In this article, we describe a hitherto undocumented fallacy-in the sense of a mistake in reasoning-constituted by a negativity bias in the way that people attribute motives to others. We call this the "worst-motive fallacy," and we conducted two experiments to investigate it. In Experiment 1, participants expected protagonists in a variety of fictional vignettes to pursue courses of action that satisfy the protagonists' worst motive, and furthermore, participants significantly expected the protagonist to pursue a worse course of action than (...) they would prefer themselves. Experiment 2 was a preregistered attempted replication of Experiment 1, including a bigger range of vignettes; the first effect was not replicated for the new vignettes tested but was for the original set. Also, we once again found that participants expected protagonists to be more likely than they were themselves to pursue courses of action that they considered morally bad. We discuss the worst-motive fallacy's relation to other well-known biases as well as its possible evolutionary origins and its ethical consequences. (shrink)

Anne Phillips argues that definitions of the human are a trap for the political claims to equality contained in humanitarianism or human rights discourse. However, defining the human also hides the ontological and political problem addressed by the Philosophical Anthropology. There is an ethical and political stake in the philosophical anthropology of the last century when it insists on the indefinability of the human. With this, it criticizes the politics implicit in the definition of the human. And also, it questions (...) the metaphysical positions that the act of defining implies. -/- //// La lógica de inclusión/exclusión presente en toda definición de lo humano no solo es una trampa para las reivindicaciones políticas de la igualdad contenidas en el humanitarismo o el discurso de los derechos humanos, como ha argumentado Anne Phillips, sino que también oblitera la problemática ontológica contenida en la pregunta fundamental de toda antropología filosófica y su correspondiente dimensión práctica. Las tesis de la indefinibilidad del ser humano y la problematicidad ontológica constitutiva de lo humano —desarrolladas por la antropología filosófica crítica del último siglo— cuestionan toda política de la definición de lo humano y las posturas metafísicas que tales políticas implican. Por ello, el artículo también pone en cuestión la imagen negativa del aporte de la antropología filosófica a la ética y la filosofía social. -/- . (shrink)

Building on Elliot and SilvermanÕs (2015) embodied and enactive approach to musicing, I argue for an extended approach: namely, the idea that music can function as an environmental scaffolding supporting the development of various experiences and embodied practices that would otherwise remain inaccessible. I focus especially on the materiality of music. I argue that one of the central ways we use music, as a material resource, is to manipulate social spaceÑand in so doing, manipulate our emotions. Acts of musicing, thought (...) of as processes of environmental space manipulation, are thus examples of what I term Òemotional niche construction.Ó I explore three dimensions of this process and appeal to different strands of empirical work to support this picture. (shrink)

Autogestão, autoempreendedorismo, infotrabalho, trabalho intermitente, criptomoeda, uberização, proletariado de serviços e servidão digital delineiam uma série de designações indicativas das mudanças das condições de (re)produção do Capital nas suas formas contemporâneas. Grandes corporações como Google, Facebook e Amazon participam desse processo tanto no eixo da infraestrutura econômica, quanto na produção discursiva que sustenta ideologicamente as relações de trabalho determinadas pelo Aparelho Digital. Essa pesquisa elege como material específico de análise uma sequência de cursos oferecidos pelo “YouTube Academy” para a criação, (...) gerenciamento e divulgação de uma empresa associada à plataforma de vídeos do YouTube. O objetivo é investigar os modos de imbricação e/ou separação entre o sujeito e a empresa. Para construir os procedimentos analíticos, delimitamos as seguintes perguntas: Como as formas imaginárias do sujeito (o “eu”, a identidade e a individualidade) estão relacionadas com a criação e o funcionamento de uma empresa no YouTube? Como o trabalho e as relações de trabalho são significados nessa discursividade? O olhar discursivo é ainda guiado por compreensões de pesquisas anteriores: o modo como o “eu” é discursivizado em produto, o funcionamento da “empresa de si” como modelo de identificação e a empresarialidade. As referências passam por Michel Pêcheux, Eni Orlandi, Suzy Lagazzi, Luciana Nogueira, Guilherme Adorno, Joel Bombardelli, Pierre Dardot, Christian Laval e Ricardo Antunes. O conceito de político, compreendido discursivamente como conflito e disputa pelos sentidos - e seus efeitos de deslocamento, assim como o apagamento do político do lugar que lhe seria próprio - e o conceito de exterioridade discursiva são mais enfaticamente mobilizados na pesquisa, além das discussões em torno do discurso neoliberal e da psicologização do sujeito pelos efeitos discursivos de liberdade e autonomia. Um trabalho de análise da constituição da discursividade que tem o “sentido (já) lá” como resultado do efeito de exterioridade. Esperamos mostrar, assim, como, nas condições de produção sócio-históricas de um “Imperialismo Digital”, uma mudança da “economia política do poder-dizer” afeta os modos de circulação não só dos discursos, mas do próprio Capital. (shrink)

A parcialidade epistêmica na amizade (PE) é a tese segundo a qual ser um bom amigo de alguém envolve tratar essa pessoa de forma diferente, em um sentido epistêmico. Sarah Stroud (2006) e Simon Keller (2004) defenderam essa tese e argumentaram que ela está em tensão direta com demandas de racionalidade epistêmica. A posição deles é que quando nossos amigos estão envolvidos em algum assunto ao qual temos que dar nossa avaliação (sobre os fatos, suas ações ou seu caráter), tendemos (...) a dar à questão um tratamento epistêmico diferencial, não reservado a não-amigos. Neste artigo, quero tratar de duas possíveis formas de responder à PE. Primeiro, quero discutir a rejeição de Sandy Goldberg (2018, 2020) a essa tese e à tensão que ela supostamente cria com as exigências da racionalidade epistêmica. Em sua proposta, Goldberg defende o comportamento epistêmico diferencial que a PE pressupõe, mas também argumenta que tal comportamento não configura um tipo de PE, e que tampouco está em tensão com as exigências da racionalidade epistêmica. Irei sugerir que a posição de Goldberg não capta uma distinção importante entre nossas atitudes epistêmicas diante do testemunho de um amigo e diante de relatos de terceiros sobre um amigo. Particularmente, o que eu argumentarei é que o caminho que leva da valorização da amizade às razões epistêmicas em apoio aos resultados doxásticos diferenciais quando nossos amigos estão envolvidos é, na melhor das hipóteses, frágil, já que envolve o que eu vejo como um movimento não autorizado de nosso desejo de preservar uma amizade para uma reação doxástica diferencial quando alguém testemunha negativamente sobre nossos amigos. Em segundo lugar, defenderei também que não devemos aceitar a prescrição da PE tão rapidamente. Argumentarei que, ao avaliar injustamente as credenciais epistêmicas de nossos amigos – algo que parece estar acontecendo em alguns casos de parcialidade epistêmica, podemos estar contribuindo para degradar as condições de trocas epistêmicas justas em uma comunidade. Se esse for o caso, teremos uma razão pragmática para rejeitar a PE. Na primeira seção do artigo, apresentarei a tese da parcialidade epistêmica na amizade, focalizando principalmente na forma como Stroud a articula. Depois disso, na seção II, tratarei da rejeição da PE por Goldberg e apresentarei uma crítica à sua posição. Na terceira e última seção, defenderei o que vejo como uma preocupação importante se aceitarmos a PE e oferecerei uma razão pragmática para questioná-la. (shrink)

OBJETIVO -/- O estudante de Zootecnia e de Veterinária, quando se depara com a produção animal, um dos pilares importantes é a reprodução, uma vez que é a perpetuação da espécie, seja para gerar filhas de uma vaca campeã em produção leiteira e de um touro com rusticidade e com aptidão produtiva de corte, ou mesmo para reposição de um plantel, o mesmo deve estar consciente de que esse ramo é de extrema responsabilidade, já que estará intimamente lidando com a (...) vida e com um investimento que pode gerar lucros em demasia para a propriedade ou, se mal feito o manejo da reprodução, trazer sérios transtornos para a mesma. -/- Nesse trabalho, o estudante revisará os sucessos da puberdade e estacionalidade reprodutiva relacionando-os com os processos endócrinos e os fatores que afetam sua manifestação como os nutricionais, para compreender a maneira ao qual podem ser manipuladas. -/- -/- • _____INTRODUÇÃO -/- A puberdade marca o início da vida reprodutiva do animal, permitindo integrar o indivíduo ao seu ciclo produtivo. A estacionalidade é uma característica de adaptação que algumas espécies desenvolveram para fazer garantir a eficiência da reprodução e a sobrevivência dos filhotes. -/- -/- • _____PUBERDADE -/- A puberdade é atingida quando o animal é capaz de produzir e liberar gametas viáveis e funcionais (férteis). Na fêmea esse fato ocorre na primeira ovulação, que geralmente coincide com a manifestação do comportamento do cio; e nos machos durante a primeira ejaculação com espermatozoides viáveis. -/- Do ponto de vista da produção animal, puberdade prematura ou precoce, é importante para poder permitir a incorporação dos animais ao ciclo produtivo o mais rapidamente possível. No caso de touros holandeses, por exemplo, é desejável que produzam sêmen precocemente para incorporá-los a prova de progênie; nas fêmeas, entretanto, deve-se considerar que nem sempre é conveniente usar o primeiro ciclo ou cio para reprodução. É o caso das marrãs (porcas primíparas), onde é benéfico esperar até o segundo ou terceiro estro para aumentar o tamanho da ninhada. Também pode ser vantajoso esperar que o indivíduo alcance sua maturidade sexual, que ocorre quando a fêmea consegue se reproduzir sem sofrer efeitos adversos. A ovelha nascida na primavera, por exemplo, pode engravidar no outono seguinte e dar à luz no primeiro ano de vida, mas seu crescimento pode ser afetado; o mesmo ocorre com a novilha, em que o acasalamento precoce pode promover distorcia por falta de desenvolvimento pélvico. -/- A puberdade é um processo gradual e está intimamente relacionada à taxa de crescimento e ao metabolismo energético. O recém-nascido usa energia para funções vitais, principalmente termorregulação; esse feito se deve ao fato de os jovens possuírem uma superfície corporal muito elevada em relação ao seu volume. Durante o desenvolvi-mento subsequente dos tecidos também há prioridade no uso de nutrientes, que inicialmente favorecem o desenvolvimento do tecido ósseo e muscular, e uma vez que estes atingem determinado tamanho de acordo com as condições genéticas do indivíduo, inicia-se o desenvolvimento do tecido adiposo, que é indicativa de um reservatório de energia. É importante ressaltar que existe uma interação entre a genética e o meio ambiente, de forma que o potencial genético só será expresso se o meio ambiente for favorável. -/- Para que a ovulação ocorra, é necessário considerar o funcionamento do eixo hipotálamo-hipófise-gonodal. O aumento da frequência pulsátil do GnRH hipotalâmico e em consequência do LH hipofisário provoca a maturação do folículo em nível gonodal, o que aumenta a produção de estrógenos. O aumento dos estrogênios causa, por feedback positivo no hipotálamo, a liberação do pico pré-ovulatório de LH e, consequentemente, a ovulação. Na fase pré-púbere, a frequência dos pulsos de GnRH e LH é muito baixa e insuficiente para provocar a maturação folicular, pois o hipotálamo é inibido e, portanto, não ocorre ovulação. -/- A geração pulsátil de GnRH no momento reprodutivo adequado para desencadear o início da puberdade depende de uma rede neural complexa que, além dos neurônios GnRH, inclui outros neurônios e células da glia; ele também integra vários sinais internos e externos para o corpo. A morfologia dos neurônios GnRH também é única, uma vez que seus dendritos também podem funcionar como axônios, dando-lhes uma função distinta. A geração de pulsos também indica a necessidade de sincronização entre subpopulações de neurônios GnRH, que, acima de tudo, parece ser extrínseca a esses neurônios e envolve múltiplos hormônios e neurotransmissores -/- Se dois níveis de conexões aferentes são considerados, estima-se que cada neurônio de GnRH pode ser conectado a cerca de cinco milhões de outros neurônios; milhares de genes, então, podem estar envolvidos no processo da puberdade. A importância funcional e hierárquica de cada um desses genes no controle dos neurônios GnRH, juntamente com outros fatores neuronais e gliais, pode diferir entre as espécies. Existem, no entanto, componentes fundamentais que parecem ser comuns a todos os mamíferos e que se situam nos níveis hierárquicos mais elevados, ajudando a compreender a progressão do processo puberal. Assim, todas as espécies de mamíferos estudadas, por exemplo, têm aglomerados de neurônios kisspeptinérgicos (que secretam kisspeptina), envolvidos na regulação da secreção tônica e secreção cíclica de GnRH, que também se classifica como o elemento mais alto na hierarquia desse complexo neuronal após considerar os neurônios GnRH. -/- Sabe-se que o eixo hipotálamo-hipofisário-gonodal está ativo desde as primeiras fases da vida do indivíduo, mesmo antes do nascimento em certas espécies. A secreção de GnRH, no entanto, é suprimida mais tarde no desenvolvimento e permanece dessa forma até o período pré-púbere, quando será reativada gradualmente. -/- Por várias décadas, a supressão e reinicialização dos pulsos de GnRH foi atribuída a uma hipótese conhecida como teoria gonadostat que afirma que o centro tônico do hipotálamo é inibido devido à sua sensibilidade ao mecanismo de feedback negativo dos esteroides gonodais, é aumentado; portanto, o GnRH e a consequente secreção de gonadotrofinas (FSH e LH) são insuficientes para a ocorrência da maturação folicular e espermatogênese. Essa sensibilidade diminui progressivamente à medida que a puberdade se aproxima. -/- Sabe-se agora que existem fatores não gonodais que agem em paralelo com os esteroides para mediar mudanças no feedback negativo que também são específicos da espécie. -/- Na fêmea, o centro gerador de pulso cíclico também deve ser considerado, o qual é responsável por iniciar a primeira ovulação. O centro cíclico é composto por uma segunda subpopulação de neurônios GnRH que é reativada por meio de uma complexa interação entre vários sistemas neuronais inibitórios (que devem reduzir progressiva-mente sua influência) e outros sistemas excitatórios, que, por sua vez, operam por meio de diferentes neurotransmissores, como o ácido γ-amino-butírico (GABA) e seus receptores, glutamato, óxido nítrico e neuropeptídio Y (NPY). Esses fatores, juntamente com as alterações morfológicas observadas nos neurônios do GnRH à medida que a puberdade se aproxima, e com as interações e sinais aferentes das células gliais, levam a um padrão de progressão linear que culminará na reativação do centro cíclico. Esse processo era conhecido anteriormente como teoria da maturação central e faz parte das mudanças que configuram o processo para chegar à puberdade. A elevação nas concen-trações de estradiol subsequente à reativação gradual do centro gerador de pulso tônico GnRH provavelmente permitirá a maturação final do centro cíclico. -/- A forma como cada organismo estabelece o momento certo para iniciar as mudanças que levam à puberdade é conhecido; a existência de algum mecanismo neurobiológico que constitui um relógio interno pode ser considerada. No entanto, esse mecanismo afetaria principalmente o desenvolvimento neuronal no nível central; também seria difícil compará-lo com a maneira pela qual fatores externos ao indivíduo afetam o início da puberdade. Nessa perspectiva, um sistema que permita receber informações completas sobre o crescimento e desenvolvimento do indivíduo poderia ser mais prático. Os mediadores desse sistema incluem o hormônio do crescimento, IGF-I, leptina e outros substratos metabólicos. A leptina em particular, que sinaliza as reservas de tecido adiposo, é um dos elementos mais importantes e, embora não determine quando começa a puberdade, se atua como fator permissivo para que o processo progrida, uma vez que excede um nível limite. A consideração do estágio de desenvolvimento do animal para o início da puberdade era anteriormente conhecida como o peso corporal crítico ou teoria do lipostato. É importante considerar que as três teorias mencionadas não são exclusivas. -/- O mecanismo da puberdade nos machos é semelhante ao já descrito; entretanto, deve-se lembrar que no macho o centro cíclico não está ativo. À medida que a puberdade se aproxima, o crescimento testicular é desencadeado e, em ruminantes e suínos, o pênis que estava preso à mucosa prepucial é gradualmente liberado. -/- -/- • _____FATORES QUE INFLUENCIAM A PUBERDADE -/- Os animais podem manifestar a puberdade de três formas diferentes. Pode ser tardia e o animal demorar para estar apto a reprodução; precoce e o animal entrar na vida reprodutiva antes do esperado ou pode ser normal e o animal estar com boa conformação e idade. Para tanto, alguns fatores podem interferir à manifestação da puberdade pelos animais como a genética, idade e peso, nutrição, fotoperíodo e o próprio manejo adotado. -/- -/- Genética -/- O genótipo afeta a idade da puberdade, pois algumas raças são anteriores a outras. Nos bovinos, as raças europeias atingem a puberdade antes dos zebuínos, isto é, uma novilha ou novilho da raça holandesa atinge a puberdade primeiro que os animais da mesma idade e do mesmo peso da raça nelore, por exemplo. -/- Da mesma forma, as porcas da raça chinesa Meishan atingem a puberdade por volta dos 115 dias de idade, metade da idade das raças brancas. As ovelhas de raças de corte, da mesma forma, são mais precoces que os produtores de lã. As raças pequenas, da mesma forma, são geralmente mais precoces, pelo menos em bovinos (jersey x guzerá) e em caninos. Os híbridos, por outro lado, apresentam puberdade mais precoce que os puros, devido ao efeito da heterose. Por este motivo, em certas espécies são utilizadas linhas híbridas. -/- -/- Idade e peso -/- A tabela 1 mostra a idade média de início da puberdade em espécies domésticas. O peso vivo (PV) adulto é mais relevante para a idade na puberdade nos ruminantes, enquanto em suínos é menos decisivo. A tabela também apresenta a porcentagem de peso corporal necessária para a puberdade ocorrer de forma natural. -/- -/- Tabela 1: Idade e peso a puberdade das espécies domésticas -/- Espécie -/- Fêmea (meses) -/- Macho (meses) -/- PV adulto (%) -/- Gado holandês -/- 11 (8-15) -/- 11 (7-18) -/- 30-40 -/- Gado brahman -/- 19 -/- 17 -/- 45-60 -/- Caprinos e ovinos -/- 7 (4-14) -/- 7 (6-9) -/- 40-60 -/- Suínos -/- 6 (5-7) -/- 7 (5-8) -/- 75 -/- Equinos -/- 18 (12-19) -/- 14 (10-24) -/- - -/- Caninos -/- 12 (6-24) -/- 9 (5-12) -/- - -/- Felinos -/- 8 (4-12) -/- 9 (8-10) -/- - -/- Fonte: VALENCIA, 2018. -/- Nutrição -/- Como a puberdade está relacionada à taxa de crescimento, os animais que recebem uma nutrição adequada e balanceada apresentarão puberdade em uma idade mais jovem, ou seja, mais precocemente; ao contrário, a puberdade será tardia nos animais que sofreram restrição alimentar, que estão desnutridos ou que tiveram seu crescimento afetado por doenças infecciosas ou parasitárias. A superalimentação também não é recomendada, pois pode alterar tanto os sinais que são recebidos pelo hipotálamo quanto sua resposta a eles. -/- Logo, o manejo alimentar adotado deve estar de acordo com as normas estabeleci-das pelos especialistas na área, principalmente no tocante as exigências nutricionais que devem servir de regra na propriedade. Sendo assim, os animais entrarão em puberdade com as taxas de alta qualidade o que afetará positivamente na prole futura e dará retorno lucrativo ao proprietário. -/- -/- Época do ano (Fotoperíodo) -/- Em fêmeas de espécies sazonais, como ovelhas e cabras, existem certos requisitos de fotoperíodo que devem ser atendidos para que a puberdade ocorra. Nessas espécies, um período de exposição a dias longos é necessário, seguido por outro de exposição a dias curtos. Na verdade, os cordeiros e cabritos nascidos fora da estação, mesmo que tenham atingido o peso necessário, terão que esperar até o outono seguinte (a estação reprodutiva) para atingir a puberdade. Os machos, por outro lado, não estão sujeitos a essas limitações nos requisitos fotoperiódicos para apresentar a puberdade. -/- Em novilhas nascidas no outono, por outro lado, a puberdade ocorre antes de um ano de idade, no verão seguinte ou no início do outono, mais cedo do que nas nascidas na primavera, devido à exposição a longos dias durante os primeiros seis meses do ano após seu nascimento aceleram seu crescimento. Em gatos, o aumento do fotoperíodo também acelera o início da puberdade. -/- Em ovelhas e novilhas, a primeira ovulação que ocorre ao entrar na puberdade é silenciosa; ou seja, não é acompanhada de sinais comportamentais de cio como a micção frequente, inchamento da vulva, uma montando a outra e deixando-se montar etc., pois para que esse comportamento se manifeste, o sistema nervoso necessita de uma pré-sensibilização com progesterona que não estará presente até o próximo ciclo, após o desenvolvimento do corpo lúteo vindo desta primeira ovulação. -/- -/- Sociossexual -/- A interação de indivíduos da mesma espécie ou a presença ou ausência de sinais de bioestimulação, como feromônios, pode afetar o período de puberdade. A puberdade, por exemplo, é atrasada em porcas criadas individualmente em comparação com porcas criadas em grupo. Além disso, na porca, ovelha e cabra, a exposição ao macho estimula as fêmeas e a puberdade aparece mais precocemente. -/- -/- Manejo -/- Certas práticas de manejo podem acelerar a puberdade, especialmente no período pré-púbere. Em porcas próximas à puberdade, por exemplo, o estresse causado por procedimentos, como o transporte de um local para outro ou a exposição ao macho, faz com que apareça o estro em torno de sete dias após a realização do manejo mencionado. -/- -/- • _____ESTACIONALIDADE REPRODUTIVA -/- A estacionalidade ou sazonalidade reprodutiva é uma estratégia evolutiva que se desenvolveu em algumas espécies; tende a tornar a reprodução mais eficiente. Nos países de latitudes distantes do equador, o objetivo é que as crias nasçam na primavera, época do ano mais favorável, graças à abundância de alimentos e às amenas condições climáticas. No caso da ovelha, cuja gestação dura cinco meses, para que os partos ocorram na primavera, ela deve engravidar no outono (figura 1), quando os dias são curtos; enquanto a égua, tendo uma gestação de aproximadamente 11 meses, deve conceber na primavera, quando os dias são longos; assim, o parto ocorrerá na primavera do ano seguinte (figura 2). -/- -/- Figura 1: Esquema ilustrativo da estacionalidade reprodutiva na espécie ovina. Fonte: PIRES et al., 2011. -/- -/- Esta característica evolutiva desenvolvida pela seleção natural na maioria das espécies silvestres e ainda é conservado por algumas espécies domésticas, como ovelhas, cabras, cavalos e gatos. Em bovinos e suínos, ao contrário, a domesticação levou à perda quase total da estacionalidade reprodutiva. -/- A estacionalidade reprodutiva é codificada nos genes; significa então que a seleção natural favoreceu a propagação de genes que permitiam acoplar a hora do nascimento com a melhor época do ano, por isso passou a ser considerada um método anticoncepcional natural. -/- -/- Figura 2: ciclo reprodutivo anual em espécies estacionais; onde são apresentados os períodos de gestação e a forma como se agrupam os nascimentos, independentemente da época reprodutiva da espécie, em vermelho as fêmeas estão apresentando estro ou cio. Fonte: VALENCIA, 2018. -/- -/- Fotoperíodo -/- Para sincronizar o período fértil com a época mais favorável do ano, a maioria das espécies sazonais usa o fotoperíodo (quantidade de luz diária ao longo do ano). -/- Este sinal ambiental é seguro, confiável e se repete a cada ano. Ovinos e caprinos se reproduzem na época do ano em que os dias são curtos e os equinos quando são longos. O grau de sazonalidade depende da origem da raça. As raças nativas de países localizados em latitudes elevadas (> 50°,ovelhas: soay, blackface, suffolk; cabras: saanen, alpino francês, toggenburg; equinos: puro-sangue, hanoveriano) terão uma estacionalidade mais acentuada do que as latitudes menores ou mediterrâneas (ovelhas: merino; cabras: murciana granadina; equinos: quarto de milha). Também existem raças de latitudes próximas ao Equador cuja estacionalidade é baixa ou nula (ovelhas: raças de pelo, crioulas; cabras: raças africanas e asiáticas) (tabela 2). -/- Para a maioria das raças de ovinos e caprinos, a estação reprodutiva começa no final do verão e início do outono; caracteriza-se pela apresentação de ciclos estrais sucessivos, e termina no final do inverno, quando se inicia o anestro, que se caracteriza pela ausência de ovulação. Nos equinos, ocorre o contrário, uma vez que a estação reprodutiva ocorre na primavera e no verão. -/- -/- Tabela 2: Relação entre a origem da raça e o grau de estacionalidade ou sazonalidade -/- Espécie -/- Alta -/- Média -/- Baixa -/- Ovinos -/- Suffolk, raças britânicas de lã e corte -/- Merino -/- Pelibuey, crioulas -/- Caprinos -/- Saanen, alpino, toggenburg -/- Murciana granadina -/- Crioula -/- Equinos -/- Puro-sangue, hanoveriano, quarto de milha -/- - -/- Crioula, burros -/- Fonte: VALENCIA, 2018. -/- -/- Mecanismo neuroendócrino da estacionalidade -/- Durante o período de anestro, o fotoperíodo exerce efeito inibitório sobre o centro tônico do GnRH no hipotálamo, diminuindo a frequência de pulso. Consequentemente, a pulsatilidade do LH também diminui, que agora é incapaz de induzir a maturação folicular, o aumento dos estrogênios, o pico pré-ovulatório de LH e, portanto, a ovulação. -/- Isso ocorre porque durante o anestro a sensibilidade do hipotálamo ao mecanismo de feedback negativo dos estrogênios e de outros fatores de origem não gonodal é aumentada. Ao aproximar-se da estação reprodutiva, a sensibilidade hipotalâmica diminui e o aumento da pulsatilidade do GnRH causa as mudanças que culminam na ovulação. Portanto, o mecanismo endócrino do anestro estacional é semelhante ao do anestro pré-púbere e de alguns outros tipos de anestro. -/- A estacionalidade é um bom exemplo da interação entre o meio ambiente e o sistema neuroendócrino, pois o organismo é capaz de traduzir um sinal externo ambiental, como o fotoperíodo, em um sinal hormonal interno, que neste caso é a melatonina. -/- A glândula pineal secreta melatonina durante as horas de escuridão. Os animais sazonais apresentam um ritmo reprodutivo endógeno, que é regulado por janelas de fotossensibilidade, determinadas por mudanças na duração do dia. O sinal luminoso é captado pela retina e conduzido, via nervo, pelo trato retino-hipotalâmico até o núcleo supraquiasmático, que funciona como o relógio biológico do corpo. Daí o sinal viaja para o núcleo para-ventricular, depois para o gânglio cervical e, finalmente, para a glândula pineal, que responde secretando melatonina (figura 3). -/- Nas ovelhas, a estação reprodutiva começa quando a duração do dia diminui e, naturalmente, a noite aumenta; na égua, ocorre quando os dias se alongam. -/- A primavera não é necessariamente a melhor época do ano em todas as regiões do globo. Nas latitudes tropicais, a primavera coincide com a seca e não com a abundância de forragem, aspecto a ser levado em consideração ao programar a reprodução. -/- Outro ponto importante a considerar é que as raças europeias sazonais mantêm sua estacionalidade no Brasil. -/- -/- Figura 3: Mecanismo do fotoperíodo em ovinos e a melatonina. Fonte: HAFEZ, 2004. -/- -/- Estacionalidade no macho -/- O macho é menos afetado que a fêmea pelas mudanças típicas de cada época do ano, já que sua função reprodutiva não é necessariamente interrompida durante o anestro ou repouso sexual, embora a produção de hormônios reprodutivos, tamanho e tônus testicular, a libido, as características qualitativas e quantitativas do ejaculado e a fertilidade do esperma podem ser diminuídas. O nível de afetação depende do grau de sazonalidade da raça e da latitude. Por fim, os efeitos do fotoperíodo devem ser separados dos nutricionais, que também variam com a época do ano. -/- -/- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -/- -/- BEARDEN, Henry Joe et al. Reproducción animal aplicada. México: Manual Moderno, 1982. -/- BROOKS, P. H.; COLE, D. J. A. The effect of the presence of a boar on the attainment of puberty in gilts. Reproduction, v. 23, n. 3, p. 435-440, 1970. -/- CARDOSO, Daniel; DE PAULA NOGUEIRA, Guilherme. Mecanismos neuroendócrinos envolvidos na puberdade de novilhas. Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia da Unipar, v. 10, n. 1, 2007. -/- CHEMINEAU, P. et al. Induction and persistence of pituitary and ovarian activity in the out-of-season lactating dairy goat after a treatment combining a skeleton photoperiod, melatonin and the male effect. Reproduction, v. 78, n. 2, p. 497-504, 1986. -/- CLARKE, Iain J. et al. Kisspeptin and seasonality in sheep. Peptides, v. 30, n. 1, p. 154-163, 2009. -/- CORTEEL, J. M. 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Blackwell Science Ltd, 1998. -/- -/- -/- FIXAÇÃO DO ASSUNTO -/- -/- 1. Defina o que é puberdade e como ela manifesta-se no corpo. -/- -/- -/- 2. Diferencie puberdade de maturidade sexual. -/- -/- -/- 3. Quais são os fenômenos que devem ser observados em fêmeas que estão entrando na puberdade? -/- -/- -/- 4. Qual o papel do GnRH e do IGF-I sobre a puberdade? -/- 5. Um produtor possui duas ovelhas e um carneiro reprodutor, as ovelhas possuem idade e peso, mas não manifestaram seu primeiro cio, quais elementos que você recomenda ao produtor para induzir a ciclicidade dessas fêmeas? -/- -/- -/- 6. De forma geral, quais os fatores que podem afetar a entrada na puberdade dos animais? -/- -/- -/- 7. Defina estacionalidade reprodutiva. -/- -/- -/- 8. O que é fotoperíodo e qual sua importância para a reprodução dos animais domésticos? -/- -/- -/- 9. Defina as relações existentes entre a origem da raça e o grau de estacionalidade e como tais teorias se aplicam ao rebanho brasileiro. -/- -/- -/- 10. Qual o papel da glândula pineal para a estacionalidade reprodutiva? -/- -/- -/- 11. Por que os machos são menos afetados pela sazonalidade reprodutiva do que as fêmeas? -/- -/- -/- 12. Sabendo-se sobre os termos de puberdade e estacionalidade e as características de ambos nas espécies domésticas, pede-se: um criador deseja obter 5 novas crias ovinas e 5 caprinas em seu plantel até o final do ano, para tanto ele ainda possui um ano e está na estação do verão, sabendo-se sobre a estacionalidade dessas espécies elabore um projeto reprodutivo de modo que essas 10 fêmeas possam gerar uma cria cada até a primavera. -/- -/- Dados: 10 fêmeas gerando 10 crias. 1 macho ovino e 1 caprino. Fêmeas com 1 ano de idade (2º cio) e peso corporal = 55% do peso adulto. Verão de 2020 para parir na primavera de 2020. (shrink)

On September 26th, 2023, the National Institute on Minority Health and Health Disparities (NIMHD) officially designated disabled people as a health disparity population, marking the most significant event for disabled people's health as it relates to the NIH. In this paper, I discuss the larger socio-political context as well as the clinical import of this historic decision.

Katzav and Vaesen have argued that control by analytic philosophers of key journals, philosophy departments and at least one funding body plays a substantial role in explaining the emergence of analytic philosophy into dominance in the Anglophone world and the corresponding decline of speculative philosophy. They also argued that this use of control suggests a characterisation of analytic philosophy as, at the institutional level, a sectarian form of critical philosophy. I test these hypotheses against data about philosophy job hires at (...) key philosophy departments in the USA during the period 1930-1979, and against data about PhD completions during the period 1956-1965. I argue, further, that Katzav and Vaesen’s hypotheses can fully explain the data and are more fully able to do so than are some other key accounts of the emergence of analytic philosophy in the USA. (shrink)

In “The Child’s Relations with Others,” Merleau-Ponty argues that certain early experiences are jointly owned in that they are numerically single experiences that are nevertheless given to more than one subject (e.g., the infant and caregiver). Call this the “joint ownership thesis” (JT). Drawing upon both Merleau-Ponty’s phenomenological analysis, as well as studies of exogenous attention and mutual affect regulation in developmental psychology, I motivate the plausibility of JT. I argue that the phenomenological structure of some early infant–caregiver dyadic exchanges (...) is best described as involving joint subjects. From birth, some experiences are constitutively social in that certain phenomenal states, such as the positive emotions that arise within these early exchanges, are jointly owned. Along the way, I consider a possible objection. I conclude by considering the explanatory significance of adopting JT. (shrink)

The problem of other minds has a distinguished philosophical history stretching back more than two hundred years. Taken at face value, it is an epistemological question: it concerns how we can have knowledge of, or at least justified belief in, the existence of minds other than our own. In recent decades, philosophers, psychologists, neuroscientists, anthropologists and primatologists have debated a related question: how we actually go about attributing mental states to others (regardless of whether we ever achieve knowledge or rational (...) justification in this domain). Until the mid-nineties, the latter debate – which sometimes goes under the name of the “mindreading” debate – was characterized by a fairly clear-cut opposition between two theoretical outlooks: “theory-theory” (TT) and “simulation theory” (ST). Theory-theorists typically argued that we attribute mental states to others on the basis of a “theory of mind” that is either constructed in early infancy and subsequently revised and modified (Gopnik 1996), or else is the result of maturation of innate mindreading “modules” (Baron-Cohen 1995). (shrink)

The extended mind thesis (EM) asserts that some cognitive processes are (partially) composed of actions consisting of the manipulation and exploitation of environmental structures. Might some processes at the root of social cognition have a similarly extended structure? In this paper, I argue that social cognition is fundamentally an interactive form of space management—the negotiation and management of ‘‘we-space”—and that some of the expressive actions involved in the negotiation and management of we-space (gesture, touch, facial and whole-body expressions) drive basic (...) processes of interpersonal understanding and thus do genuine social-cognitive work. Social interaction is a kind of extended social cognition, driven and at least partially constituted by environmental (non-neural) scaffolding. Challenging the Theory of Mind paradigm, I draw upon research from gesture studies, developmental psychology, and work on Moebius Syndrome to support this thesis. (shrink)

I defend a perceptual account of face-to-face mindreading. I begin by proposing a phenomenological constraint on our visual awareness of others' emotional expressions. I argue that to meet this constraint we require a distinction between the basic and non-basic ways people, and other things, look. I offer and defend just such an account.

Philosophical work exploring the relation between cognition and the Internet is now an active area of research. Some adopt an externalist framework, arguing that the Internet should be seen as environmental scaffolding that drives and shapes cognition. However, despite growing interest in this topic, little attention has been paid to how the Internet influences our affective life — our moods, emotions, and our ability to regulate these and other feeling states. We argue that the Internet scaffolds not only cognition but (...) also affect. Using various case studies, we consider some ways that we are increasingly dependent on our Internet-enabled “techno-social niches” to regulate the contours of our own affective life and participate in the affective lives of others. We argue further that, unlike many of the other environmental resources we use to regulate affect, the Internet has distinct properties that introduce new dimensions of complexity to these regulative processes. First, it is radically social in a way many of these other resources are not. Second, it is a radically distributed and decentralized resource; no one individual or agent is responsible for the Internet’s content or its affective impact on users. Accordingly, while the Internet can profoundly augment and enrich our affective life and deepen our connection with others, there is also a distinctive kind of affective precarity built into our online endeavors as well. (shrink)

Grief is, and has always been, technologically supported. From memorials and shrines to photos and saved voicemail messages, we engage with the dead through the technologies available to us. As our technologies evolve, so does how we grieve. In this paper, we consider the role chatbots might play in our grieving practices. Influenced by recent phenomenological work, we begin by thinking about the character of grief. Next, we consider work on developing “continuing bonds” with the dead. We argue that for (...) some, chatbots may play an important role in establishing these continuing bonds by helping us develop what we term “habits of intimacy”. We then turn to the “ick factor” some may feel about this prospect, focusing especially on ethical concerns raised by Patrick Stokes and Adam Buben about the risk of replacing our dead with chatbots. We argue that replacement worries are not as pressing as Stokes and Buben suggest. We resist these replacement worries by appealing to the “thin reciprocity”, as we refer to it, that such bots offer, as well as the fictionalist stance that we think users of the bots adopt when engaging with them. We conclude by briefly raising some additional concerns and highlighting future research questions. (shrink)

A family of recent externalist approaches in philosophy of mind argues that our psychological capacities are synchronically and diachronically “scaffolded” by external resources. I consider how these “scaffolded” approaches might inform debates in phenomenological psychopathology. I first introduce the idea of “affective scaffolding” and make some taxonomic distinctions. Next, I use schizophrenia as a case study to argue—along with others in phenomenological psychopathology—that schizophrenia is fundamentally a self-disturbance. However, I offer a subtle reconfiguration of these approaches. I argue that schizophrenia (...) is not simply a disruption of ipseity or minimal self-consciousness but rather a disruption of the scaffolded self, established and regulated via its ongoing engagement with the world and others. I conclude by considering how this scaffolded framework indicates the need to consider new forms of intervention and treatment. (shrink)

The theoretical foundations of climate science have received little attention from philosophers thus far, despite a number of outstanding issues. We provide a brief, non-technical overview of several of these issues – related to theorizing about climates, climate change, internal variability and more – and attempt to make preliminary progress in addressing some of them. In doing so, we hope to open a new thread of discussion in the emerging area of philosophy of climate science, focused on theoretical foundations.

Self-disorders in depression and schizophrenia have been the focus of much recent work in phenomenological psychopathology. But little has been said about the role the material environment plays in shaping the affective character of these disorders. In this paper, we argue that enjoying reliable (i.e., trustworthy) access to the things and spaces around us — the constituents of our material environment — is crucial for our ability to stabilize and regulate our affective life on a day-today basis. These things and (...) spaces often play an ineliminable role in shaping what we feel and how we feel it; when we interact with them, they contribute ongoing feedback that " scaffolds " the character and temporal development of our affective experiences. However, in some psychopathological conditions, the ability to access to these things and spaces becomes disturbed. Individuals not only lose certain forms of access to the practical significance of the built environment but also to its ​ regulative​ significance, too — and the stability and organization of their affective life is compromised. In developing this view, we discuss core concepts like " affordance spaces " , " scaffolding " , and " incorporation ". We apply these concepts to two case studies, severe depression and schizophrenia, and we show why these cases support our main claim. We conclude by briefly considering implications of this view for developing intervention and treatment strategies. (shrink)

Much recent work on empathy in philosophy of mind and cognitive science has been guided by the assumption that minds are composed of intracranial phenomena, perceptually inaccessible and thus unobservable to everyone but their owners. I challenge this claim. I defend the view that at least some mental states and processes—or at least some parts of some mental states and processes—are at times visible, capable of being directly perceived by others. I further argue that, despite its initial implausibility, this view (...) receives robust support from several strands of empirical research. (shrink)

This paper is an exploration of how we do things with music—that is, the way that we use music as an esthetic technology to enact micro-practices of emotion regulation, communicative expression, identity construction, and interpersonal coordination that drive core aspects of our emotional and social existence. The main thesis is: from birth, music is directly perceived as an affordance-laden structure. Music, I argue, affords a sonic world, an exploratory space or nested acoustic environment that further affords possibilities for, among other (...) things, (1) emotion regulation and (2) social coordination. When we do things with music, we are engaged in the work of creating and cultivating the self, as well as creating and cultivating a shared world that we inhabit with others. I develop this thesis by first introducing the notion of a musical affordance . Next, I look at how emotional affordances in music are exploited to construct and regulate emotions. I summon empirical research on neonate music therapy to argue that this is something we emerge from the womb knowing how to do. I then look at social affordances in music, arguing that joint attention to social affordances in music alters how music is both perceived and appropriated by joint attenders within social listening contexts. In support, I describe the experience of listening to and engaging with music in a live concert setting. Thinking of music as an affordance-laden structure thus reaffirms the crucial role that music plays in constructing and regulating emotional and social experiences in everyday life. (shrink)

Until recently, philosophers and psychologists conceived of emotions as brain- and body-bound affairs. But researchers have started to challenge this internalist and individualist orthodoxy. A rapidly growing body of work suggests that some emotions incorporate external resources and thus extend beyond the neurophysiological confines of organisms; some even argue that emotions can be socially extended and shared by multiple agents. Call this the extended emotions thesis. In this article, we consider different ways of understanding ExE in philosophy, psychology, and the (...) cognitive sciences. First, we outline the background of the debate and discuss different argumentative strategies for ExE. In particular, we distinguish ExE from cognate but more moderate claims about the embodied and situated nature of cognition and emotion. We then dwell upon two dimensions of ExE: emotions extended by material culture and by the social factors. We conclude by defending ExE against some objections and point to desiderata for future research. (shrink)

I develop Tetsurō Watsuji’s relational model of the self as “betweenness”. I argue that Watsuji’s view receives support from two case studies: solitary confinement and dementia. Both clarify the constitutive interdependence between the self and the social and material contexts of “betweenness” that define its lifeworld. They do so by providing powerful examples of what happens when the support and regulative grounding of this lifeworld is restricted or taken away. I argue further that Watsuji’s view helps see the other side (...) of this deprivation, how reconstructing aspects of betweenness is, at the same time, a reconstruction of the self. I conclude by briefly indicating further consequences of this view. (shrink)

I argue for an enactive account of musical experience — that is, the experience of listening ‘deeply’(i.e., sensitively and understandingly) to a piece of music. The guiding question is: what do we do when we listen ‘deeply’to music? I argue that these music listening episodes are, in fact, doings. They are instances of active perceiving, robust sensorimotor engagements with and manipulations of sonic structures within musical pieces. Music is thus experiential art, and in Nietzsche’s words, ‘we listen to music with (...) our muscles’. This paper attempts to explicate and defend this claim. First, I discuss enactive approaches to consciousness and cognition generally. Next, I apply an enactive model of perceptual consciousness to the experience of listening to music. To clarify what is at stake, I use Peter Kivy’s ‘enhanced formalism’ as a philosophical foil. I then look at how the animate body shapes musical experience. (shrink)

I use critical phenomenological resources in Tetsurō Watsuji and Sarah Ahmed to explore the spatial origin of some social impairments in Autistic Spectrum Disorder (ASD). I argue that a critical phenomenological perspective puts pressure on the idea that social impairments in ASD are exclusively (or even primarily) neurocognitive deficits that can be addressed by focusing on cognitive factors internal to the autistic person — for example, training them to adopt a more neurotypical approach to social cognition. Instead, I argue that (...) the structure and character of some neurotypical spaces may play a regulative role in shaping aspects of at least some of the social impairments autistic people exhibit when they inhabit these spaces. I also briefly consider some possible therapeutic applications of this critical phenomenological approach. (shrink)

Although enactive approaches to cognition vary in terms of their character and scope, all endorse several core claims. The first is that cognition is tied to action. The second is that cognition is composed of more than just in-the-head processes; cognitive activities are externalized via features of our embodiment and in our ecological dealings with the people and things around us. I appeal to these two enactive claims to consider a view called “direct social perception” : the idea that we (...) can sometimes perceive features of other minds directly in the character of their embodiment and environmental interactions. I argue that if DSP is true, we can probably also perceive certain features of mental disorders as well. I draw upon the developmental psychologist Daniel Stern’s notion of “forms of vitality”—largely overlooked in these debates—to develop this idea, and I use autism as a case study. I argue further that an enactive approach to DSP can clarify some ways we play a regulative role in shaping the temporal and phenomenal character of the disorder in question, and it may therefore have practical significance for both the clinical and therapeutic encounter. (shrink)

Ethical extensionism is a common argument pattern in environmental and animal ethics, which takes a morally valuable trait already recognized in us and argues that we should recognize that value in other entities such as nonhuman animals. I exposit ethical extensionism’s core argument, argue for its validity and soundness, and trace its history to 18th century progressivist calls to expand the moral community and legal franchise. However, ethical extensionism has its critics. The bulk of the paper responds to recent criticisms, (...) including (1) environmental ethicists’ objection against its austere conception of moral value (2), feminist ethicists’ claim that extensionism fails to account for the moral significance of difference, (3) disability theorists’ concern that ethical extensionist arguments are offensive, and (4) animal rights theorists’ lament that extensionism is a practical failure. While something is to be gained from each criticism, I argue that they ultimately fail and that extensionism remains compelling. (shrink)

I believe that the sort of disagreements we encounter in philosophy—disagreements that often take the form that I have elsewhere called system- atic peer disagreements—make it unreasonable to think that there is any knowledge, or even justified belief, when the disagreements themselves are systematic. I readily acknowledge that this skeptical view is quite controversial; I suspect many are unconvinced. However, I will not be defending it here. Rather, I will be exploring a worry, or set of worries, that arise on (...) the assumption that this view is correct. For if it is unreasonable to think that there is justified belief in contexts of systematic philosophical disagreements, by what right do we continue to advance philosophical claims in such contexts? Indeed, by what right do we believe the philosophical claims we advance? And if we don’t believe them, why do we advance them in the first place? An inability to respond to these worries would leave us with the dis- tinct impression that the practice or activity of philosophy is quite suspect: what sort of practice or activity would have us believe unreasonably, assert unwarrantedly, and perhaps exhibit insincerity to boot? (shrink)

This paper introduces the philosophy of Grace Andrus de Laguna in order to renew interest in it. I show that, in the 1910s and 1920s, she develops ideas and arguments that are also found playing key roles in the development of analytic philosophy decades later. Further, I describe her sympathetic, but acute, criticism of pragmatism and Heideggerian ontology, and situate her work in the tradition of American, speculative philosophy. Before 1920, we will see, de Laguna appeals to multiple realizability to (...) undermine reductionism in science, to support perspectival, scientific realism and, with help from a private language argument, to favour the view that mental states are classified by behavioural, teleological roles over what came to be called ‘type physicalism’. Her view of speech, mostly developed in the 1920s, tells us that its primary role is coordinating group behaviour rather than expressing thoughts. Belief is understood in terms of its causal role, including its causal relations to other kinds of mental states, when coordinating group behaviour. Thought is similarly understood. In developing her theory of mind, de Laguna rejects the pragmatist claims that belief can be reduced to dispositions to behaviour and that thought’s function is to address specific, rather than general, problems. She also favours meaning holism and rejects the analytic–synthetic distinction. In later work, de Laguna argues that individuals’ activity of self-maintenance brings universals, conceived of as irreducible potentialities, into being and makes them increasingly determinate. Further, she identifies the existence of all individuals with forms of self-maintenance and takes the existence of people to include maintenance of the cultural world. Such a unified treatment of existence, she holds, permits making its evolution intelligible. Heidegger’s view of being is rejected for not permitting this. All de Laguna’s work, we will see, fits a vision of philosophy as the systematic, imaginative and naturalistic examination of being as well as a source of criticism of science. (shrink)

Affordances are action-possibilities, ways of relating to and acting on things in our world. They help us understand how these things mean what they do and how we have bodily access to our world more generally. But what happens when this access is ruptured or impeded? I consider this question in the context of psychopathology and reports that describe this experience. I argue that thinking about the bodily consequences of losing access to everyday affordances can help us better understand these (...) reports. An affordance-based approach to psychopathology can illuminate some of the causes, as well as the experiential character and consequences, of affective disorders and diminished spatial agency in self-world disturbances. It also highlights some under-explored ethical and political dimensions of these issues that need further attention. (shrink)

I offer an account of the ontology of emotions and their expressions, drawing some morals for the view that we can perceive others' emotions in virtue of seeing their expressions.

For 4E cognitive science, minds are embodied, embedded, enacted, and extended. Proponents observe that we regularly ‘offload’ our thinking onto body and world: we use gestures and calculators to augment mathematical reasoning, and smartphones and search engines as memory aids. I argue that music is a beyond-the-head resource that affords offloading. Via this offloading, music scaffolds access to new forms of thought, experience, and behaviour. I focus on music’s capacity to scaffold emotional consciousness, including the self-regulative processes constitutive of emotional (...) consciousness. In developing this idea, I consider the ‘material’ and ‘worldmaking’ character music, and I apply these considerations to two case studies: music as a tool for religious worship, and music as a weapon for torture. (shrink)

Loneliness is a near-universal experience. It is particularly common for individuals with (so-called) psychopathological conditions or disorders. In this paper, we explore the experiential character of loneliness, with a specific emphasis on how social goods are experienced as absent in ways that involve a diminished sense of agency and recognition. We explore the role and experience of loneliness in three case studies: depression, anorexia nervosa, and autism. We demonstrate that even though experiences of loneliness might be common to many psychopathologies, (...) these experiences nevertheless have distinctive profiles. Specifically, we suggest that: (i) loneliness is often a core characteristic of depressive experience; (ii) loneliness can drive, and even cement, disordered eating practices and anorectic identity in anorexia nervosa; iii) loneliness is neither a core characteristic of autism nor a driver but is rather commonly experienced as stemming from social worlds, environments, and norms that fail to accommodate autistic bodies and their distinctive forms of life. We aim to do justice to the pervasiveness of loneliness in many — if not all — psychopathologies, while also highlighting the need to attend to psychopathology-specific experiences of loneliness, agency, and (non-)recognition. (shrink)

There is growing philosophical interest in “affective injustice”: injustice faced by individuals specifically in their capacity as affective beings. Current debates tend to focus on affective injustice at the psychological level. In this paper, I argue that the built environment can be a vehicle for affective injustice — specifically, what Wildman et al. (2022) term “affective powerlessness”. I use resources from ecological psychology to develop this claim. I consider two cases where certain kinds of bodies are, either intentionally or unintentionally, (...) deprived of access to goods affording the development and maintenance of their subjective well-being: hostile architecture and masking practices in autism. This deprivation, I argue further, leads to a significant weakening and diminishment of their spatial agency, hinders their well-being, and in so doing gives rise to a pervasive experience of affective powerlessness. By drawing attention to these themes, I show that an ecological approach helpfully supplements existing approaches. It highlights how affective injustice can emerge via the way bodies are positioned in space, and the central role that built environments play in determining this positioning. (shrink)

I defend a model of the musically extended mind. I consider how acts of “musicking” grant access to novel emotional experiences otherwise inaccessible. First, I discuss the idea of “musical affordances” and specify both what musical affordances are and how they invite different forms of entrainment. Next, I argue that musical affordances – via soliciting different forms of entrainment – enhance the functionality of various endogenous, emotiongranting regulative processes, drawing novel experiences out of us with an expanded complexity and phenomenal (...) character. I argue that music therefore ought to be thought of as part of the vehicle needed to realize these emotional experiences. I appeal to different sources of empirical work to develop this idea. (shrink)

I outline an account of perceptual knowledge and assess the extent to which it can be employed in a defence of perceptual accounts of emotion and value recognition. I argue that considerations ruling out lucky knowledge give us some reason to doubt its prospects in the case of value recognition. I also discuss recent empirical work on cultural and contextual influences on emotional expression, arguing that a perceptual account of value recognition is consistent with current evidence.

For many years there has been a debate about the role of the parietal lobe in the generation of behavior. Does it generate movement plans (intention) or choose objects in the environment for further processing? To answer this, we focus on the lateral intraparietal area (LIP), an area that has been shown to play independent roles in target selection for saccades and the generation of visual attention. Based on results from a variety of tasks, we propose that LIP acts as (...) a priority map in which objects are represented by activity proportional to their behavioral priority. We present evidence to show that the priority map combines bottom-up inputs like a rapid visual response with an array of top-down signals like a saccade plan. The spatial location representing the peak of the map is used by the oculomotor system to target saccades and by the visual system to guide visual attention. (shrink)

Insofar as many older adults fit some definition of disability, disability studies and gerontology would seem to have common interests and goals. However, there has been little discussion between these fields. The aim of this paper is to open up the insights of disability studies as well as philosophy of disability to discussions in gerontology. In doing so, I hope to contribute to thinking about the good life in late life by more critically reflecting upon the meaning of the body, (...) ability, and the variability of each. My central argument is that we should conceptualize age‐associated bodily variations and abilities not in terms of individual capacity, but in terms of what I call “the extended body.” It is in light of the meaning of embodiment and ability in general that we must think differently and more capaciously about the meaning of late life in particular. (shrink)

I draw upon the conceptual resources of the extended mind thesis to analyze empathy and interpersonal understanding. Against the dominant mentalistic paradigm, I argue that empathy is fundamentally an extended bodily activity and that much of our social understanding happens outside of the head. First, I look at how the two dominant models of interpersonal understanding, theory theory and simulation theory, portray the cognitive link between folk psychology and empathy. Next, I challenge their internalist orthodoxy and offer an alternative "extended" (...) characterization of empathy. In support of this characterization, I analyze some narratives of individuals with Moebius syndrome, a kind of expressive deficit resulting from bilateral facial paralysis. I conclude by discussing how a Zen Buddhist ethics of responsiveness is helpful for articulating the practical significance of an extended, body-based account of empathy. (shrink)

An increasing number of scholars at the intersection of feminist philosophy and critical disability studies have turned to Merleau-Ponty to develop phenomenologies of disability or of what, following Rosemarie Garland-Thomson, I call "non-normate" embodiment. These studies buck the historical trend of philosophers employing disability as an example of deficiency or harm, a mere litmus test for normative theories, or an umbrella term for aphenotypical bodily variation. While a Merleau-Pontian-inspired phenomenology is a promising starting point for thinking about embodied experiences of (...) all sorts, I here draw a cautionary tale about how ableist assumptions can easily undermine accounts of non-normate experience. I first argue that the omission or misguided treatment of disability within the history of philosophy in general and the phenomenological tradition in particular is due to the inheritance of what I call “the ableist conflation” of disability with pain, suffering, and disadvantage. I then show that Merleau-Ponty’s famous reading of the blind man’s cane is problematic insofar as it omits the social dimensions of disabled experiences, misconstrues the radicality of blindness as a world-creating disability, and operates via an able-bodied simulation that confuses object annexation or extension with incorporation. In closing, I contend that if phenomenology is to overcome the errors of traditional philosophy, as Merleau-Ponty once hoped, it must heed the insights of “crip” or non-normate phenomenology, which takes the lived experience of disability as its point of departure. [French translation forthcoming in Pour une phénoménologie critique, ed. Donald A. Landes, Quebec City, Les Presses de l'Université Laval/Paris, J.Vrin]. (shrink)

Current approaches to formal representation in biomedicine are characterized by their focus on either the static or the dynamic aspects of biological reality. We here outline a theory that combines both perspectives and at the same time tackles the by no means trivial issue of their coherent integration. Our position is that a good ontology must be capable of accounting for reality both synchronically (as it exists at a time) and diachronically (as it unfolds through time), but that these are (...) two quite different tasks, whose simultaneous realization is by no means trivial. The paper is structured as follows. We begin by laying out the methodological and philosophical background of our approach. We then summarize the structure and elements of the Basic Formal Ontology on which it rests, in particular the SNAP ontology of objects and the SPAN ontology of processes. Finally, we apply the general framework to the specific domain of biomedicine. (shrink)

We argue that the notion of "mental institutions"-discussed in recent debates about extended cognition-can help better understand the origin and character of social impairments in autism, and also help illuminate the extent to which some mechanisms of autistic dysfunction extend across both internal and external factors (i.e., they do not just reside within an individual's head). After providing some conceptual background, we discuss the connection between mental institutions and embodied habits of mind. We then discuss the significance of our view (...) for understanding autistic habits of mind and consider why these embodied habits are sometimes a poor fit with neurotypical mental institutions. We conclude by considering how these insights highlight the two-way, extended nature of social impairments in autism, and how this extended picture might assist in constructing more inclusive mental institutions and intervention strategies. (shrink)

Grace A. de Laguna was an American philosopher of exceptional originality. Many of the arguments and positions she developed during the early decades of the twentieth century later came to be central to analytic philosophy. These arguments and positions included, even before 1930, a critique of the analytic-synthetic distinction, a private language argument, a critique of type physicalism, a functionalist theory of mind, a critique of scientific reductionism, a methodology of research programs in science and more. Nevertheless, de Laguna identified (...) herself as a defender of the speculative vision of philosophy, a vision which, in her words, “analytic philosophy condemns.” I outline her speculative vision of philosophy as well as what is, in effect, an argument she offers against analytic philosophy. This is an argument against the view that key parts of established opinion, e.g., our best theoretical physics or most certain common sense, should be assumed to be true in order to answer philosophical questions. I go on to bring out the implications of her argument for the approaches to philosophy of Bertrand Russell, Willard V. Quine and David Lewis, and I also compare the argument to recent, related arguments against analytic philosophy. I will suggest that de Laguna offers a viable critique of analytic philosophy and an alternative approach to philosophy that meets this critique. (shrink)

This paper contributes to explaining the rise of logical empiricism in mid-twentieth century (North) America and to a better understanding of American philosophy of science before the dominance of logical empiricism. We show that, contrary to a number of existing histories, philosophy of science was already a distinct subfield of philosophy, one with its own approaches and issues, even before logical empiricists arrived in America. It was a form of speculative philosophy with a concern for speculative metaphysics, normative issues relating (...) to science and society and issues which later were associated with logical empiricist philosophy of science, issues such as confirmation, scientific explanation, reductionism and laws of nature. Further, philosophy of science was not primarily pragmatist in orientation. We also show, with the help of our historical characterization, that a recent account of the emergence of analytic philosophy applies to the rise of logical empiricism. It has been argued that the emergence of American analytic philosophy is partly explained by analytic philosophers’ use of key institutions, including of journals, to marginalize speculative philosophy and promote analytic philosophy. We argue that this use of institutions included the marginalization of speculative and value-laden philosophy of science and the promotion of logical empiricism. (shrink)

In Meditations on First Philosophy, René Descartes argues that one cannot trust one’s senses since they are not a reliable source of obtaining knowledge of the world. One of Descartes’s main contentions to support such an argument is from his explanation of dreams, where one can feel one is awake but instead one is dreaming. Native Americans, however, may argue that the experiences one has in dreams are real and are a source of knowledge of the real world. Although Descartes (...) uses dreams to support his argument, some Native Americans have a different take on dreams. Dreams for Native Americans are a source of knowledge as well as a source for obtaining one’s identity. Gregory Cajete, in American Indian Thought, notes that “Dreams and Visions are a natural means for accessing knowledge and establishing relationship to the world. They are encouraged and facilitated.” In other words, it is through dreams that individuals are guided, destined, and informed. Therefore, dreams as understood by some Native Americans are an extension of reality that anticipate events that will happen or can happen. The focus of this paper is an exploration of the philosophical and religious epistemology pertaining to Native Americans as described in their accounts of dreams. (shrink)