos cordões sexuais, por sua vez, emitem projeções citoplasmáticas que separam a isolam os ovócitos primários sobreviventes, ficando cada um deles rodeados por uma capa de células aplanadas da (pré) granulosa. Ao mesmo tempo em que se forma uma membrana basal entre as células da granulosa e o tecido intersticial do ovário. Ao ovócito primário rodeado de uma capa de células da (pré) granulosa aplanadas e delimita-das por uma membrana basal denomina-se de folículo primordial (figura 11). Nas vacas os folículos primordiais bem formados já estão presentes nos ovários a partir do dia 90 da gestação. A maioria dos folículos primordiais com os que nasce uma fêmea se manterão inativos durante um longo tempo; muitos deles durante toda a vida do animal. Nos folículos primordiais inativos tanto os ovócitos primários como as células da granulosa conservam sua forma original e mantém um metabolismo reduzido estritamente ao mínimo necessário para manter-se viáveis. Por essa razão, ao realizar um corte histológico de qualquer ovário as estruturas mais numerosas que se observam serão os folículos primordiais. No entanto, cada dia da vida de um animal, inclusive desde a vida fetal, um certo número de folículos primordiais reiniciam seu desenvolvimento, e a partir desse momento um folículo exclusivamente pode ter dois destinos: o primeiro, prosseguir seu desenvolvi-mento até chegar a ovular, e o segundo (que é muito mais frequente) encontrar em algum momento condições inadequadas que fazem fronteira com ele para parar seu desenvolvi-mento, levando-o a sofrer atresia e degenerar até desaparecer do ovário. Figura 11: sequência da foliculogênese apresentando as diferentes estruturas que podemos encontrar em cada fase. Fonte: ZARCO, 2018. Culminação da ovogênese A ovogênese somente se completará quando um ovócito primário reinicia a meio-se; completa sua primeira divisão meiótica para formar um ovócito secundário e um primeiro corpo polar e, quando, finalmente sofrer uma segunda divisão meiótica para formar um óvulo e um segundo corpo polar. Os óvulos são as células 1n que constituem os gametas femininos, pouco numerosos, grandes e imóveis. A grande maioria dos ovóci-tos primários, como veremos mais adiante, nunca retomam a meiose e, em consequência, não chegam a formar ovócitos secundários, e muitos dos ovócitos secundários tampouco sofrem uma segunda divisão meiótica, pelo que não chegam a formar os óvulos. Ao longo da vida de uma fêmea, na maioria das espécies, menos de 0,1% dos ovócitos primários (um a cada mil) chega a terminar a ovogênese, dando origem a um óvulo. O supracitado deve-se a que a ovogênese somente pode retomar-se e ser completa-da em ovócitos primários que se encontram dentro dos folículos primordiais que (uma vez ativados) vão alcançando diversas etapas de seu desenvolvimento em momentos precisos aos que encontram as condições ideais de oxigenação, nutrição, vascularização e exposição a fatores parácrinos e a exposição a concentrações de hormônios que se requerem para que o folículo continue em cada etapa de seu desenvolvimento com o processo de foliculogênese até chegar a ovular. Qualquer folículo que não esteja nessas condições ao longo do desenvolvimento sofrerá degeneração e atresia, pelo que o ovócito primário em seu interior nunca chegará ao ponto em que pode retomar a primeira divisão meiótica. No que resta da presente seção revisaremos o processo de foliculogênese em cujo marco se desenvolve a ovogênese; havemos que tomar de conta que essa última se limita ao que ocorre nas células germinais (ovogonia, ovócito primário, secundário e óvulo), pelo qual depende intimamente do desenvolvimento do folículo de que essas células formam parte. Em um princípio a ativação do folículo primordial e o desenvolvimento folicular são independentes das gonadotropinas: não se conhecem os mecanismos precisos median-te os quais um folículo primordial se ativa e reinicia seu desenvolvimento, nem como se decide quais folículos, dentre as dezenas de milhares de ou centenas de milhares presentes em um ovário se reativarão em um dia em particular. A reativação trata-se de uma liberação de influência de fatores inibidores, já que os folículos primordiais se reativam espontaneamente quando cultivados in vitro, isolados do resto do tecido ovariano. Uma vez que um folículo primordial se ativa, inicia-se um longo processo de desenvolvimento que somente depois de vários meses (ao redor de cinco meses no caso dos bovinos) o levará a um estádio em que seu desenvolvimento posterior requer a presença das gonado-tropinas; daí que se diz que as primeiras etapas do desenvolvimento são independentes das gonadotropinas. Durante a fase independente de gonadotropinas, um folículo primordial que tenha sido ativado e tenha começado a crescer; passará primeiro para a etapa de folículo primá-rio, caracterizada por conter um ovócito primário que está rodeado, por sua vez, por uma capa de células da granulosa, que não são planas, e sim cúbicas. Depois, se o folículo continuar crescendo se transformará em um folículo secundário, ao qual as células da granulosa começam a proliferar (aumentando em número) e se organizam em duas ou mais capas que rodeiam o ovócito primário. Entre o ovócito e as células da granulosa que o rodeiam se forma nesta uma zona pelúcida; ainda assim o ovócito mantém contato direto com essas células, mediante o estabelecimento de pontes citoplasmáticas que atravessam a zona pelúcida. Através dessas pontes citoplasmáticas as células da granulosa podem passar nutrientes e informação ao ovócito primário. O volume e o diâmetro do ovócito primário aumentam ao mesmo tempo que as células da granulosa proliferam-se, para incrementar as capas ao redor do ovócito. De maneira gradual o citoplasma do ovócito primário aumenta até 50 vezes seu volume e a proliferação das células continua. Esses folículos que possuem cada vez mais células e portanto mais capas de células da granulosa se denominam folículos secundários. Para evitar confusões, há a necessidade de nomen-clatura ao qual o folículo vá mudando de nome de primordial a primário e logo, de secun-dário, a terciário, por sua vez, o ovócito que encontra-se em seu interior, a todo momento, segue sendo um ovócito primário. Durante a etapa dependente de gonadotropinas, os folículos secundários começam a formar um espaço cheio de líquido, o antro folicular, desse modo se convertem em folí-culos terciários. Com a utilização de outra nomenclatura, a formação do antro marca a transição entre folículos pré-antrais (sem antro) e folículos antrais (com antro). Em algum momento dessa transição entre folículo secundário e terciário, também aparece a depen-dência de folículos em direção as gonadotropinas, pelo qual somente podem seguir crescendo na presença do hormônio luteinizante (LH) e do hormônio folículo estimulante (FSH). Nos bovinos e em outras espécies (para seu estudo), os folículos antrais são dividi-dos em pequenos, médios e grandes. Embora todos eles possuam um antro folicular, dependendo do seu grau de desenvolvimento requerem diferentes concentrações de gona-dotropinas para continuar o crescimento. Os folículos antrais mais pequenos somente re-querem concentrações baixas de LH e FSH, pelo qual podem continuar crescendo em qualquer momento do ciclo estral inclusive em animais que não estão ciclando (fêmeas em anestro pré-puberal, gestacional, lactacional, estacional). Nas etapas posteriores os folículos antrais requerem primeiro concentrações elevadas de FSH, e nas etapas finais somente podem continuar crescendo na presença de pulsos frequentes de LH, pelo qual somente os folículos que encontram-se sob concentrações apropriadas desses hormônios podem seguir crescendo. Por essa razão, nos animais que se encontram em anestro de qualquer tipo somente é possível encontrar folículos antrais pequenos ou médios, segundo a espécie, e nos animais que se encontram ciclando (estro) o maior tamanho folicular encontrado em um determinado dia do ciclo dependerá das concentrações de FSH e LH presentes nesse momento e nos dias anteriores. Um folículo que chega ao estado máximo de desenvolvimento, conhecido como folículo pré-ovulatório, ao final, somente chegará a ovular se for exposto a um pico pré-ovulatório de LH. Como supracitado, cada dia na vida de uma fêmea inicia seu desenvolvimento um certo número de folículos; a grande maioria sofrem atresia, mas depois da puberdade em cada dia do ciclo estral um ou vários folículos vão encontrando ao longo do seu desenvol-vimento concentrações hormonais que lhes permite chegar na etapa de folículo pré-ovula-tório. Somente nestes folículos, e como consequência de um pico pré-ovulatório de LH, se reinicia e completa-se a primeira divisão meiótica do ovócito primário, produzindo duas células distintas. Uma delas é o ovócito secundário, que retém praticamente todo o citoplasma. Contém, assim mesmo, em seu núcleo um par de cromossomos duplos, a outra é o primeiro corpo polar, que é exclusivamente um núcleo com uma quantidade mínima de citoplasma. Na maioria das espécies ovula-se um ovócito secundário que se encontra, então, suspendido na segunda divisão meiótica. Esta segunda divisão meiótica somente reinicia-rá e completarar-se uma vez que o espermatozoide começa a penetrar sob o ovócito secundário. Ao concluir-se a divisão se forma o segundo corpo polar e completa-se a ovogênese com o qual se obtém o óvulo, célula 1n que constitui o gameta feminino. No entanto, o óvulo existe pouco tempo como tal, já que em poucos minutos/horas (depen-dendo da espécie) se produzirá a fusão do núcleo do mesmo (pró-núcleo feminino) com o do espermatozoide (pró-núcleo masculino), com o qual se completa a fertilização e se forma um novo indivíduo (o ovo ou zigoto). -/- Ondas foliculares -/- Como mencionado supra, todos os dias um determinado número de folículos pri-mordiais se ativam e começam a crescer, os quais crescem em um ritmo característico em cada espécie. Isso provoca que em qualquer momento existam nos ovários folículos pri-mordiais (que começam a crescer em alguns dias ou semanas), assim como folículos secundários em diversas etapas do desenvolvimento, os quais iniciaram seu desenvolvi-mento em semanas ou inclusive meses (segundo o grau de desenvolvimento atual). Também em qualquer momento poderá haver folículos antrais nas etapas iniciais de seu desenvolvimento (com antros que já se podem detectar em cortes histológicos mas não são visíveis macroscopicamente). Todos esses folículos chegaram até seu estado de de-senvolvimento atual (primário, secundário ou antral pequeno), independente da etapa do ciclo estral em que sejam observados ou encontrados. Nos bovinos, os folículos que chegam ao início da etapa antral iniciaram seu desenvolvimento cinco meses antes, e todavia requerem ao redor de 42 dias para chegar ao estado pré-ovulatório. Para continuar seu desenvolvimento, os folículos antrais pequenos devem encon-trar concentrações altas de FSH, que os estimulam para prosseguir o crescimento. Cada vez que se produz uma elevação nas concentrações de FSH, esse hormônio estimula o desenvolvimento de um grupo de folículos antrais pequenos, que começaram a crescer muito tempo antes e que o dia da elevação de FSH tenha alcançado o grau de desenvolvi-mento preciso para responder com eficiência a este hormônio, o qual atuará através de seus receptores nas células da granulosa para estimular a produção de estradiol, a secreção de inibina, a produção de líquido folicular e a proliferação das células da granulosa. Um grupo de folículos antrais pequenos é assim recrutado pelo FSH para acelerar seu cresci-mento e aumentar sua produção de estradiol e inibina (figura 12). Mediante um seguimento ultrassonográfico dos ovários é possível identificar pou-cos dias depois um certo número de folículos, que por haver sido recrutados começam um período de crescimento acelerado. Durante alguns dias vários folículos crescem juntos, porém depois um deles é selecionado para continuar crescendo, enquanto que o restante do grupo deixam de fazê-lo e terminam sofrendo atresia. Através da ultrassom é possível identificar o folículo selecionado, agora chamado folículo domi-nante, já que sua trajetória de crescimento sofre um desvio com respeito a seguida pelo restante do grupo. Os folículos que não foram selecionados deixam de crescer e sofrem atresia já que deixam de possuir o suporte gonadotrópico de FSH, uma vez que as concentrações desse hormônio são suprimidos pela inibina e o estradiol produzidos pelo conjunto de folículos que conformam a onda folicular (figura 12), porém o folículo mais desenvolvido do grupo se converterá em dominante. A inibina atua diretamente a nível hipofisário para reduzir a secreção de FSH. Figura 12: onda folicular e relação dos níveis de FSH, estradiol e LH. Fonte: ZARCO, 2018. -/- Figura 13: Recrutamento, seleção e dominação folicular na espécie ovina e influência do FSH e LH nas fases. Fonte: SILVA, E. I. C. da, 2019. -/- A razão pela qual o folículo dominante é capaz de continuar seu desenvolvimento apesar da baixa nas concentrações de FSH é que o folículo é o único que alcançou o grau de progresso necessário para que apareçam os receptores para LH em suas células da granulosa. Esse processo permite ao folículo dominante ser estimulado pela LH, e que requeira baixas concentrações de FSH para manter seu desenvolvimento. A secreção de LH em forma de pulsos de baixa frequência (um pulso a cada quatro a seis horas), característica da fase lútea do ciclo estral; é suficiente para permitir que um folículo dominante continue crescendo por mais dias depois da sua seleção e que mais tarde mantenha-se viável durante alguns dias embora não aumentem de tamanho. Contu-do, se durante o período viável desse folículo não seja finalizada a fase lútea e não diminuam as concentrações de progesterona, o folículo terminará sofrendo atresia devido a exigência de um padrão de secreção acelerada de LH (aproximadamente um pulso por hora) durante o desenvolvimento pré-ovulatório, que somente pode ser produzido com a ausência da progesterona. Uma vez que um folículo dominante sofre atresia deixa de produzir inibina, pelo qual as concentrações de FSH podem elevar-se novamente para iniciar o recrutamento de outro grupo de folículos a partir da qual se origina uma nova onda folicular. Durante o ciclo estral de uma vaca podem gerar-se dois ou três ondas foliculares; somente em raros casos quatro. A etapa de dominância folicular da primeira onda na grande maioria dos casos não coincide com a regressão do corpo lúteo, pelo qual o primei-ro folículo dominante quase invariavelmente termina em atresia. Em algumas vacas o fo-lículo dominante da segunda onda ainda está viável quando se produz a regressão do corpo lúteo e acelera-se a secreção de LH, pelo qual esse segundo folículo dominante se converte em folículo pré-ovulatório e, ao final ovula. Em outros animais o segundo folícu-lo dominante também perde a sua viabilidade antes da regressão do corpo lúteo, por onde nesses animais se inicia uma terceira onda folicular, da qual surge o folículo que finalmen-te ovulará depois de produzir-se a regressão do corpo lúteo. Sem importar a onda em que se origine, uma vez que um folículo dominante é ex-posto a alta frequência de secreção de LH que se produz depois da regressão do corpo lúteo, aumenta ainda mais sua secreção de estradiol até que as altas concentrações desse hormônio comecem a exercer um feedback positivo para a secreção do LH. Isso provoca-rá a aceleração da frequência de secreção do LH até que os pulsos são tão frequentes que começam a ficar por cima e produzir-se o pico pré-ovulatório de LH, que é responsável pela realização da ovulação e a maturação final do ovócito. -/- •___DIFERENÇAS ENTRE ESPERMATOGÊNESE E OVOGÊNESE -/- Enquanto que na fêmea a ovogênese inicia-se durante a vida fetal, no macho a es-permatogênese começa na puberdade. Na fêmea, a partir de um ovócito primário se origi-na um óvulo; no macho, de um espermatócito primário se produzem, teoricamente, quatro espermatozoides. Outra característica interessante é que enquanto a fêmea já conta desde o nasci-mento com todos os ovócitos que necessitará na vida adulta, o macho necessitará chegar a puberdade para iniciar o desenvolvimento das células sexuais, já que ao nascer somente possui gonócitos precursores das células germinais, células de Sertoli e intersticiais. Na vida adulta de uma fêmea, o número de células germinais desaparece paulati-namente. Uma vez iniciada a espermatogênese no macho, a cada ciclo do epitélio seminí-fero as células germinais são renovadas mantendo a provisão para toda a vida reprodutiva. Na fêmea, a meiose sofre duas interrupções em seu transcurso, e no macho é ininterrupta. Figura 14: representação em diagramação comparativa do desenvolvimento da gametogênese. -/- Principais pontos abordados sobre as diferenças entre a gametogênese masculina e feminina: ❙ Na ovogênese a meiose contêm-se em duas ocasiões esperando acontecimentos externos para prosseguir. Já na espermatogênese não existe a suspensão da meiose. ❙ A espermatogênese é um processo contínuo, enquanto que a ovogênese pode completar exclusivamente um óvulo em cada ciclo estral; já que só pode ser completada por mais de um nas espécies que ovulam vários ovócitos no caso das porcas, cadelas, gatas etc. ❙ Na espermatogênese existem células de reserva que permitem a continuação du-rante toda a vida, enquanto que na ovogênese o número de ovócitos primários é limitado. A fêmea somente conta com os que nasceu, e eles não se dividem. ❙ Na espermatogênese obtém-se até 256 espermatozoides para cada espermatogo-nia que inicia o processo, enquanto que na ovogênese somente se obtém um óvulo a partir de cada ovócito primário. ❙ Durante a espermatogênese se produz uma metamorfose que transforma as es-permátides em espermatozoides. Na ovogênese não ocorre um processo análogo. ❙ Na espermatogênese, durante a meiose produzem-se quatro espermátides a partir de cada espermatócito primário. Na ovogênese se produz somente um óvulo a partir de cada ovócito primário; produz, ademais, dois corpos polares. ❙ Todos os óvulos que se produzem durante a ovogênese contém um cromossomo X, enquanto que a metade dos espermatozoides possuem um cromossomo Y e a outra metade um cromossomo X. ❙ Na espermatogênese produzem-se centenas ou dezenas de milhões de esperma-tozoides por dia, enquanto que na ovogênese se produz um ou alguns óvulos a cada ciclo estral. ❙ A espermatogênese produz gametas macroscópicos e com motilidade própria, enquanto que a ovogênese produz gametas grandes e imóveis. -/- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -/- ABDEL-RAOUF, Mohammed et al. The postnatal development of the reproductive organs in bullswith special reference to puberty.(Including growth of the hypophysis and the adrenals). Acta endocrinologica, n. Suppl No. 49, 1960. ADONA, Paulo Roberto et al. Ovogênese e foliculogênese em mamíferos. Journal of Health Sciences, v. 15, n. 3, 2013. AERTS, J. M. J.; BOLS, P. E. 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  4. Estabelecimento da Gestação nos Animais.Emanuel Isaque Cordeiro da Silva - manuscript
    OBJETIVO A gestação nos mamíferos domésticos é um processo fisiológico que implica mudanças físicas, metabólicas e hormonais na fêmea, que culminam com o nascimento de um novo indivíduo. Desta forma, a compreensão de tais mudanças e como estas favorecem um ambiente ideal de desenvolvimento embrionário inicial, até a placentação e a fisiologia envolvidas durante esses processos é fundamental na tomada de decisões quanto à saúde reprodutiva da fêmea, na seleção de futuras matrizes e até mesmo para a saúde fetal e (...)
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  5. Aspectos da reprodução em bovinos.Deivid Marcel Souza da Silva - 2021 - Dissertation, Centro Universitário - Ages
    RESUMO A bovinocultura sempre esteve atrelada ao desenvolvimento do Brasil e, pensando no avanço, as exigências da máxima eficiência nos sistemas de criação foi pautada na forma de como conseguir realizar a reprodução de bovinos com ênfase na eficiência econômica e reprodutiva. O objetivo deste trabalho é elucidar as principais biotecnologias que auxiliam na maior produtividade reprodutiva de bovinos. Dessa forma, o estudo foi realizado usando artigos do banco de dados do Google acadêmico e SciELO, além de livros do acervo (...)
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  6. Fisiologia da Reprodução Animal: Ovulação, Controle e Sincronização do Cio.Emanuel Isaque Cordeiro da Silva - manuscript
    UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA – 50 ANOS EMANUEL ISAQUE CORDEIRO DA SILVA REPRODUÇÃO ANIMAL: OVULAÇÃO, CONTROLE E SINCRONIZAÇÃO -/- REPRODUÇÃO ANIMAL: OVULAÇÃO, CONTROLE E SINCRONIZAÇÃO DO CICLO ESTRAL -/- ANIMAL REPRODUCTION: OVULATION, CONTROL AND SYNCHRONIZATION OF THE ESTRAL CYCLE -/- Autor: Emanuel Isaque Cordeiro da Silva – IFPE-BJ/CAP-UFPE/EEFCC-BJ/UFRPE 1. INTRODUÇÃO As fêmeas dos animais domésticos possuem em seus ovários, desde praticamente o nascimento, a dotação completa de gametas dos quais vão dispor para o resto de sua (...)
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  7. Nutrição Sobre a Reprodução e Fertilidade dos Bovinos.Emanuel Isaque Cordeiro da Silva - manuscript
    APRESENTAÇÃO O material Nutrição sobre a Reprodução e Fertilidade dos Bovinos é fruto de diversas pesquisas realizadas com o rebanho leiteiro do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) de São Bento do Una em parceria com curso técnico em agropecuária do Instituto Federal de Pernambuco Campus Belo Jardim que visa demonstrar os fatores nutricionais como agentes diretos de alterações no sistema fisiológico do aparelho reprodutivo dos bovinos bem como na fertilidade destes animais. O trabalho estruturado de forma sistemática e mais didática (...)
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  8. Fertilidade em Vacas Leiteiras: Fisiologia e Manejo.Emanuel Isaque Cordeiro da Silva - manuscript
    FERTILIDADE EM VACAS LEITEIRAS: FISIOLOGIA E MANEJO -/- INTRODUÇÃO -/- A fertilidade das vacas com aptidão leiteira tem apresentado queda de quase 1% ao ano nos últimos 30 anos como apresentam os estudos acerca da reprodução de bovinos leiteiros; essa diminuição tem coincidido com um aumento sustentado na produção de leite. Estudos realizados a partir da década de 1960 pelo NRC, demonstraram que nos rebanhos leiteiros da América do Norte, nessa década, era conseguido emprenhar até 65% das vacas inseminadas, enquanto, (...)
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  9. Hormônios e Sistema Endócrino na Reprodução Animal.Emanuel Isaque Cordeiro da Silva & Emanuel Isaque Da Silva - manuscript
    HORMÔNIOS E SISTEMA ENDÓCRINO NA REPRODUÇÃO ANIMAL -/- OBJETIVO -/- As glândulas secretoras do corpo são estudadas pelo ramo da endocrinologia. O estudante de Veterinária e/ou Zootecnia que se preze, deverá entender os processos fisio-lógicos que interagem entre si para a estimulação das glândulas para a secreção de vários hormônios. -/- Os hormônios, dentro do animal, possuem inúmeras funções; sejam exercendo o papel sobre a nutrição, sobre a produção de leite e sobre a reprodução, os hormônios desempenham um primordial papel (...)
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  10. Nutrição Sobre as Falhas Reprodutivas dos Bovinos.Emanuel Isaque Cordeiro da Silva - manuscript
    NUTRIÇÃO SOBRE AS FALHAS REPRODUTIVAS DOS BOVINOS -/- E. I. C. da Silva Departamento de Agropecuária – IFPE Campus Belo Jardim Departamento de Zootecnia – UFRPE sede -/- -/- FALHAS REPRODUTIVAS DE BOVINOS -/- INTRODUÇÃO -/- Os bovinos, assim como tantos outros mamíferos e demais espécies, podem sofrer distúrbios durante o ciclo reprodutivo. Transtornos, alterações ou patogenias afetam diretamente a saúde do sistema reprodutor desses animais. As causas podem ser individuais ou multifatoriais, de caráter parasitário, patogênico, climático, nutricional etc. As (...)
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  11. Sexual Autonomy and Sexual Consent.Shaun Miller - 2022 - In David Boonin (ed.), The Palgrave Handbook of Sexual Ethics. London: Palgrave Macmillan. pp. 247-270.
    Miller analyzes the relationship between consent and autonomy by offering three pictures. For autonomy, Miller distinguishes between procedural, substantive, and weak substantive autonomy. The corresponding views of consent are what Miller has termed as consensual minimalism, consensual idealism, and consensual realism. The requirements of sexual consent under consensual minimalism are a voluntary informed agreement. However, feminist critiques reveal the inadequacies of this simple position. Consensual idealism, which corresponds with substantive autonomy, offers a robust picture where consent and autonomy must (...)
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  12. Sexual Exclusion.Alida Liberman - 2022 - In David Boonin (ed.), The Palgrave Handbook of Sexual Ethics. London: Palgrave Macmillan. pp. 453-475.
    This chapter delineates several distinct (and often problematically conflated) kinds of sexual exclusion: (1) lack of access to sexual gratification or pleasure, (2) lack of access to partnered sex, and (3) lack of social/psychological validation that comes from being seen as a sexual being. Liberman offers proposals about what our collective responses to these harms should be while weighing in on debates about whether there are rights to various kinds of sexual goods. She concludes that we (...)
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    Male sexual victimisation, failures of recognition, and epistemic injustice.Debra L. Jackson - 2022 - In Paul Giladi & Nicola McMillan (eds.), Epistemic injustice and the philosophy of recognition. New York, NY: Routledge Taylor & Francis Group. pp. 279-296.
    Whether in the form of testimonial injustice, hermeneutical injustice, or contributory injustice, epistemic injustice is characterised an injustice rather than simply an epistemic harm because it is often motivated by an identity prejudice and exacerbates existing social disadvantages and inequalities. I argue that epistemic injustice can also be utlised against some members of privileged social identity groups in order to preserve the dominant status of the group as a whole. As a case-study, I analyze how the harms to male victims (...)
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  14. Sexual Jealousy and Sexual Infidelity.Natasha McKeever & Luke Brunning - 2022 - In David Boonin (ed.), The Palgrave Handbook of Sexual Ethics. London: Palgrave Macmillan. pp. 93-110.
    In this chapter, Natasha McKeever and Luke Brunning consider (sexual) jealousy in romantic life. They argue that jealousy is best understood as an emotional response to the threatened loss of love or attention, to which one feels deserving, because of a rival. Furthermore, the general value of jealousy can be questioned, and jealousy’s instrumental value needs to be balanced against a range of potential harms. They assess two potential ways of managing jealousy (which are not mutually exclusive)—firstly by adopting (...)
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  15. Medicalization of Sexual Desire.Jacob Stegenga - 2021 - European Journal of Analytic Philosophy 17 (2):(SI5)5-34.
    Medicalisation is a social phenomenon in which conditions that were once under legal, religious, personal or other jurisdictions are brought into the domain of medical authority. Low sexual desire in females has been medicalised, pathologised as a disease, and intervened upon with a range of pharmaceuticals. There are two polarised positions on the medicalisation of low female sexual desire: I call these the mainstream view and the critical view. I assess the central arguments for both positions. Dividing the (...)
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  16. Sexual Rights and Disability.Ezio Di Nucci - 2011 - Journal of Medical Ethics 37 (3):158-161.
    I argue against Appel's recent proposal – in this JOURNAL – that there is a fundamental human right to sexual pleasure, and that therefore the sexual pleasure of severely disabled people should be publicly funded – by thereby partially legalizing prostitution. I propose an alternative that does not need to pose a new positive human right; does not need public funding; does not need the legalization of prostitution; and that would offer a better experience to the severely disabled: (...)
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  17. The Sexual Orientation/Identity Distinction.Matthew Andler - 2021 - Hypatia 36 (2):259-275.
    The sex/gender distinction is a staple of feminist philosophy. In slogan form: sex is “natural,” while gender is the “social meaning” of sex. Considering the importance of the sex/gender distinction—which, here, I neither endorse nor reject—it’s interesting to ask if philosophers working on the metaphysics of sexuality might make use of an analogous distinction. In this paper, I argue that we ought to endorse the sexual orientation/identity distinction. In particular, I argue that the orientation/identity distinction is indispensable to normative (...)
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  18. Sexual Violence and Two Types of Moral Wrongs.Ting-An Lin - 2024 - Hypatia:1-20.
    Although the idea that sexual violence is a “structural” problem is not new, the lack of specification as to what that entails blocks effective responses to it. This paper illustrates the concept of sexual violence as structural in the sense of containing a type of moral wrong called “structural wrong” and discusses its practical implications. First, I introduce a distinction between two types of moral wrongs—interactional wrongs and structural wrongs—and I argue that the moral problem of sexual (...)
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  19. Sexual Agency and Sexual Wrongs: A Dilemma for Consent Theory.Melissa Rees & Jonathan Ichikawa - forthcoming - Philosophers' Imprint.
    On a version of consent theory that tempts many, predatory sexual relations involving significant power imbalances (e.g. between professors and students, adults and teenagers, or employers and employees) are wrong because they violate consent-centric norms. In particular, the wronged party is said to have been _incapable_ of consenting to the predation, and the sexual wrong is located in the encounter’s nonconsensuality. Although we agree that these are sexual wrongs, we resist the idea that they are always nonconsensual. (...)
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  20. Sexual desire and structural injustice.Tom O’Shea - 2020 - Journal of Social Philosophy 52 (4):587-600.
    This article argues that political injustices can arise from the distribution and character of our sexual desires and that we can be held responsible for correcting these injustices. It draws on a conception of structural injustice to diagnose unjust patterns of sexual attraction, which are taken to arise when socio-structural processes shaping the formation of sexual desire compound systemic domination and capacity-deprivation for the occupants of a social position. Individualistic and structural solutions to the problem of unjust (...)
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  21. On Sexual Lust as an Emotion.Larry A. Herzberg - 2019 - Humana Mente 35 (12):271-302.
    Sexual lust – understood as a feeling of sexual attraction towards another – has traditionally been viewed as a sort of desire or at least as an appetite akin to hunger. I argue here that this view is, at best, significantly incomplete. Further insights can be gained into certain occurrences of lust by noticing how strongly they resemble occurrences of “attitudinal” (“object-directed”) emotion. At least in humans, the analogy between the object-directed appetites and attitudinal emotions goes well beyond (...)
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  22. Female sexual arousal: Genital anatomy and orgasm in intercourse.Kim Wallen & Elisabeth A. Lloyd - 2011 - Hormones and Behavior 59:780-792.
    In men and women sexual arousal culminates in orgasm, with female orgasm solely from sexual intercourse often regarded as a unique feature of human sexuality. However, orgasm from sexual intercourse occurs more reliably in men than in women, likely reflecting the different types of physical stimulation men and women require for orgasm. In men, orgasms are under strong selective pressure as orgasms are coupled with ejaculation and thus contribute to male reproductive success. By contrast, women's orgasms in (...)
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  23. Sexual Violence and Carceral Logic.Barrett Emerick & Audrey Yap - 2023 - In Barrett Emerick & Audrey Yap (eds.), Not Giving Up on People: A Feminist Case for Prison Abolition. Lanham, MD: Rowman & Littlefield. pp. 57-80.
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  24. Sexual Orientation, Ideology, and Philosophical Method.Matthew Andler - 2020 - Journal of Social Ontology 5 (2):205-227.
    Here, I examine the epistemic relation between beliefs about the nature of sexual orientation (e.g., beliefs concerning whether orientation is dispositional) and beliefs about the taxonomy of orientation categories (e.g., beliefs concerning whether polyamorous is an orientation category). Current philosophical research gives epistemic priority to the former class of beliefs, such that beliefs about the taxonomy of orientation categories tend to be jettisoned or revised in cases of conflict with beliefs about the nature of sexual orientation. Yet, considering (...)
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  25. Sexual Orientation and Choice.Saray Ayala - 2017 - Journal of Social Ontology 3 (2):249-265.
    Is there a choice in sexual orientation? [Wilkerson, William S. : “Is It a Choice? Sexual Orientation as Interpretation”. In: Journal of Social Philosophy 40. No. 1, p. 97–116] argues that sexual desires require interpretation in order to be fully constituted, and therefore sexual orientation is at least partially constituted by choice. [Díaz-León, Esa : “Sexual Orientation as Interpretation? Sexual Desires, Concepts, and Choice”; In: Journal of Social Ontology] critically assesses Wilkerson’s argument, concluding that (...)
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  26. Will sexual robots modify human relationships? A psychological approach to reframe the symbolic argument.Piercosma Bisconti - 2021 - Advanced Robotics 35 (9):561-571.
    The purpose of this paper is to understand if and how interactions with Sexual Robots will modify users’ relational abilities in human-human relations. We first underline that, in today’s scholar discussion on the ‘symbolic argument’, there is no theoretical framework explaining the process of symbolic shift between human-robot interactions (HRI) and human-human interactions (HHI). To clarify the symbolic shift mechanism, we propose the concept of objectual mediation. Moreover, under the lens of Winnicott’s object-relation theory, we argue that HRI can (...)
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  27. Sexual Selection and the Brotherhood of Humans: Does the argument of The Descent of Man confirm The sacred cause thesis?Ginnobili Santiago - 2023 - Principia: An International Journal of Epistemology 27 (2):335-361.
    Desmond and Moore point out that the key to understanding Darwin’s The Descent of Man is his abolitionist motivation and his advocacy that races constitute subspecies. Roberta Millstein raises some doubts about the importance of this motivation. She points out that the inclusion of the extensive section devoted to non-human animals is not justified by Darwin’s treatment of humans per se, because his explanation of the origin of races is peculiar. In this sense, she argues that Darwin’s specific explanation of (...)
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  28. Zombie Nationalism: The Sexual Politics of White Evangelical Christian Nihilism.Jason A. Springs - 2023 - In Atalia Omer & Joshua Lupo (eds.), Religion, Populism, and Modernity: Confronting White Christian Nationalism and Racism. University of Notre Dame Press. pp. 51-99.
    Despite their purported demographic and institutional decline, White evangelical voters were instrumental in the election of Donald Trump in 2016, and even more so in his 2020 loss. The story of Trump’s electoral successes among Christian voters in the last two elections is in large part the story of religious nationalism—and White Christian nationalism in particular—because Trump personifies the convergence of nationalism-infused forms of messianism and apocalypticism intrinsic to White evangelicalism, which culminate in QAnon cultic ideology. However, these same ethnoreligious/nationalist (...)
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  29. Sexuality.John Danaher - forthcoming - In Markus Dubber, Frank Pasquale & Sunit Das (eds.), Oxford Handbook of the Ethics of Artificial Intelligence. Oxford: Oxford University Press.
    Sex is an important part of human life. It is a source of pleasure and intimacy, and is integral to many people’s self-identity. This chapter examines the opportunities and challenges posed by the use of AI in how humans express and enact their sexualities. It does so by focusing on three main issues. First, it considers the idea of digisexuality, which according to McArthur and Twist (2017) is the label that should be applied to those ‘whose primary sexual identity (...)
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  30. Sexual Selection, Aesthetic Choice, and Agency.Hugh Desmond - forthcoming - In Elisabeth Gayon, Philippe Huneman, Victor Petit & Michel Veuille (eds.), 150 Years of the Descent of Man. New York: Routledge.
    Darwin hypothesized that some animals, when selecting sexual partners, possess a genuine “sense of beauty” that cannot be accounted for by the logic of natural selection. This hypothesis has been notoriously controversial. In this chapter I propose that the concept of agency can be useful to operationalize the “sense of beauty”, and can help identify the conditions under which one can infer that animals are acting as (aesthetic) agents. Focusing on a case study of the behavior of the Pavo (...)
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  31. Sexual Rights, Disability and Sex Robots.Ezio Di Nucci - forthcoming - In John Danaher & Neil McArthur (eds.), Sex Robots. MIT Press.
    I argue that the right to sexual satisfaction of severely physically and mentally disabled people and elderly people who suffer from neurodegenerative diseases can be fulfilled by deploying sex robots; this would enable us to satisfy the sexual needs of many who cannot provide for their own sexual satisfaction; without at the same time violating anybody’s right to sexual self-determination. I don’t offer a full-blown moral justification of deploying sex robots in such cases, as not all (...)
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  32. Sexual Consent and Lying About One’s Self.Jennifer Matey - 2021 - Philosophy and Phenomenological Research 102 (2):380-400.
    Philosophy and Phenomenological Research, EarlyView. Despite the acknowledgement of the moral significance of consent there is still much work to be done in determining which specific sexual encounters count as unproblematically consensual. This paper focuses on the impact of deception. It takes up the specific case of deception about one's self. It may seem obvious that one ought not to lie to a sexual partner about who one is, but determining which features of oneself are most relevant, as (...)
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  33. XIV—Sexual Orientation: What Is It?Kathleen Stock - 2019 - Proceedings of the Aristotelian Society 119 (3):295-319.
    I defend an account of sexual orientation, understood as a reflexive disposition to be sexually attracted to people of a particular biological Sex or Sexes. An orientation is identified in terms of two aspects: the Sex of the subject who has the disposition, and whether that Sex is the same as, or different to, the Sex to which the subject is disposed to be attracted. I explore this account in some detail and defend it from several challenges. In doing (...)
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  34. Sexual Interactions and Sexual Infidelity.Paddy McQueen - 2021 - The Journal of Ethics 25 (4):449-466.
    This paper establishes what constitutes a sexual interaction between two or more people. It does this by first defining a sexual activity as one in which the agent intends to satisfy a sexual desire. To understand what it means to engage in a sexual activity with another person, it draws from Bratman’s account of shared collaborative activity. A sexual interaction is defined as one in which two or more people engage in a sexual activity (...)
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  35. Resisting Sexual Violence: What Empathy Offers.Sarah Clark Miller - 2019 - In Wanda Teays (ed.), Analyzing Violence Against Women. New York: Springer. pp. 63-77.
    The primary aim of this essay is to investigate modalities of resistance to sexual violence. It begins from the observation that the nature of what we understand ourselves to be resisting—that is, how we define the scope, content, and causes of sexual violence—will have profound implications for how we are able to resist. I critically engage one model of resistance to sexual violence: feminist philosophical scholarship on self-defense, highlighting several shortcomings in how the feminist self-defense discourse inadvertently (...)
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  36. Diferencia sexual, diferencia ideológica : Lecturas a contratiempo (Derrida lector de Marx y Althusser en la década de 1970 y más allá).Thomas Clément Mercier - 2019 - Demarcaciones 7.
    Este ensayo presenta una descripción de los escritos inéditos de Jacques Derrida sobre Marx y Louis Althusser en la década de 1970, y un estudio de conceptos como ideología, diferencia sexual, reproducción, violencia, dominación o hegemonía en perspectiva deconstructiva. Se trata de pensar en una otra economía, más allá de la economía del cuerpo propio. El artículo fue publicado en el Volumen 7 de la Revista Demarcaciones, "a 25 años de Espectros de Marx.".
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  37. Sexual use and what to do about it : internalist and externalist sexual ethics.Alan Soble - 2011 - In Adrianne McEvoy (ed.), Essays in Philosophy. Rodopi. pp. 2.
    I begin by describing the hideous nature of sexuality, that which makes sexual desire and activity morally suspicious, or at least what we have been told about the moral foulness of sex by, in particular, Immanuel Kant, but also by some of his predecessors and by some contemporary philosophers.2 A problem arises because acting on sexual desire, given this Kantian account of sex, apparently conflicts with the Categorical Imperative. I then propose a typology of possible solutions to this (...)
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  38. Affirmative Sexual Consent in Canadian Law, Jurisprudence, and Legal Theory.Lucinda Vandervort - 2012 - Columbia Journal of Gender and Law 23 (2):395-442.
    This article examines the development of affirmative sexual consent in Canadian jurisprudence and legal theory and its adoption in Canadian law. Affirmative sexual consent requirements were explicitly proposed in Canadian legal literature in 1986, codified in the 1992 Criminal Code amendments, and recognized as an essential element of the common law and statutory definitions of sexual consent by the Supreme Court of Canada in a series of cases decided since 1994. Although sexual violence and non-enforcement of (...)
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  39. Sexual Consent as Voluntary Agreement: Tales of “Seduction” or Questions of Law?Lucinda Vandervort - 2013 - New Criminal Law Review 16 (1):143-201.
    This article proposes a rigorous method to “map” the law on to the facts in the legal analysis of “sexual consent” using a series of mandatory questions of law designed to eliminate the legal errors often made by decision-makers who routinely rely on personal beliefs about and attitudes towards “normal sexual behavior” in screening and deciding cases. In Canada, sexual consent is affirmative consent, the communication by words or conduct of “voluntary agreement” to a specific sexual (...)
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  40. Gender, Sexuality, and Embodiment in Digital Spheres. Connecting Intersectionality and Digitality: Editorial.Evelien Geerts & Ladan Rahbari - 2022 - Journal of Digital Social Research 4 (3).
    Gender, sexuality and embodiment in digital spheres have been increasingly studied from various critical perspectives: From research highlighting the articulation of intimacies, desires, and sexualities in and through digital spaces to theoretical explorations of materiality in the digital realm. With such a high level of (inter)disciplinarity, theories, methods, and analyses of gender, sexuality, and embodiment in relation to digital spheres have become highly diversified. Aiming to reflect this diversity, this special issue brings together innovative and newly developed theoretical, empirical, analytical, (...)
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  41. What Is Sexual Orientation?Robin A. Dembroff - 2016 - Philosophers' Imprint 16.
    Ordinary discourse is filled with discussions about ‘sexual orientation’. This discourse might suggest a common understanding of what sexual orientation is. But even a cursory search turns up vastly differing, conflicting, and sometimes ethically troubling characterizations of sexual orientation. The conceptual jumble surrounding sexual orientation suggests that the topic is overripe for philosophical exploration. This paper lays the groundwork for such an exploration. In it, I offer an account of sexual orientation – called ‘Bidimensional Dispositionalism’ (...)
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  42. Sexual loneliness: A neglected public health problem?Joona Räsänen - 2023 - Bioethics 37 (2):101-102.
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  43. Sexuality and Christian Tradition.David Newheiser - 2015 - Journal of Religious Ethics 43 (1):122-145.
    This essay aims to clarify the debate over same-sex unions by comparing it to the fourth-century conflict concerning the nature of Jesus Christ. Although some suppose that the council of Nicaea reiterated what Christians had always believed, the Nicene theology championed by Athanasius was a dramatic innovation that only won out through protracted struggle. Similarly, despite the widespread assumption that Christian tradition univocally condemns homosexuality, the concept of sexuality is a nineteenth-century invention with no exact analogue in the ancient world. (...)
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  44. Art, Sexual Selection, Group Selection (Critical Notice of Denis Dutton, The Art Instinct).Mohan Matthen - 2011 - Canadian Journal of Philosophy 41 (2):337-356.
    The capacity to engage with art is a human universal present in all cultures and just about every individual human. This indicates that this capacity is evolved. In this Critical Notice of Denis Dutton's The Art Instinct, I discuss various evolutionary scenarios and their consequences. Dutton and I both reject the "spandrel" approach that originates from the work of Gould and Lewontin. Dutton proposes, following work of Geoffrey Miller, that art is sexually selected--that art-production is a sign of a fit (...)
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  45. Sexual Robots: The Social-Relational Approach and the Concept of Subjective Reference.Piercosma Bisconti & Susanna Piermattei - 2020 - Lecture Notes in Computer Science.
    In this paper we propose the notion of “subjective reference” as a conceptual tool that explains how and why human-robot sexual interactions could reframe users approach to human-human sexual interactions. First, we introduce the current debate about Sexual Robotics, situated in the wider discussion about Social Robots, stating the urgency of a regulative framework. We underline the importance of a social-relational approach, mostly concerned about Social Robots impact in human social structures. Then, we point out the absence (...)
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  46. Sexual Assault: Availability of the Defence of Belief in Consent.Lucinda Vandervort - 2005 - Canadian Bar Review 84 (1):89-105.
    Despite amendments to the sexual assault provisions in the Criminal Code, decisions about the availability and operation of the defence of belief in consent remain vulnerable to the influence of legally extraneous considerations. The author proposes an approach designed to limit the influence of such considerations.
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  47. A Defence of Sexual Inclusion.John Danaher - 2020 - Social Theory and Practice 46 (3):467-496.
    This article argues that access to meaningful sexual experience should be included within the set of the goods that are subject to principles of distributive justice. It argues that some people are currently unjustly excluded from meaningful sexual experience and it is not implausible to suggest that they might thereby have certain claim rights to sexual inclusion. This does not entail that anyone has a right to sex with another person, but it does entail that duties may (...)
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  48. Sexual Refusal: The Fragility of Women’s Authority.Elinor Mason - forthcoming - Hypatia.
    I expand on and defend a particular account of silencing that has been identified by Mary Kate McGowan. She suggests that one sort of silencing occurs when men do not think that women have the authority to refuse. I develop this proposal, arguing that it is usefully distinct from other forms of silencing, which attribute a radical misunderstanding to the perpetrator. Authority silencing, by contrast, allows that the perpetrator understands that the woman is trying to refuse. I examine the nature (...)
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  49. The Ethics of Virtual Sexual Assault.John Danaher - 2023 - In Carissa Véliz (ed.), The Oxford Handbook of Digital Ethics. Oxford University Press.
    This chapter addresses the growing problem of unwanted sexual interactions in virtual environments. It reviews the available evidence regarding the prevalence and severity of this problem. It then argues that due to the potential harms of such interactions, as well as their nonconsensual nature, there is a good prima facie argument for viewing them as serious moral wrongs. Does this prima facie argument hold up to scrutiny? After considering three major objections – the ‘it’s not real’ objection; the ‘it’s (...)
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  50. Sexuality, Power, and Gangbang: A Foucouldian Analysis of Aannabel Chong's Dissent.Mark Anthony Dacela - 2011 - In Noelle Leslie Dela Cruz & Jeanne Peracullo (eds.), Feminista: Gender, Race and Class in the Philippines, Manila. Anvil. pp. 83-97.
    In January 1995, at the age of 22, Annabel Chong (whose real name is Grace Quek), a former pornographic actress/director set a world record (which has since been topped) for having the most number of sex acts, 251 with about 70 men, over a period of about ten hours, for a film called the World’s Biggest Gangbang. Chong claims in subsequent interviews that more than anything else, she did it to challenge the stereotypical notion that female sexuality is passive—that women (...)
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