Since Friedrich Nietzsche, philosophers have grappled with the question of how to respond to nihilism. Nihilism, often seen as a derogative term for a ‘life-denying’, destructive and perhaps most of all depressive philosophy is what drove existentialists to write about the right response to a meaningless universe devoid of purpose. This latter diagnosis is what I shall refer to as existential nihilism, the denial of meaning and purpose, a view that not only existentialists but also a long line of (...) philosophers in the empiricist tradition ascribe to. The absurd stems from the fact that though life is without meaning and the universe devoid of purpose, man still longs for meaning, significance and purpose. Inspired by Bojack Horseman and Rick and Morty, two modern existentialist masterpieces, this paper explores the various alternatives that have been offered in how to respond to the absurd, or as Albert Camus puts it; the only “really serious philosophical problem” and concludes that the problem is compatible with a naturalistic world-view, thereby genuine and transcending existentialism. (shrink)

This paper focuses on the relation of genealogy and critique in Nietzsche’s late philosophy. It is argued that the late Nietzsche distinguishes between genealogy and critique. The genealogy of morality is a descriptive endeavor that shows the origin of values in processes of life. The critique of morality assesses the value of values from the perspective of life. It is argued that the concept of life is at the core of Nietzsche’s critical project and thus his fundamental standard. The paper (...) also examines the role of the genealogical method in Nietzsche’s critical project. It is shown that the genealogy of values prepares their critique. Moreover, Nietzsche regards the alleged epistemic success of his genealogies as an indirect confirmation of the superiority of his evaluative position, i.e. of his affirmation of life. (shrink)

O objetivo do presente artigo é comparar as perspectivas de Friedrich von Hayek e Hannah Arendt sobre a relação entre liberdade e política. A perspectiva de Hayek é chamada de liberdade da política devido a seu pessimismo quanto à capacidade da ação política estatal ampliar a liberdade individual. E a perspectiva de Arendt é chamada de liberdade na política devido a sua aceitação positiva do espaço político enquanto campo para o exercício da ação e da liberdade dos (...) indivíduos. A conclusão é que a liberdade na política pressupõe alguma liberdade da política, mas não se contenta com a liberdade negativa. A concretização da liberdade exige participação nos assuntos públicos e vida ativa na esfera pública. (shrink)

Conceived in the last days of August 1888 - the last summer of his lucid life – in Sils Maria (Switzerland), "Magnum in parvo: A philosophy in compendium" is a work that Friedrich Nietzsche (1844-1900) projected as a synthesis of his ill-fated capital project "The will to power" and in which the key themes of his thought are addressed. Nevertheless, a sudden change of opinion determined that this work saw the light not in the planned unitary form, but dissolved (...) and mixed with other materials in two different books: "Twilight of the Idols" (1889) and "The Antichrist" (1894) (a). Professor Joaquín Riera has scientifically and painstakingly reconstructed, translated to Spanish, introduced and carefully annotated this Nietzsche’s book project using the posthumous nietzschean fragments or Nachgelassene Fragmente (b) and the original Nietzschean manuscripts of the published books (c) critically edited by Giorgio Colli and Mazzino Montinari. In this regard, the title chosen for the reconstruction of the work is the last one Nietzsche wrote down in his postumous fragment 19 [3] of September 1888 (d) and the names of the chapters that allow the reconstruction of its content were also wrote down by the German philosopher in the Nachgelassene Fragmente 19 [4] of the same date (e). Specifically, the content of the lost book has been recovered from the indications Nietzsche left in the head of the chapters or sections of the orignal manuscripts of "Twilight of the Idols" (1889) and "The Antichrist" (1894) (f) . In short, this edition of “Magnun in parvo” has recovered a noteworthy work of Nietzsche as he designed it, allowing the Nietzschean schoolars to acces to a piece of a remarkable philosophical and literary value, more rounded, overall, than what its two offspring would become. -/- Notes: -/- (a) Mazzino Montinari: Nietzsche lesen. De-Gruyter-Studienbuch, 1982. -/- (b) Friedrich Nietzsche Werke. Kritische Gesamtausgabe, VIII 3. Nachgelassene Fragmente Anfang 1888 bis Anfang Januar 1889. De Gruyter, Berlin et New York, 1972. -/- (c) Friedrich Nietzsche Werke. Kritische Gesamtausgabe, VI 3. Der Fall Wagner. Götzen-Dämmerung. / Nachgelassene Schriften (August 1888-Anfang Januar 1889): Der Antichrist. Ecce homo. Dionysos-Dithyramben. / Nietzsche contra Wagner, De Gruyter , Berlin,1969. -/- (d) “Magnum in parvo: Eine Philosophie im Auszug”. Friedrich Nietzsche Werke. Kritische Gesamtausgabe, VIII 3. Nachgelassene Fragmente Anfang 1888 bis Anfang Januar 1889. De Gruyter, Berlin et New York, 1972 and Mazzino Montinari: Nietzsche lesen. De-Gruyter-Studienbuch, 1982. -/- (e) “1. Wir Hyperboreer; 2.Das Problem des Sokrates; 3.Die Vernunft in der Philosophie. 4. Wie die wahre Welt endlich zur Fabel; 5. Moral als Widernatur; 6. Die vier großen Irrthümer; 7. Für uns—wider uns; 8. Begriff einer Décadence-Religion; 9. Buddhismus und Christenthum; 10. Aus meiner Aesthetik; 11. Unter Künstlern und Schriftstellern; 12. Sprüche und Pfeile”. Friedrich Nietzsche Werke. Kritische Gesamtausgabe, VIII 3. Nachgelassene Fragmente Anfang 1888 bis Anfang Januar 1889. De Gruyter, Berlin et New York, 1972 and Mazzino Montinari: Nietzsche lesen. De-Gruyter-Studienbuch, 1982. -/- (f) Friedrich Nietzsche Sämtliche Werke. Kritische Studienausgabe, band 14, Kommentar zu den Bänden 1-13., Walter de Gruyter, Berlín/Nueva York/Múnich, 1988 and Mazzino Montinari: Nietzsche lesen. De-Gruyter-Studienbuch. (shrink)

HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA: O DESENVOLVIMENTO DA SOCIOLOGIA I -/- A SOCIOLOGIA NA ALEMANHA -/- -/- HISTORY OF SOCIOLOGY: THE DEVELOPMENT OF SOCIOLOGY I -/- SOCIOLOGY IN GERMANY -/- -/- -/- Emanuel Isaque Cordeiro da Silva – IFPE-BJ, CAP-UFPE e UFRPE. E-mail's: [email protected] e [email protected]. WhatsApp: (82)9.8143-8399. -/- PREMISSA -/- Na Alemanha, a Sociologia foi profundamente influenciada pela discussão filosófica, histórica e metodológica que se desenvolveu entre o final do século XIX e o início do século XX. Em seus fundamentos encontra-se (...) o pensamento de vários filósofos, como Johann Gottlieb Fichte (1762 -1814), Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling (1775 -1854), Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher (1768 -1834), Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770 -1831) e Friedrich W. Nietzsche (1844-1900). -/- O representante mais expressivo da Sociologia alemã é Max Weber (1864-1920). Outros pensadores, entretanto, contribuíram significativamente para a formação e o desenvolvimento da Sociologia na Alemanha, entre os quais Ferdinand Tönnies (1855 -1936), Werner Sombart (1863-1941), Georg Simmel (1858-1918) e os estudiosos que a partir da década de 1920 constituíram a chamada Escola de Frankfurt. -/- A obra desses autores liga-se fortemente ao processo de unificação alemã, promovido somente após o triunfo de Otto von Bismarck na Guerra Franco-Prussiana (1871), e à aceleração da industrialização alemã. Esses dois fatores conferiram à Alemanha uma situação muito diferente da de outros países europeus. -/- A alteração nas estruturas de poder, na Alemanha, não ocorreu por meio de uma revolução, como na França, mas por um acordo entre a bur-guesia industrial e os grandes proprietários de terra, tendo em vista uma transição mais adequada aos seus interesses. -/- Vale salientar, em nota, que após a Guerra Franco-Prussiana (1870-71), os príncipes alemães se reuniram no palácio de Versalhes (França), onde aclamaram Guilherme I, da Prússia, como o imperador alemão. Assim surgia o Império da Alemanha, em 1871. -/- A burguesia industrial não estava preocupada em alterar de modo significativo a estrutura fundiária, e os grandes proprietários, que se encastelaram na burocracia estatal, não permitiram a formulação de uma legislação trabalhista que prejudicasse os interesses da burguesia. Assim se fez uma mudança “por cima”, sem levar em conta os interesses dos trabalhadores urbanos ou rurais. Destacam-se aqui dois importantes soció-logos alemães: Georg Simmel e Max Weber, pela presença no Brasil. Depois, brevemente, falar-se-á aqui da famosa Escola de Frankfurt. -/- 1. Georg Simmel (1858-1918) -/- Nascido em Berlim, Georg Simmel é um pensador difícil de enquadrar em alguma tendência ou campo específico do conhecimento. Vamos ler um trecho do que escreveu sobre ele o sociólogo brasileiro Leopoldo Waizbort: -/- Quem tentar esboçar a fisionomia de Georg Simmel (1858-1918), logo se encontra em meio a dificuldades que são características próprias daquilo que se quer apreender. Simmel sempre postulou para seu próprio pensamento uma mobilidade e uma plasticidade para se adaptar ao seu objeto – uma multiplicidade de direções, uma defesa do fragmento –, que se opõem a toda tentativa de fixação e acabamento, a toda pretensão de sistema. Por isso todos os rótulos que lhe são atribuídos, apesar de possuírem seu teor de verdade, sempre soam tão falsos: vitalismo, relativismo, esteticismo, formalismo, irracionalismo, psicologismo, impressionismo e tantos mais. Disto também é exemplo o fato de Simmel, hoje considerado, ao lado de Max Weber e Ferdinand Tönnies, um dos “pais” da sociologia alemã, não poder ser classificado sem mais como “sociólogo”, sob pena de se perderem várias outras dimensões que são essenciais ao seu pensamento (WAIZBORT, 2000. p. 11). -/- G. Simmel foi o último dos sete filhos de um próspero comerciante judeu convertido ao cristianismo. Com a morte do pai, herdou uma fortuna considerável que lhe permitiu independência para desenvolver a vida acadêmica. Estudou História e Filosofia na Universidade de Berlim, onde foi aluno das mais importantes figuras acadêmicas da época. Em 1881, defendeu uma tese sobre Immanuel Kant e recebeu o título de doutor em Filosofia. Entre 1885 e 1914, lecionou Filosofia, Ética e Sociologia na Universidade de Berlim, mas nunca foi incorporado formalmente à universidade. -/- Ocupou o cargo de professor titular de Filosofia somente em 1914, em Estrasburgo, cidade onde permaneceu até a morte, em 1918. -/- Na virada do século XIX para o século XX na Alemanha, houve uma intensa efervescência filosófica, cultural e artística, cenário em que se desenvolveram a psicanálise, a teoria da relatividade, o positivismo lógico e a música atonal. Nesse cenário, Simmel tornou-se um conferencista muito aclamado e escreveu artigos e ensaios sobre os mais variados temas da Filosofia, como lógica, teoria do conhecimento, ética, estética ou metafísica, além de temas da Psicologia, da Sociologia, da História e da religião. -/- Escreveu também muitas biografias (de Johann Wolfgang von Goethe, de Friedrich Nietzsche, de Immanuel Kant e de Rembrandt, entre outros). -/- Suas obras sociológicas mais importantes são: Da diferenciação social (1890), A filosofia do dinheiro (1907), Sociologia (1908) e Questões fundamentais da Sociologia (1917). Georg Simmel teve influência marcante no desenvolvimento da Sociologia na Alemanha, nos Estados Unidos (em especial na Escola de Chicago) e na França (em Durkheim e seus colaboradores diretos). Suas obras foram traduzidas para o francês e o inglês, muitas vezes antes de ser publicadas em alemão. -/- 2. Max Weber (1864-1920) -/- Max Weber nasceu em 21 de abril de 1864, em Erfurt, e morreu em Munique, em 1920. De família abastada, teve uma educação formal de boa qualidade, o que lhe permitiu uma erudição notável. Com 18 anos, ingressou na Universidade de Heidelberg, onde escolheu como área de concentração o Direito e como correlatas a História, a Filosofia e a Economia. Nessa universidade, teve o primeiro contato com os escritos de Immanuel Kant e com neokantianos, os quais nunca deixou de lado em seus estudos. -/- Em 1889, concluiu o doutorado em Direito Comercial com uma tese sobre a história das sociedades comerciais da Idade Média. Em 1891, defendeu outra tese: A importância da história agrária romana para o direito público e privado. Em 1894, tornou-se professor de Economia na Universidade de Freiburg e, dois anos depois, transferiu-se para a Universidade de Heidelberg. -/- A partir de 1897, acometido de uma depressão profunda, não conseguiu desenvolver as atividades acadêmicas. Entre 1902 e 1903, retomou as atividades intelectuais, mas fora da universidade, pois não tinha condições psicológicas para ministrar aulas. No ano seguinte, tornou-se coeditor do Arquivo de Ciências Sociais, publicação muito importante para o desenvolvimento dos estudos sociológicos na Alemanha. -/- Entre agosto e dezembro de 1904, viajou, com Ferdinand Tönnies e Werner Sombart, aos Estados Unidos, por ocasião da Exposição Universal de Saint-Louis, onde entrou em contato com as igrejas e seitas protestantes daquele país e também com vários escritos de Benjamin Franklin (1706-1790), o que foi fundamental para suas pesquisas sobre a relação entre a ética protestante e o capitalismo. -/- Em 1907, recebeu uma herança significativa. A partir de então, dedicou-se exclusivamente à investigação histórica e sociológica. Em 1909, colaborou na fundação da Sociedade Alemã de Sociologia. Ao ser deflagrada a Primeira Guerra Mundial, em 1914, Weber foi convocado como oficial da reserva para dirigir um hospital militar. Entre as atividades no hospital encontrou tempo para continuar a escrever partes do livro que foi publicado postumamente por sua esposa, com o título Economia e sociedade. Além disso, desenvolveu estudos sobre ética econômica e as religiões universais e escreveu uma série de artigos para os grandes jornais da Alemanha. Nesses artigos, criticou a estrutura partidária do país e a burocratização das esferas políticas na Alemanha, afirmando que aquela situação ainda era a herança de Otto von Bismarck. -/- Em 1917, pronunciou uma conferência – A ciência como vocação – e produziu um escrito, no qual explicitou seu método – Ensaio sobre neutralidade axiológica nas ciências sociológicas e econômicas. -/- Pelas ideias expostas em debates e nos jornais e por sua erudição, Max Weber, após a derrota alemã na Primeira Guerra Mundial, fez parte da comissão que redigiu, em 1919, a nova constituição política alemã, conhecida como a Constituição de Weimar. -/- Pode-se afirmar que a vida de Max Weber foi dedicada aos estudos, à pesquisa e à participação ativa na política alemã de seu tempo, por meio de conferências e artigos para jornais e revistas. -/- Weber não media esforços para analisar e com-preender mais profundamente os temas que elegia. Aprendeu grego e hebraico para ler a Bíblia no original, espanhol para ler os documentos sobre as companhias de navegação e comércio espanhol, russo para ler os jornais sobre os acontecimentos na Rússia de 1905 até a revolução de 1917, inglês para ler os textos estadunidenses sobre a vida religiosa e a ética dos protestantes. -/- Para Max Weber, o indivíduo é o núcleo de análise por ser o único que pode definir intenções e finalidades para seus atos. Desse modo, o ponto de partida da Sociologia é a compreensão da ação dos indivíduos, atuando e vivenciando situações sociais com determinadas motivações e intenções. Instituições como Estado e família só ganham sentido quando vistas da perspectiva das relações sociais. Assim, Max Weber não concebe a sociedade como um bloco, uma estrutura una, mas como uma teia de relações capazes de produzir sentido. -/- A obra de Max Weber é vasta e engloba história, direito e economia, passando pelas questões religiosas, pelos processos burocráticos, pela análise da cidade, da música e, enfim, pela discussão metodológica das ciências humanas e dos conceitos sociológicos. -/- Entre os seus escritos, podemos destacar: A ética protestante e o “espírito” do capitalismo (1904-1905/1920), A ciência como vocação (1917), A política como vocação (1919), Economia e sociedade (1920), História geral da economia (1923) e Ensaios reunidos de sociologia da religião (1917/1920). -/- Outros sociólogos alemães mantiveram-se em atividade após a Primeira Guerra Mundial, como Ferdinand Tönnies, Leopold von Wiese (1876 -1969), Hans Freyer (1887-1969) e Franz Oppenheimer (1864 -1943), que fundou, em 1919, a primeira cátedra de Sociologia na Alemanha, em Frankfurt. -/- 3. A Escola de Frankfurt -/- Logo após a morte de Max Weber, abriu-se um novo horizonte para a Sociologia alemã com a fundação do Instituto de Pesquisa Social, vinculado à Universidade Johann Wolfgang Goethe de Frankfurt, que ficou conhecido como Escola de Frankfurt. Em 1923, um grupo de intelectuais – entre eles Friedrich Pollok (1894-1970), Leo Löwenthal (1900-1993), Karl August Wittfogel (1896-1988), Max Horkheimer (1895-1973) e Theodor Adorno (1903-1969) – desenvolveu uma análise da sociedade contemporânea com base em concepções filosóficas de Immanuel Kant, Friedrich Hegel e Friedrich Nietzsche, em visões sociológicas de Karl Marx e de Max Weber e no pensamento de Sigmund Freud. -/- Os integrantes do grupo de Frankfurt pretendiam desenvolver uma teoria crítica da sociedade capitalista e buscavam explicar fenômenos que iam da análise da personalidade autoritária à indústria cultural. Mantiveram a crítica ao positivismo e ao pragmatismo, procurando demonstrar a necessida-de de refletir sobre as condições que permitiram a emergência do nazismo e sobre o significado dessa ideologia. As reflexões desses intelectuais culminaram com uma crítica à razão instrumental e às formas de controle sobre a sociedade contemporânea. -/- Além dos estudiosos citados, são representantes desse pensamento Walter Benjamin (1892-1940), Erich Fromm (1900-1980) e Herbert Marcuse (1898-1979), entre outros. Todos os integrantes da Escola de Frankfurt precisaram sair da Alema-nha por causa da perseguição nazista. Adorno e Horkheimer voltaram ao país depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Deram continuidade à Escola de Frankfurt, entre outros, Jürgen Habermas (1929-), da segunda geração, e Axel Honneth (1949-), da terceira e atual geração. -/- REFERENCIAL TEÓRICO -/- CUIN, C. H.; GRESLE, F. História da Sociologia. Trad. Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Ensaio, 1994. -/- CULTURAL, A. Max Weber. Textos selecionados. 2ª ed. São Paulo: Abril Cultural, 1980. (Col. Os Pensadores). -/- NOVA, S. V. Introdução à Sociologia. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2004. -/- SILVA, A. et al. Sociologia em movimento. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2016. -/- VANDENBERGHE, F. As sociologias de Georg Simmel. 1ª ed. Petrópolis: Vozes, 2018. -/- WAIZBORT, L. As aventuras de Georg Simmel. São Paulo: USP, Curso de Pós-Graduação em Sociologia/Editora 34, 2000. -/- SBS - Sociedade Brasileira de Sociologia PUCRS - PPG em Ciências Sociais Avenida Ipiranga, 6681 - Partenon CEP: 90619-900 - Porto Alegre, RS [email protected] Emanuel Isaque © 2019. (shrink)

This article argues for a much more profound interconnection between philosophical romanticism and Walter Benjamin’s theses "On The Concept of History" than has been acknowledged up to now. It particularly reveals a number of parallels between Benjamin’s historical approach and the philosophy of history of the two principal thinkers of Early German Romanticism, Friedrich Schlegel and Novalis, who had already formed the object of Benjamin’s doctoral thesis. It examines Benjamin’s final philosophical work in the light of three central (...) topics inherited from Early German Romanticism, which have been less explored in romanticism studies and Benjamin scholarship, yet are decisive for helping clarify what is at stake in Benjamin’s text: the relation to prophecy; the question of messianism; and the heliotropism of the past. -/- _____________ Cet article défend l’idée d’un lien entre la philosophie romantique et les thèses de Walter Benjamin Sur le concept d’histoire bien plus profond qu’on ne l’a admis jusqu’à présent. Il met plus particulièrement en lumière des parallèles entre la démarche historique de Benjamin et la philosophie de l’histoire des deux principaux penseurs du premier romantisme allemand, Friedrich Schlegel et Novalis, auxquels Benjamin avait déjà consacré sa thèse de doctorat. L’article examine le dernier écrit majeur de Benjamin à la lumière de trois thématiques centrales héritées du romantisme, qui ont été peu approfondies tant dans les études romantiques que dans le commentaire benjaminien et qui sont pourtant décisives pour éclaircir ce qui est en jeu dans ce texte : le rapport à la prophétie ; la question du messianisme ; et l’héliotropisme du passé. (shrink)

The paper suggests that Samuel Taylor Coleridge’s arguments against sympathy after the French Revolution, Walter Benjamin’s claims against empathy following the traumatic shock of Modernity and the First World War, and Hannah Arendt’s critical take on compassion. after the Holocaust are similar responses to singular historical crises. Reconsidering Arendt’s On Revolution (1963) and its evocation of Hermann Melville’s novella Billy Budd (1891), I show first that the novella bears the traces of an essay by Samuel Taylor Coleridge, (...) “The Appeal to Law” (1809). Then, drawing on Walter Benjamin’s writings on trauma in Illuminations (1968, edited by Arendt), I discuss the political importance Arendt attaches to the proper way of telling a story, at a time when “the communicability of experience is decreasing” (Benjamin, Illuminations, 86). Through the analysis of Benjamin’s “The Storyteller” and Arendt’s “heartless” report on the Eichmann trial (1963), I equally show that, according to Arendt, testimonies must be narrated, or rather performed, in a dispassionate, dry, and compact manner so that they can be historically and politically relevant. (shrink)

This review highlights how fascism and populism qua, popular culture feeds each other. Hannah Arendt's introduction too is commented upon.

German Lutheran scholar Johann Friedrich Weitenkampf (d.1758) sets out to explain and refute the Turkish concept of fate, dividing his dissertation into two sections: the first outlining the Turkish-Muslim view of fate; and the second seeking to prove the invalidity of the Muslim concept of fate with philosophical argumentation. He begins with some brief notes on the historical origin of the Turks, turning then to the backstory of the Qur’an, which he claims can be divided into six sections or (...) topics, the last of which concerns its teachings on fate. According to Weitenkampf, in mainstream Islamic thought, fate is predetermined and immutable. Weitenkampf categorizes most Turks as Jabrites who believe that God is the source of all evil and that men do not have free will. Therefore, men are compelled to do evil or good through God’s omnipotence. He offers examples of how this belief is manifested in the actions and values of the Turks. According to Weitenkampf, since Turks believe in predestination, they do not flee plague-ridden cities or shun contact with those infected. They do not fear death. If they suffer, they believe fate decreed it. In battle, this makes them brave to the point of foolhardy. Weitenkampf also paraphrases an exhortation from the Qur’an in which Muslims are told not to avoid danger, as God has already determined their fate. . . . Weitenkampf’s dissertatio is a symptom of the struggle between the weakened Lutheran orthodoxy and the rise of Pietism and rationalism in the wake of the Enlightenment in the eighteenth century. Unlike other Lutheran authors, he analyzes Islamic thought through systematic philosophical argumentation, deeply influenced by his logic and metaphysics teacher Knutzen, who tried to combine Wolffan Enlightenment rationalism with pietistic spirituality. (shrink)

In this chapter I shall examine some of Johann Georg Hamann’s claims about how philosophers misuse, misunderstand, and are misled by language. I will then examine how he anticipates things that Friedrich Nietzsche and Ludwig Wittgenstein say on this topic.

Die Psychologie hat sich im zweiten Viertel des 19. Jahrhunderts langsam zu einer autonomen Disziplin entwickelt. Im Unterschied zu den anderen Figuren in dieser Entwicklung, Johann Friedrich Herbart, Ernst Heinrich Weber und Gustav Theodor Fechner, hat Lotze in seiner Medicinische Psychologie (1852) von Anfang an die neue Disziplin, die Psychologie, konsequent in enger Verbindung mit der Philosophie entwickelt. Damit hat er die Hoffnung gebremst, die Psychologie völlig experimentellen Untersuchungen zu überlassen, die um diese Zeit schon viele gepflegt haben. Lotze (...) scheute sich jedoch, diese Disziplin „philosophische Psychologie“ zu benennen. Sie war für ihn nur physiologische Psychologie, herausarbeitet mit Hilfe der Philosophie. Sie stellt nur Tatsachen fest, untersucht wie Körper und Seele sich zueinander verhalten und dies nicht nur empirisch, sondern auch „metaphysisch“. (shrink)

Kant’s teleology as presented in the Critique of Judgment is commonly interpreted in relation to the late eighteenth-century biological research of Johann Friedrich Blumenbach. In the present paper, I show that this interpretative perspective is incomplete. Understanding Kant’s views on teleology and biology requires a consideration of the teleological and biological views of Christian Wolff and his rationalist successors. By reconstructing the Wolffian roots of Kant’s teleology, I identify several little known sources of Kant’s views on biology. I argue (...) that one of Kant’s main contributions to eighteenth-century debates on biology consisted in demarcating biology from metaphysics. Kant rejected Wolffian views on the hierarchy of sciences, according to which propositions specifying the functions of organisms are derived from theological truths. In addition, Kant argued that organic self-organization necessitates a teleological description in order to show that self-organization does not support materialism. By demarcating biology and metaphysics, Kant made a small yet important contribution to establishing biology as a science. (shrink)

Johann Joachim Winckelmann (1717–68) was not a philosopher. In fact, Winckelmann had a strong interest in distancing himself from academic philosophy as he knew it. As Goethe reports, Winckelmann “complained bitterly about the philosophers of his time and about their extensive influence.” Still less was Winckelmann a Kantian philosopher; the first edition of Immanuel Kant’s Critique of Pure Reason did not appear until 1781, thirteen years after the fifty-year-old Winckelmann was shockingly murdered in Trieste. Nevertheless, many of Winckelmann’s ideas were (...) philosophically rich and suggestive and interestingly relevant to the philosophical problems that were later to be addressed by Kant and his philosophical contemporaries. It is no wonder, then, that Winckelmann’s influence can be detected in the works of some of the most important philosophically oriented thinkers of Germany in the late eighteenth and early nineteenth centuries. In addition to Kant himself, these thinkers included Gotthold Ephraim Lessing (1729–81), Johann Gottfried von Herder (1744–1803), Johann Wolfgang von Goethe (1749–1832), Friedrich Schiller (1759–1805), Friedrich Hölderlin (1770–1843), Friedrich Wilhelm Joseph Schelling (1775–1854), and Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770–1831). (shrink)

Dans La vie de l’esprit, Hannah Arendt propose une interprétation inédite du tournant (Kehre) survenu au sein de la pensée de Martin Heidegger au milieu des années trente. Arendt comprend en effet le tournant comme un événement biographique à situer entre les deux tomes qui regroupent les cours et essais que Heidegger a consacrés à Nietzsche entre 1936 et 1946. Selon elle, souci et Volonté de puissance viendraient à ne faire qu’un dans le premier tome du Nietzsche, alors (...) que Heidegger opérerait une répudiation de la volonté dans le second. La thèse d’Arendt peut-elle être confirmée par une lecture attentive du Nietzsche ? Sa conception du tournant permet-elle d’aborder le problème selon un angle adéquat ? Nous tenterons de répondre à ces questions à la lumière des fils conducteurs que seront pour nous les concepts de « souci », de « résolution » et de « décision ». (shrink)

The aim of this essay is to review Friedrich Nietzsche's "The Gay Science" in English Translation. It compares and contrasts the translations by Thomas Common, Walter Kaufmann, Josefine Nauckhoff, and R. Kevin Hill. First, I argue in favor of translating the work's title "Die Fröhliche Wissenschaft" as "The Gay Science" or perhaps more precisely as "The Gay Knowledge". Nietzsche who is likely the greatest stylist in the German language wrote with philological precision and succinctness. This exactitude and awareness (...) of the shaping influence of linguistic means on the contents expressed therefore needs to be reflected throughout in any kind of rendition of Nietzsche's artful texts and the evaluation and assessment thereof. (shrink)

This paper revisits the rhetorics of system and irony in Fichte and Friedrich Schlegel in order to theorize the utopic operation and standpoint that, I argue, system and irony share. Both system and irony transport the speculative speaker to the impossible zero point preceding and suspending the construction of any binary terms or the world itself—an immanent nonplace (of the in-itself, nothingness, or chaos) that cannot be inscribed into the world's regime of comprehensibility and possibility. It is because the (...) philosopher and the ironist articulate their speech immanently from this standpoint that system and irony are positioned as incomprehensible to those framed rhetorically as incapable of occupying it. This standpoint is philosophically important, I maintain, because it allows one to think how the (comprehensibility of the) world is constructed without being bound to the necessity of this construction or having to absolutize the way things are or can be. (shrink)

On September 11, 2001, many of us experienced life as what it is not: we lived an extreme instance of the spectacle, of the sublime outside the realm of ethics. Starting with a few compelling questions that the media representations of the attack on the New York World Trade Center inevitably raise, this paper explores a series of similarities, continuums, and extrapolations of the aesthetic in different types of discourse from Friedrich Schiller to Guy Debord. My assessment of the (...) individual‘s dissolution in the ritual (former dissident and present Czech President Václav Havel‘s phrase) rejects the bleak Marxist theories of manipulation, without overlooking, at the same time, the potential dangers of unfreedom that the process of surrendering to the spectacle implies. Living life as show time may ultimately, and oxymoronically, prove to be the only option toward an infinitude of choices. (shrink)

The catalogue of an exhibition of the Clemens-Sels-Museum in Neuss presents a selection of the museum's collection of drawings and watercolours from the late 18th century to the middle of the 19th century; with biographies of the artists as well as comments and interpretations of their works.

For Hölderlin and Adorno, the power to transcend one’s being-in-nature in order to capture nature in an image, is both the most dangerous and the most beautiful aspect of the human being. Hölderlin develops a model of reconciliation of man with nature where the transcendental power, as soon as it achieves a vision of nature, violates true nature by virtue of its finitude and so must pay for this “hybris” through self-sacrifice. Adorno appropriates this model for the work of art. (...) Nature can never be captured directly, but only indirectly, by the attempt and failure to capture it directly. This is the role of the work of art. A good work of art is one which criticizes its own appearing quality. It recognizes its own hybris and “explodes” its appearance. In the afterglow of this explosion, true nature “expresses itself.” Hölderlin limits this sacrificial model to Greek humanity. Modern humanity does not follow this negative dialectical model of reconciliation with nature. It conditions nature through its movement away from its source. The Modern poem also becomes a type of movement, a pathway involving an alternation of representations or tones. Each poetic “path” creates truth in the process of its own movement. There is no longer any true nature to reconcile with, but nature is transformed by the particular path chosen and followed. In this way, each work of art creates its own destiny. Adorno misses this aspect of Hölderlin. Whereas Adorno needed the sacrificial dynamic to provide a place for philosophical reflection at a safe distance from the work of art, Hölderlin’s Modern dynamic places any philosophical reflection within the material destiny of any individual work. It is Walter Benjamin who recognizes this Modern dynamic and his disagreements with Adorno are reflected in the difference between their interpretations of Hölderlin. What I hope to show most strikingly in this dissertation is the manner in which the work of art is a material thing, a direction, a process and a destiny, and how any engagement with the work operates along its destiny. (shrink)

In this chapter, I approach the subject of peace by way of Andrew Fiala’s pioneering, synthetic work on “practical pacifism.” One of Fiala’s articles on the subject of peace is entitled “Radical Forgiveness and Human Justice”—and if one were to replace “Radical Forgiveness” with “Peace,” this would be a fair title for my chapter. In fact, Fiala himself explicitly makes a connection in the article between radical forgiveness and peace. Also in support of my project, Fiala’s article names four of (...) the six historical figures who are central to my chapter, namely Marcus Aurelius, King, Arendt, and Nietzsche. Moreover, Fiala also insists there “forgiveness must be held in creative tension with justice,” and it is this very tension that forms the basis of my new conception of socially-just peace. To wit, I propose that socially-just peace is lovingly generous reimagining (peace) through intuitively self-overcoming tension (social justice). (shrink)

PREMISSA No século XIX, ocorreram transformações impulsionadas pela emergência de novas fontes energéticas (água e petróleo), por novos ramos industriais e pela alteração profunda nos processos produtivos, com a introdução de novas máquinas e equipamentos. Depois de 300 anos de exploração por parte das nações europeias, iniciou -se, principalmente nas colônias latino-americanas, um processo intenso de lutas pela independência. É no século XIX, já com a consolidação do sistema capitalista na Europa, que se encontra a herança intelectual mais próxima da (...) qual surgirá a Sociologia como ciência particular. No início desse século, as ideias do Conde de Saint-Simon (1760-1825), de Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831), de David Ricardo (1772-1823) e de Charles Darwin (1809-1882), entre outros, foram o elo para que Alexis de Tocqueville (1805-1859), Auguste Comte (1798-1857), Karl Marx (1818 -1883) e Herbert Spencer (1820-1903), entre outros, desenvolvessem reflexões sobre a sociedade de seu tempo. Auguste Comte e Karl Marx foram os pensadores que lançaram as bases do pensamento sociológico e de duas grandes tradições – a positivista e a socialista – que muito influenciaram o desenvolvimento da Sociologia no Brasil. 1 AUGUSTE COMTE E A TRADIÇÃO POSITIVISTA Isidore Auguste Marie François Xavier Comte nasceu em Montpellier, na França, em 19 de janeiro de 1798. Com 16 anos de idade, ingressou na Escola Politécnica de Paris, fato que teria significativa influência na orientação posterior de seu pensamento. De 1817 a 1824, foi secretário do Conde de Saint-Simon. Comte declarou que, com Saint -Simon, aprendeu muitas coisas que jamais encontraria nos livros e que, no pouco tempo em que conviveu com o conde, fez mais progressos do que faria em muitos anos, se estivesse sozinho. Toda a obra de Comte está permeada pelos acontecimentos que ocorreram após a Revolução Francesa de 1789. Ele defendeu parte dos princípios revolucionários e criticou a restauração da monarquia, preocupando-se fundamentalmente em reorganizar a sociedade, que, no seu entender, estava em ebulição e mergulhada no caos. Para Comte, a desordem e a anarquia imperavam em virtude da confusão de princípios (metafísicos e teológicos), que não se adequavam à sociedade industrial em expansão. Era, portanto, necessário superar esse estado de coisas, usando a razão como fundamento da nova sociedade. Propôs, então, a mudança da sociedade por meio da reforma intelectual plena das pessoas. De acordo com o pensador, com a modificação do pensamento humano, por meio do método científico, que ele chamava de “filosofia positiva”, haveria uma reforma das instituições. Com a proposta do estudo da sociedade por meio da análise de seus processos e estruturas, e da reforma prática das instituições, Comte criou uma nova ciência, à qual deu o nome de “física social”, passando a chamá-la posteriormente de Sociologia. A Sociologia representava, para Comte, o coroamento da evolução do conhecimento, mediante o emprego de métodos utilizados por outras ciências, que buscavam conhecer os fenômenos constantes e repetitivos da natureza: a observação, a experimentação, a comparação e a classificação. De acordo com esse pensador, a Sociologia, como as ciências naturais, deve sempre procurar a reconciliação entre os aspectos estáticos e os dinâmicos do mundo natural ou, no caso da sociedade humana, entre a ordem e o progresso. O lema da “filosofia positiva” proposta por Comte era “conhecer para prever, prever para prover”, ou seja, o conhecimento é necessário para fazer previsões e também para solucionar possíveis problemas. A influência de Comte no desenvolvimento da Sociologia foi marcante, sobretudo, na escola francesa, evidenciando-se em Émile Durkheim e seus contemporâneos e seguidores. Seu pensamento esteve presente em muitas das tentativas de criar tipologias para explicar a sociedade. Suas principais obras são: Curso de filosofia positiva (1830-1842), Discurso sobre o espírito positivo (1848), Catecismo positivista (1852) e Sistema de política positiva (1854). Para concluirmos, Comte explanava que para a superação da anarquia reinante na nova sociedade industrial, a filosofia positivista defendia a subordinação do progresso à ordem. O mesmo era contra o retorno de Luís XVIII ao trono: em sua concepção, a sociedade industrial que emergia requeria um governo fundado na razão. 2 A TRADIÇÃO SOCIALISTA: KARL MARX E FRIEDRICH ENGELS Karl Heinrich Marx nasceu em Tréveris, na antiga Prússia, hoje Alemanha, em 1818 e, em 1830, ingressou no Liceu Friedrich Wilhelm, nessa mesma cidade. Anos depois, foi cursar Direito na Universidade de Bonn, transferindo-se para Berlim em seguida. Pouco a pouco, entretanto, seus interesses migraram para a Filosofia, área na qual defendeu, em 1841, a tese de doutorado A diferença da filosofia da natureza em Demócrito e Epicuro. Sua vida universitária foi marcada pelo debate político e intelectual influenciado pelo pensamento de Ludwig Feuerbach (1804-1872) e, principalmente, pelo de Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770- 1831). Friedrich Engels (1820-1895) nasceu em Barmen (Renânia), na antiga Prússia, hoje Alemanha, filho mais velho de um rico industrial do ramo têxtil. Terminou sua formação secundária em 1837 e a partir de então sua formação intelectual foi por conta própria (autodidata), com alguns cursos universitários esparsos e de curta duração. Desde cedo começou a trabalhar nas empresas de seu pai e foi nessa condição que se deslocou para Bremen por três anos e depois foi enviado pelos pais a Manchester, na Inglaterra, onde trabalhou nas fábricas da família. Engels ficou impressionado com a miséria na qual viviam os trabalhadores das fábricas inglesas. Os dois, Marx e Engels, se encontraram em 1842, quando Marx passou a escrever para A Gazeta Renana, jornal da província de Colônia, do qual Engels era colaborador e mais tarde editor-chefe. O jornal, que criticava o poder prussiano, foi fechado em 1843, e Marx se viu desempregado. Ao perder o emprego, mudou-se para Paris, na França. Ali escreveu, em 1844, os Manuscritos econômico-filosóficos (só publicados em 1932) e, junto com F. Engels, o livro A sagrada família. Por sua vez, F. Engels, em 1844, decidiu voltar para a Alemanha, onde publicou, em 1845, A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. Entre 1845 e 1847, Marx exilou-se em Bruxelas, na Bélgica, onde escreveu A ideologia alemã (em parceria com Friedrich Engels) e Miséria da filosofia (1847), obra na qual criticou o filósofo Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865). Em 1848, ainda na Bélgica, a parceria com Engels se solidificou ao escreverem juntos o livreto O Manifesto Comunista. Em 1848, Marx foi expulso da Bélgica e retornou a Colônia, na Alemanha (Prússia), sempre pensando na possibilidade de uma mudança estrutural em sua terra natal. Isso, entretanto, não aconteceu e Marx foi expulso da Alemanha em 1849, ano em que migrou para Londres, na Inglaterra, onde permaneceu até o fim da vida. Lá escreveu O 18 Brumário de Luís Bonaparte (1852), sua mais importante obra de reflexão sobre a vida política europeia do século XIX, desenvolveu pesquisas e concluiu seu maior trabalho: O capital: crítica da economia política. O primeiro volume dessa obra foi publicado em 1867; os outros três, em 1885, 1894 e 1905, após a morte de Marx, revisados por F. Engels. 2.1 O contexto histórico e a obra de Marx e Engels Para situar a obra de Marx e Engels, é necessário conhecer um pouco do que acontecia em meados do século XIX. Com as transformações que ocorriam no mundo ocidental, principalmente na esfera da produção industrial, houve um crescimento expressivo no número de trabalhadores industriais urbanos, com uma consequência evidente: precariedade da vida dos operários nas cidades. As condições de trabalho no interior das fábricas eram péssimas. Os empregados eram superexplorados, alimentavam-se mal e trabalhavam em ambientes insalubres. Para enfrentar essa situação e tentar modificá-la, os trabalhadores passaram a se organizar em associações e sindicatos e a promover movimentos de reivindicação. Desenvolveu-se, então, uma discussão das condições sociais, políticas e econômicas para se definirem as possibilidades de intervenção nessa realidade. Desde o início do século XIX, muitos pensadores discutiram essas questões, nas perspectivas socialista e anarquista. Na Inglaterra podem ser citados, entre outros: William Godwin (1756-1836), Thomas Spence (1750-1814), Thomas Paine (1737-1809), Robert Owen (1771-1858) e Thomas Hodgkin (1787-1866). Na França, destacaram-se Étienne Cabet (1788- 1856), Flora Tristan (1803-1844), Charles Fourier (1772-1837) e Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865). Marx e Engels levaram em conta esses pensadores, debatendo com alguns contemporâneos e criticando-os. Além disso, incorporaram a tradição da economia clássica inglesa, presente principalmente nas obras de Adam Smith e de David Ricardo. Pode-se dizer, portanto, que Marx e Engels desenvolveram seu trabalho com base na análise crítica da economia política inglesa, do socialismo utópico francês e da filosofia alemã. Esses dois autores não buscavam definir uma ciência específica para estudar a sociedade (como a Sociologia, para Auguste Comte) ou situar seu trabalho em um campo científico particular. Em alguns escritos, Marx afirmou que a História seria a ciência que mais se aproximava de suas preocupações, por abarcar as múltiplas dimensões da sociedade, a qual deveria ser analisada na totalidade, não havendo uma separação rígida entre os aspectos sociais, econômicos, políticos, ideológicos, religiosos, culturais etc. O objetivo de Marx e Engels era estudar criticamente a sociedade capitalista com base em seus princípios constitutivos e em seu desenvolvimento, visando dotar a classe trabalhadora de uma análise política da sociedade de seu tempo. Assim, a tradição socialista nascida da luta dos trabalhadores, muitos anos antes e em situações diferentes, tem como expressão intelectual o pensamento de Karl Marx e Friedrich Engels. Para entender as concepções fundamentais de Marx e Engels é necessário fazer a conexão entre as lutas da classe trabalhadora, suas aspirações e as ideias revolucionárias que estavam presentes no século XIX na Europa. Para eles, o conhecimento científico da realidade só tem sentido quando visa à transformação dessa mesma realidade. A separação entre teoria e prática não é discutida, pois a “verdade histórica” não é algo abstrato e que se define teoricamente; sua verificação está na prática. Apesar de haver algumas diferenças em seus escritos, os elementos essenciais do pensamento de Marx e Engels podem ser assim sintetizados: • historicidade das ações humanas – crítica ao idealismo alemão; • divisão social do trabalho e o surgimento das classes sociais – a luta de classes; • o fetichismo da mercadoria e o processo de alienação; • crítica à economia política e ao capitalismo; • transformação social e revolução; • utopia – sociedade comunista. A obra desses dois autores é muito vasta e não ficou vinculada estritamente aos movimentos sociais dos trabalhadores. Pouco a pouco foi introduzida nas universidades como parte do estudo em diferentes áreas do conhecimento. Estudiosos de Filosofia, Sociologia, Ciência Política, Economia, História e Geografia, entre outras áreas, foram influenciados por ela. Na Sociologia, como afirma Irving M. Zeitlin, no livro Ideología y teoría sociológica, tanto Max Weber quanto Émile Durkheim fizeram, em suas obras, um debate com as ideias de Karl Marx. Pelas análises da sociedade capitalista de seu tempo e a repercussão que tiveram em todo o mundo, principalmente no século XX, nos movimentos sociais e nas universidades, Marx e Engels são considerados autores clássicos da Sociologia. No campo dessa disciplina, porém, o pensamento deles ficou um pouco restrito, pois perdeu aquela relação entre teoria e prática (práxis), ou seja, entre a análise crítica e a prática revolucionária. Essa relação esteve presente, por exemplo, na vida e na obra dos russos Vladimir Ilitch Ulianov, conhecido como Lênin (1870-1924), e Leon D. Bronstein, conhecido como Trotsky (1879-1940), da alemã Rosa Luxemburgo (1871-1919) e do italiano Antonio Gramsci (1891- 1937), que tiveram significativa influência no movimento operário do século XX. Com base no trabalho de Marx e Engels, muitos autores desenvolveram estudos acadêmicos em vários campos do conhecimento. Podemos citar, por exemplo, Georg Lukács (1885-1971), Theodor Adorno (1903-1969), Walter Benjamin (1892-1940), Henri Lefebvre (1901-1991), Lucien Goldmanm (1913 -1970), Louis Althusser (1918 -1990), Nikos Poulantzas (1936-1979), Edward P. Thompson (1924-1993) e Eric Hobsbawm (1917 -2012). O pensamento de Marx e Engels continua, assim, presente em todo o mundo, com múltiplas tendências e variações, sempre gerando controvérsias. REFERENCIAL TEÓRICO GEMKOW, H.; PSUA, I. M. L. Marx e Engels: Vida e Obra. São Paulo: Alfa e Ômega, 1984. 232 pp. GIANOTTI, J. A. Comte. São Paulo: Abril Cultural, 1978. 318 pp. (Col. Os Pensadores) KONDER, L. Marx: vida e obra. 7ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2007. 154 pp. (Col. Vida e Obra). (shrink)

This paper traces the ancestry of a familiar historiographical narrative, according to which early modern philosophy was marked by the development of empiricism, rationalism, and their synthesis by Immanuel Kant. It is often claimed that this narrative became standard in the nineteenth century, due to the influence of Thomas Reid, Kant and his disciples, or German Hegelians and British Idealists. The paper argues that the narrative became standard only at the turn of the twentieth century. This was not due to (...) the influence of Reid, German Hegelians, or British Idealists as they did not endorse the narrative, although Thomas Hill Green may have facilitated its uptake. The narrative is based on Kant’s historiographical sketches, as corrected and integrated by Karl Leonhard Reinhold. It was first fleshed out into full-fledged histories by two Kantians, Wilhelm Gottlieb Tennemann and Johann Gottlieb Buhle. Numerous historians, several of whom were not Kantians, spread it in the English-speaking world. They include Kuno Fischer, Friedrich Ueberweg, Richard Falckenberg, and Wilhelm Windelband. However, the wide availability of their works did not suffice to make the narrative standard because, until the 1890s, the Hegelian account was at least as popular as theirs. Among the factors that allowed the narrative to become standard are its aptness to be adopted by philosophers of the most diverse persuasions, its simplicity and suitability for teaching. (shrink)

This paper explores the reception of Kant's understanding of consciousness by both Romantics and Idealists from 1785 to 1799, and traces its impact on the theory of religion. I first look at Kant's understanding of consciousness as developed in the first Critique, and then looks at how figures such as Fichte, Jacobi, Hölderlin, Novalis, and Schleiermacher received this theory of consciousness and its implications for their understanding of religion.

Collected essays consider points of affinity and friction between Walter Benjamin and Martin Heidegger. Despite being contemporaries, Walter Benjamin and Martin Heidegger never directly engaged with one another. Yet, Hannah Arendt, who knew both men, pointed out common ground between the two. Both were concerned with the destruction of metaphysics, the development of a new way of reading and understanding literature and art, and the formulation of radical theories about time and history. On the other hand, their (...) life trajectories and political commitments were radically different. In a 1930 letter, Benjamin told a friend that he had been reading Heidegger and that if the two were to engage with one another, “sparks will fly.” Acknowledging both their affinities and points of conflict, this volume stages that confrontation, focusing in particular on temporality, Romanticism, and politics in their work. (shrink)

Translation from German to English by Daniel Fidel Ferrer -/- What Does it Mean to Orient Oneself in Thinking? -/- German title: "Was heißt: sich im Denken orientieren?" -/- Published: October 1786, Königsberg in Prussia, Germany. By Immanuel Kant (Born in 1724 and died in 1804) -/- Translation into English by Daniel Fidel Ferrer (March, 17, 2014). The day of Holi in India in 2014. -/- From 1774 to about 1800, there were three intense philosophical and theological controversies underway in (...) Germany, namely: Fragments Controversy, the Pantheism Controversy, and the Atheism Controversy. Kant’s essay translated here is Kant’s respond to the Pantheism Controversy. During this period (1770-1800), there was the Sturm und Drang (Storm and Urge (stress)) movement with thinkers like Johann Hamann, Johann Herder, Friedrich Schiller, and Johann Goethe; who were against the cultural movement of the Enlightenment (Aufklärung). Kant was on the side of Enlightenment (see his Answer the Question: What is Enlightenment? 1784). -/- What Does it Mean to Orient Oneself in Thinking? / By Immanuel Kant (1724-1804). [Was heißt: sich im Denken orientieren? English]. (shrink)

Kolloquiumsbeiträge des XV. Deutschen Kongresses für Philosophie 1990 in Hamburg. Mit Beiträgen von Herbert Schnädelbach, Hilary Putnam, Karl-Otto Apel, Walter Ch. Zimmerli, Rudolf A. Makkreel, Wolfgang Bartuschat, Elke Hahn und Klaus Vieweg, Roland Simon-Schaefer, Ruedi Imbach, Georg Wieland, Jan Peter Beckmann, Pierre Aubenque, Annemarie Gethmann-Siefert, Gernot Böhme, Dietrich Böhler, Jürgen Habermas, Friedrich Kambartel, Oswald Schwemmer, Dieter Birnbacher, Karl-Friedrich Wessel, Friedrich Rapp, Otfried Höffe, Henning Ottmann und Terry Pinkard.

This article explains Kant’s claim that sciences must take, at least as their ideal, the form of a ‘system’. I argue that Kant’s notion of systematicity can be understood against the background of de Jong & Betti’s Classical Model of Science (2010) and the writings of Georg Friedrich Meier and Johann Heinrich Lambert. According to my interpretation, Meier, Lambert, and Kant accepted an axiomatic idea of science, articulated by the Classical Model, which elucidates their conceptions of systematicity. I show (...) that Kant’s critique of the mathematical method is compatible with his adherence to this axiomatic conception of science. I further show that systematicity furthers traditionally accepted logical ideals of scientific knowledge, which explains why Meier and Kant think that sciences must be ‘systematic’. (shrink)

In the present paper we analyze the approach that sustains that history´s study is useful for the political activities improvement. Nowadays it is considered that the historian must not elaborate his works thinking to achieve an influence on the politics. Nevertheless, during the XIX century and previously, has been a different approach. Our reflection focus on two conspicuous works of the nineteenth century about the historical discipline: Historik by Johann G. Droysen and On the use and abuse of history for (...) life by Friedrich Nietzsche. This article dives on the moral role given to the study of history, as well as dives on the causes, postulated by both thinkers, that explain why history leads to a personal overcoming. Overcoming that subsequently rebound on the political issue. (shrink)

The Berlin Group for scientific philosophy was active between 1928 and 1933 and was closely related to the Vienna Circle. In 1930, the leaders of the two Groups, Hans Reichenbach and Rudolf Carnap, launched the journal Erkenntnis. However, between the Berlin Group and the Vienna Circle, there was not only close relatedness but also significant difference. Above all, while the Berlin Group explored philosophical problems of the actual practice of science, the Vienna Circle, closely following Wittgenstein, was more interested in (...) problems of the language of science. The book includes first discussion ever (in three chapters) on Walter Dubislav’s logic and philosophy. Two chapters are devoted to another author scarcely explored in English, Kurt Grelling, and another one to Paul Oppenheim who became an important figure in the philosophy of science in the USA in the 1940s–1960s. Finally, the book discusses the precursor of the Nord-German tradition of scientific philosophy, Jacob Friedrich Fries. Mehr anzeigen Weniger anzeigen . (shrink)

This collection of writings on aesthetics includes selections from Theodor Adorno, Walter Benjamin, Mikhail Bakhtin, Sigmund Freud, Martin Heidegger, Amy Mullin, Friedrich Nietzsche, and Frederich Wilhelm Joseph von Schelling. This collection may still be available as a print-on-demand title at the Ryerson University bookstore.

The aim of the paper is to provide a philosophical and historical background to current discussions about the changing relationships between the university and the state through revisiting the classical “Humboldtian” model of the university as discussed in classical German philosophy. This historical detour is intended to highlight the cultural rootedness of the modern idea of the university, and its close links to the idea of the modern national state. The paper discusses the idea of the university as it emerges (...) from the philosophy of Wilhelm von Humbold, Johann Gottlieb Fichte and Friedrich Schleiermacher, as well as - in the 20th century - Karl Jaspers and Jürgen Habermas. More detailed questions discussed include the historical pact between the modern university and the modern nation-state, the main principles of the Humboldtian university, the process of the nationalization of European universities, the national aspect of the German idea of culture (Bildung), and the tension between the pursuit of truth and public responsibilities of the modern university. In discussing current and future missions and roles of the institution of the university today, it can be useful to revisit its foundational (modern) German idea. In thinking about its future, it can be constructive to reflect on the evident current tensions between traditional modern expectations of the university and the new expectations intensified by the emergence of knowledge-based societies and market-driven economies. From the perspective of the tensions between old and new tasks of the university, it is useful to look back at the turning point in its history. (shrink)

This article defends Ibn Khaldun as a social holist philosopher. Ibn Khaldun is an Arab philosopher regarded as a proto-social holist theorist of modern social thought. The central thesis of social holism asserts that human beings are social creatures because they depend upon one another for their biological existence and the development of human cognitive potential. Many European philosophers since the eighteenth century, including Giambattista Vico, Jean-Jacques Rousseau, Johann Gottfried Herder, Georg Wilhelm Friedrich Hegel, and Ferdinand Tönnies, contributed their (...) roles to the development of social holism in the modern Western tradition. Significantly, after Aristotle and before these European social holist theorists, Ibn Khaldun developed his notion of social holism in the fourteenth century in the Islamic tradition. The key argument of Ibn Khaldun’s social holism holds that cooperation is essential for human existence. He makes a distinction between the sedentary and the nomadic social groups. Ibn Khaldun claims that Asabiyyah is the central value of the nomadic society. ‘Asabiyyah’ refers to ‘social cohesiveness’ which binds people together. Indeed, Ibn Khaldun is an essential philosopher because he is not only a bridge between classical and modern thought in Western tradition but also between Islamic and Western traditions. Thus, I argue that Ibn Khaldun is a significant social holist philosopher. (shrink)

ENGLISH ABSTRACT: This thesis is a philosophical exposition of violence informed by two theoretical positions which confront complexity as a phenomenon. These positions are complexity theory and deconstruction. Both develop systemsbased understandings of complex phenomena in which relations of difference are constitutive of the meaning of those phenomena. There has been no focused investigation of the implications of complexity for the conceptualisation of violence thus far. In response to this theoretical gap, this thesis begins by distinguishing complexity theory as a (...) general, trans-disciplinary field of study from critical complexity theory. The latter is used to develop a critique and criticism of epistemological foundationalism, emphasising the limits to knowledge and the normative and ethical dimension of knowledge and understanding. The epistemological break implied by this critique reiterates the epistemological shift permeating the work of, among others, Friedrich Nietzsche and Jacques Derrida. In this context, critical complexity theory begins to articulate the idea of violence on two levels: first, as an empirical, ethical problem in the system; and, secondly, as asymmetry and antagonism. Violence in this second sense is implicated in the dynamic relations of difference through which structure and meaning are generated in complex organisation. The sensitivity to difference and violence shared by critical complexity theory and deconstruction allows for the parallel reading of these philosophical perspectives; and for the supplementation and opening of critical complexity theory by deconstruction within the architecture of this thesis. This supplementation seeks to preserve the singularity of each perspective, while exploring the potential of their points of affinity and tension in the production of a coherent philosophical analysis of violence. Deconstruction offers a more developed understanding of violence and a wealth of related motifs: différance, framing, law, singularity, aesthetics and others. These motifs necessitate the inclusion of other philosophical voices, notably, that of Nietzsche, Arendt, Kant, Levinas, and Benjamin. In conversation with these authors, this thesis links violence to meaning, to its possibility, to its production and to the process by which meaning comes to change. Given these links, violence is conceptualised in relation to the notion of difference on three distinct levels. The first is the difference between elements in a complex system of meaning; the second is the notion of difference between systems or texts around which boundaries or frames can be drawn; and the third is the notion of difference between meaning and the absence of meaning. This discussion examines the relationship between this violence implicated in the constitution of meaning and the more colloquial understanding of violence as atrocity, as rape, murder and other socially, politically and ethically problematic expressions thereof. It is to empirical violence, following Derrida and Levinas, that we are called to respond and to intervene in the suffering of the other. The ethical and political necessity of response anchors this discussion of violence. And, it is towards the possibility of an adequate response – the possibility of an ethics sensitive to its own violence and a politics that is directed at the eradication of empirical violence – which this discussion navigates. (shrink)

The text addresses conceptions of human selfhood and humankind as developed by two major nineteenth-century German-speaking historians, Johann Gustav Droysen and Jacob Burckhardt. It aims at ascertaining to what extent the historical anthropologies proposed by both authors can be considered to be humanistic. We will attempt to provide an answer to this question while locating and discussing both humanistic and anti-humanistic features in their texts. Humanism is understood here as a perspective that emerged within the framework of the philosophy of (...) the Enlightenment, for example, in Immanuel Kant's ethics and in Friedrich Niethammer's pedagogy. On the one hand, we will define Droysen's and Burckhardt's anthropologies as humanistic, stressing their intellectual connection to the universalistic notions of humankind and human nature developed in the late eighteenth-century. On the other, we will relativize this predicament by exploring their main anti-humanistic traits, i.e. nationalism, with regard to Droysen, and aestheticism, in the case of Burckhardt. (shrink)

This article exploits a core defect in the phenomenology of sensation and self. Although phenomenology has made great strides in redeeming the body from cognitive solipisisms that often follow short-sighted readings of Descartes and Kant, it has not grappled with the specific kind of self-reflexivity that emerges in the sense of taste with the thoroughness it deserves. This path is illuminated by the works of Martin Luther, Jean-Luc Marion, and Jacques Derrida as they attempt to think through the specific phenomena (...) accessible through the lips, tongue, and mouth. Their attempts are, in turn, supplemented with detours through Walter Benjamin, Hélène Cixous, and Friedrich Nietzsche. The paper draws attention to the German distinction between Geschmack and Kosten as well as the role taste may play in relation to faith, the call to love, justice, and messianism. The messiah of love and justice will have been that one who proclaims: taste the flesh. (shrink)

Langeweile wird in dieser Anthologie als Signatur der Moderne lesbar: Sie durchdringt die gegenwärtige Kultur, wird aber nach wie vor weggeschoben, ja tabuisiert. Der Band bietet eine Textauswahl von klassischen Denkern sowie von Autorinnen und Autoren des modernen Diskurses bis heute und stellt den Zusammenhang mit verwandten Phänomenen der Sinnleere und Erschöpfung her. Als zunehmendes Massenphänomen in saturierten Gesellschaften entwickelt die Langeweile eine pathologische Dynamik, wenn ihr nicht ein eigener Raum gelassen wird. Ein Plädoyer für die Anerkennung dieses unvermeidlichen Gefühls. (...) Mit Texten von Blaise Pascal, Immanuel Kant, Arthur Schopenhauer, Søren Kierkegaard, Charles Baudelaire, Friedrich Nietzsche, Georg Simmel, Walter Benjamin, Bertrand Russell, Iwan Gontscharow, Siegfried Kracauer, Emil Cioran, Giacomo Leopardi, Wolf Lepenies, Elizabeth S. Goodstein, Peter Toohey, Martin Doehlemann, Françoise Wemelsfelder und anderen. (shrink)

Logic diagrams have been increasingly studied and applied for a few decades, not only in logic, but also in many other fields of science. The history of logic diagrams is an important subject, as many current systems and applications of logic diagrams are based on historical predecessors. While traditional histories of logic diagrams cite pioneers such as Leibniz, Euler, Venn, and Peirce, it is not widely known that Kant and the early Kantians in Germany and England played a crucial role (...) in popularising Euler(-type) diagrams. In this paper, the role of the Kantians in the late eighteenth and early nineteenth centuries will be analysed in more detail. It shows that diagrams (or intuition in general) were a highly contentious topic that depend on the philosophical attitude and went beyond logic to touch on issues of physics, metaphysics, linguistics and, above all, mathematics. (shrink)

After an introduction into the history of book illustrations from the second half of the 18th century to the late 19th century follows a sketch of the evolution of illustrations for Johann Wolfgang Goethe’s novel “The Sorrows of Young Werther” from 1775 to 1870. The featured illustrations can be divided into groups of approximately 10 central motives. The resting points of the narrative were chosen as highlights of many illustrations: They depict the sentimental and idyllic scenes. The interpretation of the (...) illustrations is focused on the possibilities to gain new, esp. social psychological ways of understanding the novel. (shrink)

In this book she describes the perplexing crises which modern society faces as a result of the loss of meaning of the traditional key words of politics: justice ...

In this paper we present a philosophical motivation for the logics of formal inconsistency, a family of paraconsistent logics whose distinctive feature is that of having resources for expressing the notion of consistency within the object language in such a way that consistency may be logically independent of non-contradiction. We defend the view according to which logics of formal inconsistency may be interpreted as theories of logical consequence of an epistemological character. We also argue that in order to philosophically justify (...) paraconsistency there is no need to endorse dialetheism, the thesis that there are true contradictions. Furthermore, we show that mbC, a logic of formal inconsistency based on classical logic, may be enhanced in order to express the basic ideas of an intuitive interpretation of contradictions as conflicting evidence. (shrink)

According to the phenomenal intentionality research program, a state’s intentional content is fixed by its phenomenal character. Defenders of this view have little to say about just how this grounding is accomplished. I argue that without a robust account of representation, the research program promises too little. Unfortunately, most of the well-developed accounts of representation – asymmetric dependence, teleosemantics, and the like – ground representation in external relations such as causation. Such accounts are inconsistent with the core of the phenomenal (...) intentionality program. I argue that, however counter-intuitive it may seem, the best prospect for explaining how phenomenal character represents appeals to resemblance. (shrink)

This article introduces and defends the “pathological complexity thesis” as a hypothesis about the evolutionary origins of minimal consciousness, or sentience, that connects the study of animal consciousness closely with work in behavioral ecology and evolutionary biology. I argue that consciousness is an adaptive solution to a design problem that led to the extinction of complex multicellular animal life following the Avalon explosion and that was subsequently solved during the Cambrian explosion. This is the economic trade-off problem of having to (...) deal with a complex body with high degrees of freedom, what I call “pathological complexity.” By modeling the explosion of this computational complexity using the resources of state-based behavioral and life history theory we will be able to provide an evolutionary bottom-up framework to make sense of subjective experience and its function in nature by paying close attention to the ecological lifestyles of different animals. (shrink)

Since Boorse [Philos Sci 44(4):542–573, 1977] published his paper “Health as a theoretical concept” one of the most lively debates within philosophy of medicine has been on the question of whether health and disease are in some sense ‘objective’ and ‘value-free’ or ‘subjective’ and ‘value-laden’. Due to the apparent ‘failure’ of pure naturalist, constructivist, or normativist accounts, much in the recent literature has appealed to more conciliatory approaches or so-called ‘hybrid accounts’ of health and disease. A recent paper by Matthewson (...) and Griffiths [J Med Philos 42(4):447–466, 2017], however, may bear the seeds for the revival of purely naturalist approach to health and disease. In this paper, I defend their idea of Biological Normativity against recent criticism by Schwartz [J Med Philos Forum Bioethics Philos Med 42(4):485–502, 2017] and hope to help it flower into a revival of naturalist approaches in the philosophy of medicine. (shrink)