Sobrepondo uma concepção crítica envolvendo os fundamentos do saber às ontologias dogmáticas que se impõem ao trabalho que implica a apreensão das questões filosóficas, o projeto kantiano propõe o fim da filosofia como construção metafísica e a necessidade de se lhe atribuir uma tarefa teórica de caráter essencialmente genealógico e crítico, no sentido que encerra a legitimação do conhecimento racional através da análise das faculdades que se lhe estão atreladas, conforme assinala o artigo, que se detém nos direitos da razão (...) cuja legitimidade a lógica da verdade reconhece e cuja ilegitimidade a lógica da aparência denuncia, convergindo para as fronteiras que encerram a possibilidade da construção do conhecimento científico, à medida que, tornando o entendimento o legislador universal da natureza e circunscrevendo a utilização das categorias aos limites da experiência possível, propõe as condições necessárias para fundá-lo sobre os juízos sintéticos a priori. (shrink)
Atribuindo à ironia a possibilidade de exercício e desenvolvimento da liberdade subjetiva, Kierkegaard sublinha a negatividade absoluta como característica do referido processo em Sócrates, convergindo para assinalar o absoluto e irredutível valor do indivíduo em um movimento que implica o início absoluto da vida pessoal entre criar-se e deixar-se criar. Dessa forma, contrapondo-se à dissolução da existência humana nas fronteiras da pura conceituação intelectual, Kierkegaard assinala a tensão inaplacável entre existência e transcendência em um movimento que implica a interioridade e (...) guarda correspondência com a necessidade de tornar-se subjetivo, tendo em vista a perspectiva que defende que a verdade consiste na transformação do sujeito em si mesmo entre a vertigem da liberdade e o paradoxo da fé em um processo que encerra angústia e desespero e converge para a transição do ético ao religioso. (shrink)
Detendo-se no pecado em Pelágio como possibilidade enquanto exercício da liberdade e responsabilidade individual, o artigo assinala a defesa da neutralidade envolvendo a criação do ser humano e a sua capacidade para o bem e o mal, sublinhando a liberdade da vontade e a sua absoluta indeterminação, o que atrela o pecado à escolha. Dessa forma, o texto mostra o pecado em Agostinho como fato e ato enquanto liberdade, responsabilidade e culpa pessoal, na medida em que o ser humano é (...) constituído enquanto tal em estado de santa inocência em um processo que atribui ao pecado a condição de um produto da escolha humana através do exercício de sua liberdade e plena consciência, convergindo para um acontecimento que, baseado na atitude de Adão, impõe a sua posteridade a condição de absoluta depravação e inescapável culpa. Assim, examinando o pecado como símbolo racional entre Pelágio e Agostinho segundo Paul Ricoeur, a pesquisa afirma a necessidade de um processo que seja capaz de desconstruir o conceito em função da emergência da intenção ortodoxa enquanto sentido reto e eclesial. (shrink)
Se a leitura da epistemologia clássica e a perspectiva dos adeptos do “empirismo lógico” assinalam que a ciência demanda a exclusão de tudo aquilo que não se impõe ao horizonte que envolve a dedutibilidade analítica e a verificabilidade, Karl Popper defende que mais do que saber quando e em que condição uma teoria dialoga com a verdade a relevância não acena senão para a demarcação entre ciência e não ciência, particularmente no tocante às fronteiras que abrangem a ciência que carrega (...) autenticidade [que emerge através da construção de Newton, submetida ao aperfeiçoamento e à correção de Einstein] e as ideologias [marxismo e psicanálise], tornando-se imprescindível a busca de uma resposta para a questão referente ao critério capaz de estabelecer o estatuto científico de um universo teórico ou de um enunciado. (shrink)
Baseado no pensamento teológico de Bultmann e na sua hermenêutica existencialista, o artigo se detém na justificação e na sua relação com a fé como evento escatológico enquanto obediência e decisão fundada no ato da graça de Deus segundo a teologia do Apóstolo Paulo. Dessa forma, o artigo assinala que, consistindo a justiça de Deus em uma possibilidade para os ouvintes da pregação diante do caráter absoluto do domínio exercido pelo poder do pecado em um processo que subjuga todos os (...) seres humanos à escravidão e implica a impossibilidade de justificação diante de Deus por intermédio das obras da Lei, a fé enquanto obediência e decisão constitui o evento escatológico em uma construção que a encerra como o novo caminho salvífico que, emergindo como a lei da fé, se contrapõe à lei das obras, convergindo para a justificação enquanto justiça de Deus. Assim, se a fé é uma concessão de Deus em um movimento que encerra a ideia de predestinação, tal caraterização não implica, contudo, uma operação que dispense o ser humano da responsabilidade do ato de decisão, mas consiste no fato de que a referida possibilidade mantém dependência absoluta da graça de Deus e, dessa forma, constitui um evento no qual a decisão não pode emergir senão como dádiva de Deus. (shrink)
Detendo-se no pecado em Pelágio como possibilidade enquanto exercício da liberdade e responsabilidade individual, o artigo assinala a defesa da neutralidade envolvendo a criação do ser humano e a sua capacidade para o bem e o mal, sublinhando a liberdade da vontade e a sua absoluta indeterminação, o que atrela o pecado à escolha. Dessa forma, o texto mostra o pecado em Agostinho como fato e ato enquanto liberdade, responsabilidade e culpa pessoal, na medida em que o ser humano é (...) constituído enquanto tal em estado de santa inocência em um processo que atribui ao pecado a condição de um produto da escolha humana através do exercício de sua liberdade e plena consciência, convergindo para um acontecimento que, baseado na atitude de Adão, impõe a sua posteridade a condição de absoluta depravação e inescapável culpa. Assim, examinando o pecado como símbolo racional entre Pelágio e Agostinho segundo Paul Ricoeur, a pesquisa afirma a necessidade de um processo que seja capaz de desconstruir o conceito em função da emergência da intenção ortodoxa enquanto sentido reto e eclesial. (shrink)
Se o sentido e a finalidade da razão como instrumento de conhecimento converge para a possibilidade de discernimento envolvendo o verdadeiro e o falso, o que se impõe ao seu exercício não é senão um método que consiste na aplicação de determinados preceitos destinados tanto ao entendimento como à vontade, cuja contradição caracteriza o fundamento metafísico do erro, segundo Descartes que, conforme assinala o referido artigo, recorre a uma dúvida que, na investigação dos fundamentos absolutos, encerra uma radicalidade que tende (...) a se deter nas fronteiras do próprio ato de duvidar, que implica na experiência do Cogito e traz a prova ontológica da existência de Deus como única condição capaz de assegurar a realidade do mundo. (shrink)
Detendo-se na questão do simbólico, que, precedendo e excedendo a razão, se impõe como fundamento da condição de uma existência que não tende a dialogar senão com a possibilidade, o artigo em questão investiga a sua emergência através das formas que se inter-relacionam na constitutividade da realidade (a saber, a linguagem, o mito, a religião), recorrendo à noção do sistema proposto pela leitura de Ernst Cassirer, que instaura um processo que do pertencimento à espécie animal à fala, do mythos ao (...) lógos, acena com a experiência da autoconstrução humana, convergindo para possibilitar, em suma, antes do que o conhecimento do Ser, a sua criação. (shrink)
Investigando a desigualdade da societé civile da sua época, Rousseau, se lhe contrapondo através do Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, não identifica a sua emergência senão em um pacto iníquo (ilegítimo), que se impõe em função da propriedade privada e da divisão do trabalho e instaura uma organização que converge para a alienação, caracterizando-se o Contrato Social como um pacto legítimo que guarda capacidade de assegurar a constituição de uma sociedade igualitária e uma (...) ordem política baseada no interesse comum, tendo em vista a perspectiva da liberdade como condição sine qua non do homem que, se no Estado de Natureza usufrui uma independência que possibilita a autodeterminação, no âmbito civil a sua existência social demanda o desafio da construção da autonomia, o que implica na inter-relação que, envolvendo liberdade e igualdade, consiste no direito de ser homem e perfaz a verdadeira democracia -/- . (shrink)
Detendo-se na investigação dos dois grandes modelos que caracterizam o pensamento político, a saber, o modelo clássico (grego ou aristotélico) e o modelo jusnaturalista (hobbesiano), o artigo em questão, distinguindo no âmbito daquele as teorias idealistas e realistas, empreende uma abordagem que nas fronteiras deste último sublinha desde a questão que envolve "Como nasceu o Estado?", proposta pela perspectiva historicista (paradigma aristotélico), que traz como fundamento o homem como "animal político", até a leitura racionalista (parãmetro hobbesiano), que acena com o (...) problema "Por que existe o Estado?", identificando o homem como um ser naturalmente anti-social, salientando que se o bem comum determina a visão platônico-aristotélica, a leitura hobbesiana instaura uma lógica que emerge através do contrato social e assinala a tendência natural da autopreservação como fundamento da ação humana, consistindo, em suma, na transição da ordem mecãnica da matéria à ordem final da vontade. (shrink)
Al correlacionar el aspecto histórico de la Escritura y su estatus como logos, Rudolf Bultmann introduce un procedimiento exegético-hermenéutico basado en la investigación histórico-crítica de la Escritura e impone, a su vez, la interpretación del logos como kerigma en un proceso que involucra las posibilidades de conocimiento presentes en un determinado contexto histórico-cultural y que conduce a la necesidad de corresponder a la cosmovisión de la época actual. Así, a partir del análisis crítico de Paul Ricoeur, el artículo se centra (...) en la desmitologización como distinción entre kerigma y mito en un movimiento que se solapa con el artificio mitológico y converge en el cuestionamiento de su significado original a través de un proceso que, al fin y al cabo, requiere su permanencia bajo el horizonte de la interpretación. El artículo señala que Ricoeur muestra que Bultmann prescinde de la reflexión que involucra al lenguaje lato sensu como objeto, superponiendo el lenguaje de la fe al lenguaje del mito en un movimiento que, aunque pretendiendo suplantar al sacrificium intellectus, finalmente converge hacia un construcción que tiende a exigir el sacrificium intellectus en las fronteras de la desmitologización y en el lenguaje de la fe que interviene en su proceso. (shrink)
O artigo em questão se detém nas implicações epistemológicas da revolução copernicana de Immanuel Kant, cuja perspectiva, emergindo das fronteiras que inter-relacionam o racionalismo de Leibniz, o empirismo de Hume e a ciência positiva físico-matemática de Newton, instaura o horizonte do idealismo transcendental, estabelecendo a correlação fundamental envolvendo o sujeito e o objeto do conhecimento.
Caracterizando a existência como um processo de escolha e decisão que converge para a constituição do sujeito como tal, Kierkegaard atribui à existência a condição de um projeto em uma construção que encerra três possibilidades existenciais fundamentais, a saber, o estético, o ético e o religioso. Dessa forma, o artigo assinala que, constituindo-se uma dimensão em cujo estádio a procura do sentido ou a busca do absoluto circunscreve-se à imanência, o modo existencial estético caracteriza-se como a fruição da subjetividade consigo (...) própria através do instante do prazer sensual em um movimento que implica a sedução como esforço de conquista de si que, contudo, escapa ao seu poder em uma relação que converge para o desespero, haja vista que a renovação de forma indefinida da condição originária do amor esgota-se na generalização. E se o estágio ético encerra a integração na comunidade social através da institucionalização da repetição como um modo de vida baseado na objetividade e na racionalidade, a conformação do sujeito ao modus vivendi e ao modus essendi do geral implica a harmonização da sua subjetividade com a generalidade do bem e do mal por meio de um processo que torna-se incapaz de resolver a questão da sua desordem existencial. Assim sendo, o artigo mostra que, se a virtude moral que o ético impõe converge para a impossibilidade de superação do desespero que caracteriza a busca do absoluto na imanência, a atitude religiosa, abdicando da realidade em sua totalidade finita em função da relação absoluta com o Absoluto, demanda a suspensão teleológica do ético e tende a instaurar a autenticidade existencial através de um movimento que mantém correspondência com a fé como o “salto” que implica a consciência de si em sua singularidade e a espiritualidade individual. (shrink)
Correlating it to contemporary society, the article in question beckons with the reading of the idols of the cave [Bacon], holding specifically that the question involves the nature of the individual, whose trend can prevail only to adapt the framework of your perspective content resulting from the endoculturação, converging, in short, to the borders of dogma, as highlighted by the emergence of materialistic scientism, in the name of progress, establishing the techno-scientific belief in the assumptions, proposing the credibility of the (...) referential framework of science and technical division of conditionalities as determinants of social change, characterized because, as a false notion, as evidenced by the consequences. (shrink)
Baseado na investigação do Estado e da ação política entre o “animal político” de Aristóteles, o “Príncipe” de Maquiavel e o “homem autêntico” de Max Weber, o artigo mostra que, se o intelectualismo socrático-platônico reduz o bem moral às fronteiras de um dado de conhecimento em uma construção que torna o conhecimento do bem e da justiça a condição para a ação justa, a definição aristotélica do ser humano como um "animal político" implica que a sua realização guarda correspondência com (...) a comunidade política, haja vista que caracteriza a virtude como um habitus enquanto uma disposição adquirida para o desenvolvimento de uma boa conduta que tende a um fim superior, à perfeição. Dessa forma, sobrepondo-se à ética intelectualista, o artigo assinala que Maquiavel estabelece a correlação envolvendo virtus e fortuna no utilitarismo da moral imanente da política enquanto ciência empírica, fundamentando a moralidade na prática política em um movimento que converge para as fronteiras da ética consequencialista. Finalizando, estabelecendo a distinção entre a “ética das últimas finalidades”, que implica uma conduta baseada em uma moral incondicional, e a “ética da responsabilidade”, que submete à avaliação os meios dispostos e as suas possibilidades de aplicação, Weber sublinha a condição de suplementaridade envolvendo ambas em uma construção que, dessa forma, converge para o desenvolvimento do “homem autêntico”. (shrink)
Perfazendo a primeira filosofia existencial trágica, a doutrina de Schopenhauer atribui a origem do caráter simultaneamente trágico, absurdo e doloroso da existência ao querer viver, implicando um pessimismo que impõe à felicidade uma condição negativa, à medida que o sofrimento emerge como o fundamento de toda a vida, constituindo-se o prazer estético uma possibilidade quanto à superação da dor e do tédio, conforme assinala o artigo cujo trabalho mostra a correlação envolvendo a perspectiva da metafísica da vontade e o pensamento (...) de Nietzsche que, detendo-se no niilismo como um acontecimento que expressa a negação da vida e converge para a sua própria superação, sobrepõe ao dualismo metafísico o princípio da unidade-múltipla através da construção da sua metafisica de artista, que supõe um movimento da consciência ética para o pathos artístico. (shrink)
Se a pregação de Jesus consiste no pressuposto da teologia neotestamentária, segundo o pensamento de Bultmann, a análise do seu conteúdo emerge como fundamental para a compreensão do querigma cristão e da construção literário-teológica da comunidade primitiva. Dessa forma, o artigo se detém na pregação ético-escatológica de Jesus, que anuncia o reino de Deus e o tempo da decisão e o chamado à decisão, que converge para a radicalidade e exige a obediência escatológica enquanto realização da vontade de Deus. Assim, (...) escapando à condição de um dever que converge para a formação do caráter e ao princípio de determinação da comunhão humana, o artigo assinala que é a exigência do amor que se impõe à pregação escatológica de Jesus e a sua pregação ética e ao conhecimento da vontade de Deus, que implica o dever-ser e o poder-fazer envolvendo o bem incondicional em uma construção teórico-conceitual e subjetivo-existencial que envolve a consciência da situação-limite da existência e a necessidade de uma decisão existencial. (shrink)
Ancorada na teoria de Rousseau, uma pesquisa assinala que, consistindo na condição sine qua non para o exercício da soberania popular em uma construção que converge para as fronteiras que encerram a Constituição e o Estado, a Vontade Geral envolve uma possibili-dade de articulação da totalidade dos homens enquanto desejamos em sua concreticidade histórico-cultural e econômico-social, o que implica uma universalidade concreta, que advém do conjunto de vontades e fato econômico que caracterizam uma sociedade e dinâmica das relações intersubjetivas. Dessa (...) forma, fundamentalado em uma pesquisa bibliográfica, o ar-tigo dialoga com a perspectiva da teoria institucional de Castoriadis, Lapassade e Lourau, defendendo que, caracterizando-se como um processo ético-jurídico de deliberação coleti-va que implica a objetivação dos valores , necessidade e fins do povo como corpo coletivo e moral por intermédio de um movimento econômico-político que envolve os momentos que encerram o instituído, o instituinte e a institucionalização, a Vontade Geral converte o conteúdo político-social em poder de direito. Portanto, convergindo para a superação da universalidade de um Direito que encerra um "dever-ser" e uma exterioridade coercitiva que se impõe em nome do bem comum da totalidade político-jurídica e econômico-social do Estado, a pesquisa mostra que a Vontade Geral se sobrepõe à ruptura que, envolvendo uma ordem jurídica e a ordem social, caracteriza a instituição estatal sob a égide do liberalismo, possibilitando a instauração da democracia participativa. (shrink)
Baseado na perspectiva da geofilosofia de Deleuze e Guattari em um processo que se sobrepõe à relação envolvendo sujeito e objeto enquanto fronteira do pensamento e que implica o pensamento como desdobramento de uma violência e as formações genealógicas do saber, o artigo se detém na análise do paradoxal mundo do Instituto Benjamenta (1995) em uma construção fílmica adaptada do romance Jakob von Gunten, de Robert Walser, que encerra um movimento que traz como conteúdo a matéria que se impõe ao (...) caos imanente e converge para o horizonte que abrange Arte, Filosofia e Ciência. Dessa forma, convergindo para a questão que encerra a imagem ortodoxa, dogmática, pré-filosófica, natural e moral do pensamento, o artigo recorre ao filme Instituto Benjamenta (1995) enquanto construção que assinala a intersecção de séries infinitas de imagens de pensamento que escapam ao horizonte da circunscrição da visualidade através de inter-relações ilimitadas que emergem carregadas de complexidade em um processo que defende a superação das imagens dogmáticas do pensamento e da mera exposição do conteúdo do arcabouço histórico do pensamento enquanto objeto que tende à reprodução de ideias e noções e implica a “repetição” de interpretações na relação de ensino e aprendizagem, impedindo o exercício de criação de conceitos, característica da Filosofia, segundo Deleuze, convergindo para a necessidade da instauração de uma experiência capaz de viabilizar a emergência do “novo” através das possibilidades suscitadas no acontecimento da construção do conhecimento. (shrink)
Sublinhando que a evocação dos acontecimentos que tiveram lugar ab origine convergir, segundo a perspectiva mítico-religiosa, para a manifestação das sagradas, de acordo com o referencial teórico-conceitual de Eliade, o artigo assinala que tal invocação implica uma correlação de narrativas míticas e gestos e ações paradigmáticas que se destinam a suscitar o poder sagrado e a produção de seus efeitos, ressaltando a prece como poder mágico de exercer influência sobrenatural, como afirma Mauss. Dessa forma, analisando a oração que ressalta o (...) monoteísmo judaico-cristão, o artigo assinala o relacionamento pactual que encerra Javé e Israel como um processo que implica a Sua invocação como Deus, que converge para manifestações e operações na vida do povo em sua realidade concreta , perfazendo, segundo a perspectiva bíblico-teológica neotestamentária, uma construção que encerra a expressão da existência escatológica e realização de si em Bultmann. Finalizando, baseado na perspectiva teológico-filosófica de Tillich, o texto rápido o poder que implica a oração em um processo que se sobrepõe às estruturas supraindividuais de destruição através do novo ser que Deus-Homem Jesus Cristo manifesta e que envolve uma capacidade de superar as estruturas escravizadoras do mal e as consequências autodestruidoras do estado de alienação existencial. (shrink)
Article in question holds in epistemological implications of the revolution copernicana of Immanuel Kant, whose perspective, emerging of borders that inter-related rationalism of Leibniz, empiricism Hume and science positive physical-mathematics Newton, introduces the horizon of idealism transcendental, establish the correlation fundamental involving the subject and object of knowledge.
O artigo em questão, detendo-se nos indícios do ideal da autoformação, para cujas fronteiras o contexto sociocultural da atualidade converge, recuperando a noção de Paidéia, legado grego, discorre sobre o processo pedagógico que, imbrincado em uma rede de relações que envolve as formas simbólicas mediante as quais o homem constrói o mundo, estruturalizando a realidade, segundo a perspectiva de Cassirer (1874-1945), se movimenta, no decorrer da história, oscilando entre a tendência que ora prioriza a formação individual, ora absolutiza o aspecto (...) social, objetos da investigação dos tópicos da reflexão, –Quem é, pois, o indivíduo?- (Tópico I), e –O que é, pois, a sociedade?- (Tópico II). Longe, no entanto, de encerrar a pretensão de constituir um saber definitivo acerca da noção de indivíduo e de sociedade, em cujos eixos estão os pressupostos da polarização que tende a envolver o processo formativo-educacional, a discussão propõe uma relação de convergência das nuances e matizes que emergem do pensamento humano trazendo aparentemente silhuetas antagônicas, mais pela ênfase de uma leitura unilateral (que onipotencializa um dos atalhos de expressão) do que propriamente pela impossibilidade de acolher uma –interseccionalidade conciliativa-. Neste sentido, se sob a referencialidade do indivíduo o texto justapõe Durkheim (1858-1917) e Janet (1859-1947), perpassando pela perspectiva de Morin (1921), ao percurso de domínio da sociedade impõe uma conceituação histórica do conhecimento, inter-relacionando-o dialeticamente à produção da existência humana, que, afinal, reivindicando o governo da ciência, –autonomizada- desde a Revolução Científica (séc. XVII), engendra, em nome da razão instrumental, os valores arquetípicos da sociedade moderna, que, constitutivos da Paidéia contemporãnea, são confrontados, através da abordagem moriniana, nos aspectos conclusivos do estudo, que denunciam, em suma, que a autoformação demanda uma relacionalidade que não pode escapar a uma correspondência dele (homem) consigo mesmo, cujo conteúdo, referencializado pela razão comunicativa, transpondo a polaridade da questão proposta, torna-se a única proposta à altura da atual conjuntura sociocultural. (shrink)
O artigo em questão se detém no método baconiano, que emerge através do Novum Organum (ou Verdadeiras Indicações acerca da Interpretação da Natureza) e acena com a pretensão de possibilitar o verdadeiro progresso da ciência, que demanda, em suma, a erradicação das predisposições para o erro, dos preconceitos e das noções falsas que impedem o acesso à verdade, dos “ídolos”, enfim, segundo a leitura de Bacon, que propõe o controle científico sobre a natureza como fator determinante da harmonia e do (...) bem-estar dos homens, conforme o ideal exposto no trabalho intitulado Nova Atlântida, que converge para caracterizar o saber como uma construção coletiva, desenhando um horizonte que se impõe ao processo formativo-educacional, à medida que estabelece uma relação envolvendo conhecimento e poder que guarda raízes nas fronteiras da experiência, em cuja perspectiva a investigação em referência dialoga com a metodologia freinetiana, que sublinha a articulação entre teoria e prática e assinala o papel que cumpre o trabalho em uma aprendizagem que traz como fundamento a ação. (shrink)
Perfazendo a primeira filosofia existencial trágica, a doutrina de Schopenhauer atribui a origem do caráter simultaneamente trágico, absurdo e doloroso da existência ao querer viver, implicando um pessimismo que impõe à felicidade uma condição negativa, à medida que o sofrimento emerge como o fundamento de toda a vida, constituindo-se o prazer estético uma possibilidade quanto à superação da dor e do tédio, conforme assinala o artigo cujo trabalho mostra a correlação envolvendo a perspectiva da metafísica da vontade e o pensamento (...) de Nietzsche que, detendo-se no niilismo como um acontecimento que expressa a negação da vida e converge para a sua própria superação, sobrepõe ao dualismo metafísico o princípio da unidade-múltipla através da construção da sua metafisica de artista, que supõe um movimento da consciência ética para o pathos artístico. (shrink)
O artigo em questão, detendo-se nos indícios do ideal da autoformação, para cujas fronteiras o contexto sociocultural da atualidade converge, recuperando a noção de Paideia, legado grego, discorre sobre o processo pedagógico que, imbrincado em uma rede de relações que envolve as formas simbólicas mediante as quais o homem constrói o mundo, estruturalizando a realidade, segundo a perspectiva de Cassirer (1874-1945), se movimenta, no decorrer da história, oscilando entre a tendência que ora prioriza a formação individual, ora absolutiza o aspecto (...) social, objetos da investigação dos tópicos da reflexão, “Quem é, pois, o indivíduo?” (Tópico I), e “O que é, pois, a sociedade?” (Tópico II). Longe, no entanto, de encerrar a pretensão de constituir um saber definitivo acerca da noção de indivíduo e de sociedade, em cujos eixos estão os pressupostos da polarização que tende a envolver o processo formativo-educacional, a discussão propõe uma relação de convergência das nuances e matizes que emergem do pensamento humano trazendo aparentemente silhuetas antagônicas, mais pela ênfase de uma leitura unilateral (que onipotencializa um dos atalhos de expressão) do que propriamente pela impossibilidade de acolher uma “interseccionalidade conciliativa”. Neste sentido, se sob a referencialidade do indivíduo o texto justapõe Durkheim (1858-1917) e Janet (1859-1947), perpassando pela perspectiva de Morin (1921-), ao percurso de domínio da sociedade impõe uma conceituação histórica do conhecimento, inter-relacionando-o dialeticamente à produção da existência humana, que, afinal, reivindicando o governo da ciência, “autonomizada” desde a Revolução Científica (séc. XVII), engendra, em nome da razão instrumental, os valores arquetípicos da sociedade moderna, que, constitutivos da Paideia contemporânea, são confrontados, através da abordagem moriniana, nos aspectos conclusivos do estudo, que denunciam, em suma, que a autoformação demanda uma relacionalidade que não pode escapar a uma correspondência dele (homem) consigo mesmo, cujo conteúdo, referencializado pela razão comunicativa, transpondo a polaridade da questão proposta, torna-se a única proposta à altura da atual conjuntura sociocultural. (shrink)
Investigando a racionalidade científico-técnica e a lógica da dominação na relação entre o sistema educacional e a formação econômico-social, o artigo traz como fundamento crítico as análises de Marcuse, Adorno e Bourdieu, recorrendo à produção de Entre os muros da escola (2008), do cineasta francês Laurent Cantet, para caracterizar o pluralismo étnico-racial, socioeconômico e histórico-cultural da realidade social e a tensão que se impõe ao processo de construção do conhecimento que, convergindo para a constituição da “natureza” humana, encerra ambivalência e (...) antagonismo, à medida que se não escapa ao determinismo histórico-cultural e econômico-social, a sua atividade não possibilita senão o exercício da liberdade concreta, tendo em vista a dialética que preside a articulação envolvendo objetividade e subjetividade que implica a sua experiência formativa. (shrink)
Sobrepondo-se ao ideal que se impõe à teoria política que circunscreve a sua atividade à busca do bem comum e se detém, por essa razão, na investigação dos princípios capazes de viabilizar a instauração do bom governo, a perspectiva de Maquiavel, através do fundamento da experiência e das exemplificações da historialidade, converge para a descoberta de leis que possibilitem a fundação de um Estado, a obtenção do poder e a sua conservação, a instituição da ciência empírica da política, que, caracterizada (...) pela objetividade e realismo, demanda, no âmbito da relação que envolve ética e política, uma distinção entre a moral privada e a moral pública, implicando uma correspondência com a interpretação de Weber, que analisa os fundamentos do poder e imputa ao Estado a condição de detentor da violência “legítima”, identificando a política como uma relação de dominação e a possibilidade do exercício de duas éticas, a saber, a “ética das últimas finalidades” (“ética da convicção”) e a “ética da responsabilidade”. (shrink)
Detendo-se na transição do estado de natureza para a sociedade civil, o artigo contrapõe o caráter contingente e voluntário do contrato hobbesiano e a necessidade que implica o processo de constituição do social que determina o pacto rousseauniano, convergindo para a antinomia da relação envolvendo liberdade e autoridade. Essa, de acordo com a perspectiva de Hobbes demanda a renúncia dos direitos ilimitados dos sujeitos em função da soberania estatal e acarreta a instituição do soberano como representante, detentor de todo o (...) poder coletivo e única fonte da lei. Segundo a leitura de Rousseau requer a “alienação verdadeira” dos indivíduos em face da soberania popular e resulta na constituição do povo soberano, única fonte legítima do poder e seu único detentor, e na instituição da Vontade Geral como condição para o seu exercício. (shrink)
Tateando as raízes do arcabouço da perspectivação marxista, o artigo em questão, detendo-se inicialmente nas fronteiras da circunscrição do trabalho, empreende uma leitura que pretende pôr em relevo a inter-relação que envolve o movimento do pensamento materialista dialético e o contexto sócio-histórico-cultural, do qual emerge os eixos paradigmáticos de "modos de produção" e "luta de classes", em suma, que, sustentando a interpretação de uma realidade dita concreta, tanto quanto conseqüencialmente a proposta da sua (re)construção, embora em nome da violência, reclamam (...) um –metabolismo- que suscite a essência que escapa aos liames epidérmicos da ideologia, tendo em vista o risco que representa a perda de densidade da constitutividade social (como o diagnostica Baudrillard) que, refém do hiper-realismo que caracteriza a vivencialidade pós-moderna, –vomita- qualquer silhueta de consciência, não se inclinando senão para o horizonte da indiferença, como sintomatiza o texto da epígrafe, que justifica, enfim, a recuperação do significado do marxismo, que Althusser defende e que converge, pois, para o acontecimento que se impõe na fala bourdieusiana: "O que o mundo social fez, o mundo social pode, armado deste saber, desfazer". O título do artigo supõe o caráter emergencial que o referido processo demanda. (shrink)
Se a pregação de Jesus consiste no pressuposto da teologia neotestamentária, segundo o pensamento de Bultmann, a análise do seu conteúdo emerge como fundamental para a compreensão do querigma cristão e da construção literário-teológica da comunidade primitiva. Dessa forma, o artigo se detém na pregação ético-escatológica de Jesus, que anuncia o reino de Deus e o tempo da decisão e o chamado à decisão, que converge para a radicalidade e exige a obediência escatológica enquanto realização da vontade de Deus. Assim, (...) escapando à condição de um dever que converge para a formação do caráter e ao princípio de determinação da comunhão humana, o artigo assinala que é a exigência do amor que se impõe à pregação escatológica de Jesus e a sua pregação ética e ao conhecimento da vontade de Deus, que implica o dever-ser e o poder-fazer envolvendo o bem incondicional em uma construção teórico-conceitual e subjetivo-existencial que envolve a consciência da situação-limite da existência e a necessidade de uma decisão existencial. (shrink)
Ação que intencionaliza a construcionalidade humana de acordo com um arcabouço paradigmático institucionalizado pela sociedade [ou melhor, através de uma de suas classes ou segmentos, em nome dela], o processo formativo-educacional tende a atribuir caráter preeminente à constitutividade do ser social ou a absolutizar a estruturalização individual, cujas vertentes o texto em questão aborda, ilustrando a primeira através do pensamento de Durkheim e recorrendo a Rousseau para exemplificar a segunda, embora até mesmo nesta haja um rastro de prerrogativas que esboçam (...) a silhueta do cidadão, arquétipo não circunscrito àquela, mas que pode emergir, e emerge, guardando relacionalidade com a contextualidade sociocultural [e consequencialmente política, econômica, histórica], como o demonstra Bourdieu. (shrink)
Segundo Kierkegaard, a verdade se sobrepõe ao caráter objetivo que encerra desde uma investigação histórica até um exercício especulativo, guardando correspondência com a subjetividade em um movimento que implica a condição-limite da interioridade. Detendo-se em tal princípio hermenêutico-existencial, o artigo assinala a espiritualidade enquanto experiência epistêmico-existencial envolvendo a verdade como paradoxo em Kierkegaard, que se sobrepõe à mediação lógico-discursiva e implica uma construção dialético-subjetiva que transcende a razão histórico-objetiva (ou finita). Dessa forma, caracterizando a espiritualidade enquanto experiência epistêmico-existencial que encerra (...) como único tipo de evidência a evidência de caráter não racional, o artigo recorre à perspectiva fenomenológica de Rudolf Otto, que sublinha o sagrado e a sua distinção absoluta em relação à realidade natural e ao seu caráter perceptível em uma construção que enfatiza o elemento não racional e a sua natureza suprarracional e implica o numinoso, que escapa aos processos lógico-racionais e, emergindo como a priori, converge para a apreensão do racional e do não racional na noção da Divindade. Assim, se a relação com Deus se sobrepõe às fronteiras que encerram a subjetividade e a objetividade, convergindo para a superação do referido esquema estrutural epistêmico, o artigo, baseado na perspectiva teológico-filosófica de Paul Tillich, detém-se no conceito de Presença Espiritual que, caracterizando a vida sem ambiguidade, implica a união transcendente, correlacionando ágape e gnosis enquanto experiência epistêmico-existencial envolvendo a relação com o sagrado como presença de Deus através de um movimento extático-religioso que converge para a automanifestação, a autorrevelação e a autocomunicação do Absoluto e Transcendente como Deus. (shrink)
Baseado no filme “Sociedade dos Poetas Mortos” (1989), o artigo assinala o caos instaurado no âmbito da escola tradicional norte-americana Welton através do trabalho do professor John Keating na instauração de novos métodos de ensino e aprendizagem para a literatura, na medida em que tende a fomentar o questionamento acerca do sentido e do valor da vida e o cultivo de si como possibilidade de produção de um conteúdo novo e extemporâneo e o conhecimento enquanto afirmação das forças da vida. (...) Dessa forma, fundado na crítica de Friedrich Nietzsche (1844-1900) em relação à “cultura histórica” enquanto produto da contradição envolvendo vida e cultura, o artigo sublinha que o saber que guarda raízes na “cultura histórica” se caracteriza como um capital improdutivo, assinalando a inexistência de direitos da Filosofia entre a cultura histórica e o processo formativo-educacional e a necessidade da correlação envolvendo arte e filosofia diante da ciência e da verdade. Assim, contrapondo-se à transformação da filosofia em erudição em nome da “cultura histórica” e aos “filósofos” que se colocam a seu serviço, Nietzsche denuncia a redução do ser, da vida e da visão ao arcabouço de conceitos, opiniões, passados, livros em uma análise crítica que se detém na questão envolvendo os professores de filosofia entre a vida e a ciência do vir-a-ser universal: filósofos ou servidores da “história”? (shrink)
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