This narrative commentary on Nietzschean ambitions, in part influenced by Zarathustra and Ecce Homo, centers on a long, ongoing, expansive, and highly imaginative technological projects by two men, Stuart Beholt and Alby Tolby. Having worked up adventurous software in university days, their experiences interwoven with their friendship bring out a panoply of current philosophical issues--and beyond. This narrative philosophy evokes and explores more issues than current philosophical debates concerning emerging technologies can include in a more conventional work. At the same (...) time, this structure makes the read readily accessible , including such issues as the intriguing recent flirtation of religion and materialism that have only been broached in the literature. At the same time, high finance and monetary issues, besides the alluring beauty of solving tremendous engineering problems, pull the two übermensch into ever greater schemes, well evoking the question of the limits of ethics and epistemology. Even if this approach does not coincide with the reader's research, it can offer an enjoyable delving into philosophical problems. (shrink)

-/- FILOSOFIA: CRÍTICA À METAFÍSICA -/- PHILOSOPHY: CRITICISM TO METAPHYSICS -/- Por: Emanuel Isaque Cordeiro da Silva - UFRPE Alana Thaís Mayza da Silva - CAP-UFPE RESUMO: A Metafísica (do grego: Μεταφυσική) é uma área inerente à Filosofia, dito isto, é uma esfera que compreende o mundo e os seres humanos sob uma fundamentação suprassensível da realidade, bem como goza de fundamentação ontológica e teológica para explicação dos dilemas do nosso mundo. Logo, não goza da experiência e explicação científica com (...) base na matemática, ciências, observação, análise, etc. e sim da explicação apenas teorética sem a análise empírica. Por fim, filósofos de divergentes escolas e eras da história da filosofia fundamentaram suas críticas quanto a Metafísica; e este breve trabalho tem como objetivo analisar as críticas dos filósofos e trazer uma conclusão clara e objetiva para os leitores, sejam leigos ou não. Palavras-chave: Metafísica. Crítica. Teoria. Suprassensível. Empírico. Experiência. ABSTRACT Metaphysics is an area inherent to philosophy, that is, it is a sphere that comprises the world and human beings under a supersensitive foundation of reality, as well as enjoying ontological and theological foundations for explaining the dilemmas of our world. Therefore, it does not enjoy the scientific experience and explanation based on mathematics, science, observation, analysis, etc., but only the theoretical explanation without empirical analysis. Finally, philosophers from divergent schools and eras in the history of philosophy based their criticism of Metaphysics, and this brief work aims to analyze the criticism of philosophers and bring a clear and objective conclusion to readers, whether lay or not. Keywords: Metaphysics. Criticism. Theory. Supersensitive. Empirical. Experience. INTRODUÇÃO Para uma fundamentação alicerçada na observação, análise e conclusões pragmáticas, é imprescindível aclarar o conceito de Metafísica como esfera inerente da Filosofia, bem como disciplina primordial para o currículo do Filósofo formado nas Universidades globais. Para isso, discorro acerca do conceito de Metafísica desde a alcunha aristotélica de 'Filosofia primeira', passando à análise modernista, em especial à kantiana e seu criticismo (Crítica da Metafísica é a alma desse trabalho), sob análise de autores didáticos e, por fim, sob a elucidação da esfera Metafísica mediante os dicionários de Filosofia de Japiassú e Marcondes, e de Nicola Abbagnano. No conjunto de obras aristotélicas entituladas de Metafísica, Aristóteles buscou elucidar 'o ser enquanto ser', isto é, buscar a objetividade das coisas e do mundo mediante a subjetividade e a realidade suprassensível dessas coisas. Logo, a explicação dos fenômenos que cercavam a Grécia clássica eram explicados além do alicerce das Ciências tradicionais da época (Física, Química, Biologia, etc.). Todavia, para Aristóteles, a Metafísica consiste na 'ciência primeira' no que se refere o fornecimento de um fundamento único para todas as demais ciências, ou seja, dar-lhes o objeto ao qual elas se referem e os princípios dos quais todas elas dependem. Por fim, a Metafísica implica ser uma enciclopédia das ciências um inventário completo e exaustivo de todas as ciências, em suas relações de coordenação e subordinação, nas tarefas e nos limites atribuídos a cada uma, de modo definitivo. Na modernidade, a Metafísica perde a centralidade do mundo da Filosofia, quem é o precursor de tal declínio é Immanuel Kant e seu criticismo. Tal descendência é elucidada e aclarada posteriormente no presente trabalho. A Metafísica moderna ganha uma nova interpretação, sendo alcunhada e levada por analogia à Ontologia, expressada, segundo Kant, como conceito de gnosiologia. Para Kant, Metafísica é a fonte inerente do estudo e explicação das formas alicerçadas na razão, bem como fundamento de toda realidade suprassensível que se deve basear para elucidar e aclarar o mundo moderno. Ainda segundo o filósofo, a Metafísica é a fonte de todos os princípios reais para a explicação da realidade. Sendo ela, por fim um 'sistema filosófico' alicerçado sobre uma perspectiva ontológica, teológica e/ou suprassensível da realidade. No nosso finalismo, a inerência da Metafísica à filosofia transcende a explicação de todo o universo e sua totalidade (matéria e forma como alcunha Aristóteles). Logo, na Filosofia Clássica com Platão e, especialmente em Aristóteles, o Mito passou a ser ciência e essa ciência era determinada de Metafísica. Vale salientar que a alcunha 'Metafísica' foi, primeiramente, usada por Andrônico de Rodes . Por fim, a Metafísica primordial para fundamentar as explicações necessárias para os fenômenos que se decorrera na Grécia antiga, foi perdendo centralidade ao passo da história da filosofia e, na modernidade, com Hume e Kant passa por uma grande crise, discorrida agora no trabalho. -/- DA CRÍTICA À METAFÍSICA Platão criou um sistema metafísico de explicação da realidade e do mundo que influenciou muitos pensadores e religiosos. Boa parte da história da filosofia foi composta de sistemas metafísicos. Mas, se, por um lado, o pensamento metafísico tem uma vida longa e profícua, por outro, é alvo de críticas constantes, principalmente por filósofos modernos e contemporâneos, que questionam a validade das teses metafísicas, seja porque tratam de coisas que não podem ser conhecidas, como alma, Deus e formas inteligíveis, seja porque suas conclusões são consideradas enganosas. ARISTÓTELES E A FILOSOFIA PRIMEIRA As ciências teóricas ou teoréticas são aquelas que produzem um saber universal, válido em qualquer situação, e necessário, isto é, que não pode ser de outro modo. Essas ciências estão voltadas para a contemplação da verdade. O sábio que se dedica a elas encontra um fim em si mesmo, pois o resultado de sua investigação não gera nenhum objeto exterior, como uma construção ou uma escultura, mas beneficia sua própria alma. Elas estão organizadas em Metafísica, Matemática e Física, que inclui a Psicologia ou a ciência da alma. As principais obras teoréticas escritas por Aristóteles são Física, De anima e Metafísica. Filosofia Primeira, que chegou até nós com o nome de Metafísica, também chamada muitas vezes por Aristóteles de Teologia .com a ressalva de que Teologia aqui não tem o sentido que é dado a ela contemporaneamente), é a expressão que designava a mais elevada das ciências teoréticas, diferenciando-se da chamada Filosofia Segunda, ou Física. Aristóteles abre o Livro I da Metafísica com a célebre passagem: Todos os homens têm, por natureza, desejo de conhecer: uma prova disso é o prazer das sensações, pois, fora até da sua utilidade, elas nos agradam por si mesmas e, mais que todas as outras, as visuais [...l. (ARISTÓTELES, 1969). A busca pelo conhecimento encontra-se na própria natureza humana, desde o nascimento, mesmo que se manifeste em seu grau mais rudimentar. Prova disso é o conhecimento por meio das sensações ou dos sentidos, entre os quais se destaca o da visão. É o chamado conhecimento por empiria ou saber empírico, que não pode ser ensinado porque é adquirido imediata e concretamente quando percebemos as coisas sensíveis. Também há um saber que vem da técnica. O técnico é aquele que tem o conhecimento dos meios para chegar a um fim. Como ensina o historiador da Filosofia, Julián Marias, apesar de o saber técnico ser superior ao saber empírico, ambos são necessários em nossa vida: 1..l Portanto, a tékhne [técnica) é superior à empeiria; mas esta também é necessária, por exemplo, para curar, porque o médico não tem de curar o homem, e sim Sócrates, e o homem apenas de modo mediato. (MARIAS, J. 2015). O conhecimento metafísico é menos necessário em nossa vida cotidiana, mas nenhum outro lhe é superior. A Metafísica é o conhecimento pelas causas e, como vimos, o conhecimento é científico quando ele nos dá os princípios e as causas das coisas. Para Aristóteles, tudo o que existe é efeito de uma causa e ela é a responsável por esse algo ser necessariamente de um jeito e não de outro. De acordo com Aristóteles, conhecer algo é conhecer pela causa. Dessa forma, a explicação de algo ou o seu conhecimento deve sempre dizer por que algo é necessariamente de determinado modo. Sem esse tipo de explicaçào, não pode haver propriamente conhecimento. Daí se constata o caráter rigoroso da explicação científica: ela não apenas sabe que "algo é isto", mas é capaz de explicar por que algo é necessariamente isto. A definição aristotélica de Metafísica Chauí indaga em seu livro Iniciação à Filosofia a questão central do que Aristóteles entende por sua alcunha ou Metafísica. Chauí explana: Embora Aristóteles admita que para cada tipo de Ser e suas essências existe uma ciência teorética própria (física, biologia, psicologia, matemática, astronomia), ele também defende a necessidade de uma ciência geral, mais ampla, mais universal, anterior a todas essas, cujo objeto não seja esse ou aquele tipo de Ser, essa ou aquela modalidade de essência, mas o Ser em geral, a essência em geral. Essa ciência, para Aristóteles, é a Filosofia Primeira ou metafísica, que investiga o que é a essência e aquilo que faz com que haja essências particulares diferenciadas, que estuda o Ser enquanto Ser. (CHAUÍ, 2010). O objeto investigado pela Metafísica também é muito diferente do objeto conhecido pelo saber empírico ou pelo saber técnico. O saber empírico nos faz conhecer as coisas particulares, como Sócrates, o Oráculo de Delfos e a caneta esferográfica; o saber técnico nos faz conhecer as diversas técnicas, como os procedimentos médicos e a engenharia de construir templos. O que o saber metafísico, então, nos permite conhecer? Segundo Aristóteles, a Metafisica estuda o ser enquanto ser. Não considera o ser de modo particular como fazem as demais ciências — por exemplo, ao investigar Sócrates, os procedimentos médicos etc. mas busca o que é universal, o que envolve tanto Sócrates quanto os procedimentos médicos, tanto o Oráculo de Delfos quanto a arte de construir templos. Segundo Aristóteles, a Metafísica trata das causas primeiras, que são as quatro seguintes: • a causa material, que é a matéria de que é feita alguma coisa. Em uma escultura, por exemplo, a causa material pode ser o bronze ou o mármore; • a causa formal, que é a forma ou a essência das coisas. No exemplo da escultura, é a forma ou a aparência que possibilita que a reconheçamos como uma escultura (e não como um poste, por exemplo); • a causa eficiente, que é o agente que produz a coisa. Uma escultura é produzida por um artista; • a causa final, que é a razão ou a finalidade das coisas, A finalidade da escultura é o prazer estético. A Metafísica também se ocupa da substância. A substância responde pelos significados do ser. Mas o que é a substância? Trata-se de uma questão complexa no pensamento aristotélico. Aristóteles recusa-se a entender a substância como sendo a forma platónica. Ela nào é o suprassensível. Seria entao a substância o sensível individual? As coisas são matéria e forma; amatéria é o substrato da coisa (por exemplo, o mármore é a matéria da estátua). Sem sua forma, ela é apenas potencialidade, mas sem a matéria qualquer realidade sensível se desvaneceria. Assim, a matéria pode ser dita substância em sentido impróprio. A forma, por seu turno, é aquilo que determina a matéria, é a sua essência; ela é substancia em sentido próprio. Mas a matéria é também matéria enformada. As coisas sensíveis são, a um só tempo, matéria e forma. E esse composto também pode ser legitimamente chamado de substância. Aristóteles apresenta três gêneros de substâncias: • as substâncias sensíveis, que nascem, morrem e, por isso, passam por todo tipo de mudança; • as substancias sensíveis e incorruptíveis, que não passam por nenhum tipo de mudança, como os planetas e as estrelas; • a substância suprassensível, que é superior às outras duas: o Primeiro Motor Imóvel, o deus aristotélico, causa de todo movimento, mas sendo ele mesmo imóvel. (Ele precisa ser imóvel porque se ele também se movesse precisaria haver uma causa para esse movimento, o que levaria a uma espécie de regressão ao infinito). Assim como o demiurgo de Platão, o deus aristotélico nao é um deus criador. Não criou o Universo nem gerou o movimento dos corpos. Ao contrário, o deus de Aristóteles exerce uma atraçáo sobre o Universo, motivando sua existência, e sobre os corpos, gerando seu movimento, ou seja, atrai tudo para si como objeto de amor. Não é, portanto, causa eficiente do mundo e do movimento do mundo, mas causa final. O deus aristotélico nao cria o mundo do nada por um ato de vontade. Ele nao é causa eficiente do mundo, como indicamos ser o artista causa eficiente de sua escultura. A METAFÍSICA CLÁSSICA OU MODERNA Grandes revoluções no pensamento do século XVII deram estopim à uma grande crise na esfera metafísica. De modo resumido a Metafísica sofreu uma grande transformação e uma nova elaboração, sem a fundamentação embasada no pensamento platônico, aristotélico ou neoplatônico. Sendo assim a nova metafísica é caracterizada por: [...] afirmação da incompatibilidade entre fé e razão, acarretando a separação de ambas, de sorte que a religião e a filosofia possam seguir caminhos próprios, mesmo que a segunda não esteja publicamente autorizada a expor ideias que contradigam as verdades ou dogmas da fé [...] [...] redefinição do conceito de Ser ou substância. Os modernos conservam a definição tradicional da substância como o Ser que existe em si e por si mesmo, que subsiste em si e por si mesmo. Porém, em lugar de considerar que a substância se define por gênero e espécie, havendo tantos tipos de substâncias quantos gêneros e espécies houver, passa-se a definir a substância levando em consideração seus predicados essenciais ou seus atributos essenciais, isto é, aquelas propriedades ou atributos sem os quais uma substância não é o que ela é. Após o supracitado, os cartesianos e Descartes dirão que há somente três substâncias essenciais, divergindo totalmente do pensamento aristotélico, as substâncias cartesianas são a Alma, a matéria dos corpos e Deus. Para empiristas, só se é possível conhecer a substância corpórea, logo não se é possível elaborar uma metafísica, e sim uma geometria ou uma física que se ocupa do estudo dessas matérias corpóreas. Baruch Spinoza (1632-1677) explanou a primordialidade de se elaborar uma definição genérica e universal, comumente aceita por toda a comunidade de filósofos de Aristóteles a modernidade. Podemos reduzir o conceito proposto da seguinte maneira: “substância é aquilo que existe em si e por si e não depende de outros para existir”.Logo, diz Espinosa, que há apenas uma substância no Universo que não depende de outra para existir, tal substância é o próprio Deus ou a natureza. Nessa revolução do pensamento filosófico, em peculiar à metafísica, houve também a redefinição do conceito de causa e causalidade. Em Aristóteles haviam quatro tipos de causas, agora, na modernidade, se propunha apenas dois tipos: a eficiente e a final. Chauí explana que a Causa eficiente é aquela na qual uma ação anterior determina como consequência necessária a produção de um efeito, e que seu alcance é universal na natureza. Causa final é aquela que determina, para os seres pensantes, a escolha da realização ou não realização de uma ação, e que só opera na ação de Deus e nas ações humanas. Houve também, nessa revolução, uma quebra do paradigma metafísico, isto é, a metafísica não se dividia mais entre a teologia, a psicologia racional e a cosmologia racional. Agora, a metafísica ganha um novo rumo, um rumo próprio de estudo embasado em suas próprias fundamentações. Logo, a metafísica se apropria de três e apenas três ideias de substância. A substância infinita, ou o próprio Deus. A substância pensante que é a consciência como faculdade de reflexão e de representação da realidade alicerçada na razão. E, por fim, a substância extensa que é a natureza embasada nos princípios e leis regidas pela matemática e a mecânica. DAVID HUME E A CRISE DA METAFÍSICA O filósofo escocês David Hume (1711-1776) nos ajuda a entender em parte o teor das críticas ao pensamento metafísico. "Se tomarmos em nossas mãos um volume qualquer, de teologia ou metafísica escolástica, por exemplo, façamos a pergunta: contém ele qualquer raciocínio abstrato referente a números e quantidades? Não. Contém qualquer raciocínio experimental referente a questões de fato e de existência? Não. Às chamas com ele, então, pois não pode conter senão sofismas e ilusão." (HUME, 2004) Hume critica a teologia e a metafísica escolástica, que foi a metafísica praticada principalmente nas escolas cristãs durante a Idade Média, porque suas concepções não tratam nem de conceitos matemáticos, que são formais e podem levar a conclusões seguras - por exemplo, "2 + 2 = 4" -, nem de afirmações sobre fatos, que podem ser verificados empiricamente, isto é, pelos órgãos dos sentidos —como "a aceleração de um corpo em queda livre é de 9,8 metros por segundo", Assim, Hume aconselha o leitor a jogar as afirmações metafísicas na fogueira, pois são consideradas ilusões, fantasias ou produto de erros de raciocínio e nada têm a acrescentar ao conhecimento humano. A partir de Hume, a metafísica, tal como existira desde os gregos, tornara-se impossível. O CRITICISMO KANTIANO E O FIM DA METAFÍSICA CLÁSSICA Entre a Dissertação de 1770 e a Crítica da razão pura, mais de dez anos se passaram. Apesar de a obra ser volumosa, a redaçào da Crítica da razão pura não chegou a cinco meses de trabalho. De início, Kant pretendia apenas revisar sua dissertação, mas o trabalho acabou por levá-lo a figurar entre os grandes nomes do pensamento filosófico, como Aristóteles e Descartes. Kant fez um diagnóstico bastante negativo da situação da Filosofia de sua época, em particular da Metafísica, que, embora fosse considerada a Filosofia Primeira, patinava em questões impossíveis de serem resolvidas. Ao mesmo tempo, buscou inserir a Filosofia no rumo seguido pelas Ciências Naturais, pela Lógica e pela Matemática, que já tinham encontrado o caminho da Ciência. Em alguns pontos, o projeto kantiano se aproximou de algumas características do projeto cartesiano. Descartes duvidou de todo o saber conhecido, pois queria encontrar um fundamento seguro que sustentasse a edificação da Filosofia e, mais particularmente, da Ciência. Diferentemente de Descartes, contudo, Kant nào duvidou de todo o conhecimento que havia aprendido. Para ele, bastava estabelecer os limites do conhecimento racional, ou seja, o que a razão podia conhecer e o que era impossível de ser conhecido. No fim do século XVIII, de acordo com a proposta de Wolff, a Metafísica era dividida em duas partes: Metafísica geral e Metafísica especial. A primeira tratava da Ontologia (ciência do ser enquanto ser, como definido por Aristóteles), e a segunda se ocupava do ser humano (Psicologia), do mundo (Cosmologia) e de Deus (Teologia racional), Os principais temas in-vestigados eram a imortalidade da alma, a liberdade a finitude ou infinitude do mundo e a existência de Deus. No entanto, de acordo com Kant, as questões metafísicas clássicas extrapolavam as capacidades de conhecimento do ser humano, pois estavam tão afastadas da experiência que a razão só podia pensá-las, sem conhecê-las realmente. As questões postas pela Metafísica clássica extrapolavam o terreno de qualquer experiência possível e, no entanto, a razão, por sua própria natureza, apresenta questões que não pode evitar, mas que também náo pode responder por não terem nenhuma pedra de toque na experiência. Disso decorre a pergunta fundamental sobre a possibilidade de haver um conhecimento metafísico. Publicada em 1781, a Crítica da razão pura foi uma tentativa de responder a essa pergunta. A obra instituiu um "tribunal da razao" para examinar a própria razão, e não para tomar partido no conflito entre racionalistas, como Descartes e Leibniz, que elaboraram sistemas metafísicos, e empiristas, como Locke e Hume, que basearam o conhecimento unicamente nos sentidos. Criticar a razão é determinar as possibilidades, os limites e o alcance do próprio conhecimento. A transformação foi tao grande para a Filosofia que essa obra nao pôde ser ignorada. A situação da Metafísica No texto a seguir, retirado do célebre prefácio à primeira edição de Crítica da razão pura, podemos ver o diagnóstico de Kant sobre a situaçao da Metafísica no período em que vivia. A razão humana, num determinado dominio dos seus conhecimentos, possui o singular destino de se ver atormentada por questões, que náo pode evitar, pois lhe são impostas pela sua natureza, mas às quais também não pode dar resposta por ultrapassarem completamente as suas possibilidades. Não é por culpa sua que cai nessa perplexidade. Parte de princípios, cujo uso é inevitável no decorrer da experiência e, ao mesmo tempo, suficientemente garantido por esta. Ajudada por estes princípios eleva-se cada vez mais alto (como de resto lho consente a natureza) para condições mais remotas. Porém, logo se apercebe de que, desta maneira, a sua tarefa há de ficar sempre inacabada, porque as questões nunca se esgotam; vê-se obrigada, por conseguinte, a refugiar-se em princípios, que ultrapassam todo o uso possível da experiência e, não obstante, estão ao abrigo de qualquer suspeita, pois o senso comum está de acordo com eles. Assim, a razão humana cai em obscuridades e contradições, que a autorizam a concluir dever ter-se apoiado em erros, ocultos algures, sem contudo os poder descobrir. Na verdade, os princípios de que se serve, uma vez que ultrapassam os limites de toda experiência, já não reconhecem nesta qualquer pedra de toque. O teatro destas disputas infindáveis chama-se Metafísica. (KANT, I. 2010). O fim da Metafísica clássica Podemos agora retomar o questionamento sobre os motivos pelos quais a física newtoniana é possível como ciência e entender também por que a metafísica racionalista tradicional não é conhecimento científico, segundo a teoria kantiana. A física trata de regras e leis dos fenômenos, das representações conformadas pela sensibilidade e pelo entendimento, ou seja, refere-se a objetos do conhecimento humano. A metafísica clássica, por sua vez, trata de coisas que não fazem parte da experiência sensível. Deus e a alma, por exemplo, não são apreendidos pela sensibilidade, não são impressões conformadas ou fenômenos e, portanto, não podem ser conhecidos pelo ser humano. Ideias ou conceitos dessa espécie podem ser pensados pela razão, mas é impossível conhecê-los, pois estão além da capacidade humana de conhecimento. Por esse motivo, a física é possível como ciência e a metafísica tradicional não. Com base nisso, Kant provocou uma revolução na teoria do conhecimento, que ele mesmo designou como "virada copernicana na filosofia", Se Copémico mudou a forma de entender o mundo ao defender a ideia de que o Sol está no centro do sistema solar, Kant mudou a forma de o ser humano compreender o mundo e a si próprio ao estabelecer a ideia de que o ser humano, e não os objetos externos, é o centro do conhecimento, O ser humano não é um agente passivo, que só recebe informações, mas atua decisivamente na constituição do conhecimento e do que se compreende como realidade. Os elementos a priori que determinam essa constituição do conhecimento são o escopo da filosofia kantiana, também conhecida como transcendental. Logo, o pensamento kantiano alterou profundamente a Metafísica. A existência de Deus ou a imortalidade da alma, por exemplo, passaram a ser questões que já não podiam ser respondidas. Se percebemos apenas as coisas que ocorrem em um tempo específico (antes, agora, depois), como seremos capazes de perceber algo que está na eternidade (Deus)? Como afirmar que a alma é imortal se não conseguimos percebê-la com os nossos sentidos? O conhecimento a partir de Kant, então, é sempre conhecimento de objetos, isto é, de conteúdos elaborados e modificados pelo sujeito que conhece. O conhecimento passou a se ocupar, assim, de fenómenos, e não mais da própria coisa, como pretendiam os metafísicos clássicos. Com a crítica kantiana, tornou-se impossível conhecer efetivamente os temas da Metafísica clássica e emitir qualquer opinião segura sobre assuntos que não podem ser assentados na experiência. Podemos pensar sobre Deus, podemos querer que nossa a seja imortal, mas jamais teremos a possibilidade de verificar esses assuntos em nossa experiência ou mesmo ter sobre eles verdadeiro conhecimento. Nada nos impede de acreditar em Deus ou na imortalidade da alma, porém não podemos exigir que a Filosofia se pronuncie a respeito desses temas. Na verdade, a crítica kantiana não diz que Deus existe nem que não existe, mas apenas que não é capaz de saben Deus, não obstante sua importância para a Filosofia do próprio Kant, é uma questão de fé. AUGUSTE COMTE E A METAFÍSICA NO SÉCULO XIX O filósofo francês Auguste Comte (1798-1857), considerado o pai do positivismo, fundamenta sua filosofia também em oposição às concepções metafísicas. Em seu entendimento, a busca por princípios gerais ou essências, entidades que estão além do que podemos observar ou perceber pelos órgãos dos sentidos, é algo infrutífero. Comte explana: "[...] não é supérfluo assinalar agora, de modo direto, a preponderância contínua da observação sobre a imaginação, como o principal caráter lógico da sã filosofia moderna, dirigindo nossas pesquisas, não para causas essenciais, mas para leis efetivas, dos diversos fenômenos naturais. Sem ser doravante imediatamente contestado, permanece este princípio fundamental muitas vezes desconhecido nos trabalhos especiais. Embora as diferentes ordens de especulações concedam, sem dúvida, à imaginação uma alta participação, isto é, constan temente empregada para criar ou aperfeiçoar os meios da vinculação entre os fatos constatados, mas o ponto de partida e a sua direçào não lhe poderiam pertencer em nenhum caso. Ainda quando procedemos verdadeiramente a priori, é claro que as considerações gerais que nos guiam foram inicialmente fundadas, quer na ciência correspondente, quer em outra, na simples observação, única fonte de sua realidade e também de sua fecundidade. Ver para prever: tal é o caráter permanente da verdadeira ciência. Tudo prever sem ter nada visto constitui somente uma absurda utopia metafísica, ainda muito seguida." (COMTE, 1978). A observação é considerada a única fonte de realidade. Abandonando a observação e apoiando-se única e exclusivamente na imaginação, como seria característico das especulaçôes metafísicas, o pensamento pode levar não para o conhecimento das coisas, mas para a fantasia. A ciência, então, deve ter como base as coisas que podem ser observadas. Todas as especulações e as teorias científicas, em última instância, devem ter como fundamento a realidade observável. LUDWIG WITTGENSTEIN E A METAFÍSICA CONTEMPORÂNEA O filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein (1889-1951) também se opõe às afirmações metafísicas por considerar que estas tratam de problemas (ou pseudoproblemas) que não podem ser formulados claramente e, portanto, não podem ser respondidos. “O método correto da filosofia seria o seguinte: só dizer o que pode ser dito, ou seja, as proposições das ciências naturais [...] e depois, quando alguém quisesse dizer algo metafísico, mostrar-lhe que nas suas proposições existem sinais aos quais não foi dada uma denotação.” (WITTGENSTEIN, 1995). Quer dizer, as sentenças ou os termos metafísicos se referem a coisas, objetos ou seres enigmáticos ou misteriosos, que não podem ser tratados com clareza, isto é, não se sabe exatamente o que são, o que impossibilitaria a formulação de problemas e soluções reais. "Deus", "alma" ou "vida após a morte", por exemplo, são termos que se referem especificamente a quê? Os "problemas" metafísicos estariam no campo do mistério e não no da investigação racional. Por isso, como afirma Wittgenstein, "acerca daquilo de que se não pode falar, tem que se ficar em silêncio". CONCLUSÃO (ÕES) Ora, a Metafísica na Grécia antiga foi imprescindível para o entendimento dos mais variados dilemas do mundo antigo, sejam perguntas simples, ou complexas. Iniciada como um sistema filosófico platônico, passando a ser filosofia primeira em Aristóteles, a metafísica incorporou elementos teológicos, psicológicos e cosmológicos durante o mundo antigo, e ainda mais durante o período medieval e a hegemônica Igreja Católica. No mundo moderno e embasado pelo “Luz da razão”, a metafísica começa a ser refutada pelos pensadores da época em questão, dentre eles o célebre cético Hume, e o emblemático Kant, além de Descartes e seus cartesianistas. Kant e seu criticismo incorporaram à Metafísica uma nova interpretação, esta que fez a mesma entrar em declínio e sair da centralidade do mundo filosófico. Kant, graças às indagações e refutações de Hume, pôde acordar do célebre “sono dogmático”. O que fez Kant se importa com a Metafísica. Kant trouxe à luz o fim da Metafísica clássica e deu legado ao início da metafísica contemporânea alcunhada de Ontologia. No decorrer da história da filosofia, a Metafísica teve intensa ascenção e vertiginosos declives, sendo seu maior declive o crítico Kant. Por fim, muitos filósofos se apropriaram de ser heterodoxos e enfrentaram de frente o mundo metafísica e a base do catolicismo sobre a realidade. Posta realidade que hoje, com o legado de Kant, da fenomenologia de Husserl, etc., originaram a nova escola filosófica chamada de Ontologia. -/- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia. 5ª. ed. Trad. Ivone Castillo Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2007. ARANHA, M. 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São Paulo: Moderna, 2006. WITTGENSTEIN, L. Tratado lógico-filosófico. 2ª. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1995. -/- Emanuel Isaque Cordeiro da Silva – estudante, pesquisador, professor, agropecuarista, altruísta e defensor dos direitos humanos e dos animais. -/- Alana Thaís Mayza da Silva – estudante, potterhead, pesquisadora, projetista, musicista, filantropa, defensora dos direitos humanos e dos animais, LGBT. (shrink)

This essay examines some of the ways in which the assumption of the essential finitude of the human mind, in contrast to the infinitude of God’s mind, bears on Leibniz’s and Kant’s accounts of our representational capacities. This examination reveals several underappreciated similarities between their views, but also some notable differences that help us pinpoint where and in what ways Kant departs from his celebrated predecessor. The fruits of this examination are a better understanding of Kant’s conception of (...) the discursivity of our understanding, his account of the difference between concepts and intuitions, and the particular flavor of his idealism. -/- . (shrink)

This work is a revised version of my dissertation, originally presented in 2002. It explores questions of God and faith in the context of Martin Heidegger's phenomenological ontology, as developed in Being and Time. One problem with traditional philosophical approaches to the question of God is their tendency to regard God's existence as an objective datum, which might be proven or disproven through logical argumentation. Since Kant, such arguments have largely been dismissed as predicated on a priori assumptions whose legitimacy (...) cannot be substantiated. This dismissal has led to a widening divorce between 'faith' and 'reason,' as the rational grounds for faith have come under increasing, and radical, attack. Heidegger's phenomenological ontology provides us a new approach to the question of faith by showing that concernful relations lie at the heart of our apprehension of Being. This affords us a new way of approaching the question of God philosophically; one which pursues this question, not in terms of metaphysical categories, but in terms of the existential concerns central to human life. At the same time that Heidegger allows us this new approach, however, his existential analyses seem to deny any legitimacy to religious faith. For the Heidegger of Being and Time, the human being is 'Being-towards-death,' i.e., essentially enclosed in finitude, whereas for religion the human being has an essential relation to the infinitude of God. This work, then, has a twofold purpose: It seeks, first, to explore the meaning of God and faith as these may be understood in the terms provided by Heidegger's phenomenological ontology. It seeks, second, to examine the way in which that ontology might be challenged and revised through a religious conception of human Being. (shrink)

This is a work in the philosophy of language and metasemantics. Its purpose is to help answer the question about how words acquire their meanings. The work is divided into two parts. The purpose of Part One is to defend the claim that, despite numerous attempts, the so-called Kripkenstein’s sceptical challenge, and especially the problem of finitude, has not been offered a successful straight solution. The purpose of Part Two is to critically examine Robert Brandom’s philosophy, which can be (...) treated as an answer to the sceptical challenge in my interpretation. My main claim is that although Brandom’s so-called normativist approach does provide a principled solution to the sceptical challenge, the proposal faces a host of other problems in the light of which I reject it. -/- What is Kripkenstein’s sceptical challenge? The name 'Kripkenstein' is an abbreviation used in the literature for Saul Kripke’s reading of Ludwig Wittgenstein’s later works, published in 1982. In the long essay, Kripke presents (that Wittgenstein presented) a sceptical challenge that demands an explanation of how any word can have a determinate meaning. The challenge is usually thought to consist of three interrelated problems: (1) the problem of finitude, (2) the problem of error, and (3) the problem of normativity. Following Martin Kusch, I view the problem of finitude as the most important one. According to the problem, briefly, since any actual subject is a finite being, i.e. capable of exhibiting only finite expressions of linguistic signs, it will always be possible to ask whether, in a given context, she is following a rule S1 or rule S2 that corresponds to the meaning of the sign. For example, supposing that the sign in question is '+', it can be asked whether the subject in a given context has followed the addition rule or an alternative quaddition rule, according to which any addition problem exceeding certain arbitrary cardinality results in five. According to the hypothesis, the actual use of '+' by any speaker is compatible with both rules. Since any speaker has only finite dispositions to the mathematical conduct, there will always be some limit after which there is no fact of the matter, according to the sceptic, which rule the subject will have turned out to have followed. Hence, it is indeterminate whether any actual subject has ever calculated according to the addition rule or the quaddition rule. -/- From my view, despite the work of Kripke and Kusch, the problem of finitude has not been taken as seriously as it ought to have been. This in turn has significant consequences for the metasemantic theory concerning the origin and nature of meaning. In particular, I claim that the way how the meaning of words is determined must be understood as temporal in nature. Moreover, I claim that Kripke’s causal-historical account of reference can work as a non-straight solution to the challenge that explains how at least the meanings of some words can be temporally determined. -/- One central aim of Brandom’s philosophy is to give a straight answer to the problem of finitude by providing an answer to the problem of normativity. However, I claim that Brandom’s version of the 'normativity of meaning' hypothesis cannot work as he intends. The key issues are difficult to summarise, but to put it succinctly, the crucial problem concerns Brandom’s ambition to give an answer to a version of Agrippa’s trilemma, or how a chain of justifications can end in anything else than (i) premises that have already been used, (ii) a primitive premise, or an (iii) infinitude of premises. My claim is that Brandom’s resolution to the trilemma is not sound. (shrink)

This article inquires into the clinical figure of paranoia and its constitutive role in the articulation of the nation-state discourse in Europe, uncovering a central tension between a principle of integrity and a dualist spatial configuration. A conceptual distinction between ‘border’ (finis) and ‘frontier’ (limes) will help to expose the political effects of such a tension, unveiling the way in which a solid and striated organisation of space has been mobilised in the topographic antagonism of the nation, sustaining the phantasm (...) of a self-enclosed, self-sufficient finitude. (shrink)

According to the transcendental Aesthetic of the Critique of pure reason, there are two properties of time that cannot be intellectualized: passage and infinitude. This study tries to show that these essential properties of time come to light in Kant’s Critique of Judgment. The contemplation of beauty will be understood as a non-successive time and the wonder that we experience in seeing the sublime will be understood through Kant’s concept of infinite moment. These two aesthetic concepts of time will (...) be integrated into Kant’s broader view of time as developed in the first Critique. (shrink)

This article provides a conceptual map of the debate on ideal and non‐ideal theory. It argues that this debate encompasses a number of different questions, which have not been kept sufficiently separate in the literature. In particular, the article distinguishes between the following three interpretations of the ‘ideal vs. non‐ideal theory’ contrast: (i) full compliance vs. partial compliance theory; (ii) utopian vs. realistic theory; (iii) end‐state vs. transitional theory. The article advances critical reflections on each of these sub‐debates, and highlights (...) areas for future research in the field. (shrink)

Does the human mind resemble the machines that can behave like it? Biologically inspired machine-learning systems approach “human-level” accuracy in an astounding variety of domains, and even predict human brain activity—raising the exciting possibility that such systems represent the world like we do. However, even seemingly intelligent machines fail in strange and “unhumanlike” ways, threatening their status as models of our minds. How can we know when human–machine behavioral differences reflect deep disparities in their underlying capacities, vs. when such failures (...) are only superficial or peripheral? This article draws on a foundational insight from cognitive science—the distinction between performance and competence—to encourage “species-fair” comparisons between humans and machines. The performance/competence distinction urges us to consider whether the failure of a system to behave as ideally hypothesized, or the failure of one creature to behave like another, arises not because the system lacks the relevant knowledge or internal capacities (“competence”), but instead because of superficial constraints on demonstrating that knowledge (“performance”). I argue that this distinction has been neglected by research comparing human and machine behavior, and that it should be essential to any such comparison. Focusing on the domain of image classification, I identify three factors contributing to the species-fairness of human–machine comparisons, extracted from recent work that equates such constraints. Species-fair comparisons level the playing field between natural and artificial intelligence, so that we can separate more superficial differences from those that may be deep and enduring. (shrink)

The chapter approaches the hermeneutic concept of experience introduced by Hans-Georg Gadamer in Truth and Method (1960) from the perspective of the conceptual history of experience in the Western philosophical tradition. Through an overview of the concept and the epistemological function of experience (empeiria, experientia, Erfahrung) in Aristotle, Francis Bacon, and Hegel, it is shown that the tradition has considered experience first and foremost in methodological terms, that is, as a pathway towards a form of scientific knowledge that is itself (...) increasingly immune to experience. Science strives “beyond” experience because of the limitations inherent in the fundamentally contingent, singular, and negative character of experience: experience comes to us through unpredictable chance encounters and in singular situations and negates, tests, or “imperils” previous knowledge, thereby transforming it. By contrast, philosophical hermeneutics rethinks experience precisely in terms of these limitations. In the hermeneutic approach articulated by Gadamer and Claude Romano, experience is an encounter with the irreducible finitude and historical situatedness of one’s understanding and conceptual framework, an encounter with an otherness that puts our preunderstanding to test and requires us to revise it. Hermeneutic experience is thus a singular event that irreparably transforms us. (shrink)

The 1929 confrontation between Heidegger and Cassirer in Davos (Switzerland) is pivotal for the history of the twentieth-century philosophy. The stake of that encounter was the appropriation of Kant’s legacy during the first half of the last century and the fate of Neo-Kantianism between the two World Wars. Since then, the “Davos disputation” has become controversial among researchers of the development of philosophical orientations in the twentieth century. Moreover, not only these researchers, but also the attendants of that dispute, express (...) opposite views on its outcome. Central at Davos was the issue of human finitude and transcendence within a Kantian framework. Although Kant addresses this issue most explicitly in his moral philosophy, the research of the Davos disputation tends to focus primarily on theoretical matters. The thesis revaluates Heidegger’s and Cassirer’s debate on human finitude and transcendence against the background of their written interpretations of Kant’s critical ethics. Heidegger’s reading of Kant’s conception of human finitude turns out to underestimate Kant’s views on the human potential for transcending, while Cassirer turns out to overestimate that potential by downplaying Kant’s arguments for ineluctable finitude. According to a moderate interpretative position, halfway between Heidegger’s and Cassirer’s, a finite being has, for Kant, a potential to transcend “within” – not “beyond” – finitude. (shrink)

This paper interprets the influential colony management simulator ‘Dwarf Fortress’ existentially, in terms of finitude, absurdity, and narrative. It applies Aarseth/Möring’s proposed method of game interpretation, adopting their definition of ‘cybermedia’ as a generalized game ontology, then providing a specialized ontology of ‘Dwarf Fortress’ which describes its genre and salient gameplay features, incorporating Ian Bogost’s concept of ‘procedural rhetoric’. It then gives an existentialist interpretation of ‘Dwarf Fortress’ which centres on ‘finitude’, ‘absurdity’, and ‘narrative’, showing that ‘Dwarf Fortress’ (...) is a game about the existential tensions involved in being human. We live knowing our lives and civilizations are finite, that there are radical limits on what we can know and do. There is no meaning inherent in the world, or in history, so it is up to us to create our own, and one of our most powerful ways of doing this is narrative. (shrink)

In this article I offer some existential-phenomenological reflections on the interrelationships among the forms of love, loss, finitude, and the human ways of being.

Words change meaning, usually in unpredictable ways. But some words’ meanings are revised intentionally. Revisionary projects are normally put forward in the service of some purpose – some serve specific goals of inquiry, and others serve ethical, political or social aims. Revisionist projects can ameliorate meanings, but they can also pervert. In this paper, I want to draw attention to the dangers of meaning perversions, and argue that the self-declared goodness of a revisionist project doesn’t suffice to avoid meaning perversions. (...) The road to Hell, or to horrors on Earth, is paved with good intentions. Finally and more importantly, I want to demarcate what meaning perversions are. This, I hope, can help us assess the moral and political legitimacy of revisionary projects. (shrink)

I evaluate two new objections to an infinitist account of epistemic justification, and conclude that they fail to raise any new problems for infinitism. The new objections are a refined version of the finite-mind objection, which says infinitism demands more than finite minds can muster, and the normativity objection, which says infinitism entails that we are epistemically blameless in holding all our beliefs. I show how resources deployed in response to the most popular objection to infinitism, the original finite-mind objection, (...) can be redeployed to address the two new objections. (shrink)

Moral enhancement is an ostensibly laudable project. Who wouldn’t want people to become more moral? Still, the project’s approach is crucial. We can distinguish between two approaches for moral enhancement: direct and indirect. Direct moral enhancements aim at bringing about particular ideas, motives or behaviors. Indirect moral enhancements, by contrast, aim at making people more reliably produce the morally correct ideas, motives or behaviors without committing to the content of those ideas, motives and/or actions. I will argue, on Millian grounds, (...) that the value of disagreement puts serious pressure on proposals for relatively widespread direct moral enhancement. A more acceptable path would be to focus instead on indirect moral enhancements while staying neutral, for the most part, on a wide range of substantive moral claims. I will outline what such indirect moral enhancement might look like, and why we should expect it to lead to general moral improvement. (shrink)

When faced with the complexity of an intersubjective system, in which one is oneself implicated, an epistemic humility that recognizes and respects the finitude of knowing is essential.

Localism is the view that the unit of evaluation in the scientific realism debate is a single scientific discipline, sub-discipline, or claim, whereas individualism is the view that the unit of evaluation is a single scientific theory. Localism is compatible, while individualism is not, with a local pessimistic induction and a local selective induction. Asay presents several arguments to support localism and undercut globalism, according to which the unit of evaluation is the set of all scientific disciplines. I argue that (...) some of his arguments clash with localism as well as with globalism and support individualism, and that individualism goes hand in hand, while localism does not, with the basic rule of how to evaluate an argument. (shrink)

Euclid's classic proof about the infinitude of prime numbers has been a standard model of reasoning in student textbooks and books of elementary number theory. It has withstood scrutiny for over 2000 years but we shall prove that despite the deceptive appearance of its analytical reasoning it is tautological in nature. We shall argue that the proof is more of an observation about the general property of a prime numbers than an expository style of natural deduction of the proof (...) of their infinitude. (shrink)

This paper asks whether phenomenal intentionality (intentionality that arises from phenomenal consciousness alone) has a relational structure of the sort envisaged in Russell’s theory of acquaintance. I put forward three arguments in favor of a relation view: one phenomenological, one linguistic, and one based on the view’s ability to account for the truth conditions of phenomenally intentional states. I then consider several objections to the relation view. The chief objection to the relation view takes the form of a dilemma between (...) Platonic and Aristotelian conceptions of the properties constitutive of the contents of phenomenally intentional states on this view: the Aristotelian view seems unable to account for all the apparent contents of phenomenally intentional states, but the Platonic view seems to be ontologically unacceptable. I also consider other objections from physicalism, phenomenology, and epistemology. (shrink)

This study is basically an investigation into the probabilities of place and how such probabilities affect concepts and propositions as they travel through time. I develop the concept of time as a place and argue that time is an infinite phenomenon, which is neither fixed, static, monolithic nor objective. I show that when concepts cross ontological jurisdictions they loss their truth-values because their formative meanings are radicalized by the time zone through which they travelled. The dynamicism of time itself implies (...) that concepts should not be employed in absolute sense at any circumstance. Truth-value is a travelling concept. As a travelling concept it is historical – it depends on what happened. What this demonstrates is that the determinant of truth-value of a concept or proposition is not merely the rules of logic but time constellations. I have demonstrated this in the context of intercultural philosophy by showing the pitfalls that should be avoided when one deals with concepts that travel through time. Truth is a continuous rather than a discreet variable. (shrink)

In his recent "Thomas vs. Thomas: A New Approach to Nagel's Bat Argument", Yujin Nagasawa interprets Thomas Nagel as making a certain argument against physicalism and objects that this argument transgresses a principle, laid down by Thomas Aquinas, according to which inability to perform a pseudo-task does not count against an omnipotence claim. Taking Nagasawa's interpretation of Nagel for granted, I distinguish different kinds of omnipotence claims and different kinds of pseudo-tasks, and on that basis show that Nagasawa's criticism of (...) Nagel is unsuccessful. I also show how his reflections do nonetheless point to a limitation of the approach he means to criticize. (shrink)

Emergence is much discussed by both philosophers and scientists. But, as noted by Mitchell (2012), there is a significant gulf; philosophers and scientists talk past each other. We contend that this is because philosophers and scientists typically mean different things by emergence, leading us to distinguish being emergence and pattern emergence. While related to distinctions offered by others between, for example, strong/weak emergence or epistemic/ontological emergence (Clayton, 2004, pp. 9–11), we argue that the being vs. pattern distinction better captures what (...) the two groups are addressing. In identifying pattern emergence as the central concern of scientists, however, we do not mean that pattern emergence is of no interest to philosophers. Rather, we argue that philosophers should attend to, and even contribute to, discussions of pattern emergence. But it is important that this discussion be distinguished, not conflated, with discussions of being emergence. In the following section we explicate the notion of being emergence and show how it has been the focus of many philosophical discussions, historical and contemporary. In section 3 we turn to pattern emergence, briefly presenting a few of the ways it figures in the discussions of scientists (and philosophers of science who contribute to these discussions in science). Finally, in sections 4 and 5, we consider the relevance of pattern emergence to several central topics in philosophy of biology: the emergence of complexity, of control, and of goal-directedness in biological systems. (shrink)

The chapter discusses Quentin Meillassoux's recent interpretation and critique of Heidegger's philosophical position, which he describes as "strong correlationism." It emphasizes the fact that Meillassoux situates Heidegger in the post-Kantian tradition of transcendental idealism that he defines in terms of a focus on the correlation between being and thinking. It is argued that Meillassoux's "speculative" attempt to overcome the Kantian philosophical framework in the name of absolute contingency should be understood as a further development and dialectical overcoming of its ultimate (...) contemporary form, the Heideggerian philosophy of finitude. (shrink)

El problema antropológico ya está presente en Histoire de la folie, porque en la locura se objetiva una verdad antropológica, y por medio de la psicología el hombre fija una relación con su verdad científica a partir del loco. El hombre encuentra el primer acceso a su ser verdadero desde una experiencia de locura como objetivación espontánea de un enunciado antropológico. Por otro lado, los análisis de Foucault sobre la literatura le permiten transitar el problema antropológico a partir de una (...) serie de imágenes que dan cuenta de una "experiencia de la finitud". (shrink)

Contextualism is the view that the extension of perspectival claims (involving e.g. predicates of personal taste or epistemic modals) depends on the context of utterance. Relativism is the view that the extension of perspectival claims depends on the context of assessment. Both views make concrete, empirically testable predictions about how such claims are used by ordinary English language speakers. This chapter surveys some of the recent empirical literature on the topic and presents four new experiments (total N=724). Consistent with contextualism (...) and inconsistent with relativism, the results suggest that the extension of perspectival claims depends on the context of utterance, not the context of assessment. (shrink)

In this article, I explore the problems of ficta ‘generation’ and ‘properties’ in light of the philosophies of Alexius Meinong and Roman Ingarden. Comparing Ingarden and the historical Meinong is not a novel idea. By contrast, comparing Ingarden and a phenomenological Meinong has not, to my knowledge, yet been explored. Here, I rely on Alberto Voltolini’s ‘phenomenological conception of außerseiende entities’. I devise Ingarden’s phenomenological ontology to account for the problems of ascription and generation that cripple Meinong’s account. In short, (...) I argue that Ingarden’s account is better suited to accommodate ficta’s generation and properties in a way that does not complicate our approach to fiction. (shrink)

Commentators have long agreed that Wodeham’s account of objects of judgment is highly innovative, but they have continued to disagree about its proper interpretation. Some read him as introducing items that are merely supervenient on (and nothing in addition to) Aristotelian substances and accidents; others take him to be introducing a new type of entity in addition to substances and accidents—namely, abstract states of affairs. In this paper, I argue that both interpretations are mistaken: the entities Wodeham introduces are really (...) distinct from substances and accidents, but, like substances and accidents, they are concrete (rather than abstract). Moreover, the key to understanding the significance of his theory, I contend, lies in a proper understanding of the theoretical role these entities play in his theory of judgment. (shrink)

There is a fundamental disagreement about which norm regulates assertion. Proponents of factive accounts argue that only true propositions are assertable, whereas proponents of non-factive accounts insist that at least some false propositions are. Puzzlingly, both views are supported by equally plausible (but apparently incompatible) linguistic data. This paper delineates an alternative solution: to understand truth as the aim of assertion, and pair this view with a non-factive rule. The resulting account is able to explain all the relevant linguistic data, (...) and finds independent support from general considerations about the differences between rules and aims. (shrink)

Translated into Japanese by Yuto Kannari from: “Transcendental Idealism and Strong Correlationism: Meillassoux and the End of Heideggerian Finitude,” by Jussi Backman, in Phenomenology and the Transcendental, edited by Sara Heinämaa, Mirja Hartimo, and Timo Miettinen, pp. 276–294. Copyright 2014. Routledge. Reproduced by permission of Taylor & Francis Group through PLSclear.

We can discern two opposing viewpoints regarding synesthesia. According to the first, it is an oddity, an outlier, or a disordered condition. According to the second, synesthesia is pervasive, driving creativity, metaphor, or language itself. Which is it? Ultimately, I favor the first perspective, according to which cross-sensory synesthesia is an outlying condition. But the second perspective is not wholly misguided. My discussion has three lessons. First, synesthesia is just one of a variety of effects in which one sense modality (...) causally impacts and reshapes experience associated with another. These effects are utterly common. However, due to their unfamiliarity, and to their conflict with a widespread conception of the role of the senses in perception and perceptual experience, until recently they have been surprising. Second, synesthesia nevertheless must be distinguished from other inter-modal effects that lead to misperception, such as crossmodal illusions. Third, synesthesia also may be distinguished from the potentially much broader class of synesthetic effects, which could be common across the population and within individuals. (shrink)

Study represents an application of the neutrosophic method, for solving the contradiction between communication and information. In addition, it recourse to an appropriate method of approaching the contradictions: Extensics, as the method and the science of solving the contradictions. The research core is the reality that the scientific research of communication-information relationship has reached a dead end. The bivalent relationship communicationinformation, information-communication has come to be contradictory, and the two concepts to block each other. After the critical examination of conflicting (...) positions expressed by many experts in the field, the extensic and inclusive hypothesis is issued that information is a form of communication. The object of communication is the sending of a message. The message may consist of thoughts, ideas, opinions, feelings, beliefs, facts, information, intelligence or other significational elements. When the message content is primarily informational, communication will become information or intelligence. The arguments of supporting the hypothesis are: a) linguistic (the most important being that there is "communication of information" but not "information of communication"; also, it is clarified and reinforced the over situated referent, that of the communication as a process), b) systemic-procedural (in the communication system is developing an information system; the informing actant is a type of communicator, the information process is a communication process), c) practical (the delimitation eliminates the efforts of disparate and inconsistent understanding of the two concepts), d) epistemological arguments (the possibility of intersubjective thinking of reality is created), linguistic arguments, e) logical and realistic arguments (it is noted the situation that allows to think coherently in a system of concepts - derivative series or integrative groups) f) and arguments from historical experience (the concept of communication has temporal priority, it appears 13 times in Julius Caesar’s writings ). In an axiomatic conclusion, the main arguments are summarized in four axioms: three are based on the pertinent observations of specialists, and the fourth is a relevant application of Florentin Smarandache’s neutrosophic theory. (shrink)

Using Riemann’s Rearrangement Theorem, Øystein Linnebo (2020) argues that, if it were possible to apply an infinite positive weight and an infinite negative weight to a working scale, the resulting net weight could end up being any real number, depending on the procedure by which these weights are applied. Appealing to the First Postulate of Archimedes’ treatise on balance, I argue instead that the scale would always read 0 kg. Along the way, we stop to consider an infinitely jittery flea, (...) an infinitely protracted border conflict, and an infinitely electric glass rod. (shrink)

Anhand der genaueren Analyse von Newtons experimentum crucis und der Argumentation, die er auf dieses Experiment stützt, sowie Goethes Kritik hieran sollen im Folgenden zwei verbreitete Vorurteile revidiert werden: -/- 1. Newton ist kein Dogmatiker, der methodische Ansprüche vertritt, die er nicht einlösen kann, sondern gründet seinen Anspruch, experimentelle Beweise führen zu können, auf einer vorbildlichen Methodologie kausaler Erklärungen, was seine Kritiker allerdings übersehen. 2. Goethe ist kein Antiwissenschaftler, der einen einzigartigen Kontrapunkt zur vorherrschenden wissenschaftlichen Tradition bildet, sondern steht inmitten (...) traditioneller Auffassungen zur Farbenlehre, deren experimentelle und methodologische Grundlagen bezüglich eines Erklärungsanspruches denen Newtons unterlegen sind. (shrink)

The central pillar of Austin’s theory of speech acts is the three-way distinction between locutionary acts like saying, illocutionary acts like asserting, and perlocutionary acts like persuading (Austin 1962: VIII-IX). While the latter distinction has been widely accepted, the former distinction has been frequently rejected due to Searle’s objections, who argued that since Austin’s locutionary acts are supposed to be forceful in the sense contrasting with neutral expression of a content and all force is by Austin’s own definition illocutionary, the (...) notion of a locutionary act collapses into that of an illocutionary act (Searle 1968). In this paper, I provide an interpretation of Austin’s distinction between locutionary and illocutionary acts and defend it against Searle’s objections. I argue that Searle’s main objection relies on mistakenly running together two notions of ‘force’: the Fregean notion of representational force as presentation-as-true and the Austinian notion of illocutionary force as the social-communicative significance of the speech act. Once we distinguish these we can see that although Searle is correct that Austin’s locutionary acts are forceful in the former sense, he’s mistaken in thinking that such force is illocutionary. Given this, his objection that locutionary acts collapse into illocutionary acts misses its mark. (shrink)

Robert Musil (1880-1942), the Austrian writer, essayist and author of Der Mann ohne Eigenschaften (MoE), and Max Scheler (1874-1928), the south German realist phenomenologist, shared a number of philosophical convictions and interests. These convictions and interests distinguish them from almost all their contemporaries. They are by no means common today although more common than they were. At the centre of their work stand detailed anatomies of the human heart.

The performance of one option can entail the performance of another. For instance, I have the option of baking a pumpkin pie as well as the option of baking a pie, and the former entails the latter. Now, suppose that I have both reason to bake a pie and reason to bake a pumpkin pie. This raises the question: Which, if either, is more fundamental than the other? Do I have reason to bake a pie because I have reason to (...) perform some instance of pie-baking—perhaps, pumpkin-pie baking? Or do I have reason to bake a pumpkin pie because I have reason to bake a pie? Or are they equally fundamental, as they would be if, say, I had reason to do each because each would have optimal consequences? The aim of this paper is to compare two possible answers to this question—omnism and maximalism—and to argue that the latter is preferable. Roughly speaking, maximalism is the view that only those options that are not entailed by any other option are to be assessed in terms of whether they have some feature (such as that of having optimal consequences), whereas omnism is the view that all options are to be assessed in terms of whether they have this feature. I argue that there are at least two reasons to prefer maximalism, for it is able to overcome two critical problems with omnism. (shrink)

The performance of one option can entail the performance of another. For instance, I have the option of baking a pumpkin pie as well as the option of baking a pie, and the former entails the latter. Now, suppose that both of these options are permissible. This raises the issue of which, if either, is more fundamental than the other. Is baking a pie permissible because it’s permissible to perform some instance of pie-baking, such as pumpkin-pie baking? Or is baking (...) a pumpkin pie permissible because it’s permissible to bake a pie? Or are they equally fundamental, as they would be if they were both permissible because, say, they both have optimal consequences? The aim of this paper is to compare two alternative responses to this issue—omnism and maximalism—and to argue that the latter is preferable. Roughly speaking, maximalism is the view that only those options that are not entailed by any other option are to be assessed in terms of whether they have some right-making feature F (such as that of having optimal consequences), whereas omnism is the view that all options are to be assessed in terms of whether they are F. I argue that maximalism is preferable to omnism because it provides a more plausible solution to the problem of act versions and is not subject to any problems of its own. And if I’m right about maximalism’s being preferable to omnism, then most moral theories, which are all versions of omnism, need significant revision. (shrink)

For Meinong, familiarly, fictional entities are not created, but rather merely discovered (or picked out) from the inexhaustible realm of Aussersein (beyond being and non-being). The phenomenologist Roman Ingarden, in contrast, offers in his Literary Work of Art of 1931 a constructive ontology of fiction, which views fictional objects as entities which are created by the acts of an author (as laws, for example, are created by acts of parliament). We outline the logic of fiction which is implied by Ingarden’s (...) approach, showing how it distinguishes the properties possessed by fictional objects (for instance of having been created by such and such an author in such and such a work) from characteristics (for instance of smoking a pipe, of living in Baker Street) which are merely associated with such objects. (shrink)

The article re-visits the different scholarly approaches to Hegel's end-of-art scenario, and then proposes a new reading whereby ending and finitude are presented as essential features of beautiful art. The first and most determinant of art's endings is the death of the Christly art object, not representations of Christ, but the actual death of (the son of) God himself as the last classical artwork. The death of God represents the last word in Greco-Roman art, the accomplishment of the beautiful (...) individuality and its failure to present the Absolute in a singular, naturally infected, lively, human (made) form. The ending of art brings about a new form of the sacred: the representational language of revelatory religion. The ongoing production of modern artistic forms is a feature of actuality ("Wirklichkeit") and as such is condemned to an infinite approximation of what has been. Such actuality nonetheless "ends" in the ironic discourse of contemporary artistic expression, which Hegel qualifies as a "Vereitelung". The final realization of the beautiful art form, as a human-informed singularity embodying absolute content, may well be the Encyclopedia of Philosophical Sciences, whose performative iteration takes place in the form of "worship" practiced in the modern, state university. (shrink)

This essay clarifies and defends the methodological multidimensionality and improvisational character of Clifford Geertz’s account of interpretation and explanation. In contrast to accounts of power analysis offered by Michel Foucault and Talal Asad, I argue that Geertz’s work can simultaneously attend to meaning, power, identity, and experience in understanding and assessing religious practices and cultural formations.

Robert Nozick initiated one of the most inspired and inspiring discussions in political philosophy with his 1974 response in Anarchy, State, and Utopia to John Rawls’s 1971 account of distributive justice in A Theory of Justice. These two works have informed an enormous amount of subsequent, especially liberal, discussions of economic justice, where Nozick’s work typically functions as a resource for those defending more right-wing (libertarian) positions, whereas Rawls’s has been used to defend various left-wing stances. Common to these discussions, (...) as found in politics generally (where similar kinds of arguments frequently are used to defend right and the left-wing policies and conclusions) is that they end in rather stubborn stalemates: the right defending minimal states while the left defends more extensive states. Interesting, too, is that both Nozick and Rawls take themselves to be consistent with, inspired by, and furthering Kant’s freedom project in the development of their own theories of justice. In this paper, I start by outlining the structures of these debates with an emphasis on the original disagreements between Nozick and Rawls. I then show how neither theory actually employed Kant’s own theory of justice, but rather drew on or out (presumed) implications of his ethical theory. In the final sections, I argue that if Nozick and Rawls had instead used Kant’s theory of justice and not his ethics, not only would their individual theories have been stronger, but they could have found ways of overcoming the unproductive stalemates that characterize their own as well as subsequent related discussions of economic justice as we currently find them in much scholarly and contemporary political debate. (shrink)

The chapter studies the speculative realist critique of the notion of finitude and its implications for the theme of the "end of the world" as a teleological and eschatological idea. It is first explained how Quentin Meillassoux proposes to overcome both Kantian and Heideggerian "correlationist" approaches with his speculative thesis of absolute contingency. It is then shown that Meillassoux's speculative materialism also dismantles the close link forged by Kant between the teleological ends of human existence and a teleological notion (...) of the "end of the world." Speculative materialism no longer sees the end of thought, or the end of the thinking human being, as an insurmountable limit of conceivability, but rather as one contingent and possible event among others. This allows us to conceive an "end of all things" in a positive sense with regard to which the old eschatological hope for the end of the present world of injustice and for the emergence of a new world of perfect, "divine" justice becomes meaningful and legitimate in an entirely new sense. (shrink)

A formulational debate is a debate over whether certain definitions of scientific realism and antirealism are useful or useless. By contrast, an epistemological debate is a debate over whether we have sufficient evidence for scientific realism and antirealism defined in a certain manner. I argue that Hilary Putnam’s definitions of scientific realism and antirealism are more useful than Bas van Fraassen’s definitions of scientific realism and constructive empiricism because Putnam’s definitions can generate both formulational and epistemological debates, whereas van Fraassen’s (...) can generate only formulational debates. (shrink)

My aim in this paper is to critically assess two opposing theses about the epistemology of religious belief. The first one, developed by John Mackie, claims that belief in God can be justified or warranted only if there is a good argument for the existence of God. The second thesis, elaborated by Alvin Plantinga, holds that even if there is no such argument, belief in God can be justified or warranted. I contend that the first thesis is plausibly false, because (...) belief in God is not just like a scientific hypothesis, and the second thesis is likely true if epistemic externalism is the correct view. However, even if the second thesis is true, I argue that to work on good arguments for God’s existence is unavoidable in order to cope with a new version of the Great Pumpkin objection, as well as to achieve other relevant purposes such as to convince rational observers outside the theistic community that belief in God is likely justified or warranted. (shrink)

Aristotle argues that provided we have moderate luck, we can attain eudaimonia through our own effort. He claims that it is crucial to attaining eudaimonia that we aim at an overall target in our lives to which all our actions are directed. He also claims that the proper target of a eudaimon human life is virtuous activity, which is a result of effort not chance. He criticises Theognis for saying that the most pleasant thing is to chance on love, arguing (...) instead that virtuous activity is the most pleasant thing. I argue that although Aristotle’s view is insightful and carefully worked out, he fails to show that Theognis is wrong. Effort is not necessarily the path to human eudaimonia and important things we attain by chance seem to have an irreplacable value. (shrink)