INTRODUÇÃO Segundo Pond (1975), os antepassados mais remotos dos suínos remontam há 40 milhões de anos, e parece que seu parente mais distante é o porco-do-cabo (Orycteropus afer), que viveu na região da Etiópia. Este é da ordem dos tubulidentados com focinho e orelhas alongadas, de hábitos noturnos e que se alimenta de insetos e raízes. Embora não exista um consenso unânime ao respeito, estima-se que a domesticação do porco doméstico atual iniciou-se na Europa entre os anos 7.000 e 3.000 (...) a. C., embora investigadores chineses reivindiquem a origem chinesa do porco doméstico atual que havia iniciado na região sul do país entre o ano 10.000 a. C. Aceita-se que a domesticação tenha se realizado de maneira lenta e progressiva e que os primeiros porcos eram pequenos e estavam em rebanhos pouco numerosos. Os porcos atuais pertencem ao gênero Sus e compreendem os porcos asiáticos (Sus vittatus) de tamanho pequeno; os célticos (Sus scrofa) provenientes do javali europeu e os porcos ibéricos (Sus mediterraneaus) de origem africana, de tamanho maior que os anteriores e introduzidos em todas as regiões do sul da Europa. A capacidade de adaptação do porco às diferentes condições climáticas determinou que sua exploração se realize em todos os continentes e em quase todos os países do mundo, com exceção daqueles onde, por razões de ordem cultural e religiosa, a sua exploração é vedada. O seu caráter cosmopolita está relacionado a sua grande capacidade de adaptação aos variados regimes alimentares, já que sua qualidade de onívoro lhes permite transformar diferentes produtos e subprodutos, alimentando-se tanto de recursos vegetais quanto de animais. Pode ser explorado de forma tradicional com recursos limitados ou de forma intensiva, combinando as mais sofisticadas técnicas de manejo relacionado à alimentação, sanidade, reprodução, transformação e comercialização. POPULAÇÃO MUNDIAL DE SUÍNOS DE RAÇAS LOCAIS Não existem estatísticas diferenciadas para a população mundial de suínos de raças locais. A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), estima que a população mundial de suínos em 2018 foi de 781,3 milhões de cabeças, que compreendem 460 milhões de cabeças na Ásia, 155 milhões na União Europeia, 75 milhões na América do Norte, 70 milhões na América Central e do Sul e 21 milhões de cabeças na África e Oceania. Observe o anexo e o gráfico: Figura 1: População mundial de suínos de produção industrial em 2018. Fonte: FAO, 2019. -/- G 1: Efetivo suíno mundial em 2018. FAO, 2019. G 2: 11 maiores países criadores de suínos em 2018. FAO, 2019. A elevada população de suínos no continente asiático é um indicador da importância que estes animais têm na alimentação dos habitantes dessa região. Na China, que possui o maior efetivo suíno do mundo, 440 milhões (FAO, 2019), os porcos estão geralmente incorporados sob sistemas integrados com a agricultura. O mesmo ocorre no Vietnã, onde a maior parte dos milhões de cabeças também estão em sistemas tradicionais de produção. Sobressaem, em importância, as raças Mong Cai, Thouc Nhieu e Ba Xuyen ambas com milhares e até milhões de exemplares cada uma. Na Indonésia, dados desatualizados obtidos por Aritonang et. al. 1993, a população de suínos chegou a 8,6 milhões de cabeças, e que esses porcos locais representavam mais de 95% da população de distritos como Deli Serdang, North Tapanuli e Nias em Sumatra. As raças asiáticas, com as suas múltiplas características, foram objeto, nos respectivos países, de programas especiais para melhorar a sua produção. Outros países, principalmente a França e os Estados Unidos da América, iniciaram estudos sobre as raças asiáticas com o propósito de aproveitar alguns fatores genéticos próprios destas, como a alta fertilidade. Na Europa, países como Portugal e Espanha, tentaram conservar alguns genótipos de raças locais. Segundo dados do Anuário Estatístico do Ministério da Agricultura (1985), citado por Paz Saez e Hernández Crespo (Sf.), a Espanha tinha em 1996 uma população suína local estimada em 1,5 milhões de cabeças das raças ibérica, celta, morcego e suas cruzes. As referências relativas à presença de suínos locais são escassas na África. Sarniguet, citado por D’Orgeval Dubouchet (1997), dava conta que em 1985 existiam apenas 564 porcos exóticos, o que põe em evidência a importância do rebanho local. No Burkina Faso (Kabore, 1996), a exploração de suínos ocupa o quarto lugar entre as explorações animais e, em 1994, contava com uma população de 552,3 mil cabeças, sendo ao dizer da autora, «a raça local de maior presença». Tal como noutros países, a informação é genérica e a maioria dos autores sustenta que os suínos locais apresentam uma grande variedade e que se distinguem em três tipos: pequenos, grandes e pesados. Os genótipos são de grande rusticidade e de baixa produtividade, mas de boa adaptação às mais variadas formas de manejo e sistemas de alimentação. A América Latina, conta com uma população significativa de porcos locais, provenientes dos porcos introduzidos por Colombo, em sua segunda viagem ao Novo Continente em 1493, e de outros que foram introduzidos posteriormente à medida que se generalizou a conquista do continente. Infelizmente, não existem dados precisos sobre a população de suínos locais em cada um dos países e os dados oficiais generalizam, quando sustentam que estas populações são «maioritárias». Na Colômbia, um trabalho realizado por C. Espinosa (comunicação pessoal em 1997) indica que o porco local, conhecido como crioulo ou "zungo" provém dos porcos ibéricos conhecidos como lisos ou pelados e que estes localizaram-se inicialmente no departamento de Córdoba e depois no resto do país. Demonstra que os suínos locais estão a desaparecer rapidamente em consequência da introdução de "raças modernas". No entanto, não se quantifica o seu número e sustenta-se que, até há algumas décadas, constituíam a maioria dos animais explorados pelos camponeses das regiões afastadas. Na Bolívia, Amurrio (1996) indica que, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas, a população suína total era de 2,2 milhões de cabeças, que forneceram 25% da carne consumida. Embora não precise da população local, considera-se que este genótipo «é menor do que no passado» e que os animais que se encontram com maior frequência provém de cruzamentos com raças importadas. No Equador, os trabalhos realizados por Alvarado e Gómez (1982) e por Molina (1988-1995), põem em evidência que os rebanhos locais estão compostos em 50% dos casos por 1-4 mães e que contribuem com 25% da produção nacional de carne e com 30% da gordura. Iaso indica a sua importância na alimentação. Em um trabalho realizado por Benítez (1995), descobriu-se que no país existiam 2,1 milhões de suínos explorados no sistema tradicional, e que desta população tão somente de 3 a 5%, segundo a região, eram animais provenientes das raças ibéricas. Na zona central e no sul do país encontram-se genótipos provenientes dos suínos ibéricos conhecidos como «runas», «jungas» ou «crioulos». A população de suínos tende a aumentar em quase todos os países da América Latina como resultado dos cruzamentos entre as populações de raças ibéricas e as raças modernas. No Equador, há uma população de porcos de 2,7 milhões de cabeças (FAO, 2000). O Banco Central do Equador, no Boletim Anuário 19 (1997), assinala que em 1996 existiam 2,7 milhões de suínos e que produziram 36 mil toneladas de carne. Quanto ao Brasil, a deficiência de dados acerca do plantel de suínos locais é resultado das grandes críticas relativas aos sistemas de produção tradicionais e integrados. No entanto, dados obtidos pela FAO revelam que o efetivo total de suínos em 2018 foi de 38,8 milhões de cabeças, fazendo do país o quarto maior criador e produtor de suínos do mundo, gerando movimentação de toda cadeia produtiva de R$ 150 bilhões de reais, um produto bruto de R$ 62 bilhões de reais e 1,1 milhões de empregos diretos e indiretos (ABCS, 2016). É indiscutível que, pelas suas características zootécnicas e por terem sido explorados de maneira tradicional, sem investimentos maiores de tempo, recursos e tecnologia, os suínos locais não foram objeto de muitos estudos que permitam conhecer o seu verdadeiro potencial genético e a sua capacidade produtiva. -/- IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO INTEGRADOS Desde os primórdios da civilização, o homem tem tentado obter alimentos suficientes. Infelizmente, em muitos países, por variadas razões, ainda há muita gente mal alimentada e que sofre com a fome. No início do século XXI, a subordinação afetou 800 milhões de habitantes e mais de 100 milhões têm uma alimentação desequilibrada (FAO, 1995). Enquanto, nos países industrializados, os excedentes produtivos tornam-se elementos desestabilizadores da economia e dão lugar à especulação. Geralmente, os animais, principalmente os monogástricos, são considerados como concorrentes do homem por recursos alimentares. Esquece-se que são também importantes transformadores de produtos e subprodutos não comestíveis diretamente pelos seres humanos e que uma adequada e racional exploração deles pode realizar-se a complementação das necessidades alimentares das populações. Os sistemas produtivos compreendem uma série de elementos que interagem com a finalidade de aumentar a produção. Os sistemas pecuários integram um território, as forragens e outros alimentos, as práticas, os rebanhos, as instalações, os recursos financeiros e a comercialização. Diversas espécies animais que coexistem na mesma exploração constituem subsistemas (Gibon, 1981). Os sistemas integrados de produção permitem a participação de diferentes espécies domésticas, incluindo os suínos. Sua capacidade de transformação digestiva assegura a eliminação, segundo Ensminger (1976), de até 36 toneladas de excrementos para cada 1.000 kg de peso vivo por ano, isto é, 3.600 kg anuais de excremento por animal de 100 kg. Por exemplo, um animal de 45 kg, peso aproximado dos porcos locais, elimina diariamente 3,5 kg entre fezes e urina, conforme Jensen (1974). Estes resíduos são de grande utilidade para manter a fertilidade dos solos, bem como para servir de alimento a espécies com grande poder de transformação como os peixes (Little e Edwars, 2001) e palmípedes, além de servir para o mercado de produção de gás através dos biodigestores. Nos sistemas tradicionais, a sua utilização adequada permitiu a exploração de sistemas integrados com várias espécies de peixes como a tilápia (Tilapia spp.), carpas (Cyprinus spp.) e peixes-gato (Clarias spp.). Segundo Holmess (1991), entre cinquenta e sessenta suínos produzem suficientes efluentes para satisfazer as necessidades alimentares de 20 mil a 50 mil peixes por hectare, com uma produção anual de 3,5 a 5,0 ton./ha/ano de peixes. Em algumas explorações, em particular nos países asiáticos, os suínos desempenham um papel importante nos sistemas integrados. Além de transformar produtos e subprodutos agrícolas e agroindustriais, suas excreções recicladas para a agricultura são utilizadas para gerar biogás em biodigestores (FAO). A energia produzida por este meio, satisfaz as necessidades das famílias tanto para a preparação de alimentos, usos artesanais e até mesmo aquecimento de moradias. Holnees (1991), sustenta que sete porcos são suficientes para produzir o biogás necessário como combustível para uma família de cinco membros. A necessidade de aprofundar-se em estudos relacionados com a integração de sistemas, é mais evidente se tiver em conta que os sistemas intensivos requerem um elevado investimento econômico e tecnológico, e que muitas vezes originam uma grande contaminação. Chirgwin et. al. (1997) expressam que no balanço de «eficiência» esses fatores se mostram pouco rentáveis, se considerar a «energia consumida em insumos e serviços requerida para gerar o produto». As experiências acumuladas nos países asiáticos (FAO), e em alguns outros países da África e da América Latina, mostram que os sistemas integrados de produção estão mais próximos de cumprir com os postulados universais de produzir para garantir um adequado nível nutricional da população, através da utilização de tecnologias que não alteram nem deterioram o ambiente. Não há dúvida de que ainda são necessários grandes esforços como o empreendido pela FAO, que permita a combinação de tecnologias, de programas sanitários, de produção e de marketing. A abordagem holística deve constituir a base de futuros programas para uma adequada utilização da energia para converter o porco, e outros animais, em transformadores de produtos e subprodutos com rendimento para a população humana. CONCENTRADORES DE NUTRIENTES A conformação gástrica do porco, em particular a estrutura anatômica do seu intestino e a sua qualidade de onívoro, permite-lhe consumir todos os tipos de alimentos. Dotado de um estômago com uma capacidade de armazenamento de 6 kg (para um porco de 100 kg), dispõe de um intestino delgado que pode atingir até 14 vezes o comprimento do corpo do animal e de um fígado volumoso que permite um adequado metabolismo, garantindo uma grande capacidade de transformação dos alimentos e de assimilação. Proporcionalmente, tem um intestino equivalente ao dobro do de um homem adulto (Serres, 1973). No porco, a baixa transformação do azoto inorgânico é compensada pela disponibilidade de uma variada e rica microflora intestinal, localizada ao longo do intestino, o que lhe permite uma excelente utilização de amidos e de gorduras, provenientes de cereais e leguminosas. Os porcos nos sistemas tradicionais, na maioria das vezes, recebem uma alimentação desequilibrada. No entanto, a sua rusticidade e o seu instinto de sobrevivência permitem-lhes encontrar uma dieta que assegure, além de sua mantença, a sua reprodução e produção, fornecendo energia e proteínas à dieta humana. Esta grande capacidade transformadora de alimentos é o que permitiu ao porco, de maneira ancestral e às novas raças, a integração nos sistemas industriais com grandes benefícios econômicos, como consequência da melhoria das taxas de conversão alimentar. SUÍNOS LOCAIS E A ECONOMIA RURAL A economia dos camponeses, em particular dos países em desenvolvimento, é majoritariamente rural, com disponibilidade de pequenas parcelas e onde os cultivos e as espécies animais exploradas são adaptadas às mais variadas condições climáticas. Nestas unidades de produção, a tecnologia utilizada é ancestral, os ciclos produtivos são regidos pelo costume, os calendários astrais de suas respectivas culturas e condicionados às condições climáticas. A tecnologia utilizada não foi inovada senão de uma forma muito parcial. Não são efetuados investimentos em fatores de produção externos e, muitas vezes, grande parte das colheitas perdem-se durante o armazenamento. Em muitos casos, apesar da grande variedade de culturas por parcela (CATER, 1982), a produtividade é baixa e apenas satisfaz as necessidades familiares com escassos remanescentes para ao câmbio ou «troca» e com uma quase nula disponibilidade de excedentes para a comercialização (Benitez et. al., 1987). A pecuária, nestas unidades de produção, caracteriza-se pela diversidade de espécies, entre as quais predominam os animais menores: porcos, cabras, galinhas, patos, e espécies autóctones, como os cuyes e camelídeos nos países andinos (Benitez, 1987), roedores como a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) nos países amazônicos e pequenos ruminantes e roedores nos países africanos (Malaisse In. CIUF, 1987). Neste contexto, os suínos, alimentados com produtos e subprodutos provenientes da propriedade, com desperdícios de cozinha e de restaurantes, com resíduos de plantações industriais, de fábricas e mesmo das lixeiras das pequenas e grandes cidades, constituem-se na esperança econômica das populações de baixos rendimentos que assentam sua economia na possibilidade de economizar por este mecanismo (Benitez, 1995). Com o propósito de dispor de recursos para satisfazer urgentes necessidades derivadas de suas atividades religiosas, sociais e culturais, os moradores contam com pequenos rebanhos de animais de 1 a 4 matrizes (Alvarado e Gómez, 1982; Benitez, 1995), ou pequenos rebanhos de 2,5 animais em média (Proaño e Chávez, 1998), que são alimentados com os recursos alimentares locais. Quando os excedentes são suficientes, os pequenos produtores mantêm um ou mais animais para engorda, mas a grande maioria das crias é destinada à venda. Os suínos destinados a criação ou engorda são uma fonte de poupança para a família. As fêmeas em gestação, como os animais de acabamento, quando alimentados com milho ou com produtos regionais: banana, tubérculos, cana e outros produtos geralmente pobres em proteínas, tentam satisfazer as suas necessidades nutricionais escavando a terra em busca de raízes, insetos e pequenos animais ricos em proteínas. Os animais entram em engorda quando deixam de ser utilizados como reprodutores e os machos são, geralmente castrados. O ciclo de engorda ou de acabamento pode durar entre dois e quatro meses, dependendo da disponibilidade de alimentos, depois são destinados à venda em feiras ou na unidade de produção até onde chegam os intermediários e compradores. A vida média destes animais ultrapassa largamente um ano de idade e pode chegar aos sete e nove anos, como no caso dos reprodutores que são engordados quando terminam o seu ciclo reprodutivo. Em todo o caso, a poupança, a disponibilidade de gordura e de proteínas são a contribuição substancial para uma família de escassos recursos. ZOONOSES E ANTROPOZOONOSES Embora uma grande variedade de doenças parasitárias, bacterianas, virais, micóticas e até nutricionais possam afetar os porcos, sua curta vida produtiva faz com que estas tenham uma mínima expressão nos ciclos produtivos, principalmente quando são prestados os cuidados necessários. Está provado que os suínos, e outros animais explorados extensivamente, não são atacados por doenças infectocontagiosas como acontece nas explorações intensivas com densidades elevadas. No entanto, estas doenças podem existir, como foi o caso dos suínos ibéricos que sofreram da Peste Suína Africana com graves perdas nos rebanhos e na economia dos produtores. Somente um trabalho organizado e grandes investimentos do Estado permitiram sua erradicação e declarar a Espanha livre dela em 1995. No entanto, existem algumas doenças zoonóticas que merecem a atenção dos criadores para evitar o contágio, entre as quais destaco: 1. Enfermidades bacterianas Tuberculose: Tem como agente etiológico no homem o Mycobacterium tuberculosis, entretanto, algumas outras espécies como M. bovis, M. avium, M. intracelular e M. tuberculose, podem atacar o porco. M. bovis é a causa de até 90% da doença em suínos, produzindo lesões hiperplásicas a nível intestinal, inflamação na região orofaríngea e nos gânglios submaxilares. O contágio ocorre geralmente em contato com pessoas ou bovinos doentes, através de alimentos para animais, de resíduos alimentares de leitaria, de cozinha, de hospitais e de outros produtos contaminados. A vacinação nas áreas endêmicas reduziu a incidência desta doença. Brucelose: É uma doença generalizada em todo o mundo, causada pelas bactérias do gênero Brucella, do qual se conhecem seis espécies e múltiplos biotipos, sendo as mais difundidas: B. abortus, B. melitensis e B. suis, na sua ordem. Os suínos são atacados pela B. suis, principalmente, mas as outras espécies de brucelas podem também produzir a doença. Os animais são infectados no coito. Os sintomas são abortos e baixa fertilidade do rebanho. Os casos de artrite e a presença de nodulações, também podem ser indicadores da doença. Um reconhecimento atempado da doença e o destino adequado dos animais doentes pode evitar a presença de portadores e o contágio. 2 Enfermidades virais Febre aftosa: É uma doença que ataca o porco na sua qualidade de animal biungulado, produzida pelos vírus do genoma ARN, gênero Aphtovirus, com sete tipos: A, O, C; SAT1, SAT2, SAT3 e Ásia 1, facilmente modificáveis. Em todo o mundo, existem áreas que se livraram da doença com a vacinação, controles migratórios e abate de animais, principalmente. Entretanto, uma grande superfície do planeta fica sob observação permanente. A presença de vesículas na cavidade bucal, inflamação ou perda dos cascos e dificuldade ao caminhar, põem em evidência a doença. A introdução de animais contaminados e de produtos à base de carne pode acelerar a disseminação da doença, ao passo que a vacinação da maioria dos animais com a estirpe adequada evita as epizootias. 3. Enfermidades parasitárias Cisticercose: É uma parasitose associada às condições higiênicas e à pobreza, encontra-se em todos os países onde o porco é explorado de maneira tradicional. Os animais são infestados pelo consumo de excrementos de seres humanos contendo os embriões hexacantos da Taenia solium. Estes embriões, também conhecidos como óvulos, ao penetrar no intestino passam por via sanguínea aos diferentes músculos onde continuam seu desenvolvimento embrionário para logo se transformarem em cisticercos. A parasitose é assintomática nos porcos, mas podem-se palpar ou observar nodulações, in vivo, na língua do animal e em algumas ocasiões na pálpebra interna, enquanto que a inspeção, post morten, podem ser observados cisticercos na língua, coração, diafragma, masseteres, glúteos, dorsais e músculo psoas, principalmente. As pessoas adquirem a tênia consumindo carne parasitada na qual os cisticercos estão vivos. A teníase é a causa da terrível parasitose humana, conhecida como neurocisticercose, que é estabelecida como resultado do alojamento de cistos no cérebro humano, derme, epiderme e região ocular. Pode causar graves transtornos patológicos no homem e inclusive a morte. O portador de T. solium se converte no transmissor da neurocisticercose já que as proglotis da tênia adulta, que são expulsos em número de 3 a 7 diariamente, contêm entre 40 e 60 mil filhotes, que, por contato ou contágio de alimentos, podem ser transmitidos às pessoas. Em muitos casos, o fecalismo ao ar livre, ou próximo das vertentes de água, pode causar contaminação de porcos coprofágicos e das culturas, principalmente hortaliças ou outras de sistema radicular e caule curto. Triquinose: A triquinose do porco é produzida por um nematódeo conhecido como Trichinella spiralis. As pessoas são infestadas com carne de porco que contém larvas de triquina. As larvas entram no intestino onde amadurecem rapidamente e se reproduzem para depois, por meio dos vasos linfáticos, chegar aos músculos estriados onde se encapsulam. As larvas alojadas nos músculos lisos geralmente morrem. Os suínos são contaminados pelo consumo de resíduos de alimentos à base de carne contendo triquinas. A emaciação e a dor muscular das extremidades posteriores servem para dificultar o diagnóstico. Segundo Acha e Szyfres (1986), um porco de 100 kg parasitado pode infestar 360 pessoas. Estes autores também sustentam que a parasitose tende a desaparecer no mundo, sendo sua incidência, em muitos países europeus, inferior a 0,1%, e que em países como Brasil, Paraguai, Colômbia, Venezuela e Equador não se detectou esta parasitose. No caso equatoriano, os trabalhos realizados por Ayabaca e Vizuete (1997) confirmam a inexistência da doença no país. CONCLUSÃO A criação de suínos é de extrema importância para o mundo agropecuário. Seja nas criações de pequenos produtores, ou mesmo de grandes produtores, os suínos têm papel importante na obtenção de proteína para a alimentação humana, de emprego para milhões de pessoas, de renda, de produtos diversos, de gordura, de biogás etc. O sistema consorciado da criação de suínos com o meio agrícola é uma criação majoritária e presente em todos os países. Os suínos beneficiam o solo com suas excretas; o homem, por meio delas obtém o biogás necessário para produção de energia, de aquecimento etc. Milhões de camponeses criadores de suínos consorciados com outras culturas animais e vegetais, demonstram a eficiência da modalidade para o mundo contemporâneo e que podem, em muitos casos, obter renda necessária para sustento de suas famílias e da comunidade local. Todavia, vale salientar que os suínos tradicionais são resistentes à inúmeros agentes patogênicos, porém além de serem resistentes, a falta de higiene e profilaxia, além da medicina preventiva, podem ser cruciais para a disseminação da doença e morte total do plantel de animais. Os suínos produzem carne, produzem renda, produzem emprego, produzem a comunhão local, os suínos são animais peculiares, transformadores e contemporâneos. Pense, crie, recrie! (shrink)

Recently, the concept of "gender identity" has enjoyed a great deal of attention in gender metaphysics. This seems to be motivated by the goal of creating trans-inclusive theory, by explaining trans people's genders. In this paper, we aim to unmotivate this project. Notions of "gender identity" serve important pragmatic purposes for trans people, such as satisfying the curiosity of non-trans people, and, relatedly, securing our access to important goods like legal rights and medical care. However, we argue that this does (...) not mean that "gender identity" is a metaphysically substantial thing that deserves extensive theoretical attention. There are reasons to be skeptical of such a concept. We trace the history of "gender identity," primarily to identify its roots in trans-antagonistic medical theory and its connections to the problematic "wrong-body" model--a legacy that has pathologized and flattened trans experience. Moreover, we argue that trans people primarily use "gender identity" to explain ourselves to non-trans people, rather than to discuss ourselves among ourselves. Thus, we urge theorists to resist the urge to substantiate gender identity. Instead, we encourage the development of new and better concepts, ones that attend to the lived realities of trans community and the flourishing gender terms and practices that are constructed there. If these lived realities are taken seriously, there is no need to “explain” trans people’s genders; we can simply see them as they are. (shrink)

The study evaluated the implementation of research-based extension programs among mainland campuses of State Universities and Colleges in the Bicol Region. Specifically, it determined the profile of extension programs implemented, the extent of implementation, and the extent of involvement of stakeholders in implementing research-based extension programs. Descriptive and evaluative research methods were employed in the study using purposive random sampling. Respondents were the 105 stakeholders of research-based extension programs from 7 SUCs mainland campuses in the Bicol Region. Data were interpreted (...) using frequency count, percentage, mid-rank, and weighted mean. Data revealed that the implementation of research-based extension programs among SUCs varies. SUCs, except SUC G, “highly implement” research-based extension programs aligned with the needs of the community and are anchored to the curricular offerings of the institution and stakeholders’ involvement in the implemented research-based extension programs. (shrink)

In this paper I provide a preliminary account of weakness of political will (political akrasia). My aim is to use theories from the weakness of will literature as a guide to develop a model of the same phenomenon as it occurs in collective agents. Though the account will parallel the traditional view of weakness of will in individuals, weakness of political will is a distinctly political concept that will apply to group agents such as governments, institutional actors, and other political (...) collectives. I further argue that blaming inaction by collective political agents on a “lack of political will” should be understood as blaming a kind of akratic break within the deliberative process, leading to an inability of the collective agent to capitalize on existing group attitudes in order to translate them into policy or legislation. My primary example throughout will be U.S. political inaction with respect to the climate crisis. (shrink)

The article evaluates the Domain Postulate of the Classical Model of Science and the related Aristotelian prohibition rule on kind-crossing as interpretative tools in the history of the development of mathematics into a general science of quantities. Special reference is made to Proclus’ commentary to Euclid’s first book of Elements , to the sixteenth century translations of Euclid’s work into Latin and to the works of Stevin, Wallis, Viète and Descartes. The prohibition rule on kind-crossing formulated by Aristotle in Posterior (...) analytics is used to distinguish between conceptions that share the same name but are substantively different: for example the search for a broader genus including all mathematical objects; the search for a common character of different species of mathematical objects; and the effort to treat magnitudes as numbers. (shrink)

In this article we introduce the concept of implied optical perspective in deep learning computer vision systems. Taking the BBC's experimental television programme “Made by Machine: When AI met the Archive” as a case study, we trace a conceptual and material link between the system used to automatically “watch” the television archive and a specific type of photographic practice. From a computational aesthetics perspective, we show how deep learning machine vision relies on photography, its technical regimes and epistemic advantages, and (...) we propose a novel way to identify the latent camera through which the BBC archive was seen by machine. (shrink)

The question of the applicability of mathematics is an epistemological issue that was explicitly raised by Kant, and which has played different roles in the works of neo-Kantian philosophers, before becoming an essential issue in early analytic philosophy. This paper will first distinguish three main issues that are related to the application of mathematics: indispensability arguments that are aimed at justifying mathematics itself; philosophical justifications of the successful application of mathematics to scientific theories; and discussions on the application of real (...) numbers to the measurement of physical magnitudes. A refinement of this tripartition is suggested and supported by a historical investigation of the differences between Kant’s position on the problem, several neo-Kantian perspectives, early analytic philosophy, and late 19th century mathematicians. Finally, the debate on the cogency of an application constraint in the definition of real numbers is discussed in relation to a contemporary debate in neo-logicism, in order to suggest a comparison not only with Frege’s original positions, but also with the ideas of several neo-Kantian scholars, including Hölder, Cassirer, and Helmholtz. (shrink)

En este artículo se sostiene la siguiente hipótesis: si una hipótesis tiene valor epistémico para Hume, este valor tiene que provenir de la intuición. Para ello se consideran las tres posibles fuentes de conocimiento en su pensamiento: la demostración, la experiencia y la intuición. Considerando que Hume presenta su doctrina de la creencia como una hipótesis, se argumenta que el valor epistémico de las hipótesis no puede provenir de la demostración ni de la experiencia y, por tanto, o las hipótesis (...) carecen de valor epistémico o su valor epistémico proviene de la intuición. Para sostener la hipótesis propuesta se ofrece un análisis de la evidencia textual sobre la hipótesis y la intuición a la luz de la literatura disponible sobre el tema. (shrink)

A partir del libro De la filantropía a las pasiones, publicado en 1994, en el presente texto se reflexiona sobre varios temas poco estudiados en la fi-losofía de Descartes: la libertad, la moral, la experiencia, la estética, etc. Primero se realiza una nota sobre el contexto de la obra de Descartes para resaltar el carácter moral de su filosofía. A continuación, se analiza el concepto de libertad en Descartes y se ponderan dos interpretaciones de este, a saber: la de Leiser (...) Madanes y la de Laura Benítez. Se brindan razones para sostener que la libertad esclarecida tiene más valor, para Descartes, que la libertad de indiferencia. Finalmente, se problematiza el contenido del Compendium musicae a partir del vínculo entre el cono-cimiento del mundo externo y la libertad en Descartes. (shrink)

Fan culture has grown immensely over the past few years. People are constantly looking up to celebrities and personalities as role models for their fashion, identity, and success. During the stage of adolescence, it is normal for teenagers to admire well- known people and form fan attachments as part of their identity formation. However, this admiration of a specific media figure can be associated with one's personality, cognitive processes, and psychological well-being. Thus, the current study aims to investigate the correlation (...) between celebrity admiration and the self-esteem of 238 Filipino male teenagers. The research instruments, namely Celebrity Attitude Scale (CAS) and Rosenberg Self-Esteem Scale (RSES) were both utilized through google forms. Results have shown high scores on celebrity admiration and the normal range of self-esteem of the participants. Using Pearson’s r correlation coefficient, it was found that celebrity admiration and self-esteem of Filipino male teenagers have a significant relationship that exists in a negative direction. (shrink)

En este texto se ofrece una interpretación de la crítica de la Modernidad de Bolívar Echeverría a partir de la noción de subsunción de la imaginación a la razón, y de un reflexión sobre la locura. Para dar significado a la noción mencionada se ofrece un breve estudio del uso del concepto de imaginación en Descartes y Kant. Para ofrecer la reflexión sobre la locura se recurre a las ideas de Foucault, Derrida y Echeverría sobre el asunto. Finalmente, se presenta (...) a la imaginación no subsumida a la razón y a la locura como elementos de crítica y resistencia a la modernidad capitalista, en el marco del planteamiento de Echeverría. (shrink)

En este texto abordo la concepción de la filosofía de Laura Benítez y su propuesta de vías reflexivas. A partir de lo anterior, ofrezco una reflexión metodológica sobre la historia de la filosofía como filosofía.

The paper aims to establish if Grassmann’s notion of an extensive form involved an epistemological change in the understanding of geometry and of mathematical knowledge. Firstly, it will examine if an ontological shift in geometry is determined by the vectorial representation of extended magnitudes. Giving up homogeneity, and considering geometry as an application of extension theory, Grassmann developed a different notion of a geometrical object, based on abstract constraints concerning the construction of forms rather than on the homogeneity conditions required (...) by the modern version of the theory of proportions. Secondly, Grassmann’s conception of mathematical knowledge will be investigated. Parting from the traditional definition of mathematics as a science of magnitudes, Grassmann considered mathematical forms as particulars rather than universals: the classification of the branches of mathematics was thus based on different operational rules, rather than on empirical criteria of abstraction or on the distinction of different species belonging to a common genus. It will be argued that a different notion of generalization is thus involved, and that the knowledge of mathematical forms relies on the understanding of the rules of generation of the forms themselves. Finally, the paper will analyse if Grassmann’s approach in the first edition of the Ausdehnungslehre should be explained in terms of the notion of purity of method, and if it clashes with Grassmann’s later conventionalism. Although in the second edition the features of the operations are chosen by convention, as it is the case for the anti-commutative property of the multiplication, the choice is oriented by our understanding of the resulting forms: a simplification in the algebraic calculus need not correspond to a simplification in the ‘dimensional’ interpretation of the result of the multiplicative operation. (shrink)

Short overview of the From Small Beginnings Project and its relevance for resisting eugenics in contemporary society.

There is a curious phenomenon where people from marginalized populations are taken to be arrogant when they show no signs of superiority. In effect, their actions are misconstrued, and their attitudes are rendered unintelligible. Given that arrogance is standardly taken to be a flaw in one’s moral character, understanding such misattributions should give us insight into the affective marginalization many people face. This talk aims to give a thorough exploration of arrogance under oppression. I argue that arrogance is a kind (...) of self-preoccupation that involves projecting one’s values, goals, and concerns onto others as if they were objective values, goals, and concerns. When the affectively marginalized communicate their self-respect through things like protest, people mistake that self-respect as self-preoccupation given how the affectively marginalized are constructed. Furthermore, given how affective marginalization not only inhibits how the marginalized are understood by others, but inhibits their own affective lives, I argue that taking up an arrogant attitude is not always morally vicious, but can be a beautiful form of political resistance but all things considered good. (shrink)

Philosophers of race and other writers in the Black and Latinx intellectual traditions have remarked on what it is like to live under “the racial gaze,” to be shaped and limited by the way whites perceive us. However, little work has been spent developing how the racial gaze functions in whites’, and other racially privileged people’s, moral psychology. I argue in this paper that there is a morally objectionable way of perceiving people of color. This claim builds on an insight (...) from Iris Murdoch that our perception can be morally evaluable and extends it to issues of race. I articulate how racial stereotypes and misvaluing distort one’s perception of people of color and that these distortions are organizing around a dominant conception for race that plays an important role in the oppression of people of color. I believe understanding racist perception lays a foundation for understanding the moral dimensions of interpersonal (as opposed to structural) racism. (shrink)

The paper analyses the role played by the concept of ‘common ground’ in argumentation theories. If a common agreement on all the rules of a discursive exchange is required, either at the beginning or at the end of an argumentative practice, then no violation of the rules is possible. The paper suggests an alternative understanding of ‘common ground’ as something that can change during the development of the argumentative practice, and in particular something that can change without the practice being (...) stopped, just as one sometimes violates the rule of a game without stopping playing. The analysis of some historical examples shows that the violation of rules sometimes leads to a consensual change of a set of beliefs and values. The argumentative rationality thus needs to be reconsidered in the light of the analysis of the conditions under which it would be legitimate to change the rules of an argumentative practice: ‘common ground’ and the right to disagreement, even radical or violent, could then be defended as essential components of argumentative rationality. (shrink)

In this article, I examine the moral dimensions of gender affirmation. I argue that the moral value of gender affirmation is rooted in what Iris Murdoch called loving attention. Loving attention is central to the moral value of gender affirmation because such affirmation is otherwise too fragile or insincere to have such value. Moral reasons to engage in acts that gender affirm derive from the commitment to give and express loving attention to trans people as a way of challenging their (...) marginalization. In the latter part of the paper, I will discuss how my arguments bear on recent arguments by Robin Dembroff and Daniel Wodak (2018) on the use of gender-neutral language. They argue that we have a duty not to use gender-specific pronouns for anyone. Their conclusion turns, in part, on a rejection of gender affirmation as a moral duty. The value of gender affirmation, rooted in our moral perception of trans people, should make us skeptical of this conclusion, in favor of a more nuanced and pluralistic approach to the ethics of gendering. (shrink)

After its remarkable affirmation overseas, creationism has landed in Europe and is also present in Italy. As in the USA, also in Italy the main terrain of the clash with Darwinism is the public school. The essay investigates the reasons why in Italy too has been possible to require to teach creationism alongside evolutionism. If in the US this is explained by the strong influence of the evangelical communities, in Italy creationism has found fertile ground in the traditional backwardness of (...) the country in terms of scientific culture. To this we must add a relativistic epistemological interpretation that allows to equalize scientific doctrines to ideologies. (shrink)

The paper discusses some changes in Bolzano's definition of mathematics attested in several quotations from the Beyträge, Wissenschaftslehre and Grössenlehre: is mathematics a theory of forms or a theory of quantities? Several issues that are maintained throughout Bolzano's works are distinguished from others that were accepted in the Beyträge and abandoned in the Grössenlehre. Changes are interpreted as a consequence of the new logical theory of truth introduced in the Wissenschaftslehre, but also as a consequence of the overcome of Kant's (...) terminology, and of the radicalization of Bolzano's anti‐Kantianism. Bolzano's evolution is understood as a coherent move, once the criticism expressed in the Beyträge on the notion of quantity is compared with a different and larger notion of quantity that Bolzano developed already in 1816. This discussion is enriched by the discovery that two unknown texts mentioned by Bolzano in the Beyträge can be identified with works by von Spaun and Vieth respectively. Bolzano's evolution is interpreted as a radicalization of the criticism of the Kantian definition of mathematics and as an effect of Bolzano's unaltered interest in the Leibnizian notion of mathesis universalis. As a conclusion, the author claims that Bolzano never abandoned his original idea of considering mathematics as a scientia universalis, i.e. as the science of quantities in general, and suggests that the question of ideal elements in mathematics, apart from being a main reason for the development of a new logical theory, can also be considered as a main reason for developing a different definition of quantity. (shrink)

The paper introduces Vailati’s life and works, investigating Vailati’s education, the relation to Peano and his school, and the interest for pragmatism and modernism. A detailed analysis of Vailati’s scientific and didactic activities, shows that he held, like Peano, a a strong interest for the history of science and a pluralist, anti-dogmatic and anti-foundationalist conception of definitions in mathematics, logic and philosophy of language. Vailati’s understanding of mathematical logic as a form of pragmatism is not a faithful interpretation of Peano’s (...) conception, but it is essential to understand the relations of Peano’s logic with other philosophical traditions and some epistemological aspects of Peano’s perspective, such as the search for a universal language. (shrink)

Resumen: Este trabajo tiene como principal objetivo el de lograr una comprensión de la la filosofía en cuanto fundamento insoslayable para la teología. Sostiene, en primer lugar, la necesidad de desarrollar una teología más autocosciente en el sentido racional del σὺν λόγω, es decir, desde el programa plenamente actual de la fides quarens intellectum. Defiende, en segundo lugar, que la filosofía solo puede entenderse partiendo de la pretensión que la ha animado desde el comienzo de su andadura: la búsqueda de (...) la verdad de las cosas (veritas rerum). Y para este fin tendrá necesariamente que dotarse de densidad metafísica suficiente y apostar por las tesis de un sano realismo cognoscitivo. Este estudio concluye con una reflexión, en tercer lugar, sobre el uso teológico de la filosofía. La tesis que se defiende es que sin el fundamento filosófico, la fe y la teología pierden lo más nuclear de su misión, la posibilidad misma de presentarse todavía con algún rastro de significatividad para el hombre de hoy. Palabras clave Filosofía, Teología, Universidad, Facultad Eclesiástica, Fe, Razón Summary: This work has as principal objective the achievement of an understanding of philosophy in such as it forms an inescapable foundation for theology. It sustains, in the first place, the need to develop a more self-aware theology in the rational sense of the σὺν λόγω, that is to say, from the fully current program of the fides quarens intellectum. It defends, in the second place, that philosophy can only be understood parting from the pretension that has animated it from its outset: a search for the truth of things (veritas rerum). And to this end, it must necessarily equip itself with the sufficient metaphysical density and wager upon the thesis . (shrink)

El propósito de Levinas coincide con el intento moderno de recuperación de la verdad y del sentido aunque en una dirección y contenidos distintos. Si en Hegel la Aufhebung tendía a la Totalidad y lo Mismo , para Husserl será esencial la apertura de Mundo que tiene lugar ya en la experiencia de conciencia del ego trascendental, mientras que Heidegger, por su parte, primará la pregunta por el Ser. El intento de Levinas, en cambio, no será recomponer la relación entre (...) el yo, por un lado, y el mundo, lo absoluto, las cosas o el ser, por el otro, sino la recuperación de la relación entre yo-y-otro. No es un simple cambio en la dirección o en el contenido del sentido de la reflexión filosófica, sino un intento serio de encontrar una nueva significación, «otra manera que ser» que no termine siendo otro proyecto más de integración y síntesis. Lo que propone Levinas es una auténtica salida para la que traza el itinerario que va del ser al otro, recurriendo sencillamente a la experiencia que cotidianamente se nos impone a cada uno de nosotros con un peso incontestable, a saber: la presencia de las diferencias, de lo asimétrico, en definitiva, la manifestación del otro en tanto que otro. Es esta experiencia heterónoma ordinaria, esta vivencia diaria de la alteridad como dato primordial del fenómeno de la intersubjetividad el ámbito que ha intentado explorar nuestro autor. ¿Acaso es esta responsabilidad así sentida conjugable con una experiencia filosófica universal? ¿La responsabilidad puede llevarse hasta el límite de la substitución por el otro, hasta la de-posición del Yo sin identidad? ¿Qué tipo de relación puede darse con algo absolutamente asimétrico, exterior, previo e irreductible? ¿De dónde viene esa asignación apremiante de responsabilidad que llega hasta arrojarme en la obsesión y el asedio? ¿Cómo puede ser éticamente plausible un mandato tan traumatizante y violento que termina por convertir al sujeto en rehén, sustituido ya por los otros? ¿Es posible conciliar la libertad y la autónoma decisión del sujeto con una consideración de la subjetividad como «heme aquí», absoluta pasividad expuesta a los otros y vulnerabilidad de una piel que se ofrece al ultraje y la herida?. En definitiva: ¿es la subjetividad algo de lo que partimos o a lo que llegamos? (shrink)

Argumentation theory underwent a significant development in the Fifties and Sixties: its revival is usually connected to Perelman's criticism of formal logic and the development of informal logic. Interestingly enough it was during this period that Artificial Intelligence was developed, which defended the following thesis (from now on referred to as the AI-thesis): human reasoning can be emulated by machines. The paper suggests a reconstruction of the opposition between formal and informal logic as a move against a premise of an (...) argument for the AI-thesis, and suggests making a distinction between a broad and a narrow notion of algorithm that might be used to reformulate the question as a foundational problem for argumentation theory. (shrink)

In this paper, I will explore a concept of person in Kant based on two features: the unity of consciousness and the consciousness of the numerical identity of one’s body in time. The reason for choosing these features is that I take as my starting point the notion of personhood from rational psychology that appears in the major premise of the third paralogism (A361). I will focus on the second feature in order to show that since Kant it is possible (...) to think of the body not merely as an object, but as a subject, i.e., that bodily awareness is self-awareness. I will explain this on the basis of what I will denominate the thesis of corporeality. To develop this thesis, I will draw on passages from Kant’s work and contemporary considerations of bodily awareness, specifically the immunity to error through misidentification. (shrink)

The objective of the research is to carry out a review of the literature about suicide risk factors in young university students. The methodology used is quantitative descriptive with a bibliometric approach, under the PRISMA method. The search was carried out in three databases: Clarivate Web of Science, MDPI and Taylor and Francis that had the variables of suicide risk factors. Inclusion criteria were used such as: study variables, years 2019 to 2022, published in Spanish and English,scientific reports research results, (...) research with clinical and non-clinical population. After the application of the Boolean operators, the total sample is (n=10360) and after screening with the PRISMA method (n=45). Results: The United States, followed by China and Bangladesh, are the countries that produce the most on the subject. The most frequent risk factors are: depression, anxiety, stress, academic commitments, lack of opportunities, low income and race. The students with the highest suicide rates are in the health area such as medicine and nursing, in addition, there is more suicide intent in women than in men. (shrink)

The philosophy of mathematics has been accused of paying insufficient attention to mathematical practice: one way to cope with the problem, the one we will follow in this paper on extensive magnitudes, is to combine the `history of ideas' and the `philosophy of models' in a logical and epistemological perspective. The history of ideas allows the reconstruction of the theory of extensive magnitudes as a theory of ordered algebraic structures; the philosophy of models allows an investigation into the way epistemology (...) might affect relevant mathematical notions. The article takes two historical examples as a starting point for the investigation of the role of numerical models in the construction of a system of non-Archimedean magnitudes. A brief exposition of the theories developed by Giuseppe Veronese and by Rodolfo Bettazzi at the end of the 19th century will throw new light on the role played by magnitudes and numbers in the development of the concept of a non-Archimedean order. Different ways of introducing non-Archimedean models will be compared and the influence of epistemological models will be evaluated. Particular attention will be devoted to the comparison between the models that oriented Veronese's and Bettazzi's works and the mathematical theories they developed, but also to the analysis of the way epistemological beliefs affected the concepts of continuity and measurement. (shrink)

The purpose of this article was focused on analyzing the adjacent factors related to human rights in women victims of sexual violence in the context of the armed conflict. The quantitative method of descriptive approach was selected under the systematic review technique using the PRISMA guide. As a result, it was obtained that women continue to be instrumentalized in wars, their physical and psychosocial vulnerability persisting in all spheres of life; This being a phenomenon that continues to growglobally given the (...) characteristics associated with political, social and religious structures. As a conclusion, it was identified that, although there are jurisprudential guidelines and policies, these are insufficient and do not protect the human rights of women victims. (shrink)

A quarter-life crisis (QLC) is a phenomenon that has gained widespread attention in the media and popular literature as a result of the difficulties associated with early adulthood. This study, "Tumatanda na Ako: The Quarter-life Crisis Phenomenon Among Emerging Adults," explored the emerging adults’ experiences of quarter-life crisis and the meaning they make out of their experiences of this phenomenon. The study utilized the interpretative phenomenological analysis of the qualitative data gathered from twenty (20) respondents from a higher educational institution (...) in Bocaue, Bulacan. The findings have been the bases for the development of the developmental program entitled, “KnowNow, Know-How: Unveiling the Quarter-life Crisis Phenomenon and Finding Ways to Conquer!” and for the development of a proposed psychological assessment tool namely “Help! I Am Lost,” A Quarter-life Crisis Scale. (shrink)

E n el Complejo Regional Nororiental imparten clases docentes que pertenecen al Sistema Nacional de Investigadores del CONACyT, los cuales tienen diversos intereses académicos y científicos a través de los que contribuyen al desarrollo de la ciencia de la BUAP en un contexto regional, así lo resaltó el Dr. Sergio Díaz Carranza director de esta sede académica al resaltar su labor impulsa el interés de los estudiantes por participar activamente en los proyectos científicos que benefician a su comunidad.

The extended mind thesis maintains that the functional contributions of tools and artefacts can become so essential for our cognition that they can be constitutive parts of our minds. In other words, our tools can be on a par with our brains: our minds and cognitive processes can literally ‘extend’ into the tools. Several extended mind theorists have argued that this ‘extended’ view of the mind offers unique insights into how we understand, assess, and treat certain cognitive conditions. In this (...) chapter we suggest that using AI extenders, i.e., tightly coupled cognitive extenders that are imbued with machine learning and other ‘artificially intelligent’ tools, presents both new ethical challenges and opportunities for mental health. We focus on several mental health conditions that can develop differently by the use of AI extenders for people with cognitive disorders and then discuss some of the related opportunities and challenges. (shrink)

The aim of this article is to outline a pragmatist image of science following Rorty’s discussions and critics of epistemology and to develop some consequences of it in the philosophical analysis and its relations to culture. I will deal with some aspects of how scientific practice is construed and understood, and also outline the shift in Philosophy of Science from epistemological to ethical-political concerns that are implied in his proposal. I will contend that this perspective suggests an interesting way of (...) analysing scientific practices, theories, and public policies of it. Furthermore, I will suggest that it successfully connects the most interesting proposals of contemporary scientific views in philosophy. Finally, I will use some examples in physics and biology to illustrate my assertions. (shrink)

In this paper I will expose the contents of the Compendium musicae in the light of the Cartesian philosophy. Firstly, I try to comprehend the text as a theory of music based on the nature of sound. To that end, it is important to show the features of the Cartesian philosophy that are already present in the text, such as deductibility, mathematization and mechanism. Secondly, I also try to show the presence of a philosophical problem widely discussed in other parts (...) of Descartes´s work, namely, that of dualism and communicability of substances. In this regard I want to point out that the relation between thought and extension appears in the Compendium as the confession of a supposition. In order to comprehend the sense of this confession I offer an analysis of this text in the light of Descartes’s work. Finally, I propose an alternative interpretation of Cartesian dualism and of the role of musical theory in Cartesian philosophy. (shrink)

Los noumena son, en principio, conceptos límites. En el corpus kantiano encontramos múltiples de ellos, cuyo papel es decisivo en el tratamiento de la metafísica anterior, así como en la propuesta de metafísicas alternativas. Kant, sin embargo, no se detiene a explicarnos de dónde surgen esos conceptos y dónde irían. La presente investigación sugiere que a partir del concepto de nota (Merkmal) presentada en la KrV y desarrollada en la Jäsche Logik, podemos comprender estos noumena como las notas analíticas, suficientes, (...) esenciales y primitivas de las ideas de la razón, tanto teóricas como prácticas. (shrink)

En este capítulo sostengo que la filosofía de Hume tiene elementos literarios y que dichos elementos no sólo ilustran o ejemplifican elementos filosóficos, sino que forman parte de la teoría misma; además, que la literatura es una parte integral de su concepción de la filosofía. Lo anterior nos permite justificar la tesis sobre los aspectos literarios de la filosofía de Hume y entender en qué sentido hay un continuo entre ambas. Primero, se ofrece una noción de literatura a partir de (...) la cual se concibe la filosofía racional o cientificista. En seguida, se clarifica la tesis de la filosofía de Hume como literatura y se proporcionan cuatro argumentos como sus- tento de la misma. En tercer lugar, se presenta la estrategia de Bence Nanay para plantear el continuo entre filosofía y literatura. A continuación, se analizan las secciones 3 y 4 de An Enquiry concerning Human Understanding para ex- traer algunos elementos literarios de la filosofía de Hume. Finalmente, se presenta la tesis de la poesía como filosofía, que es abordada por Gustavo Ortiz Millán para reafirmar la tesis de la filosofía de Hume como literatura y el continuo entre filosofía y literatura. (shrink)

In 2016 Beziau, introduce a more restricted concept of paraconsistency, namely the genuine paraconsistency. He calls genuine paraconsistent logic those logic rejecting φ, ¬φ |- ψ and |- ¬(φ ∧ ¬φ). In that paper the author analyzes, among the three-valued logics, which of these logics satisfy this property. If we consider multiple-conclusion consequence relations, the dual properties of those above mentioned are: |- φ, ¬φ, and ¬(ψ ∨ ¬ψ) |- . We call genuine paracomplete logics those rejecting the mentioned properties. (...) We present here an analysis of the three-valued genuine paracomplete logics. (shrink)

There are two aims of this paper: (1) to explore the affective dimensions of moral shock and how it relates to normative marginalization of those furthest from dominant society, but also, more specifically; (2) to articulate the trans experience of constantly being under moral attack because the dominant “world” normatively defines you out of existence. Toward these ends, I build on Katie Stockdale’s recent work on moral shock, arguing that moral shock needs to be contextualized to “worlds” of sense to (...) understand how marginalized people affectively experience shocking events. My focus is the trans experience of moral shock due to the way trans people are positioned outside of dominant society, creating the conditions to experience cyclical, chronic shock. These affective conditions point to a collective responsibility to ease the affective stress that the most marginalized experience. (shrink)

This paper attempts to answer a central question in unsupervised learning: what does it mean to “make sense” of a sensory sequence? In our formalization, making sense involves constructing a symbolic causal theory that both explains the sensory sequence and also satisfies a set of unity conditions. The unity conditions insist that the constituents of the causal theory – objects, properties, and laws – must be integrated into a coherent whole. On our account, making sense of sensory input is a (...) type of program synthesis, but it is unsupervised program synthesis. Our second contribution is a computer implementation, the Apperception Engine, that was designed to satisfy the above requirements. Our system is able to produce interpretable human-readable causal theories from very small amounts of data, because of the strong inductive bias provided by the unity conditions. A causal theory produced by our system is able to predict future sensor readings, as well as retrodict earlier readings, and impute (fill in the blanks of) missing sensory readings, in any combination. In fact, it is able to do all three tasks simultaneously. We tested the engine in a diverse variety of domains, including cellular automata, rhythms and simple nursery tunes, multi-modal binding problems, occlusion tasks, and sequence induction intelligence tests. In each domain, we test our engine's ability to predict future sensor values, retrodict earlier sensor values, and impute missing sensory data. The Apperception Engine performs well in all these domains, significantly out-performing neural net baselines. We note in particular that in the sequence induction intelligence tests, our system achieved human-level performance. This is notable because our system is not a bespoke system designed specifically to solve intelligence tests, but a general-purpose system that was designed to make sense of any sensory sequence. (shrink)

With increased visibility of trans people comes increased philosophical interest in gendered language. This chapter aims to look at the research on gendered language in analytic philosophy of language so far, which has focused on two concerns: (1) determining how to define gender terms like ‘man’ and ‘woman’ such that they are trans inclusive and (2) if, or to what extent, we should use gendered language at all. We argue that the literature has focused too heavily on how gendered language (...) can harm trans people, and has not considered how trans people use gendered language to create meaning and joy for ourselves. Pulling from the literature in sociolinguistics, we look at examples of how trans people use language to make their lives better by gaining recognition, playing with gendered language, finding joy in gendered language, and taking control of definitional power, concluding that debates about gendered language need to consider not only how such language harms trans people but also how trans people use it for our own liberation. (shrink)

El artículo tiene como objetivo describir las competencias informacionales a desarrollar durante la formación profesional. Se presenta los referentes teóricos a partir del empleo de un enfoque de sistema que supone el análisis y la síntesis, la inducción y la deducción como métodos de investigación, con el propósito de dar conocer los hitos en las universidades y organizaciones internacionales relacionadas. La modelación fue empleada para la construcción de un nuevo proyecto de desarrollo de competencias informacionales desde la perspectiva de la (...) formación profesional universitaria ajustada a las necesidades de la educación superior en Cuba. El nuevo proyecto se configura en tres unidades básicas (acceso, procesamiento y comunicación), con sus respectivos elementos de competencia, saberes esenciales e indicadores para la evaluación del desempeño. El artículo fundamenta la tesis de que el desarrollo de competencias informacionales debe ser sistemáticamente estructurado, planificado y ejecutado como parte integral de la formación curricular en interacción con los contenidos de las disciplinas docentes, bajo la dirección del profesor y la participación protagónica de los profesionales en formación. -/- ABSTRACT -/- The article aims at describing the competence to be developed during professional training. It presents the theoretical referents by means of an approach system that includes synthesis and analysis, induction and deduction as research methods in order to reveal the milestones of information skills development in universities and related international organizations. Modeling was used for the construction of a new skills development project from the perspective of university professional training according to the needs of Higher Education in Cuba. The new project is composed of three basic units (access, processing and communication), with their respective competence elements, essential knowledge and indicators for the evaluation of the performance. The article supports the theory that information development skills must be systematically structured, planned and implemented as an integral part of the curricular training in interaction with the contents of subjects, under the teacher´s guidance and the active participation of profesionals in training. -/- . (shrink)

Not only defi ning the nature of schizophrenia, but even defi ning schizophrenia as a diagnostic entity is still a challenge for psychiatry. The current diagnostic systems and the related approach to psychopathology are of little aid to this purpose, and have inadvertently resulted in an impoverished clinical practice. There is substantial meaning underlying schizophrenic symptoms that would appear bizarre and senseless from the viewpoint of a purely descriptive method. Psychiatry needs to devise an approach that embraces the complexity of (...) the different perspectives of explanation and understanding of mental illness, examining the interplay of each element in the subjective experience. Symptoms such as delusion and hallucinations cannot merely be conceptualized as false judgment or lacking of external object, respectively, as they refl ect the fact that patients try to make sense of their different, globally altered experience of the self, of others and of the world. This line of reasoning builds on previous work in the phenomenological tradition postulating a disturbance in sensorimotor processes, which bond human beings with one another while remaining imperceptible to consciousness. This suggestion is consistent with a large body of research highlighting impairment in sensory processing in schizophrenia. Other authors underscored the importance of subtle alterations of functions other than sensorimotor processes, such as experiential anomalies of affectivity, cognition-perception and body-motor experience, alterations of self-awareness, and disturbances in reciprocal attunement leading to disconnection from a common register of meanings and loss of common sense. Heidegger refers to a human being as Being intrinsically selfrevelatory in the unity of physis and logos. He refers to the lived experience of being constantly in the everyday situation as being located, “thrown” into the world. The existence is always ‘in the world’, ‘near the things’ and ‘with the others’ for everybody, in the ways of ‘attunement’, ‘understanding’ and ‘discourse’, that are always together, in the unity of the Dasein. This conception of human existence may help understand the subjective experience of a schizophrenic patient and increase diagnostic accuracy and treatment adequacy. (shrink)

Dung’s argumentation frameworks are formalisms widely used to model interaction among arguments. Although their study has been profusely developed in the field of Artificial Intelligence, it is not common to see its treatment among those less connected to computer science within the logical-philosophical community. In this paper we propose to bring to that audience a proof-theory for argument justification based on tableaux, very similar to those the Logic students are familiar with. The tableaux enable to calculate whether an argument or (...) subset of arguments are accepted or rejected in accordance to Dung’s preferred and grounded extension-based semantics. Soundness and completeness results regarding those semantics are provided. (shrink)

Analytic Philosophy, Volume 63, Issue 1, Page 16-27, March 2022.

This paper argues that, although Margaret Cavendish’s main philosophical contributions are not in philosophy of religion, she makes a case for a defense of God, in spite of the worst sorts of harms being present in the world. Her arguments about those harms actually presage those of contemporary feminist ethicists, which positions Cavendish’s scholarship in a unique position: it makes a positive theodical contribution, by relying on evils that contemporary atheists think are the best evidence against the existence of God. (...) To demonstrate that Cavendish’s work should be considered as early modern feminist theodicy, this paper will briefly introduce the contemporary feminist worry about theodicy as a project, show that Cavendish shares the contemporary feminist view about situated evil, and argue that her theodicy aims for agreement about how to eradicate great moral evils while preserving free will—and so, carves out a space for future female philosophers of religion who aim to be agents of healing in the face of such evil. (shrink)

I will relate some social and epistemic aspects involved in the conceptual development of the genetic model in the early Molecular Biology. I will use the link between Biology and Physics as a framework, which supports such assumptions, providing new methodologies, but mainly as a framework that provides a model of objectivity developed within Modern Tradition. Finally, I will interpret this relationship from the pragmatist perspective to embrace Rorty’s thesis on «the ontological priority of the social» which implies understanding biology (...) as a part of a general cultural politics. (shrink)

When asked which of our concepts are normative concepts, metaethicists would be quick to list such concepts as GOOD, OUGHT, and REASON. When asked why such concepts belong on the list, metaethicists would be much slower to respond. Matti Eklund is a notable exception. In his recent book, Choosing Normative Concepts, Eklund argues by elimination for “the Normative Role view” that normative concepts are normative in virtue of having a “normative role” or being “used normatively”. One view that Eklund aims (...) to eliminate is “the Metaphysical view” that normative concepts are normative in virtue of referring to normative properties. In addition to arguing that Eklund’s objection looks doubtful by its own lights, we argue that there are several plausible versions of the Metaphysical view that Eklund doesn’t eliminate, defending various claims about normative concepts and their relationships to deliberation, competence, reference, and possession along the way. (shrink)

En el presente texto me propongo mostrar cómo puede entenderse el concepto de ‘metafísica’, no como el estudio de algo “sobrenatural” o “más allá de lo físico”, sino como un estudio de segundo orden que tendría por objeto de análisis los hipotéticos principios fundamentales y modelos de dependencia de la realidad. En este sentido, más que sostener juicios taxativos acerca de lo que las cosas son o qué tipo de entidades existen, las reflexiones de la metafísica podrían entenderse como análisis (...) acerca de las condiciones necesarias y suficientes para que una teoría de primer orden explique un aspecto de la realidad —o toda ella en su conjunto— de la mejor manera posible. (shrink)