REPRODUÇÃO ANIMAL: O CICLO ESTRAL DE BOVINOS LEITEIROS – Desenvolvimento Folicular, Corpo Lúteo e Etapas do Estro ANIMAL REPRODUCTION: THE OESTROUS CYCLE OF DAIRY BOVINES -Follicular Development, Corpus Luteum and Stages of Estrus Apoio: Emanuel Isaque Cordeiro da Silva Departamento de Zootecnia da UFRPE E-mail: [email protected] WhatsApp: (82)98143-8399 FISIOLOGIA CLÍNICA DO CICLO ESTRAL DE BOVINOS LEITEIROS 1. RESUMO A fêmea bovina apresenta ciclos estrais em intervalos de 19 a 23 dias e estes só são interrompidos durante a gestação ou devido (...) a alguma patologia. O estro é o período de aceitação da cópula e tem uma duração de 8 a 18 horas. Durante o metaestro ocorre a ovulação e se desenvolve o corpo lúteo. O diestro é o estágio mais longo do ciclo e é caracterizado pela presença de um corpo lúteo. Se a gestação não for estabelecida, o endométrio segrega prostaglandina F2α(PGF2α) o que induz a luteólise, reiniciando assim um novo ciclo. 2. EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-OVÁRIO As hormonas são substâncias produzidas por diferentes células do organismo que exercem funções específicas em outras células (células brancas). Algumas hormonas atuam na mesma célula que a secreta (atividade autocrina), outras nas células vizinhas (atividade parácrina) e outras são transportadas pelo sangue e exercem a sua função em células de outros órgãos (atividade endócrina). Existem outros tipos de hormônios que comunicam a diferentes indivíduos e são conhecidos como feromônios. Os feromônios regulam diferentes funções, entre as quais se destacam as reprodutivas. O hipotálamo encontra-se na base do cérebro, é formado por núcleos pares de neurônios e comunica-se com a hipófise através de um sistema circulatório especializado conhecido como sistema porta-hipotálamo-hipofisário. Os neurônios da área ventromedial e da área pré-óptica do hipotálamo secretam a hormona libertadora das gonadotropinas (GnRH), que por sua vez chega à hipófise através do sistema porta-hipotálamo-hipofisário e estimula a secreção da hormona luteinizante (LH) e da hormona folículo estimulante (FSH). A LH mantém um padrão de secreção paralelo à secreção da GnRH; ou seja, uma parcela de GnRH corresponde a uma parcela de LH, ao contrário da FSH que tem uma produção basal elevada inibida pelo estradiol e inibina, por este motivo, a sua secreção não apresenta um padrão pulsante semelhante à LH. A GnRH tem duas formas de secreção: a primeira é pulsante ou tônica, regulada por estímulos externos (fotoperíodo, bioestimulação, amamentação) e por estímulos internos (metabolitos, hormonas metabólicas, hormonas sexuais); a segunda forma é pré-ovulatória ou cíclica e é estimulada pelos estrogênios durante o estro e inibida pela progesterona. A secreção de alguns hormônios, bem como diversos processos fisiológicos, são sincronizados com a duração do dia e da noite (ritmos endógenos). A luz é percebida pelos fotorreceptores da retina e o sinal luminoso chega à glândula pineal através de conexões neuronais (trato retino-hipotalâmico). Na glândula pineal, o estímulo produzido pela luz inibe a síntese da melatonina. Desta forma, a duração do dia e da noite (fotoperíodo) é registada pelas variações nas concentrações da melatonina. Na vaca, sabe-se que o fotoperíodo influencia alguns processos reprodutivos, embora não seja, em sentido estrito, uma espécie com um padrão reprodutivo sazonal. Os feromônios sexuais são excretados através da urina, fezes e fluidos corporais; eles são percebidos pelo epitélio olfatório e órgão vomeronasal. Posteriormente, algumas vias nervosas, estimulam no hipotálamo a frequência dos pulsos de secreção da GnRH. A exposição a feromonas femininas provoca no macho um aumento na frequência de secreção do LH e isto por sua vez aumenta as concentrações de testosterona. Os feromônios masculinos induzem na fêmea um aumento da frequência de secreção do LH, estimulando o crescimento folicular e a secreção de estradiol. A estimulação sexual provocada pelo macho ou pela fêmea é denominada bioestimulação. As alterações na condição corporal estão positivamente correlacionadas com as concentrações séricas de insulina, fator de crescimento semelhante à insulina tipo I (IGF- I) e leptina. Assim, quanto maior a classificação da condição corporal, maior é a concentração sérica destas hormonas, que atuam como sinais que chegam ao hipotálamo e modificam a frequência de secreção da GnRH. Por exemplo, a transição do anestro para a ciclicidade coincide com um aumento da condição corporal e das concentrações de insulina, IGF- I e leptina (figura 1). Figura 1. A transição do anestro para a ciclicidade coincide com um aumento da condição corporal e das concentrações de insulina, IGF- I e leptina. Estas hormonas atuam como sinais que chegam ao hipotálamo e aumentam a frequência de secreção da GnRH. Fonte: GALINA, et al. 2008. Os estrogênios podem ter um feedback positivo ou negativo sobre a secreção da GnRH, o que depende da fase do ciclo reprodutivo. Em animais pré-púberes e em anestro pós-parto, os estrogênios inibem a secreção de GnRH, mas durante o período de proestro e estro há uma estimulação para a secreção de GnRH. A progesterona reduz a secreção da GnRH, bem como a resposta da hipófise à GnRH, inibindo assim a maturação folicular e a ovulação. Por esta razão, a progesterona foi utilizada com sucesso como contraceptivo em humanos e para o controle artificial da reprodução em animais domésticos (figura 2). Figura 2. Retroalimentação entre o hipotálamo, hipófise e o ovário. A GnRH estimula na hipófise a síntese e secreção de LH e FSH. Na fase pré-púbere e no anestro pós-parto, os estrogênios inibem a secreção de GnRH, enquanto no proestro e estro, estimulam-na. A progesterona inibe a secreção da GnRH e diminui a resposta da hipófise à GnRH. Os estrogênios e a inibina suprimem a secreção de FSH diretamente na hipófise. Fonte: GALINA, et al. 2008. Os neurônios secretores da GnRH não têm receptores para estrogênios nem progesterona, pelo que estas hormonas não têm forma de regular diretamente a secreção da GnRH. Existe um grupo de neurônios hipotalâmicos que exprimem o gene Kiss-1 que codifica o peptídeo kisspeptina. Os neurônios secretores da GnRH têm receptores para este peptídeo, de modo que a kisspeptina fornece a informação aos neurônios secretores da GnRH em relação às concentrações de hormônios sexuais. A kisspeptina é um potente estimulador (secretagogo) da secreção da GnRH e é muito provável que nos próximos anos venha a fazer parte dos recursos hormonais para o controle artificial da reprodução, não só nos bovinos, mas em todas as espécies domésticas. 3. DESENVOLVIMENTO FOLICULAR O ovário é responsável pela produção de ovócitos e pela síntese de hormônios sexuais, estrogênios e progesterona, que promovem e regulam a fertilização do ovócito e a manutenção da gestação. O ovócito encontra-se no interior do folículo ovárico rodeado por células granulosas que participam de forma ativa no seu crescimento e maturação. As experiências in vitro demonstram a dependência dos ovócitos das células da granulosa, assim, quando os ovócitos são induzidos a amadurecer devem estar rodeados por várias camadas de células da granulosa para que este processo seja bem sucedido, caso contrário, não adquirem o potencial para desenvolver um embrião. Embora as células da teca interna não estejam em contato direto com o ovócito, seu papel na maturação deste o exercem mediante a produção de andrógenos, mesmos que são convertidos em estrogênios pelas células da granulosa. Além disso, as células da teca favorecem o estabelecimento da rede capilar que apoia o desenvolvimento folicular. Por outro lado, os novos conhecimentos indicam que o ovócito não é um elemento passivo no desenvolvimento folicular, mas regula a função das células foliculares; o que significa que ele próprio participa na criação de um microambiente ideal para a sua maturação. Além disso, é possível que o ovócito tenha um papel na ativação do desenvolvimento dos folículos primordiais. A fêmea bovina nasce com aproximadamente 200 mil folículos, dos quais muito poucos se ativam e iniciam seu crescimento, e a maior parte deles sofre atresia em diferentes etapas de desenvolvimento. Ao nascimento, os folículos estão na fase mais elementar e são conhecidos como folículos primordiais. Posteriormente estes folículos se ativam e se transformam em folículos primários e secundários; até este momento os folículos não têm antro (etapa pré-antral) e seu desenvolvimento é independente das gonadotropinas. Quando os folículos formam o antro são conhecidos como folículos terciários e seu desenvolvimento é dependente das gonadotropinas (etapa antral). O crescimento folicular no estágio antral ocorre em forma de ondas e cada onda começa com um aumento nos níveis de FSH, o qual promove o crescimento de um grupo de cinco a seis folículos (~4 mm de diâmetro); este processo é conhecido como recrutamento. Subsequentemente, um único folículo continua a crescer (folículo dominante), o que provoca um aumento das concentrações de estrogênios e inibina, uma diminuição das concentrações de FSH e atresia dos folículos subordinados, pois eles dependem totalmente desta hormona, enquanto o folículo dominante continua o seu desenvolvimento estimulado pela LH. O folículo dominante perdura de quatro a seis dias e se não chega a ovular, sofre atresia. Após a atresia do folículo dominante, diminuem-se os níveis de estrogênio e inibina, observa-se um aumento das concentrações de FSH e inicia-se uma nova onda folicular. O folículo dominante que está presente quando o corpo lúteo sofre regressão, continua seu desenvolvimento e ovula, em resposta ao pico pré-ovulatório de LH. Além de promover a liberação do ovócito, a secreção pré-ovulatória de LH regula a formação do corpo lúteo a partir das células foliculares, processo conhecido como luteinização. Durante o ciclo estral são apresentadas de duas a três ondas foliculares. As vacas com três ondas foliculares têm uma fase lútea mais longa e, consequentemente, um ciclo estral mais longo, de 22 a 23 dias; enquanto as vacas com duas ondas apresentam um ciclo estral de 18 a 21 dias. Nas vacas leiteiras, cerca de 70% apresentam duas ondas foliculares, enquanto 30% exibem três ondas (figura 3 e 4). Nas vacas com duas ondas foliculares, o período de dominação folicular é maior do que nas de três ondas. O tempo de dominação influencia o potencial dos ovócitos para desenvolver um embrião viável; assim, a porcentagem de concepção é menor quando ovulam folículos que tiveram mais dias de dominação dos que quando ovulam folículos com menor tempo de dominação (figura 5). Figura 5. O crescimento folicular no estágio antral ocorre na forma de ondas. Cada onda começa com um aumento nas concentrações de FSH, o que promove o recrutamento de cinco a seis folículos (~4 mm de diâmetro). Posteriormente um único folículo continua crescendo (folículo dominante), enquanto seus companheiros (subordinados) sofrem atresia. O folículo dominante perdura de quatro a seis dias e se não chega a ovular, sofre atresia. Após a atresia do folículo dominante observa-se um aumento das concentrações de FSH, iniciando-se uma nova onda folicular. 3.1 Ovulação múltipla Nos últimos anos tem-se observado um aumento na proporção de vacas com ovulação múltipla (20% x 1% em novilhas), o que tem provocado um aumento da proporção de partos gêmeos (8% x 1% em novilhas). A frequência de vacas com ovulação múltipla está associada com a alta produção de leite; de modo que, as vacas que produzem menos de 40 kg mostram 6% de ovulações múltiplas e aquelas que produzem mais de 50 kg alcançam até 50%. A causa deste fenômeno ainda é obscura, contudo, observaram-se diferenças nas concentrações de FSH, de tal forma que as vacas que desenvolvem de dois a três folículos dominantes numa onda folicular, apresentam níveis de FSH mais elevados que as vacas que têm apenas um folículo dominante. Em vacas em lactação, a concentração de progesterona é baixa devido ao aumento do metabolismo hepático, o que aumenta a sua taxa de eliminação. Foi observado que as vacas que tiveram uma fase lútea com níveis de progesterona mais elevados, no ciclo anterior à inseminação, apresentam menos ovulações múltiplas em comparação com as vacas que tiveram níveis de progesterona mais baixos. Propõe-se que as baixas concentrações de progesterona permitam um aumento da frequência de secreção da GnRH e, consequentemente, da LH e da FSH, favorecendo a predominância múltipla e, eventualmente, a ovulação de mais de um folículo. Nos rebanhos leiteiros, as gestações gêmeas não são desejáveis porque aumenta o risco de perda da gestação e, se esta chegar ao término, haverá o risco de perda da gestação e, se esta for concluída, o risco de distorcia é consideravelmente mais elevado (figuras 6, 7, 8 e 9). Figura 6. As baixas concentrações de progesterona sérica nas vacas em lactação permitem um aumento da frequência de secreção da GnRH, bem como o aumento da LH e da FSH. Isto favorece a dominação múltipla e eventualmente a ovulação de mais de um folículo. Esta figura mostra a dominância de dois folículos em cada onda folicular (codominância). Figura 7. Ovários de uma vaca leiteira em diestro com três folículos dominantes. Figura 8. Ovários de uma vaca leiteira com três corpos lúteos. Figura 9. Ovários de uma vaca leiteira com dois corpos hemorrágicos. Fonte: Acervo pessoal do autor. IFPE, 2017-18. 4. DESENVOLVIMENTO E CONTROLE DA FUNÇÃO DO CORPO LÚTEO Quando o folículo dominante completa sua maturação, ele produz níveis de estrogênio suficientes para provocar a liberação máxima da GnRH, o que desencadeia o pico pré-ovulatório da LH. Esta secreção de LH provoca a ovulação e inicia as mudanças para que o folículo se transforme em um corpo lúteo, processo conhecido como luteinização. A luteinização compreende todas as mudanças morfológicas, endócrinas e enzimáticas que ocorrem no folículo ovulatório até que este se transforme num corpo lúteo. O processo de luteinização começa a partir da elevação pré-ovulatória de LH; mesmo antes da ovulação. A luteinização do folículo dominante (≥8 mm de diâmetro) pode ser induzida hormonalmente pela injeção de GnRH ou gonadotropina coriónica humana (hCG). A ovulação ocorre em média 30 horas após o pico pré-ovulatório de LH. A secreção pré-ovulatória de LH desencadeia a liberação de enzimas proteolíticas e de mediadores da inflamação na parede folicular, as quais degradam o tecido conjuntivo e ocasionam morte celular. Posteriormente, a PGF2α induz contrações da teca externa, levando à ruptura folicular e à expulsão do ovócito. Após a ovulação, as células da teca interna e da granulosa migram e distribuem-se nas paredes do folículo. As células da teca interna se diferenciam e se multiplicam em células lúteas pequenas, enquanto que as células da granulosa se hipertrofiam e dão origem às células lúteas grandes. Estas alterações são facilitadas pela ruptura da membrana basal que separa a camada celular da granulosa da teca interna. Em forma paralela começa a formação de uma ampla rede de capilares que se distribuem em todo o corpo lúteo em formação, e chegam a constituir até 20% do volume desta estrutura (figuras 10 e 11). A progesterona é o principal produto de secreção do corpo lúteo. No quinto dia do ciclo estral, as concentrações séricas desta hormona são superiores a 1 ng/ ml, indicando que o corpo lúteo adquiriu a sua plena funcionalidade. A progesterona atua basicamente sobre os órgãos genitais da fêmea, sendo responsável pela preparação do útero para o estabelecimento e manutenção da gestação. Na mucosa do oviduto e do útero, estimula a secreção de substâncias que promovem o desenvolvimento do embrião, até que este comece a nutrir-se através da placenta. A progesterona suprime a resposta imunitária do útero, o que é necessário para tolerar o embrião, já que este é um tecido estranho para a vaca. Além disso, a progesterona evita as contrações do útero, fecha o colo do útero e modifica as características do muco cervical, tornando-o mais viscoso, impedindo a passagem de agentes estranhos para o interior do útero. Na glândula mamária estimula o desenvolvimento do sistema alveolar, preparando-a para a síntese e a secreção de leite. 5. REGRESSÃO DO CORPO LÚTEO A regressão lútea é um processo ativo ocasionado pela secreção uterina da PGF2α. O mecanismo pelo qual se inicia a síntese e secreção da PGF2α depende de uma interação entre o corpo lúteo, os folículos e o útero. Os estrogênios produzidos no folículo dominante desempenham um papel importante no início da secreção de PGF2α, uma vez que promovem a síntese de receptores para oxitocina. Além disso, os estrogénios estimulam no endométrio a produção da fosfolipase A e da ciclooxigenase; enzimas indispensáveis para a síntese da PGF2α. Durante o ciclo estral, a progesterona inibe a síntese da PGF2α através da supressão da formação de receptores para o estradiol. Após um período de 12 a 14 dias de exposição à progesterona, as células endometriais tornam-se insensíveis à progesterona. Quando isso ocorre, as células endometriais sintetizam receptores para estradiol, permitindo que o estradiol produzido no folículo dominante estimule a síntese de receptores para oxitocina. Neste momento, o endométrio está pronto para sintetizar e secretar PGF2α, em resposta ao estímulo da oxitocina. A primeira secreção de oxitocina é de origem hipotalâmica, o que desencadeia o primeiro pulso de PGF2α. Os seguintes episódios de PGF2α são induzidos pela oxitocina produzida no corpo lúteo. A PGF2α é secretada em episódios (pulsos) com intervalos de seis a oito horas, sendo necessários cinco a seis episódios para a luteólise ocorrer. Se a PGF2α não seguir este padrão de secreção, a regressão do corpo lúteo falhará. Além da PGF2α de origem uterina, o corpo lúteo também produz PGF2α, que aumenta o efeito luteolítico. A falta de sensibilidade à PGF2α observada nos corpos lúteos imaturos (primeiros cinco dias após a ovulação) deve-se ao fato de, neste período, o corpo lúteo ainda não produzir PGF2α (figura 12, 13 e 14). 6. ETAPAS DO CICLO ESTRAL O ciclo estral é dividido em quatro etapas bem definidas. 6.1 Estro Neste estágio a fêmea aceita a cópula ou a monta de outra vaca. O estro é provocado pelo aumento significativo das concentrações de estradiol produzido pelo folículo pré-ovulatório e pela ausência de um corpo lúteo. A duração desta etapa é de 8 a 18 horas. 6.2 Metaestro O metaestro é a etapa posterior ao estro, tem uma duração de quatro a cinco dias. Durante esta etapa ocorre a ovulação e se desenvolve o corpo de lúteo. Após a ovulação, observa-se uma depressão no lugar ocupado pelo folículo ovulatório (depressão ovulatória) e, posteriormente, se desenvolve o corpo hemorrágico (corpo lúteo em processo de formação). Durante o metaestro, as concentrações de progesterona começam a aumentar até atingirem níveis superiores a 1 ng/ml, momento a partir da qual considera-se que o corpo lúteo atingiu a maturidade. O momento em que as concentrações de progesterona são superiores a 1 ng/ml toma-se como critério fisiológico a determinação do fim do metaestro e o início do diestro. Um evento hormonal que se destaca neste período consiste na apresentação do pico pós-ovulatório de FSH, o qual desencadeia a primeira onda de desenvolvimento folicular. Algumas vacas apresentam sangramento conhecido como sangramento metaestral (figura 15). 6.3 Diestro O diestro é o estágio de maior duração do ciclo estral, de 12 a 14 dias. Durante este estágio o corpo lúteo mantém sua plena funcionalidade, o que se reflete em concentrações sanguíneas de progesterona, maiores que 1 ng/ml. Além disso, nesta fase, pode-se encontrar folículos de tamanho diferente devido às ondas foliculares. Após 12-14 dias de exposição à progesterona, o endométrio começa a secretar PGF2α em um padrão pulsátil, ao qual termina com a vida do corpo lúteo e com o diestro. Em termos endócrinos, quando o corpo lúteo perde a sua funcionalidade, ou seja, quando as concentrações de progesterona diminuem abaixo de 1 ng/ml, finaliza-se o diestro e começa o proestro. Convém mencionar que durante esta fase, a LH é secretada com uma frequência muito baixa e a FSH tem incrementos responsáveis pelas ondas foliculares. 6.4 Proestro O proestro caracteriza-se pela ausência de um corpo lúteo funcional e pelo desenvolvimento e maturação do folículo ovulatório. O proestro na vaca dura de dois a três dias. Um evento hormonal característico desta etapa é o aumento da frequência dos pulsos de secreção de LH que levam à maturação final do folículo ovulatório e ao aumento do estradiol sérico, que desencadeia o estro. Para além da classificação do ciclo estral acima descrita, existe outra que divide o ciclo em duas fases: progestacional (lútea) e estrogênica (folicular). A fase progestacional inclui o metaestro e o diestro, e a fase estrogênica ao proestro e estro (figura 16). Figura 16. Etapas do ciclo estral. Adaptado e elaborado a partir de FERREIRA, 2010. 7. CONCLUSÕES PRÉVIAS  O ciclo estral dura de 19 a 23 dias.  A vaca é receptiva durante 8 a 18 horas (estro).  Ao nascimento uma bezerra tem cerca de 200 mil folículos primordiais.  Durante o ciclo estral se apresentam de duas a três ondas foliculares.  De cinco a seis folículos são recrutados em cada onda folicular.  Cerca de 70% das vacas têm duas ondas foliculares e 30% apresentam três ondas.  Entre 10 e 20% das vacas têm ovulações múltiplas (dois a três folículos) e 8% têm partos gêmeos.  A ovulação ocorre 30 horas após o pico pré-ovulatório de LH.  A secreção pré-ovulatória de LH é de 15 a 30 ng/ml.  12 a 14 dias são necessários para que o endométrio se torne insensível à progesterona e comece a secretar PGF2α. - São necessários cinco a seis pulsos de PGF2α com um intervalo de oito horas para ocasionar a luteólise.  O corpo lúteo não é sensível à PGF2α nos primeiros cinco dias do ciclo estral. Emanuel Isaque Cordeiro da Silva – Departamento de Zootecnia da UFRPE Recife, 2020. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, Nadja Gomes; PEREIRA, Marcos Neves; COELHO, Rodrigo Michelini. Nutrição e reprodução em vacas leiteiras. Revista Brasileira de Reprodução Animal, p. l1248-l1248, 2009. ARBOLEDA, José Leonardo Ruiz; URIBE-VELÁSQUEZ, Luis Fernando; OSORIO, José Henry. Factor de crecimiento semejante a insulina tipo 1 (IGF-1) en la reproducción de la hembra bovina. Vet. zootec, v. 5, n. 2, p. 68-81, 2011. BARUSELLI, Pietro Sampaio; GIMENES, Lindsay Unno; SALES, José Nélio de Sousa. Fisiologia reprodutiva de fêmeas taurinas e zebuínas. Revista Brasileira de Reprodução Animal, v. 31, n. 2, p. 205-211, 2007. COLE, H. H.; CUPPS, P. T. Reproduction in domestic animals. 1ª ed. Londres: Academic Press, 1977. DA SILVA, Emanuel Isaque Cordeiro. Características Gerais dos Bovinos/General Characteristics of Cattle Bovine. Disponível em: ———. Acesso em: Fevereiro de 2020. 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Lavras: UFLA, 1997. (shrink)

In this paper I discuss the role played by Ernst Mach on Nietzsche’s thought. Starting from the contents of his Beiträge zur Analyse der Empfindungen, I’ll show the close similarities between their view on both human knowledge and the scientific world description. In his writing on science Nietzsche shares Mach’s critique to the 19th century mechanism and its metaphysical ground, as much as his way of defining the substantial notions such as matter, ego and free will. Moreover, my investigation will (...) make it clear that Mach cannot be seen as a direct source of Nietzsche’s thought, since the latter wrote many times on the same subjects long before his first reading one of his works. Rather, it is possible to consider the writings of Lange, Spir and Spencer as the first sources of Nietzsche’s views on the main themes Mach dealt with in his work from 1886. (shrink)

This paper explores Thomas Kuhn’s mature conception of incommensurable theories as collective structured lexicons that are not mutually translatable. As will be argued, his view on this issue can profitably be approached in the light of the broad pragmatist attitude that one finds at the core of Wittgenstein’s late philosophy of language, which can also consistently be ascribed to Kuhn.

The knowledge of truth, in Plato, is an experience that calls for conversion of the soul (μεταστροφή, περιστροφή). The basic feature of this experience consists in some sort of connection, which is constantly at work, between rational arguments and their non-rational conditions, briefly, lógos and páthos. How does this connection show up in Plato? Its crucial importance emerges many times at both narrative (récit) and theoretical level. In the three parts of my contribution, I show how logos-pathos intertwines with Plato's (...) notion of conversion considered as a double-sided phenomenon, as both "process" of moral education and "noetic event". (shrink)

During his late period, Nietzsche is particularly concerned with the value that mankind attributes to truth. In dealing with that topic, Nietzsche is not primarly interested in the metaphysical disputes on truth, but rather in the effects that the "will to truth" has on the human being. In fact, he argues that the "faith in a value as such of truth" influenced Western culture and started the anthropological degeneration of the human type that characterizes European morality. To call into question (...) the value of truth is therefore necessary, if one wants to help mankind to find her way in the labyrinth of nihilism. -/- In this new addition to Nietzsche scholarship, Gori explores the origin and aim of the philosopher's late perspectival thought by merging the theoretical with the historical approach, with a special focus on the epistemological debate that influenced Nietzsche. As a result, the book provides a contextual reading of the issue that supports the idea that Nietzsche’s attitude in addressing the problem of truth is, in a broad sense, pragmatic. (shrink)

The fact that Internet companies may record our personal data and track our online behavior for commercial or political purpose has emphasized aspects related to online privacy. This has also led to the development of search engines that promise no tracking and privacy. Search engines also have a major role in spreading low-quality health information such as that of anti-vaccine websites. This study investigates the relationship between search engines’ approach to privacy and the scientific quality of the information they return. (...) We analyzed the first 30 webpages returned searching “vaccines autism” in English, Spanish, Italian, and French. The results show that not only “alternative” search engines but also other commercial engines often return more anti-vaccine pages (10–53%) than Google (0%). Some localized versions of Google, however, returned more anti-vaccine webpages (up to 10%) than Google. Health information returned by search engines has an impact on public health and, specifically, in the acceptance of vaccines. The issue of information quality when seeking information for making health-related decisions also impact the ethical aspect represented by the right to an informed consent. Our study suggests that designing a search engine that is privacy savvy and avoids issues with filter bubbles that can result from user-tracking is necessary but insufficient; instead, mechanisms should be developed to test search engines from the perspective of information quality (particularly for health-related webpages) before they can be deemed trustworthy providers of public health information. (shrink)

During the second decade of the 20th century Hans Kleinpeter, an Austrian scholar devoted to the development of the modern science, published some brief papers on Nietzsche’s thought. Kleinpeter has been one of the main upholders of Mach’s epistemology and probably the first who connected his ideas with the philosophy of Nietzsche. In his book on Der Phänomenalismus (1913) he described a new world view that arose in the 19th century, a perspective that ‒ according to him ‒ completely contrasted (...) the mechanistic and metaphysical world view of the old school of scientific inquiry. The main outcome of the scientists whose name was related with this perspective (e.g. Clifford, Maxwell, Kirchoff and, obviously, Mach himself) has been the refusal of the absolute value of any “truth”. Kleinpeter’s statements on this topic are a good example of the rising of a Scientific Philosophy, whose development involved many scientists and thinkers that later set up the Verein Ernst Mach and the Wiener Kreis. On the other hand, his interest on Nietzsche is a relevant case of reception of the latter’s thought, that Kleinpeter puts into the context of the contemporary epistemology. In fact, he considers Nietzsche as one of the main upholders of the phenomenalistic world view, and states that he «took part at the same renewal of philosophical investigation that arose from the latest results of scientific inquiry» during the 19th century. A renewal whose main outcomes has been presented by John Stallo in his book on The Concepts and Theories of Modern Physics (1881), which Kleinpeter translated in German and published in 1901. According to Kleinpeter, in Nietzsche’s writings (mostly unpublished) one can find a theory of knowledge quite close to the one presented by both Mach and the new born Pragmatism, i.e. the complete refusal of an absolute truth and, therefore, the development of an antimetaphysical world view. In my paper I’ll discuss the main statements presented by Kleinpeter on this topic and show which of Nietzsche’s ideas has actually been in compliance with the main outcomes of late 19th century science. Thus, I’ll carry out a reconstruction of an unfamiliar side of the first period of reception of the philosophy of Nietzsche and its relevance to the development of a new (scientific) world view. (shrink)

Hans Kleinpeter’s letters to Ernst Mach held in the Deutsches Museum Archive in Munich are of the greatest importance in order to learn some details of the relationship between these scholars. In the three letters here entirely published for the first time, Kleinpeter shows his interest for Nietzsche’s thought, and states that some of the latter’s ideas are in compliance with Mach’s epistemology.

Wilfrid Sellars’ denunciation of the Myth of the Given was meant to clarify, against empiricism, that perceptual episodes alone are insufficient to ground and justify perceptual knowledge. Sellars showed that in order to accomplish such epistemic tasks, more resources and capacities, such as those involved in using concepts, are needed. Perceptual knowledge belongs to the space of reasons and not to an independent realm of experience. Dan Hutto and Eric Myin have recently presented the Hard Problem of Content as an (...) ensemble of reasons against naturalistic accounts of content. In a nutshell, it states that covariance relations—even though they are naturalistically acceptable explanatory resources—do not constitute content. The authors exploit this move in order to promote their preferred radical enactivist and anti-representationalist option, according to which, basic minds—the lower stratum of cognition—do not involve content. Although it is controversial to argue that the Hard Problem of Content effectively dismisses naturalistic theories of representation, a central aspect of it—the idea that information as covariance does not suffice to explain content—finds support among the defenders of classical cognitive representationalism, such as Marcin Miłkowski. This support—together with the acknowledgment this remark about covariance is a point already made by Sellars in his criticism of the Myth of the Given—has a number of interesting implications. Not only is it of interest for the debates about representationalism in cognitive science, where it can be understood as an anticipatory move, but it also offers some clues and insights for reconsidering some issues along Sellarsian lines—a conflation between two concepts of representation that is often assumed in cognitive science, a distinction between two types of relevant normativities, and a reconsideration of the naturalism involved in such explanations. (shrink)

This paper studies the relationship between promoting people's welfare and respecting their autonomy of choice under risk. I highlight a conflict between these two aims. Given compelling assumptions, welfarists end up disregarding people's unanimous preference, even when everyone involved is entirely rational and only concerned with maximizing their own welfare. Non-welfarist theories of social choice are then considered. They are shown to face difficulties, too: either they fail to respect the value of welfare in at least one important sense, or (...) they end up prioritizing different people's welfare differently in non-risky choices, on the basis of their attitudes to risk, which are intuitively irrelevant in this context. (shrink)

The chapter explores comparatively the attention to the practical dimension that—each in his own way—Michel Foucault, Friedrich Nietzsche, and the classic pragmatist thinker William James pay when confronted with the challenge of providing a non-skeptical response to the relativist stance on truth that arose in the post-Kantian age. Particular focus will be given to the extent to which these three authors conceived of the practical framework as the only one that allows us to meaningfully address and determine truth.

"Twilight of the Idols" plays an important role in Nietzsche’s work, since it represents the opening writing of the philosophical project called "Transvaluation of all values". In that text, Nietzsche aims to sound out the "eternal idols", which means to disclose the inconsistency of the principles of traditional metaphysics. The way Nietzsche addresses the "old truths" in Twilight of the Idols leads back to his early writings, when his theory of knowledge is first outlined, inspired by Schopenhauer as much as (...) neo- and post-Kantian thinkers such as F. Lange and A. Spir. As I shall show, these observations can be compared with Ernst Mach's anti-metaphisical attitude to the ordinary world-conception, insofar as Mach as much as Nietzsche stressed the importance of a historical approach as instrument to enlighten the "prejudices" of traditional scientists or philosophers. (shrink)

In this paper I deal with Nietzsche's theory of knowledge in the context of 19th century epistemology. In particular, I argue that, even though Nietzsche shows the ontological lack of content of truths (both on the theoretic and on the moral plane), he nevertheless leaves the space for a practical use of them, in a way that can be compared with William James' pragmatism. I thus deal with Nietzsche's and James' concept of "truth", and show their relationship with some outcomes (...) of Ernst Mach's epistemology. (shrink)

The content of Boscovich’s Theoria philosophiae naturalis was well-known to his contemporaries, but both scientists and philosophers chiefly discussed it during the 19th century. The observations that Boscovich presented in this text, and that he himself defined as “philosophicas metitationes”, soon showed their being a good programme for the forthcoming atomic physics, and contributed to get rid of the mechanistic paradigm in science. In this paper I’ll go back to some meaningful moments of the history of Boscovich’s reception in the (...) era of contemporary philosophy, by referring to what authors such as Popper, Cassirer, Nietzsche and Fechner wrote about him. These thinkers, indeed, particularly stressed the importance of the Theoria in the history of Western thought, and showed that it can easily be evaluated beyond the plane of a pure scientific investigation. (shrink)

This paper develops an endurantist theory of persistence. The theory is built around one basic tenet, which concerns existence at a time – the relation between an object and the times at which that object is present. According to this tenet, which I call transcendentism, for an object to exist at a time is for it to participate in events that are located at that time. I argue that transcendentism is a semantically grounded and metaphysically fruitful. It is semantically grounded, (...) insofar as a semantic analysis of our temporal talk favors it over rivals. It is metaphysically fruitful, insofar as the theory of persistence that can be built around it – the transcendentist theory of persistence, to give it a name – requires neither temporal parts nor the problematic commitments to which all extant forms of endurantism are committed, such as the possibility of extended simples or multilocation. (shrink)

ITA: Quello del “buon europeo” è in Nietzsche un tema significativo, che si presenta originariamente connesso alle riflessioni di Nietzsche sulla cultura europea, arricchendosi col tempo di una portata filosofica che si lega agli obiettivi del suo pensiero maturo. Scopo del presente articolo è di mostrare la genesi e l’evoluzione di tale concetto, a partire dalle sue prime occorrenze in Umano, troppo umano I fino al suo compiuto sviluppo negli scritti del 1885-87. Tale studio permetterà di evidenziare il particolare valore (...) che Nietzsche attribuisce ai “buoni europei”, in quanto promotori dello sviluppo spirituale conseguente alla compiuta liberazione della morale cristiana. ENG: The “good European” is a rich and important topic in Nietzsche. It is first related to Nietzsche’s early reflections on European culture, and during the 1880’s it gains philosophical value, being strictly connected with the purposes of Nietzsche’s mature thought. The aim of this paper is to track the genesis and development of the notion of “good European”, from Human, all too Human I to Nietzsche’s writings from the years 1885-1887. That investigation shall particularly show the meaning and value that Nietzsche attributes to the good Europeans; as for him, they are in fact the leaders of the spiritual development that follows the overcoming of Christian morality. (shrink)

The paper provides a thorough account of the relationship between Ernst Mach’s thought and that of an apparently more intellectually distant near-contemporary, Friedrich Nietzsche. The consistency of their views is in fact substantial, as I try to show within the paper. Despite their interests being different, both Mach and Nietzsche were concerned with the same issues about our intellectual relationship with the external world, dealing with the same questions and pursuing a common aim of eliminating worn-out philosophical conceptions. Moreover, it (...) can be argued that both Mach and Nietzsche converged on what we now know as the problem of realism versus anti-realism in the philosophy of science, and that they both rejected ‘representational’ (realist) conceptions of science in favour of a certain sort of pragmatic anti-realism, whose focus was on the role science plays as a means of orientation. (shrink)

In the 1881 note 11 [156], Nietzsche mentions the “infinitely small moment” as “the highest reality and truth” for the individual who tries to contrast the “uniformity of sensations” and to affirm his “idiosyncratic taste”. The fragment explores some ideas on the herd instinct that will be developed in "The Gay Science"; observations on the cultural and anthropological value of science; critical refections on metaphysical realism. Most important, these considerations focus on the relationship between man and society, which is the (...) plane of the standardized “normal taste” selected throughout the evolution of mankind. The paper explores these issues and especially deals with the dialectic relationship between the individual and the community viewpoint that Nietzsche seems to take into account. (shrink)

This chapter explores Nietzsche’s and Wittgenstein’s views on language and knowledge, establishing a philosophical dialogue between two different positions, which are based on a similar anti-essentialist and instrumentalist concern. The chapter will first focus on Nietzsche’s conception of language as the expression of valuational perspectives developing through the natural and cultural history of mankind. It will then consider Wittgenstein’s account of language as the inherited background of our practical engagement with the world. Finally, by bringing Nietzsche’s and Wittgenstein’s views together, (...) the last section reflects on the crucial strategic move they make in their respective battle against the bewitchment of our intelligence by means of language. -/- . (shrink)

(English:) This contribution attempts a first non-normative approach to the problem of the classic, its definition and its meaning in an age of globalization. It reviews a series of common representations of the classic (and other analogous or contrary terms), stressing the programmatic-ideological aspect that generally characterizes them. Classic, actually, tends to be a foundational category, and therefore rests on delimitations that determine its exclusiveness as opposed to something else. This paper, in particular, criticizes the last boundary of the exclusivity (...) of the classic, that is, its normative opposition to fashion and actuality. On the contrary, it is argued that there is a substantial link between classic, actuality and fashion. On the basis of this connection, two deflationary definitions of the classic are proposed: the first regards it as part of the broader process of construction of historical identity by concrete individuals. The second, on the other hand, conceives it as a product of art, and, therefore, of a formative process of abilities, skills, taste, by which the classic becomes the object of technical, aesthetic and teleological judgments. -/- (Spanish:) En esta contribución se intenta una primera aproximación no normativa al problema del clásico, su definición y su significado en una era de globalización. Se revisa una serie de representaciones comunes sobre lo clásico (y otros términos análogos o contrarios), se destaca el aspecto programático-ideológico que por lo general las caracteriza. Clásico, en efecto, tiende a ser una categoría fundacional, por lo cual se apoya en delimitaciones que determinan su exclusividad por oposición a otra cosa. En este trabajo, en particular, se critica la última frontera de la exclusividad de lo clásico, es decir, su oposición normativa a la moda y la actualidad. Por el contrario, se argumenta que existe un vínculo sustancial entre el clásico, la actualidad y la moda. A partir de esta conexión, se proponen dos definiciones deflacionarias del clásico: la primera lo considera parte del proceso más amplio de construcción de la identidad histórica por parte de individuos concretos. El segundo, en cambio, lo concibe como un producto del arte, y, por tanto, de un proceso de formación de competencias, habilidades, gusto, por el cual el clásico se convierte en objeto de juicios técnicos, estéticos y teleológicos. (shrink)

The paper defends the idea that Jamesian pragmatism, Nietzschean perspectivism, and philosophical anthropology represent a consistent triad, for the similarities and connections between the first two positions rest in their engagement with the anthropological question. As will be argued, a) pragmatism is concerned with anthropology and that it deals with a fundamental issue of Nietzsche’s late thought; b) the problem of the type of man (der Typus Mensch) is involved in Nietzsche’s questioning the value of truth, and perspectivism is an (...) alternative view to Platonic and Christian metaphysics which arises from the same phenomenalist conception of knowledge defended by James ; c) Nietzsche’s interest in developing a philosophy that affirms the perspectival character of existence is primarily anthropological, and this is in fact the pragmatic criterion of validity that one can attribute to Nietzschean perspectivism. (shrink)

The possibility of multi-location—of one entity having more than one exact location—is required by several metaphysical theories such as the immanentist theory of universals and three-dimensionalism about persistence. One of the most pressing challenges for multi-location theorists is that of making sense of exact location—in that extant definitions of exact location entail a principle called ‘functionality’, according to which nothing can have more than one exact location. Recently in a number of promising papers, Antony Eagle has proposed and defended a (...) definition of exact location in terms of weak location that does not entail functionality. This paper provides the first thorough assessment of Eagle’s proposal. In particular, we argue that it cannot account for the location of immanent universals, the multi-location of mereologically changing three-dimensional objects, the multi-location of mereologically complex objects, and that it makes extended simples impossible. (shrink)

The paper provides both a description of conspiracy beliefs and an insight into their cultural significance. On one side, it highlights their specific formal features, on the other, and this constitutes its peculiarity in the recent literature on the topic, it considers them within the broader genre of general conceptual beliefs, whose main characteristics are weak methodology and logical structure, strong affective and dispositional constraints, epistemic closure and mauvaise foi, and whose main function is practical and self-representative (not epistemic). The (...) paper also claims that political theory and social sciences had some influence in legitimizing certain ideas and stereotypes that are exacerbated in conspiracy beliefs, while other te(le)ological conceptions, such as finalism and providence, may be an important source of ideas that turn out to be widely spread in contemporary criticism towards those same beliefs. (shrink)

The paper suggests a distinction between two dimensions of grasp of concepts within an inferentialist approach to conceptual content: a common sense "minimum" version, where a simple speaker needs just a few inferences to grasp a concept C, and an expert version, where the specialist is able to master a wide range of inferential transitions involving C. This paper tries to defend this distinction and to explore some of its basic implications.

The paper explores Nietzsche's observations on language in Human, All Too Human I, 11; reflects on the anti-realist position that Nietzsche defends in that aphorism; and focuses on the role she plays in his later investigation on Western culture and its anthropology. As will be argued, Nietzsche's criticism towards common sense realism is consistent with some pragmatist epistemologies developed during the late-nineteenth and early-twentieth century. This treat of " timeliness " does not limit Nietzsche's originality on the topic. In fact, (...) the idea that philosophy can contrast the metaphysical commitment of common sense can be seen as the theoretical tool that allows Nietzsche to operate on the development of European culture and society. (shrink)

Review of the book "Engaging Putnam".

This paper is devoted to a comparison between Ernst Mach's and Friedrich Nietzsche's anti-metaphysical approach to scientific and philosophical concepts. By making reference to Mach’s early essay on the conservation of energy (Die Geschichte und die Wurzel des Satzes von der Erhaltung der Arbeit, 1872), I argue that Nietzsche shares with him the idea that the concepts we adopt are only useful fictions developed during the history of humankind and its culture. This idea is fundamental for the development of modern (...) science, since Mach’s epistemology contributed to give up the mechanistic (Newtonian) view of physics. (shrink)

The paper explores the few occurrences of the expression «will to nothingness» (Wille zum Nichts) in Nietzsche’s writings, and its relationship with the notions of ‘will to truth’ and ‘ascetic ideal’. Aim of this research is to show that these notions are mutually related, and that they outline the objectives of Nietzsche’s late thought. The investigation will focus in particular on the concept of “realism” that appears in Nietzsche’s late writings, and that can be interpreted as an existential attitude towards (...) life that contrasts pessimistic nihilism. (shrink)

The environment can elicit biological responses such as oxidative stress (OS) and inflammation as a consequence of chemical, physical, or psychological changes. As population studies are essential for establishing these environment-organism interactions, biomarkers of OS or inflammation are critical in formulating mechanistic hypotheses. By using examples of stress induced by various mechanisms, we focus on the biomarkers that have been used to assess OS and inflammation in these conditions. We discuss the difference between biomarkers that are the result of a (...) chemical reaction (such as lipid peroxides or oxidized proteins that are a result of the reaction of molecules with reactive oxygen species) and those that represent the biological response to stress, such as the transcription factor NRF2 or inflammation and inflammatory cytokines. The high-throughput and holistic approaches to biomarker discovery used extensively in large-scale molecular epidemiological exposome are also discussed in the context of human exposure to environmental stressors. We propose to consider the role of biomarkers as signs and to distinguish between signs that are just indicators of biological processes and proxies that one can interact with and modify the disease process. (shrink)

The paper aims to investigate some aspects of Ernst Mach’s epistemology in the light of the problem of human orientation in relation to the world (Weltorientierung), which is a main topic of Western philosophy since Kant. As will be argued, Mach has been concerned with that problem, insofar as he developed an original pragmatist epistemology. In order to support my argument, I firstly investigate whether Mach defended a nominalist or a realist account of knowledge and compare his view to those (...) elaborated by other pragmatist thinkers, such as W. James, H. Vaihinger and H. Poincaré. Secondly, the question of what does it mean, for Mach, to orient ourselves in science is addressed. Finally, it will be argued that, although Mach tried to keep his epistemology restricted to a mere operational and economical account of science, that question involves the wider plane of practical philosophy. (shrink)

Tra i numerosi autori attivi nel campo delle scienze naturali che Friedrich Nietzsche ebbe modo di conoscere nel corso della propria vita, Ernst Mach rappresenta certamente un caso significativo. La sua presenza all'interno degli scritti del filosofo è pressoché nulla, ma la comunanza dei temi trattati e la particolare affinità delle prospettive adottate in materia di teoria della conoscenza invitano ad avvicinare questi due autori e a ipotizzare un qualche tipo di influsso diretto tra loro. Ciononostante, fino ad oggi non (...) era mai stato svolto uno studio critico e completo che esaminasse e discutesse tale relazione. Muovendo dai contenuti di una delle principali opere di Mach, i "Beiträge zur Analyse der Empfindungen" (1886) questo volume delinea un quadro esegetico che fa di Mach non tanto un referente diretto, quanto piuttosto il segnale di una prospettiva di ricerca che in qualche modo stimolò l'interesse di Nietzsche e che per molti aspetti egli mostra di condividere. (shrink)

In Part One of Beyond Good and Evil Nietzsche writes that anyone who believes in “immediate certainties” such as “I think” encounters a series of “metaphysical questions”. The most important of these “problems of intellectual knowledge” concerns the existence of an ‘I’, as much as our believing it to be the cause of thinking. Therefore, any remark about our mental faculties directly follows from our defining what we could call the basic psychical unity, i.e. our view on higher-level psychical functions (...) is strictly related with the properties we attribute to the notion of ‘I’. As we know, the main ideas on this subject that Nietzsche states in his book from 1886 come from the neo-kantian views of Lange, Spir and Teichmüller, and we cannot forget the important (even if hidden) reference to Lichtenberg in § 17 of the same work. Nevertheless, Nietzsche seems to move beyond all these sources, and in many of his writings we can find a new definition of the ‘ego’, finally free from any reference to a thing in itself, and for this reason closer to the ideas of the Austrian scientist Ernst Mach. In this paper I shall carry these remarks out. I’ll show the main properties of the notion of ‘I’ Nietzsche concerns with in his writings and, therefore, the grounds of his view on the mind-body problem. Moreover, I will argue that, once we observe that Nietzsche looks at the ‘ego’ as a mere regulative fiction having no ontological value out of the chain of sensation and representation it brings together, we could find out the close similarity with the way Mach defines it in his Beiträge zur Analyse der Empfindungen (1886). This reference could help us to understand in a better way some statements Nietzsche wrote in his notebooks, and, secondly, to show how strictly was his philosophy of mind related with the main outcomes of 19th century science. Indeed, Nietzsche’s refusal of the belief “that there must necessarily be something that thinks” ‒ a view that results from the anti-metaphysical intent leading his naturalism ‒ seems to be one of the most important assumptions of the new born physiological psychology, an idea out of which many of the 20th century philosophical debates arose. (shrink)

Wittgenstein’s Investigations proposed an egalitarian view about language games, emphasizing their plurality (“language has no downtown”). Uses of words depend on the game one is playing, and may change when playing another. Furthermore, there is no privileged game dictating the rules for the others: games are as many as purposes. This view is pluralist and egalitarian, but it says little about the connection between meaning and use, and about how a set of rules is responsible for them in practice. Brandom’s (...) Making It Explicit attempted a straightforward answer to these questions, by developing Wittgensteinian insights: the primacy of social practice over meanings; the idea that meaning is use; the idea of rule–following to understand participation in social practices. Nonetheless, Brandom defended a non–Wittgensteinian conception of discursive practice: language has a “downtown”, the game of “giving and asking for reasons”. This is the idea of a normative structure of language, consisting of advancing claims and drawing inferences. By means of assertions, speakers undertake “commitments” that can be challenged/defended in terms of reasons (those successfully justified can gain “entitlement”). This game is not one among many: it is indispensable to the very idea of discursive practice. In this paper, my aim will be that of exploring the main motivations and implications of both perspectives. (shrink)

Hans Kleinpeter’s letters to Ernst Mach held in the Deutsches Museum Archive in Munich are of the greatest importance in order to learn some details of the working relationship between these scholars. In the three letters here entirely published for the first time Kleinpeter shows his interest for Nietzsche’s thought, and states that some of the latter’s ideas are in compliance with Mach’s epistemology.

We discuss the role of perceptron (or threshold) connectives in the context of Description Logic, and in particular their possible use as a bridge between statistical learning of models from data and logical reasoning over knowledge bases. We prove that such connectives can be added to the language of most forms of Description Logic without increasing the complexity of the corresponding inference problem. We show, with a practical example over the Gene Ontology, how even simple instances of perceptron connectives are (...) expressive enough to represent learned, complex concepts derived from real use cases. This opens up the possibility to import concepts learnt from data into existing ontologies. (shrink)

Friedrich Nietzsche’s criticism towards the substance-concept „I“ plays an important role in his late thought, and can be properly understood by making reference to the 19th century debate on the scientific psychology. Friedrich Lange and Ernst Mach gave an important contribution to that debate. Both of them developed the ideas of Gustav Fechner, and thought about a „psychology without soul“, i.e. an investigation that gives up with the old metaphysics of substance in dealing with the mind-body problem. In this paper (...) I shall deal with both Lange and Mach (whose writings has been read by Nietzsche), in order to shed some light on Nietzsche’s rejection of the „I“ in philosophy. (shrink)

I defend my paper “Aquinas, Geach, and Existence”[1]against objections from Luca Gili, who argued that, according to Aquinas, future contingents do not enjoy genuine existence but exist in God’s mind only.[1] Damiano Costa, “Aquinas, Geach, and existence”, European Journal for Philosophy of Religion 11, no. 3.

Friedrich Nietzsche's criticism towards the substance-concept «I» plays an important role in his late thought, and can be properly understood by making reference to the 19th century debate on the scientific psychology. Friedrich Lange and Ernst Mach gave an important contribution to that debate. Both of them developed the ideas of Gustav Fechner, and thought about a «psychology without a soul», i.e. an investigation that gives up with the old metaphysics of substance in dealing with the mind-body problem. In this (...) paper I shall deal with Lange's and Mach's view of the I/soul, in order to shed some light on Nietzsche's rejection of the «I» in philosophy. (shrink)

The Monster Objection has often been considered one of the main reasons to explore non-standard mereological views, such as hylomorphism. Still, it has been rarely discussed and then only in a cursory fashion. This paper fills this gap by offering the first thorough assessment of the objection. It argues that different metaphysical stances, such as presentism and three- and four-dimensionalism, provide different ways of undermining the objection.

«Questo è il vero fenomenalismo e prospettivismo, come lo intendo io», scrive Nietzsche in FW 354, chiudendo una lunga riflessione sul tema della coscienza e del bisogno di comunicazione dell’uomo. Mantenendo sullo sfondo le questioni più strettamente legate alla dimensione psicologica, vorrei partire da questa dichiarazione per considerare alcuni aspetti della teoria della conoscenza di Nietzsche ed intervenire in una nuova determinazione del suo carattere prospettico. In particolare, vorrei soffermarmi sul tema del gregge umano e della specie come reale soggetto (...) della visione prospettica, per poi discutere il riferimento al fenomenalismo rintracciabile in alcuni appunti dedicati ad una declinazione del Wille zur Macht come conoscenza. (shrink)

Stephen Turner claims that social science can explain away normativity. By exploiting a non-normative view of rationality and a causal view of belief, he claimed that normativist views are akin to what he calls Good Bad Theories (GBT). GBT are false accounts that play a role of social coordination like primitive rituals (Taboo and the like). Hence, “norms”, “commitments”, and “obligations” are just like Taboo and can be explained away as GBT. Normativism, as a consequence, is doomed to disappear in (...) a disenchanted world. Turner focuses on the normativist idea that the normative does not reduce to the causal: he claims that social science succeeds in the reduction. This claim is presented as a major challenge to philosophical normativism. In what follows, I try to discuss some aspects of Turner’s challenge by focusing on certain features of belief and belief-change that prima facie promote a normativist view: this is the basis to focus on some problems concerning the scope of Turner’s argument. (shrink)

Neste trabalho pretendo mostrar como o confronto com o materialismo reducionista de Thomas Nagel o fez voltar a defender concepções e explicações teleológicas advindas da teoria aristotélica. Nagel defende que deva existir uma ordem natural como tentativa de inteligibilidade que para além da explicação pelo viés da ciência física, deve conter outros elementos, ou seja, suspeita que deva incluir elementos teleológicos. É aqui que pretendo comparar a noção teleológica na argumentação de Nagel e de Aristóteles. Para além disso, incluirei como (...) Aristóteles e Nagel entenderam ideias pampsiquistas e mostrarei que a teoria aristotélica não é pampsiquista, como alguns pensam. (shrink)

In this article I propose a unitary interpretation of Kant’s reflection on evil in Religion Within the Bounds of Bare Reason (1792–1794). This part of Immanuel Kant’s work often presents knotty interpretative problems because the author, while reaffirming the principle of the subject’s moral freedom as set forth in Critique of Practical Reason, seems actually to be showing this freedom as conditioned by a tendency toward evil that is so compelling that it blocks and undermines the subject’s autonomy. I give (...) an account of the coherence acquired by the Kantian notion of radical evil, defined as an axiological inversion of the order of the motives, once one grasps the defective character of the notion of freedom that the philosopher employs in the work and the metaphysical orientation that backs it up. (shrink)

Ineffability in Plato is a conundrum. There are at least four dimensions of ineffability in Platonic texts: epistemic (divine), strategic (religious), unspeakability and incommunicability. In this paper, I deal only with the first dimension, which is strictly epistemic in kind, and defend that Plato rejects divine ineffability, namely, the belief that the knowledge of the divine in general is inaccessible to the human mind. Several crucial passages attest to this rejection unequivocally. They show that Plato attached a great philosophical relevance (...) to what I call the equivalenceprinciple, namely, the interdependence or specularity between human and divine intelligence. The assertion of this principle represents the Platonic path to absolute knowledge, which I try to locate in the broader context of the history of philosophy, from early philosophers to Hegel. (shrink)

Biomarkers are widely used not only as prognostic or diagnostic indicators, or as surrogate markers of disease in clinical trials, but also to formulate theories of pathogenesis. We identify two problems in the use of biomarkers in mechanistic studies. The first problem arises in the case of multifactorial diseases, where different combinations of multiple causes result in patient heterogeneity. The second problem arises when a pathogenic mediator is difficult to measure. This is the case of the oxidative stress (OS) theory (...) of disease, where the causal components are reactive oxygen species (ROS) that have very short half-lives. In this case, it is usual to measure the traces left by the reaction of ROS with biological molecules, rather than the ROS themselves. Borrowing from the philosophical theories of signs, we look at the different facets of biomarkers and discuss their different value and meaning in multifactorial diseases and system medicine to inform their use in patient stratification in personalized medicine. (shrink)

Friedrich Nietzsche’s criticism towards the substance-concept “I” plays an important role in his thought, and can be properly understood by making reference to the 19th century debate on the scientific psychology. Friedrich Lange and Ernst Mach gave an important contribution to that debate. Both of them thought about a “psychology without soul”, that is, an investigation that gives up with the old metaphysics of substance in dealing with the mind-body problem. In this paper I shall deal with Lange’s and Mach’s (...) views, in order to shed some light on Nietzsche’s rejection of the I in philosophy. (shrink)

This paper is a detailed and critical report of the debate between Rorty and Habermas (published in R.Brandom(ed.),"Rorty and His Critics", Blackwell, Oxford 2000) about the importance of truth and epistemic justification in communicative practices. They here present two different versions of the idea of communicative reason. I try to compare them and to evaluate their vices and virtues.

Stephen Turner claims that social science can explain away normativity. By exploiting a non-normative view of rationality and a causal view of belief, he claimed that normativist views are akin to what he calls Good Bad Theories (GBT). GBT are false accounts that play a role of social coordination like primitive rituals (Taboo and the like). Hence, “norms”, “commitments”, and “obligations” are just like Taboo and can be explained away as GBT. Normativism, as a consequence, is doomed to disappear in (...) a disenchanted world. Turner focuses on the normativist idea that the normative does not reduce to the causal: he claims that social science succeeds in the reduction. This claim is presented as a major challenge to philosophical normativism. In what follows, I try to discuss some aspects of Turner’s challenge by focusing on certain features of belief and belief-change that prima facie promote a normativist view: this is the basis to focus on some problems concerning the scope of Turner’s argument. (shrink)

Neste artigo apresentaremos o que Donald Davidson entende por ação eracionalidade. Veremos o problema de eventos mentais causarem eventos físicose como o autor defende sua teoria do monismo anômalo. Isso implica explicar adiferença entre o que Davidson entende como um evento físico e um eventomental, e como podemos identificá-los para tentar racionalizar a ação. Aracionalidade engloba modos para tentar explicar mental e físico de formasdescritivas distintas, mas que de algum modo encontram-se na unidade dosujeito agente. Ao mesmo tempo que Davidson (...) reconhece a não identidade totalentre a explicação entre fenômenos físicos e mentais, ainda nomeia certo tipo deanomalia das leis mentais. -/- ABSTRACT -/- In this article, we will describe what the author Donald Davidson understands byaction and rationality. We will see the problem of mental events causing physicalevents and how the author introduces his theory of anomalous monism. Thisimplies explaining the difference between what Davidson understands as aphysical event and a mental event, and how one can identify them to attempt torationalize action. The rationality encompasses ways of explaining both themental and the physical in distinct descriptive ways, but which somehowmeeting in the unity of the subject agent. (shrink)