SPA: En este artículo me pregunto qué posición ocupa el lenguaje en la estructura metafísica realista propuesta por Xavier Zubiri, asumiendo las consecuencias de su crítica radical contra el pensamiento representacional. Para ello exploro los bordes de la tesis según la cual sólo hay una realidad, a la vez que me remito principalmente a las consideraciones del filósofo vasco acerca del lenguaje en Sobre el hombre, así como a las relaciones conceptuales que elabora entre lenguaje, mentalidad y esquemas de (...) intelección en esta obra y en Sobre la esencia. Concluyo tentativamente que el lenguaje es la realización del contenido en el despliegue del logos a partir de los esquemas de intelección. ENG: In this article I ask what position language occupies in the realist metaphysical structure proposed by Xavier Zubiri, assuming the consequences of his radical critique of representational thinking. To this end I explore the boundaries of the thesis that states that there is only one reality, while circling back primarily to the Basque philosopher’s considerations about language in On Man, as well as the conceptual relations that he posits between language, mentality and intellection schemes in this work and in On Essence. I tentatively conclude that language is the realization of content in the deployment of logos by means of intellection schemes. (shrink)

Estamos cansados das utopias. Estamos cansados das utopias literárias e dos devaneios sobre a Cidade ideal: as utopias em ação que foram os totalitarismos do século XX nos nausearam. Os horrores reais de uns nos impedem de sonhar com os outros. Nossas antigas utopias De Platão a Thomas More, de Étienne Cabet a Fourier, as utopias falavam da rejeição do presente e do real: “Existe o mal na comunidade dos homens”. Mas não lhe contrapunham o futuro nem o possível; elas (...) descreviam um impossível desejável: “Seria bom viver lá!”. Não eram programas políticos planejando meios de atingir um objetivo racional. Contentavam-se em querer o melhor. E mais valia o Bem nunca obtido a um Mal menor amanhã. As utopias eram revolucionárias, mas em palavras: “Os homens vivem assim, sempre viveram assim, deveriam viver de outra forma”. Todas as utopias comunistas do século XIX foram assim. Quando se tratava de arregaçar as mangas, havia um esforço para criar à distância, e durante um certo período, uma pequena comunidade real mais ou menos em conformidade com o sonho. Os utopistas eram revolucionários quando não eram realistas, e quando eram realistas não eram revolucionários. Nunca visaram a eliminar o Mal para sempre e derrubar as comunidades políticas existentes para instaurar o Bem. Por exemplo, Étienne Cabet, com seu comunismo cristão, imaginou a cidade ideal de Icária e tentou fundar uma colônia icariana em New Orleans, em 1847. Charles Fourier, com seu falanstério, estava em busca de uma harmonia universal que se formaria livremente por afeição de seus membros. O mais realista de todos, Saint-Simon, descreveu uma sociedade fraterna, cujos membros mais competentes (industriais, cientistas, artistas, intelectuais, engenheiros) tinham a tarefa de administrar a França da forma mais econômica possível, a fim de torná-la um país próspero, onde reinariam o interesse geral e o bem comum, a liberdade, a igualdade e a paz; a sociedade seria uma grande fábrica. Mas o sonho de uma associação entre industriais e operários baseada na fraternidade, na estima e na confiança desfez-se na realidade das grandes empresas capitalistas dos saint-simonianos, no Canal de Suez e nos caminhos de ferro franceses. No fundo, aconteceu o mesmo com os teóricos do "comunismo científico" no século XIX, Karl Marx e Friedrich Engels. Eles, é claro, eram autenticamente revolucionários e profundamente realistas, pois fundamentaram seu projeto político em uma análise do funcionamento econômico e histórico do capitalismo, mas a ideia comunista e a abolição da propriedade privada permaneceram em estado de esboço nas obras dos autores do Manifesto, um ideal abstrato e, por assim dizer, vazio, ou, em todo caso, tão utópico quanto nos teóricos franceses. Nos Manuscritos de 1844, a ideia comunista é pura especulação conceitual em torno da "apropriação real da essência humana pelo homem e para o homem" ou "a verdadeira solução da luta entre existência e essência, entre objetivação e afirmação de si mesmo, entre liberdade e necessidade". Em A ideologia alemã, é uma expressão puramente verbal para designar "o movimento real que abole a ordem estabelecida". Em Engels, é "o ensinamento das condições da libertação do proletariado" (Princípios do comunismo). E uma ideia até mais vaga e abstrata nos marxistas do que nos utopistas, pois é dissociada de qualquer tentativa de fundamentação conceitual e qualquer análise concreta dos meios de sua realização. E ainda como um sonho de Cidade ideal, em que "cada um recebe conforme suas necessidades", como circulava entre os utopistas franceses do comunismo no século XIX. Ao contrário de suas predecessoras, as utopias em ação dos totalitarismos do século XX situam-se no cruzamento de um ideal revolucionário ("partir ao meio a História do mundo", segundo Nietzsche em Ecce homo, depois retomado pelos maoístas) e um programa realista de transformação política radical. Enquanto as utopias de Platão a Engels evitavam os meios de se atingir o ideal para preservar sua perfeição, as utopias em ação fazem o inverso: retardam indefinidamente a realização do ideal para empregar da melhor forma os meios capazes de realizá-lo. Não é mais uma questão de sonhar com o Bem, mas de lutar indefinidamente contra o Mal. E, desde a República de Platão,5 o Mal na comunidade política tem duas faces: ou é Impuro ou Desigual. Portanto, a Cidade deve ser: ou uma comunidade de iguais, cuja unidade perfeita é garantida pelo fato de que tudo é comum entre eles; ou uma comunidade pura, cuja unidade perfeita é garantida pelo fato de que todos têm a mesma origem. Define-se ou pelo comum das posses (nada deve pertencer a ninguém, mas a todos) ou pela identidade dos seres (ninguém deve ser estrangeiro): o comum que temos (ou deveríamos ter) ou aquilo que somos (ou deveríamos ser). Naturalmente, nessa união de idealismo revolucionário e realismo programático, o Bem absoluto, o Puro, o Comum, é uma idealidade fora de alcance: o combate mortal contra o Mal torna-se a obsessão dos regimes de terror. O Puro deve começar excluindo. Mas nunca chega a excluir por completo, porque o já purificado nunca é suficientemente puro. A ponto de a ideia se transformar em um delírio infinito de rechaçar e depois expulsar, a fim de exterminar. Os judeus e os ciganos, que encarnavam o micróbio maléfico que ameaça a pureza da raça e do sangue ariano, tinham de ser caçados até nos mais ínfimos recantos do território sob domínio nazista e eliminados como pulgas. O Comum e o comunismo também estão fora de alcance. Começa-se expropriando. Mas ainda há a propriedade e o privado. E, portanto, nunca se chega a expropriar, despossuir, comunizar por completo. As lutas contra as classes (supostamente) proprietárias ou avessas à coletivização, os pequenos proprietários de terra, geram deportações em massa (deskulakização) ou organização sistemática de grandes fomes (Holodomor). Por isso, apesar da formidável esperança de emancipação que o ideal comunista representou durante quase um século para as classes ou povos explorados do mundo inteiro, ele se despedaçou no século XX contra o muro do "socialismo real". Nos antípodas do comunismo imaginado, ao qual se supunha que conduziria infalivelmente, o ideal comunista se transformou em uma máquina tirânica, burocrática e totalitária. A sociedade sem Estado sugerida por Engels na obra Anti- Dühring6 tornou-se seu contrário, uma ditadura do Estado contra a sociedade. O terrível fracasso dessa utopia em ação destruiu os sonhos de libertação coletiva — enquanto "a exploração do homem pelo homem" continua indo muito bem. Infelizmente, não se pode dizer o mesmo das utopias revolucionárias em nome do Puro. Enquanto o ideal comunista quase desapareceu dos programas políticos, a ideologia purista do sangue e da raça, a ilusão da origem comum (seja biológica ou religiosa) e, portanto, o ódio destruidor do estrangeiro continuam a alimentar as utopias coletivas e seus massacres em série: genocídio ruandês contra os tutsis, depuração étnica dos muçulmanos na ex-lugoslávia (em particular na Bósnia), limpeza étnica de cristãos, turcomanos xiitas e no autoproclamado "Estado islâmico" etc. O fim das utopias? Felizmente, parece que somos poupados de tudo isso em nossas "democracias ocidentais", após setenta anos de paz sob as asas da Europa, algumas décadas de relativa prosperidade econômica e tranquilidade política sob a frágil proteção de nossos sistemas representativos. Não acreditamos mais na salvação comum. Nem na salvação nem no comum. Há três razões para isso, todas as três interligadas: o fim do político, a desconfiança em relação ao Bem, o reino dos direitos individuais. As utopias políticas conduziram ao desastre. Não conseguem mais nos fazer sonhar com o futuro como faziam no passado, porque estamos absorvidos por nosso hoje e por nós mesmos. A política parece ter derrotado o político. A política são estratégias coletivas ou táticas individuais, é o império dos "eles" ou o reino dos "eus". O político é a afirmação da existência de um "nós" ("nós, o povo"), além das comunidades de famílias ou amigos, das comunidades regionais ou religiosas, além das identidades de gênero ou origem, e aquém da comunidade humana em geral. As peripécias usuais dos governos representativos sufocaram o sentimento de pertencimento coletivo e a aspiração a um destino comum, que ressurgem apenas quando uma emoção violenta abala o corpo social, quando existe uma ameaça extremista ou ocorre um atentado terrorista. Em situações normais, porém, os acasos da conquista ou do exercício do poder escondem o político, isto é, as condições de unidade da comunidade. Não acreditamos mais no Bem. Não sonhamos mais com uma Cidade bondosa, finalmente livre do Mal. Aspiramos simplesmente a uma sociedade — ou um mundo — menos má. Prova dessas aspirações são as manifestações que mobilizam a juventude dos países ocidentais ou sublevam os povos do planeta de vez em quando. Movimentos altermundialistas contra o capitalismo financeiro, Fórum Social Mundial (Porto Alegre), Occupy Wall Street, Indignados, Nuit Debout etc. Movimentos a favor da democracia nos países da Europa do Sul nos anos 1970, na América Latina e, em outros continentes, lutas de emancipação na praça da Paz Celestial (Pequim), na praça Tahrir (no Cairo), na praça Taksim (Istambul), de Sidi Bouzid (Tunísia), revolução dos guarda-chuvas (Hong Kong) etc. Apesar da diversidade de contextos e objetivos, em todas essas revoltas há uma constante que as distingue das utopias revolucionárias passadas: as pessoas se revoltam contra alguma coisa, elas não se mobilizam por alguma coisa. Sabemos o que elas rejeitam (injustiça, miséria, corrupção, humilhação, arbitrariedade, segregação e repressão), mas desconhecemos a que aspiram. Ou melhor, é como se tudo que desejassem fosse justamente um "menos" — menos injustiça, menos miséria, menos arbitrariedade, menos corrupção, menos segregação, menos repressão etc. —, ou o menos possível, mas nunca o impossível de um horizonte coletivo. Os que almejam em todo o mundo derrubar um poder tirânico ainda sonham com essa nossa "democracia" que não nos encanta mais, porque acreditamos que as liberdades fundamentais em que ela consiste são para sempre e ela se resume a votarmos esporadicamente em políticas que não nos satisfarão. Pois quando não há mais nada contra o que se revoltar, restam apenas motivos para reivindicar. Contudo, ninguém mais sonha com uma Cidade perfeita: nem os que protestam contra sua miséria e servidão nem os que lutam por condições de vida decentes e pela satisfação de seus interesses. Não há mais utopia política. Foi assim que se instalou entre nós o reino dos direitos individuais. Pois não desejamos mais um Estado ideal que nos una e nos faça um nós, um nós inédito, um nós que seja um nós mesmos: esperamos somente que esse Estado nos deixe em paz, cada um por si, e nos permita realizar as aspirações individuais a que acreditamos ter direito. O sonho de emancipação coletiva se estilhaçou em uma multiplicidade dispersa de desejos. Podemos indicar a data recente em que esse "nós" considerado poderoso demais começou a se encolher em "eus" triunfantes. Quando esses "eus" ainda usavam a máscara do antigo "nós" para se legitimar. No último terço do século XX, as reivindicações individualistas ainda tinham uma coloração revolucionária; as pessoas não sonhavam mais com a libertação de uma classe ou de um povo, mas ainda sonhavam com uma libertação política: a dos desejos individuais. O ideal proletário adquiriu um matiz libertário: foram os movimentos de "Maio de 68". O conceito de revolução recuava na história social e progredia nos costumes. Nesses movimentos dos países capitalistas ocidentais, as pessoas acreditavam, apoiavam, afirmavam em textos e discursos que tudo na vida de cada um era político por natureza, para além da própria política. O amor era político: elas acreditavam que as relações entre homens e mulheres, os sentimentos, a sexualidade eram determinados pela existência social — logo eram políticos. A arte também era política: a arte falsa era a arte reacionária, a música tonal, a pintura figurativa, o romance ou o cinema narrativos etc. A "verdadeira arte" era a das vanguardas, revolucionária na forma e messiânica no conteúdo. A moral, por sua vez, era política de um extremo a outro. Ou então era oca, ridícula. (Isso foi antes de tudo virar ética.) Este era o programa: libertação coletiva das aspirações individuais, "viver sem tempo morto e gozar sem obstáculos". Desde o início do século XXI, não existe mais utopia política. Nem sonhos de libertação social; ela se despedaçou contra o muro da realidade totalitária: de suas esperanças restam apenas algumas conquistas, cada vez mais frágeis, do Estado providência. Nem sonhos de realização libertária; eles se chocaram contra o fim das ilusões e o retorno do conservadorismo. Dos primeiros e dos segundos sobrou apenas o império dos direitos. A era do indivíduo não precisa mais se abrigar sob a ideologia da libertação: o vocabulário liberal dos direitos subjetivos é suficiente. De fato, os direitos individuais, na esteira e conforme o modelo muitas vezes infiel dos "direitos humanos", tornaram-se nosso único ideal, depois que perdemos a fé no Ideal. Pois a ideia de "direitos humanos" é a dupla negação de toda utopia política: porque se trata de "direitos" e porque se trata de "humanos". Cópia de: FRANCIS WOLFF. Três Utopias Contemporâneas. São Paulo: Unesp, 2018. (shrink)

A través de su historia, la práctica de la medicina ha estado imbuida de diversas concepciones sobre la naturaleza humana, así como sobre los elementos, estados o procesos (tanto internos como externos) que dan origen a la enfermedad y aquellos que propician la salud. Si se consideran seriamente, tales concepciones se pronuncian sobre cuestiones ontológicas y metafísicas. En la medida en que sean dignas de crédito, sus pronunciamientos ontológicos y metafísicos resultan relevantes para múltiples facetas de la práctica médica, como (...) el diagnóstico, el tratamiento, la investigación, la prevención y el control de enfermedades, pero también para el cuidado y la promoción de la salud. En este capítulo se exploran cuestiones metafísicas generales en torno a la concepción de la práctica médica más influyente en el mundo actual: la biomedicina. Sostengo que, a pesar de que el asombroso éxito de las ciencias biomédicas nos ofrece razones para creer en la verdad (aproximada) de las representaciones que toman como base, esa confianza no debería estar asociada selectivamente a pronunciamientos específicos sobre qué cosas existen y cómo se conectan; además, nuestro grado de convicción en los resultados de la investigación biomédica debería estar calibrado al tomar en cuenta vulnerabilidades ampliamente reconocidas de este ámbito de indagación. Comienzo caracterizando la biomedicina como la aplicación de los resultados de la investigación científica a la práctica médica. Examino razones generales para creer en la verdad de las representaciones con las que opera este modelo de la práctica médica, recapitulando de manera panorámica el debate en torno al realismo científico. Luego consideraro aspectos relevantes para este debate que conciernen específicamente a las ciencias biomédicas, así como algunas consecuencias para el ámbito de la biomedicina que se desprenden de adoptar varias posiciones en torno al realismo científico. Concluyo ofreciendo una defensa del realismo carte blanche como la posición más sensata que puede adoptarse en este ámbito. (shrink)

El Realismo Científico Estándar sostiene el enfoque metafísico de que el mundo es como es independiente de la mente. Sin embargo, el presente artículo demuestra cómo esta postura es incompatible con todas las teorías no-eliminativistas sobre la mente, lo cual hace que la postura sea inconsistente, incompatible con la ciencia, elimina la consciencia, la intencionalidad, la causación mental y la ética. Se propone una tesis realista alternativa que conserva la idea de que el mundo en general es de la (...) forma que es, independiente de lo que pensemos sobre él, compatible con la mente como parte real del mundo. Este cambio restaura la posibilidad de consistencia, la mente, la consciencia, la intencionalidad, la ciencia y la ética. -/- Standard Scientific Realism holds the metaphysical view that the world is the way it is independent of the mind. However, this paper demonstrates how this view is incompatible with all non-eliminativist theories of mind, leading it to be inconsistent, incompatible with science, and eliminating consciousness, intentionality, mental causation and ethics. An alternative realist thesis is proposed which preserves the idea that generally the world is the way it is independent of what we think of it, compatible with mind as a real part of the world. This reform restores the possibility of consistency, mind, consciousness, intentionality, science and ethics, while at the same time preserving the theoretical advantages over non-realist competitors. (shrink)

This paper aims to answer the question: what does the realism of laws of nature consist of? To achieve this, in the first part, three philosophical accounts of laws of nature are presented and examined: the universalist, the dispositionalist and the counter-factualist. The presentation and examination focuses on the answer given by each of these accounts to the question: what is a law of nature? Later, in the second part, convergences and divergences between these three accounts are shown. Finally, in (...) the third section, the points of agreement between them are put together to advance the fundamental thesis that encompasses each of these accounts as realist accounts of laws of nature. This thesis, I argue, is at the end the core of the general realist stance on laws of nature that I name “Realism of Laws of Nature”. (shrink)

En este trabajo, nos proponemos redefinir las posturas que toman parte en el debate entre realismo y antirrealismo científicos, dejando de concebirlas únicamente como doctrinas o teorías que describen cómo es el mundo. En cambio, acorde al camino iniciado por van Fraassen en The empirical stance, optamos por definirlas como stances: políticas, estrategias o perspectivas a partir de las cuales construimos creencias fácticas. Así, en primera instancia nos dedicamos a entender qué es una stance y cómo caracterizar esta noción. (...) En segundo lugar, exploramos metodologías y enfoques para tratar el realismo y el antirrealismo como stances, y, en esta clave, definirlos adecuadamente. Por último, examinamos el impacto de esta propuesta en la explicación de los acuerdos y desacuerdos en el debate, evaluando los grados de afinidad o distancia en las perspectivas en juego. (shrink)

Este trabajo presenta y analiza dos posturas acerca de las representaciones y clasificaciones científicas que Ian Hacking en ¿La construcción social de qué? denomina realismo o estructurismo inherente y nominalismo. La primera sostiene que las divisiones del conocimiento científico expresan o reflejan divisiones estructurales de la realidad a la que se refieren, en tanto que la segunda considera que toda división o estructura atribuida por la ciencia a la realidad se encuentra sólo en las representaciones mismas. Se sostiene que (...) tal criterio clasificatorio resulta pertinente y fructífero para las discusiones actuales acerca de la naturaleza del conocimiento científico, que pone de relieve diversas cuestiones profundas e intensamente debatidas a lo largo de la historia de la filosofía, y que el empleo del término “nominalismo” –a pesar de su polisemia y de ser poco utilizado actualmente en la filosofía de la cienciaes acertado por cuanto la discusión es en gran medida semántica, ya que se basa en dos concepciones contrapuestas acerca de la naturaleza del lenguaje humano. (shrink)

Según el realismo científico, el propósito de la ciencia es descubrir la verdad acerca de los aspectos observables e inobservables de la realidad objetiva e independiente de la mente, en la cual habitamos. Putnam y otros han objetado que tal posición realista metafísica presupone un punto de vista del Ojo de Dios, del cual no puede establecerse ningún sentido coherente. En este artículo defenderé dos posiciones: primera, que el realismo científico no requiere la adopción de un punto de (...) vista del Ojo de Dios; en lugar de esto, plantearé que el realismo científico es una hipótesis acerca de la relación entre la teoría científica y la realidad que puede ser propuesta desde nuestra propia perspectiva humana. Segunda, incluso si el realismo científico requiriera un punto de vista del Ojo de Dios, no necesariamente estaría en detrimento del realismo, pues es posible desarrollar una perspectiva externa inteligible acerca de las relaciones epistémicas humanas que se entretejen con nuestra realidad circundante. (shrink)

En los orı́genes de la ciencia moderna, es posible rastrear los tres elementos del realismo cientı́fico: el realismo metafı́sico, la teorı́a de la verdad como correspondencia y la tesis verificacionista. Galileo Galilei fue el fundador de la nueva ciencia y se opuso, a lo largo de su obra, sistemáticamente a un claro instrumentalismo cientı́fico que imperaba en su época. Su concepción de la naturaleza y de sus leyes escritas en forma matemática arrojan ideas de naturaleza filosófica que merecen (...) aún ser examinadas y discutidas. (shrink)

Radical concept nativism is the thesis that virtually all lexical concepts are innate. Notoriously endorsed by Jerry Fodor (1975, 1981), radical concept nativism has had few supporters. However, it has proven difficult to say exactly what’s wrong with Fodor’s argument. We show that previous responses are inadequate on a number of grounds. Chief among these is that they typically do not achieve sufficient distance from Fodor’s dialectic, and, as a result, they do not illuminate the central question of (...) how new primitive concepts are acquired. To achieve a fully satisfactory response to Fodor’s argument, one has to juxtapose questions about conceptual content with questions about cognitive development. To this end, we formulate a general schema for thinking about how concepts are acquired and then present a detailed illustration. (shrink)

El Realismo Crítico Auténtico (RCA) sostenido por Uskali Mäki se distingue del Realismo Crítico de Lawson. En el marco del Realismo Mínimo se explicitará qué es el RCA y se presentará el Realismo Posible de los modelos económicos en su versión MISS. Se diferenciará el Realismo Mínimo del Realismo Científico Standard. Se desarrollarán las dificultades en torno al RCA.

Environmental activism is crucial in increasing awareness of environmental degradation and preventing actions that harm the environment. A radical environmentalist movement has emerged within the community of activists. They advocate using illegal measures to attain their goals. This paper discusses these radical environmentalist groups’ motivations, their actions and their consequences. Activities that many consider unacceptable, such as art vandalism and road blockades, may result in adverse outcomes and diminish public support for environmental endeavors. We propose an alternative solidarity (...) approach whereby activists focus their efforts on disseminating information to the general public on climate change and other environmental issues, advocating for the adoption of eco-surplus culture, and fostering cooperation among governments, businesses, and individuals to develop effective solutions. (shrink)

Este artículo pretende mostrar que, a través de la obra de Lovecraft, es posible ilustrar una forma de realismo estructural óntico (REO). Se postula que la literatura de Lovecraft permite ejemplificar una ontología orientada hacia las relaciones (entre entidades), y no a las entidades mismas. Además, puesto que en esta forma de REO las entidades se definirían por sus relaciones, se concluye que estas deberían ser abstractas, habilitadas para contar con todas las características que extrínsecamente les sean asignadas en (...) una actualización determinada de la estructura que las alberga. (shrink)

This paper aims to analyse the notion of familiarity in Dewey’s pragmatism in order to show its important role as a tool for human beings to interpret the reality, manage it, and act within it. Starting from an examination of Deweyan transactional realism, the discourse focuses on familiarity and its related terms (such as “familiar,”“to familiarize,”but also opposites such as “unknown” or “strange”) in Dewey’s thought, to finally come to highlight its fundamental hermeneutic role. This might be useful to account (...) for a subject of Deweyan thought not so deeply highlighted by scholarship and, at the same time, to show pragmatism’s closeness to hermeneutics regarding the relation between the human being and the real. -/- Questo articolo si prefigge di analizzare la nozione di familiarità nel pragmatismo di John Dewey, per mostrare come essa sia uno strumento importante a disposizione degli esseri umani per interpretare il reale, orientarsi ed agire in esso. Partendo da un esame del realismo transazionale deweyano, il discorso passa a delineare il ruolo della familiarità ed affini (termini come “familiare”, “familiarizzare” ma anche gli opposti “estraneo”, “ignoto” ecc.) nel filosofo americano fino ad evidenziarne il fondamentale ruolo ermeneutico. In tal modo, è fornito un resoconto su un aspetto del pensiero deweyano non adeguatamente messo in luce dalla ricerca e nello stesso tempo si individua un importante punto di contatto tra pragmatismo ed ermeneutica intorno alla questione del rapporto dell’essere umano con il reale. (shrink)

El carácter fundamentalmente probabilista de la teoría cuántica cuestionó el realismo como filosofía básica de la ciencia, si bien ciertas interpretaciones instrumentalistas podrían no amenazar por sí solas la existencia de un mundo exterior e independiente de nuestra conciencia. La falta de un valor definido para tales magnitudes antes de la medición alentó la suposición de que tales valores “no existen” antes de la medida. Una reinterpretación de nuestras ideas sobre las magnitudes físicas, considerándolas formalmente representadas por conjuntos de (...) valores en lugar de valores numéricos concretos, ayudaría a disipar toda sombra de irrealidad física. (shrink)

La cuestión de la creación artística ha sido motivo de reflexiones desde hace siglos: si es un fin en sí misma o si es medio de lograr otros fines, políticos e ideológicos. El presente trabajo se encamina a estudiar cuáles son las ideas al respecto planteadas en el marxismo y cuál ha sido el origen teórico del realismo socialista, considerado como un añadido posterior, ajeno a las concepciones de Marx.

The received view is that Kant denies all moral luck. But I show how Kant affirms constitutive moral luck in passages concerning radical evil from Religion within the Boundaries of Mere Reason. First, I explicate Kant’s claims about radical evil. It is a morally evil disposition that all human beings have necessarily, at least for the first part of their lives, and for which they are blameworthy. Second, since these properties about radical evil appear to contradict Kant’s (...) even more famous claims about imputation, ‘ought implies can’, and free will, I unpack Henry Allison’s proof of radical evil and show how it is consistent with interpretations of Kant’s broader views about morality. Third, I define and illustrate the category of constitutive moral luck and argue that Kant embraces the existence of constitutive moral luck given Allison-style interpretations of radical evil. This provides a reason for philosophers to reject the received view, and it creates an occasion for Kantians and Kant scholars to check their reasons if they deny moral luck. (shrink)

El presente trabajo intenta profundizar en la noción de mecanismo en el Realismo Crítico de Tony Lawson. Penetraremos en la naturaleza de los mecanismos en este autor. Señalaremos su importancia para conocer el reino social, transformarlo y reorientar la economía. Mostraremos algunas dificultades presentes en la propuesta de Lawson en torno a esta noción: acerca de la viabilidad de una teoría económica para los sistemas abiertos; sobre el valor explicativo de los transfácticos y las posibilidades de conocer los mecanismos.

Radical enactivists claim that cognition is split in two distinct kinds, which can be differentiated by how they relate to mental content. In their view, basic cognitive activities involve no mental content whatsoever, whereas linguistically scaffolded, non-basic, cognitive activities constitutively involve the manipulation of mental contents. Here, I evaluate how this dichotomy applies to imagination, arguing that the sensory images involved in basic acts of imaginations qualify as vehicles of content, contrary to what radical enactivists claim. To argue (...) so, I leverage what has appropriately been dubbed a “compare to prototype” argument. Hence, I will first identify, within the enactivist literature, the general functional profile of a vehicle of content complying with the austere standard of contentfulness radical enactivists adhere to. Provided such a profile, I will show, relying on a mixture of reasoning and empirical evidence, that basic sensory images satisfy it, and thus that they can rightfully be identified as vehicles of content. This, I claim, provides a sufficient reason to identify the sensory images involved in basic acts of imagination as vehicles of content, thereby denying that basic imagination does not involve mental content. (shrink)

English- Vademecum: 77 Minor Terms for Writing Urban Places offers a set of concepts that stimulate new approaches in planning, architecture, urban design, policy, and other practices of spatial development. These diverse concepts might reveal blind spots in urban discourse or bring insights from one discipline to another. The term ‘minor’ refers to the ambition to look at the local and social specificity of urban places and to challenge established discursive frameworks by giving voice to multiple actors in the debate. (...) This publication hopes to be a field guide that inspires spatial professionals, researchers, students, and communities to exchange knowledge, to engage with urban places and to discover and develop responsible approaches to current urban challenges. Dutch – Vademecum: 77 Minor Terms for Writing Urban Places biedt een reeks concepten die nieuwe benaderingen in architectuur, stedenbouw en ruimtelijke ontwikkeling stimuleren. Deze uiteenlopende concepten kunnen blinde vlekken in het stedelijke discours onthullen of inzichten van de ene discipline naar de andere brengen. De term 'minor' verwijst naar de ambitie om naar de lokale en sociale specificiteit van stedelijke plekken te kijken en om gevestigde discursieve kaders uit te dagen, door stem te geven aan meerdere actoren in het debat. Deze publicatie is te zien als een veldgids die ruimtelijke professionals, onderzoekers, studenten en gemeenschappen inspireert om kennis uit te wisselen, over onderzoek naar stedelijke plekken, en om verantwoorde benaderingen te ontdekken en te ontwikkelen voor de hedendaagse stedelijke uitdagingen. (shrink)

My starting assumption concerns the default view in western aestethics. My claim is that the view can be characterized in the following manner: while the arts and religious experience are formally different kinds of human experience, the arts have the same content of religious experience (Essentialist claim, EC). I argue that both from a realist and antirealist standpoint EC does not make sense. Consequently, EC should be rejected as the right approach to the relation between the arts and religious experience.

No presente artigo argumentamos que os fatos morais dependem da realidade da consciência. Por esse viés, abordamos, então, que apenas seres sencientes dotados de razão estão aptos a conhecer os valores objetivamente. Considerando a teoria do Pampsiquismo, que afirma ser a consciência uma propriedade essencial da matéria, analisamos a possibilidade de que se organismos subjetivos evoluírem em outros sistemas solares alcançando a racionalidade, poderiam ter a mesma percepção das leis naturais que o homem tem. Nesse contexto, a existência de um (...) direito natural cosmológico é viável. Analisamos, portanto, o realismo moral sob a ótica do Pampsiquismo, segundo Thomas Nagel. Em contraste, examinamos também o Biopsiquismo. Concluímos que o conhecimento do valor terá interpretações distintas para cada uma das teorias da mente. (shrink)

There has been much recent debate concerning how Hannah Arendt's concepts of radical evil and the banality of evil `fit together', if at all. I argue that the first of these concepts deals with a certain type of evil, in particular the evil that occurred in the Nazi death camps. The second deals with a certain type of perpetrator of evil, in particular the banal `nobody', Eichmann. As such, bar a localized incompatibility in regard to Arendt's early account of (...) the motivation of perpetrators of radical evil, these two concepts are independent but nonetheless highly complementary. Key Words: Hannah Arendt • banality of evil • Adolf Eichmann • evil • forgiveness • Immanuel Kant • punishment • radical evil. (shrink)

Metamorphosis as it is represented by some pre-historical artists seems problematic for our occidental point of view. In fact, it seems to be strongly against identity and law of non-contradiction. Becoming in general is also viewed as an error or exception by our classic point of view. This very claim can conduct to theories of non-classical logic. Deleuze and Guattari in their monumental work had tried to offer enormous contributions in order to comprehend the becoming phenomenon. Through a pre-historical representations (...) analysis, with also an intrusion in contemporary art's field, I want to confront with possible metamorphosis representations remain theoretically founded in the deleuzian proposal in dialogue with phenomenological inquiry. New principle of individuation and analysis of expression provide new looks to arisen problems with classical logic and metamorphosis representations, which will be acceptable and comprehensible as art shows. (shrink)

This paper takes issue with an influential interpretationist argument for physicalism about intentionality based on the possibility of radical interpretation. The interpretationist defends the physicalist thesis that the intentional truths supervene on the physical truths by arguing that it is possible for a radical interpreter, who knows all of the physical truths, to work out the intentional truths about what an arbitrary agent believes, desires, and means without recourse to any further empirical information. One of the most compelling (...) arguments for the possibility of radical interpretation, associated most closely with David Lewis and Donald Davidson, gives a central role to decision theoretic representation theorems, which demonstrate that if an agent’s preferences satisfy certain constraints, it is possible to deduce probability and utility functions that represent her beliefs and desires. We argue that an interpretationist who wants to rely on existing representation theorems in defence of the possibility of radical interpretation faces a trilemma, each horn of which is incompatible with the possibility of radical interpretation. (shrink)

No Tratado da natureza humana, David Hume dedica uma longa seção à problemática sobre a possibilidade da existência do mundo externo intitulada “Do ceticismo quanto aos sentidos”. A seção traz idas e vindas do autor no que diz respeito à resposta para o problema. Inicialmente, Hume dá como certa a existência externa dos corpos, i.e., independente das percepções, e avisa que sua investigação se limitará, apenas, às causas que levam a crer nisso. Sua pretensão inicial não é cumprida e logo (...) dá espaço a uma rede de complexos argumentos céticos, os quais colocam em dúvida as realidades independentes das percepções. No último parágrafo, porém, Hume parece retroceder em sua posição e parece tomar como certa a existência independente dos corpos, mais uma vez, tal como fez no começo da seção. O objetivo desse trabalho foi, pois, evidenciar que há dois pontos bem diferentes que caracterizam sua argumentação sobre esse assunto: I) A existência do mundo externo; II) a possibilidade de conhecê-lo. Ao primeiro, a resposta de Hume será positiva, ao segundo ponto, negativa. O ceticismo, portanto, sempre decorreria de qualquer tentativa em conhecer tais realidades independentes, pois, através da argumentação filosófica, da razão, sempre se esbarraria na impossibilidade de sua existência. Ao mesmo tempo, sua realidade ontológica parece se impor pela própria natureza e, com isso, desativa os argumentos céticos, os quais sempre demonstram a impossibilidade de conhecê-lo, i.e., acessá-lo pela razão. Assim, o que se tem sobre o mundo externo são, apenas, impressões geradas através da experiência para com o mesmo. Em vista dos fins supracitados, foram utilizados, além do Tratado, a Investigação sobre o entendimento humano e outros textos do filósofo escocês. (shrink)

Hegel ofrece dos formas -en su filosofía en último análisis complementarias- de caracterizar al idealismo: La primera es próxima a la concepción habitual de idealismo previa a Kant, a saber: como una posición que considera que aquello que conocemos es una modificación de la propia conciencia. La segunda descansa en la tesis de la nulidad de lo finito; según esto, ?idealista? es la filosofía que considera que lo finito no tiene en cuanto tal realidad; ?realista?, a la inversa, es la (...) filosofía que toma el ser de las cosas determinadas como algo fijo y definitivo. Hegel denomina a este idealismo ?absoluto?.El idealismo absoluto es el modelo teórico que interrelaciona la tesis del carácter intrínsecamente ideal de los objetos de conocimiento y la tesis de que las cosas singulares que constituyen el mundo real surgen como una autodeterminación del ser. La premisa que permite tal vínculo es la tesis defendida por Hegel de que ser y pensar nunca se han separado y que su separación es el resultado de una concepción posterior errónea de la mente humana sobre la naturaleza de su actividad cognitiva. La hipostasiación de la disociación que la forma cognitiva de la representación introduce en la unidad indiferenciada de ser y pensar de la que parte la actividad de conocimiento en el sentimiento y la intuición sensibles es para Hegel la que provoca la ilusión retroactiva de que ambos -ser y pensar, mundo conocido y mente que conoce- se diferencian y contraponen. Por el contrario, desde el momento que la sensación es también ella misma un modo particular de la actividad continua e ininterrumpida del pensamiento, en el itinerario que va de la percepción sensible a la comprensión del objeto no hay para Hegel un punto en donde pueda introducirse una fractura que disuelva la unidad primigenia entre el ser y el pensar. En esta precisa medida, el momento final de la actividad de conocimiento, es decir, la actividad de comprender el mundo, es a un tiempo la singularización de los contenidos universales que constituyen la teoría del sujeto sobre el mundo y la autodeterminación de la unidad ser-pensar de la que parte y en todo momento permanece el sujeto que elabora esa teoría. Arribados al punto de vista del concepto, la dicotomía realismo-idealismo queda develada como un corolario de la autoconcepción representacionalista de la subjetividad cognoscente. Esta concepción define al paradigma general del realismo, el cual incluye para Hegel como el anverso y reverso de un mismo modelo teórico tanto lo que tradicionalmente ha sido entendido como realismo como al idealismo que resulta de una universalización de la idealidad de la conciencia singular, ya sea en la variante propuesta por Berkeley, ya sea en la del idealismo trascendental de Kant. A ojos de Hegel, por el contrario, el idealismo no puede ser sino absoluto, es decir, debe incluir en sí mismo el momento del ser y, con él, la realidad de las cosas que el sujeto conoce: la tarea esencial de la filosofía no consiste para Hegel más que en tomar conciencia de la co-pertenencia y unidad intrínseca de ambos. (shrink)

Radical cities have historically been hotbeds of transformative paradigms, political changes, activism, and social movements, and have given rise to visionary ideas, utopian projects, revolutionary ideologies, and debates. These cities have served as incubators for innovative ideas, idealistic projects, revolutionary philosophies, and lively debates. The streets, squares, and public spaces of radical cities have been the backdrop for protests, uprisings, and social movements that have had both local and global significance. This research project aims to explore and reimagine (...) radical cities and urban activism using a variety of visual and collaborative pedagogical approaches. This project will study and categorize these cities through comparative case studies from different regions, including North America, and Latin America, and beyond, in order to better understand and interpret pivotal societal transitions. (shrink)

Wouter Kusters argues that madness has much to offer philosophy, as does philosophy to madness. In this paper, i support both claims by drawing on a mad phenomenon which I label Radical Psychotic Doubt, or RPD. First, although skepticism is a minority position in epistemology, it has been claimed that anti-skeptical arguments remain unsatisfying. I argue that this complaint can be clarified and strengthened by showing that anti-skeptical arguments are irrelevant to RPD sufferers. Second, there's a debate about whether (...) so-called hinge commitments are beliefs or not. I argue that RPD can be used to strengthen the case that they are. Moreover, if hinges are beliefs, some madpeople are more epistemically rational than some sane philosophers. Third, drawing on my own mad experiences, I challenge evidentialism by presenting a better candidate for a truly forced cchoice about what to believe than William James' traditional religious example. I further show that in certain psychiatric contexts, evidentialism has more radical implications than Jamesian pragmatism, which comes out as more conservative. Finally, I discuss how philosophical theories like pragmatism and Pyrrhonism can provide inspiration for new and much-needed coping strategies for RPD sufferers. (shrink)

Advocates of radical realist theories of legitimacy propose that political legitimation narratives are often void where they show signs of motivated reasoning. In a recent critique of the method, example cases have been put forward in which an analysis and critique of flawed justification narratives seems urgently called for, and yet motivated reasoning is absent. This, critics suggest, should deflate the prominence of motivated reasoning within the radical realism. I argue here that those cases are misconstrued. Motivated reasoning (...) can either be easily identified therein, or the cases are irrelevant to begin with. The issue with realism’s motivated reasoning connection is another: the explanatory direction of fit between epistemic circularity and motivated reasoning. The former explains the normative salience of the latter. Hence, I hope this intervention clarifies a misunderstood and underexplored aspect of contemporary radical realist theory and adds to the contextualisation of the psychology of motivated reasoning within normative social theory more broadly. (shrink)

The paper investigates some principles of transcendental realism and their role in the third antinomy of the Critique of Pure Reason. We try to show that things and representations, as well as distinctive types of faculties, are differently confl ated according to diff erent ways in which space and time are said independent of our sensibility. We try to explain the diff erent claims of partisans of thesis and antithesis in the third antinomy based on these different ways in which (...) things and representations, and cognitive principles, collapse. (shrink)

Bare plural generic sentences pervade ordinary talk. And yet it is extremely controversial what semantics to assign to such sentences. In this paper, I achieve two tasks. First, I develop a novel classification of the various standard uses to which bare plurals may be put. This “variety data” is important—it gives rise to much of the difficulty in systematically theorizing about bare plurals. Second, I develop a novel account of bare plurals, the radical account. On this account, all bare (...) plurals fail to express propositions. The content of a bare plural has to be pragmatically “completed” by a speaker in order for her to make an assertion. At least the content of a quantifier expression has to be supplied. But sometimes, the content of a sentential operator or modal verb is also supplied. The radical account straightforwardly explains the variety data: Speakers’ communicative intentions vary wildly across different contexts. (shrink)

This paper defends a reading of Wittgenstein’s philosophy of mathematics in the Lectures on the Foundation of Mathematics as a radical conventionalist one, whereby our agreement about the particular case is constitutive of our mathematical practice and ‘the logical necessity of any statement is a direct expression of a convention’ (Dummett 1959, p. 329). -/- On this view, mathematical truths are conceptual truths and our practices determine directly for each mathematical proposition individually whether it is true or false. Mathematical (...) truths are thus not consequences of a prior adoption of a convention or rules as orthodox conventionalism has it. -/- The goal of the paper is not merely exegetical, however, and argues that radical conventionalism can withstand some of the most difficult objections that have been brought forward against it, including those of Dummett himself, and thus that radical conventionalism has been prematurely excluded from consideration by philosophers of mathematics. (shrink)

Quentin Meillassoux descarta la cuestión de la correlación correcta en su Después de la finitud y en las publicaciones siguientes porque su trabajo tiene como objetivo refutar el correlacionismo. La pregunta central que planteo en el artículo es:¿ necesita la posición de Meillassoux algo más que un juego ontológico formal (y los realismos especulativos y los nuevos realismos en general)? Mi respuesta a esta pregunta será un no, pero creo que él y todos los realistas especulativos y nuevos realistas necesitan (...) una concepción de la conexión entre nosotros y las cosas que nos rodean. El artículo comienza examinando dos nociones centrales de la filosofía negativa de Meillassoux: correlación y ancestralidad. Este análisis elude dar una respuesta a la cuestión de por qué Meillassoux trata de evitar comprometerse con cuestiones tradicionales de epistemología, filosofía de la mente y ciencia. Después introduzco la noción de juego ontológico formal y presento un argumento (del experimento mental de la tabla periódica de las cosas) de por qué cualquier realista especulativo y nuevo realista debe abstenerse de declarar su ontología realista respectiva en la forma de este juego. El artículo concluye con cuatro preguntas que deben ser respondidas por Meillassoux y, por extensión, por cualquier filosofía que se esfuerce por ser un realismo especulativo o un nuevo realismo. (shrink)

State of the art paper on the topic realism/anti-realism. The first part of the paper elucidates the notions of existence and independence of the metaphysical characterization of the realism/anti-realism dispute. The second part of the paper presents a critical taxonomy of the most important positions and doctrines in the contemporary literature on the domains of science and mathematics: scientific realism, scientific anti-realism, constructive empiricism, structural realism, mathematical Platonism, mathematical indispensability, mathematical empiricism, intuitionism, mathematical fictionalism and second philosophy.

For a long time, academic institutes stigmatized activism and dissociated it from academic practice. It was looked down upon and considered to be disruptive and western institutes continued silencing critical thinking and practice, and encouraged what they named 'critical distance'. These practices of exclusion must push us, city inhabitants, to ask: what is the point of excluding activism from academic practice? How can we bridge between theory and activism? How can we decenter city planning? If cities belong to the people, (...) why are public authorities trying to erase the public's print in the urban realm? Who gets to speak and why? In our group as the ‘Radicals’, we discussed the gap between urban theory and practice, while encouraging the audience to reflect on how urban concepts adopt multiple definitions within different geographies and communities. (shrink)

The lack of knowledge—as Timothy Williamson (2000) famously maintains—is ignorance. Radical sceptical arguments, at least in the tradition of Descartes, threaten universal ignorance. They do so by attempting to establish that we lack any knowledge, even if we can retain other kinds of epistemic standings, like epistemically justified belief. If understanding is a species of knowledge, then radical sceptical arguments threaten to rob us categorically of knowledge and understanding in one fell swoop by implying universal ignorance. If, however, (...) understanding is not a species of knowledge, then three questions arise: (i) is ignorance the lack of understanding, even if understanding is not a species of knowledge? (ii) If not, what kind of state of intellectual impoverishment best describes a lack of understanding? (iii) What would a radical sceptical argument look like that threatened that kind of intellectual impoverishment, even if not threatening ignorance? This paper answers each of these questions in turn. I conclude by showing how the answers developed to (i-iii) interface in an interesting way with Virtue Perspectivism as an anti-sceptical strategy. (shrink)

The realistic alternatives to the kantian transcendental idealism, inso- far as they “categorematically” conceive the thinking subject, show themselves inconsistent with the critical treatment. We will try to determine here the detachment acquired by the critical philosophy in relation to transcendental realism due to the peculiar treatment given to the logical functions, categories and, consequently, to the very unity of apperception involved in all judging.

Can democracy be at once radical and Islamic? In this paper I argue that it can. My argument is based on a comparison and contrast of certain aspects in the social-political thought of two contemporary authors: Axel Honneth who defends a particular conception of radical democracy, and Rached al-Ghannouchi who defends a particular conception of the Islamic state. I begin with Honneth’s early articulation of his model of radical democracy as reflexive cooperation, which he presents as an (...) alternative that reconciles Arendtian republicanism and Habermasian proceduralism while avoiding their weaknesses. I also refer to his more mature conception of democracy by way of highlighting his understanding of democracy as a process of constituting civil society. This is significant for the purposes of this paper since it forms the most important link between Honneth’s radical democracy and Ghannouchi’s Islamic model of political rule. I then introduce Ghannouchi’s theoretical account of the Islamic state with a focus on his conception of shura (consultation) in order to bring to the fore both the similarities and dissimilarities with Honneth’s theory of democracy. By this point I will have identified Islamic resources for a conception of democracy that, like Honneth’s democracy as reflexive cooperation, shares with proceduralism an instrumental view of democratic procedures, and with republicanism a strong connection between the pre-political social level and politics. Next, I ask whether this conception of radical Islamic democracy can square its dual commitment to pluralism and Islamic unity. Again, I draw on Ghannouchi’s thought to respond to the challenge, doing so in a way that brings out the agonistic dimension in radical Islamic democracy. I conclude by making explicit how radical Islamic democracy carves out a conceptual space in which proceduralist, republican and agonistic features are combined. (shrink)

As the intuitions about moral phenomenology shows the metaphysical distinction between mind-dependent and mind-independent properties has set the metaethical distinction between normativity and objectivity in ethics. Traditionally, many arguments were built in order to show that moral realists cannot account, in naturalist vocabulary, for the process of determining moral reference due to the desiderative disposition taken to be necessarily part of the meaning of moral terms. This dissertation assess some anti-realists arguments like is-ought thesis, the argument from queerness, the argument (...) from relativity and the open question argument. In what follows I propose the semantics elaborated by Cornell realism in order to address these arguments, especially the open question argument. However, as Moral Twin Earth test shows us the semantic proposed by Boyd is incomplete. Therefore I also evaluate a second attempt taken by Cornell realists such as Brink and Copp, based on Putnan's notion of referential intentions. (shrink)

El carácter fundamentalmente probabilista de la medición de las magnitudes cuánticas, alentó la suposición de que tales valores “no existen” antes de la medida. Una reinterpretación de nuestras ideas sobre las magnitudes físicas, considerándolas formalmente representadas por distribuciones de valores en lugar de valores numéricos concretos, ayudaría a disipar toda sombra de irrealidad física.

REC or Radical Enactive (or Embodied) Cognition (Hutto and Myin, 2013) involves the claim that certain forms of mentality do not involve informational content and are instead to be equated with temporally and spatially extended physical interactions between an agent and the environment. REC also claims however that other forms of mentality do involve informational content and are scaffolded by socially and linguistically enabled practices. This seems to raise what can be called a cognitive gap question, namely, how do (...) non-contentful behaviours give rise to contentful behaviours? In this paper, I show how REC can tackle a certain understanding of this question. I argue that if REC were to endorse claims made by the later Wittgenstein, then REC could deny that there is any (synchronous) gap in our intelligent behaviour. (shrink)

This chapter proposes a radically enactive account of remembering that casts it as creative, dynamic, and wide-reaching. It paints a picture of remembering that no longer conceives of it as involving passive recollections – always occurring wholly and solely inside heads. Integrating empirical findings from various sources, the chapter puts pressure on familiar cognitivist visions of remembering. Pivotally, it is argued, that we achieve a stronger and more elegant account of remembering by abandoning the widely held assumption that it is (...) rooted in the retrieval of stored information or content in order to represent past events. We demonstrate how a radically enactive account of the roots of remembering can successfully handle classic cases discussed in the extended memory literature while, at same time, accommodating experientially rich forms of episodic memory. (shrink)

I advance the Radically Enactive Cognition (REC) program by developing Hutto & Satne’s (2015) and Hutto & Myin’s (2017) idea that contentful cognition emerges through sociocultural activities, which require a contentless form of intentionality. Proponents of REC then face a functional challenge: what is the function of higher cognitive skills, given the empirical findings that engaging in higher-cognitive activities is not correlated with cognitive amelioration (Kornblith, 2012)? I answer that functional challenge by arguing that higher cognition is an adaptive tool (...) of the social systems we are embedded in, therefore, it is not necessarily aimed at achieving better cognitive states. In order to do so, I suggest interpreting key insights from autopoietic enactivism through REC lenses. (shrink)

The primary objective of this book is to open space for rethinking the relationship between art and politics. It seeks to combat one of the fundamental assumptions that has plagued many of the previous debates on this issue: that art and politics are distinct entities definable in terms of common properties, and that they have privileged points of intersection, which can be determined once and for all in terms of an established formula. This common sense assumption is rooted in a (...) transcendent illusion according to which there are more or less fixed characteristics that unify our terms, concepts, and practices in such a way as to guarantee their meaning. Against this substantialist approach, Radical History & the Politics of Art argues for a praxeological account that begins the other way around by analyzing specific cultural practices without presupposing a conceptual unity behind them. Such an orientation is radically historicist in the sense that it recognizes that all of our practices—be they linguistic, theoretical, aesthetic or political—are historically constituted and that they are necessarily part of a temporal dynamic. Hence the contingent nature of the labels used to classify various practices or even identify ‘practice’ as such. Radical history thereby proposes a significant departure from the extant debates on art and politics by maintaining that there is no ‘art’ or ‘politics’ in general, nor a singular relation between them. There are only historically constituted practices in various conjunctures, some of which have been labeled, through practical acts of denomination, as ‘artistic’ or ‘political.’ Instead of proposing one more response to the oft-repeated question ‘what is the relationship between Art and Politics?’ this book seeks to overcome the presuppositions that plague such a question. It thereby changes the very nature of the investigation by asking: ‘how do the diverse aspects of practices identified as ‘aesthetic’ and ‘political’ overlap, intertwine and sometimes merge in precise socio-historical force fields of action? (shrink)

Paper 18 Defines patriarchal radicalization, imprinted on the mind to change it from being a thinking organ to being a belief-organ. I claim that rights to correct information and factual names about the speech-making species can only be sapient rights.

Se analizará en este texto la noción de aislamiento en el Realismo Crítico de Tony Lawson y su relación con su posición frente al uso de los modelos económicos mainstream para acceder al mundo social. Distinguiremos las nociones de abstracción y aislamiento en este autor. Mostraremos la irreductibilidad de las mismas y que la consideración de la complejidad de la realidad social se relaciona con su posición sobre el rol del aislamiento para llegar a ella.