Eleonore Stump insightfully develops Aquinas’s theodicy to account for a significant source of human suffering, namely the undermining of desires of the heart. Stump argues that what justifies God in allowing such suffering are benefits made available to the sufferer through her suffering that can defeat the suffering by contributing to the fulfillment of her heart’s desires. We summarize Stump’s arguments for why such suffering requires defeat and how it is defeated. We identify three problems with Stump’s account of how (...) such suffering is defeated and offer solutions to each. We defend and strengthen Stump’s response to the hardest cases for her view, and explain what her view demands of God. (shrink)

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA – 50 ANOS EMANUEL ISAQUE CORDEIRO DA SILVA REPRODUÇÃO ANIMAL: OVULAÇÃO, CONTROLE E SINCRONIZAÇÃO -/- REPRODUÇÃO ANIMAL: OVULAÇÃO, CONTROLE E SINCRONIZAÇÃO DO CICLO ESTRAL -/- ANIMAL REPRODUCTION: OVULATION, CONTROL AND SYNCHRONIZATION OF THE ESTRAL CYCLE -/- Autor: Emanuel Isaque Cordeiro da Silva – IFPE-BJ/CAP-UFPE/EEFCC-BJ/UFRPE 1. INTRODUÇÃO As fêmeas dos animais domésticos possuem em seus ovários, desde praticamente o nascimento, a dotação completa de gametas dos quais vão dispor para o resto de sua (...) vida. No entanto, terão que esperar até a puberdade para que se produza a evolução completa dos folículos (foliculogênese) que darão como resultado as primeiras ovulações. Este momento caracteriza-se, por um lado, pelo início gradual da secreção por parte da hipófise de quantidades importantes de hormonas gonadotropinas (hormonas folículo estimulante «FSH» e sobretudo luteinizante «LH»); por outro lado, pelo aumento da capacidade dos seus ovários para responder a estas secreções. A partir daí, o aparelho reprodutor feminino das fêmeas domésticas deve apresentar, durante todo o período de atividade sexual, alterações morfológicas, endócrinas e fisiológicas, que devem ser repetidas sequencialmente e periodicamente, consoante com a duração e a frequência do ciclo estral característico de cada espécie animal, assegurando assim a liberação de um ou mais ovócitos férteis nos ciclos estrais correspondentes. -/- 2. EVOLUÇÃO DO OVÓCITO E DOS FOLÍCULOS OVÁRICOS O ovário constitui um órgão de armazenamento de ovócitos formados durante a vida fetal ou após o nascimento, os quais permanecerão «latentes», num estado de imaturidade, paralisando a sua atividade de desenvolvimento e crescimento após o processo de mitose pelo qual as células germinativas ou ovogonias evoluem para ovócitos primários. Estes ovócitos devem ser rodeados por células foliculares para alcançar sua maturação e posterior ovulação, constituindo-se, desta maneira, os folículos. Estes últimos, que se localizam no parênquima ovárico, sofrem uma série de mudanças evolutivas que os fazem passar de folículos primordiais (constituídos por um ovócito rodeado de células planas) a folículos maduros ou de Graaf, passando pelos estágios primário, secundário e terciários. A estrutura do ovário e a terminologia correspondente, bem como a sua fisiologia, já foram tratados em trabalhos anteriores. Basicamente, o folículo maduro ou de Graaf, que ressalta já na superfície ovariana como se tratasse de uma pequena vesícula cheia de líquido, encontra-se constituído, no caso dos mamíferos, pelas tecas externa e interna, a folha basal, o ovócito e o seu núcleo ou vesícula germinativa e um acúmulo de células da granulosa chamado cumulus. O antro-folicular ou cavidade intrafolicular formada durante o estágio de folículo terciário possui no seu interior um líquido cuja composição provém do plasma sanguíneo. Por outro lado, o ovócito, que desde a constituição da reserva de folículos primordiais se encontrava em estado de ovócito primário, começa a aumentar de volume (durante a fase de evolução do folículo terciário a folículo maduro) e a cobrir-se de uma membrana celular denominada zona pelúcida. Nos momentos que precedem imediatamente à ovulação reativa-se a meiose, liberando-se o primeiro corpúsculo polar e convertendo-se o ovócito em secundário. Produzida a ovulação retoma-se de novo a meiose, que tinha permanecido em repouso, e depois de ocorrer a fecundação libera-se o segundo corpúsculo polar, passando a ser uma ovotida ou óvulo maduro. -/- 3. A OVULAÇÃO Acabado o crescimento, o folículo maduro ou de Graaf é capaz de responder à descarga pré-ovulatória de gonadotropinas (LH e em menor medida FSH) de tal forma que se produza uma reestruturação completa do mesmo e a subsequente liberação de um ovócito fértil através de um pequeno orifício (estigma) produzido no ponto de ruptura da sua parede celular e das camadas celulares mais superficiais do córtex ovárico, cuja espessura, neste momento, é muito reduzida. No momento da ovulação tanto o líquido folicular como o ovócito são projetados, entre outras causas, pela contração da musculatura lisa que rodeia os folículos para a cavidade peritoneal caindo perto das fimbrias do oviduto ou trompas de Falópio. Esta expulsão, no caso das vacas e ovelhas, ocorre sob a forma de um fluxo fluido, enquanto na coelha ocorre sob a forma de um jato súbito ou de um processo explosivo. No caso da égua, a estrutura dos seus ovários difere das outras fêmeas domésticas, no sentido em que a zona vascular se localiza superficialmente e os folículos se distribuem no interior do ovário. Ao mesmo tempo, a ovulação ocorre unicamente num determinado ponto denominado fossa de ovulação. Por tudo isso, durante a foliculogênese, os folículos vão migrando para a fossa de ovulação, chegando em algumas ocasiões a ficarem presos no interior do ovário, não conseguindo desenvolver-se nem evolucionar (folículo cístico) e que, ao apresentar uma secreção contínua de estrogênios, produz na fêmea um estado de cio permanente ou ninfomania. Nas espécies cuja ovulação é espontânea, o processo supra ocorre periódica e sequencialmente em todos os ciclos estrais com um intervalo conhecido a partir do início do estro ou, no caso da vaca, após o término deste (tabela 1). Por outro lado, nas espécies de ovulação induzida (coelha, gata e fêmeas de furão e camelo) esta ocorre pouco depois de realizado o coito. Nestas espécies, o estímulo coital, favorecido pelas espículas localizadas no pênis do macho, determina por via eferente nervosa a liberação hipotalâmica de GnRH, que em poucos minutos depois provoca a secreção adeno-hepática de LH, que por via sistêmica alcança os folículos, desencadeando os processos fisiológicos que conduzem à ovulação. Tabela 1: Parâmetros que definem o ciclo sexual e tipo de ovulação de algumas espécies domésticas (adaptado e elaborado a partir de DUKES, et. al. 1996). -/- Espécie Duração do ciclo estral Atividade sexual Tipo de ovulação E/I N° de ovócitos Duração do estro Momento da ovulação Vaca 21 dias Poliéstrica contínua E 1 18 horas 11 horas após o final do estro Ovelha 17 dias Poliéstrica estacional E 1-3 29 horas Ao final do estro Porca 21 dias Poliéstrica contínua E 11-24 45 horas 24-36 horas do começo do estro Égua 21 dias Poliéstrica estacional E 1 6 dias 24-48 horas antes do final do cio Cabra 20 dias Poliéstrica estacional E 1-3 40 horas 33 horas do começo do estro Cadela 9 dias Monoéstrica a cada 4-8 E — 7-9 dias 3-4 dias do começo do estro Gata 5 dias Poliéstrica estacional I 3-4 4 dias 27 horas postcoito Coelha 16 dias Poliéstrica I 4-12 Não definida 10 horas postcoito -/- Dado que a vida fértil dos ovócitos, uma vez produzida a ovulação, raramente ultrapassa as 10-12 horas, é importante, sobretudo quando se realiza inseminação artificial ou monta dirigida, determinar, a partir da presença dos sintomas de cio, o período de tempo durante o qual a fertilização numa exploração específica será efetuada, evitando-se assim uma redução da fecundidade. 3.1 Ovulação simples e múltipla Em algumas ocasiões, dependendo da espécie (ver tab. 1), são vários os folículos que apresentam uma evolução completa, chegando a possuir nas células da granulosa receptores de LH, com o qual realiza-se a descarga ovulante de gonadotropinas e produz-se uma ovulação múltipla ou multiovulação, sendo, neste caso, libertados vários ovócitos férteis. No esquema abaixo, observa-se os processos de recrutamento, seleção e dominação da espécie ovina, a partir dos quais um ou vários folículos em crescimento chegam a ovular, bem como a influência das gonadotropinas FSH e LH em cada uma destas fases. Independentemente da influência genética, manifestada pelas diferenças entre espécies, raças e mesmo estirpes, os processos que determinam que entre um grupo de folículos em crescimento sejam um ou vários deles que cheguem a ovular englobam-se sob os termos de recrutamento, seleção e dominação folicular (fig. 1). -/- Figura 1. Recrutamento, seleção e dominação folicular na espécie ovina e influência do FSH e LH nas fases. SILVA, 2019. O recrutamento é definido como a entrada em crescimento terminal de um grupo de folículos gonadodependentes, ou seja, que dentre os folículos em crescimento que existem no reservatório ovariano iniciarão seu crescimento terminal aqueles que possuem receptores à FSH (a partir do estágio primário já os possuem) e tenham igualmente atingido um tamanho determinado, que varia entre as diferentes espécies (2 mm Ø em ovelhas). Geralmente o número de folículos recrutados é duas ou três vezes superior ao número de folículos ovulados. O recrutamento no caso da ovelha ocorre três dias antes da ovulação sob a regressão do corpo lúteo e aumento de FSH. A seleção é caracterizada porque entre os folículos recrutados um ou vários folículos continuam a aumentar de tamanho, enquanto o resto se torna atrésico. No caso da ovelha, o tamanho do folículo no momento da seleção corresponde ao tamanho em que aparecem os receptores de LH sobre a granulosa (folículo terciário) ou quando, como se verá posteriormente, a aromatização de andrógenos em estrogênios é máxima. Por outro lado, a produção de inibina (hormônio gonodal não esteroide) é igualmente elevada. A interação destes dois fatores de retroalimentação (estrogénios e inibina) para a secreção de FSH provoca uma redução dos níveis desta hormona, facilitando a seleção: neste contexto, verificou-se que a injeção de FSH em ovinos bloqueia a seleção produzindo, com efeito, uma multiovulação. No caso da vaca, poderia existir um segundo mecanismo regulador: o folículo maior poderia secretar, em um momento da seleção, um composto de ação parácrina, diminuindo a resposta de outros folículos à ação dos níveis existentes de FSH. A dominância que produz os folículos selecionados está associada com a regressão ou atresia de outros folículos recrutados e com a inibição do recrutamento de novos folículos. Embora os níveis de FSH diminuam, os folículos dominantes persistem porque reduzem suas necessidades em FSH. Esta adaptação a meios mais pobres em FSH poderia explicar-se, entre outras causas, pela ampliação da resposta a esses níveis baixos em FSH graças à produção de IGFI (Insulin Like Growth Factor l), no caso da ovelha, pelo folículo dominante. O IGFI estimula a aromatização dos androgênios em estrogênios e, por sua vez, o estradiol estimula a produção de IGFI nas células granulosas, tornando-a ao mesmo tempo mais sensível ao IGFI. Este laço formado pelo estradiol e IGFI pode desempenhar um papel importante na produção do folículo dominante do estradiol. -/- 4. MECANISMOS NEUROENDÓCRINOS QUE CONDUZEM À OVULAÇÃO A ovulação, propriamente dita, pode ser um bom ponto de partida para explicar os mecanismos neuroendócrinos que se sucedem para alcançar, no próximo ciclo estral, uma nova ovulação. Imediatamente após a ocorrência da ovulação, forma-se um coágulo de sangue no interior do folículo em consequência da hemorragia causada pela ruptura celular (folículo hemorrágico) e que servirá de substrato para o crescimento das células granulosas. Em seguida, as células da granulosa hipertrofiam e proliferam rapidamente, acumulando lipídios e pigmentos carotenoides (luteína) que lhe conferem uma cor amarelada (corpo lúteo). Esta estrutura formada, sob a ação do LH e também da prolactina, começa a produzir progesterona, a qual além de preparar o aparelho reprodutor para uma possível gestação inibe, a nível da hipófise, a secreção cíclica de LH, impedindo assim novas ovulações. À medida que os níveis de progesterona diminuem devido à regressão do corpo lúteo sob a ação da PGF2a (prostaglandina 2a), vários folículos começam seu crescimento sob a ação dos níveis de FSH (cada vez maiores), atingindo o seu crescimento final na fase folicular. Alcançado o estado de terciário, as células da teca interna do folículo, estimuladas pela secreção tônica do LH liberada pela hipófise em pequenas ondas (sem chegar a atingir a quantidade que provoca a ovulação), sintetizam a partir do colesterol, passando por alguns passos intermediários, testosterona, que é depois aromatizada a estradiol sob a ação do FSH pelas células da granulosa (fig. 2). A prolactina, juntamente com o FSH, também influencia o crescimento e a maturação dos folículos, bem como a produção de estrogênios. À medida que avança o crescimento e maturação dos folículos, a concentração de estradiol aumenta (os folículos que em um momento da evolução se tornam atrésicos aportam também uma quantidade importante de estradiol), sendo máxima nos momentos imediatos à ovulação (fig. 3). Este aumento, sustentado na taxa circulante de estrogênios, é a responsável pelo aparecimento do cio nas fêmeas, cujo final, geralmente, exerce um efeito feedback positivo sobre o eixo hipotálamo-hipofisário induzindo o pico pré-ovulatório de LH (e também FSH), que conduz a nova ovulação. Figura 2. Processo de aromatização dos andrógenos em estrógenos. (Adaptado e elaborado a partir de ILLERA, 1994). -/- Figura 3. Crescimento prático folicular, e níveis de progesterona e 17 estradiol (a) e FSH e LH (b), durante o ciclo estral da ovelha. (Elaborado a partir de DURÁN DEL CAMPO, 1980). Nota importante: a ovulação em algumas espécies não é acompanhada do cio (ovulações silentes ou silenciosas), sobretudo nas primeiras ovulações da puberdade e após o anestro estacionário, devido a produção nula da estimulação prévia da progesterona. Embora citado anteriormente que o crescimento folicular começa no final da fase lútea no caso da vaca, a ovelha e a égua, a população de folículos ovulatórios se renova ao longo do ciclo estral, produzindo-se um crescimento e regressão dos folículos, denominado onda folicular. Nestas ondas, que também podem ocorrer durante o período pré-púbere, anestro estacionário e pós-parto, os folículos são receptores à descarga de LH, no entanto, a sua capacidade de produzir estradiol é muito limitada devido a uma deficiência de precursores em tecas ou a uma inadequação da aromatização dos androgênios em estrogênios, com o qual não se atinge a quantidade de estrogênios necessários para produzir a ativação nervosa necessária para a liberação cíclica de LH. Do ponto de vista prático, o conhecimento dos mecanismos neuroendócrinos que se sucedem durante o ciclo estral e que conduzem à ovulação, bem como a sua possível regulação mediante técnicas culturais ou tratamentos hormonais, é de vital importância quando o que se pretende é realizar um controle e sincronização tanto do cio quanto da ovulação. -/- 5. ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS ASSOCIADAS À OVULAÇÃO Nos momentos prévios à ovulação, o folículo ovulatório experimenta uma série de mudanças morfológicas e histológicas regulamentadas endocrinamente e cuja finalidade será a modificação da estrutura do folículo, facilitando a liberação do ovócito fértil. Logo após a descarga pré-ovulatória, ocorre um aumento do fluxo sanguíneo associado a um acúmulo de sangue que dependerá, entre outros, da prostaglandina E2 (PGF2) secretada pelas células granulosas. A teca externa é edemaciada pela difusão do plasma sanguíneo e o volume do antro folicular aumenta pela atração de água exercida pelo ácido hialurônico secretado pelas células do cumulus sob a ação do FSH/LH. Este aumento de volume é facilitado pela dissociação dos feixes de fibras de colágeno da teca externa e da túnica albugínea sob a ação de duas enzimas: a colagenase e a plasmina. A plasmina age em primeiro lugar e aparece como resultado da produção de ativadores do plasminogênio pelas células da granulosa e do cumulus; sua atividade é máxima no ápice do folículo dissociando a matriz proteica dos feixes de fibras de colágeno e ativando o precursor da colagenase. Além disso, a atividade da colagenase é máxima no momento da ruptura do folículo. A maioria das células da granulosa que estão fixadas na lâmina basal se soltam, perdem sua união em colônia e deixam de se dividir (fig. 4). As ligações que as ligavam desaparecem, mas a sua dissociação não é completa devido, provavelmente, à produção local de inibidores da colagenase. As células do cumulus sofrem as mesmas transformações, mas a sua dissociação é total porque estas secretam ácido hialurônico. No entanto, as células que asseguraram, desde o início do crescimento folicular, a ligação entre a granulosa e o ovócito permanecem durante um período mais ou menos longo, ligadas à coroa radiada. Figura 4. Estado de um folículo pouco antes da ovulação. DRIANCOURT, et al. 1991. Pouco antes da ovulação, a lâmina basal desaparece de seu lugar, ocorre uma individualização dos vasos sanguíneos e as células da teca interna penetram no folículo. No ápice do folículo, produz-se uma deficiência na irrigação sanguínea e, portanto, de oxigênio, o que faz com que as células do epitélio ovariano morram. As hidrolases, que nesse momento são liberadas, contribuem para a destruição completa dos tecidos subjacentes. Em definitivo, é o conjunto de fatos comentado supra que conduzem à ruptura do ápice do folículo e provocam um aumento da pressão hidrostática que se traduz em uma contração do folículo expulsando o ovócito e as células da coroa radiada. -/- 6. CONTROLE, SINCRONIZAÇÃO E INDUÇÃO DA OVULAÇÃO 6.1 Introdução O controle e a sincronização da ovulação se situa dentro de um contexto muito mais amplo como é o controle da reprodução, entendendo como tal o governo dos elementos manipuláveis do processo reprodutivo. No âmbito do controle da reprodução, existem muitos objetivos, entre os quais a indução da puberdade, a cobertura em época de anestro, aumento da prolificidade, entre outras. Além disso, o controle da reprodução é necessário para a utilização de determinadas técnicas, como a inseminação artificial ou a transferência de embriões. Com efeito, e consoante com o objetivo pretendido, poderão ser utilizadas diferentes técnicas e métodos, tais como os tratamentos hormonais, o efeito macho, a alimentação (Flushing) e os cruzamentos, tudo isso, por sua vez, empregado nos esquemas de seleção. Neste sentido e como passo prévio à sincronização e indução da ovulação, em muitas ocasiões se realiza também um controle e sincronização do cio. Este último, além de permitir que o criador regule o momento do estro e da cobrição, podendo em algumas espécies suprimir o anestro estacionário, permite que os animais se agrupem em lotes homogêneos e assim poder alimentá-los com as dietas adequadas segundo o estado de gestação, atender os partos e assim diminuir a mortalidade neonatal, programar os desmames e engordar os animais para, por fim, vender os animais por lotes. Na sincronização do cio o que se pretende é atuar sobre o intervalo entre a fase folicular e a fase luteica, modificando, portanto, a duração do ciclo estral (fig. 5). Figura 5. Representação dos métodos de sincronização do ciclo estral: (a) duração normal das fases luteica e folicular: (b) fase luteica cortada: (c) extensão da fase luteica. HUNTER, 1987. Para alcançar esse objetivo, os criadores podem adotar dois métodos: a) Induzindo a regressão do corpo lúteo de um grupo de animais de forma que todos eles iniciem a fase folicular e apresentem o cio num espaço de tempo bastante semelhante (injeções de prostaglandinas) (fig. 5b). b) Alargando artificialmente, através de um bloqueio hormonal, a fase luteica de tal modo que, ao cessar esse bloqueio e injetar-lhes gonadotropinas exógenas, os animais iniciem conjuntamente uma fase folicular seguida de um cio sincronizado (injeções de progesterona, implantes de progesterona ou progestágenos, esponjas vaginais impregnadas de progestágenos) (fig. 5c). 6.2 Objetivos e fundamentos Os tratamentos de controle e sincronização da ovulação têm por objetivo tentar regular, por um lado, o momento exato da ovulação, e por outro, o número de folículos que possam chegar a liberar ovócitos férteis, ao qual pode-se conseguir mediante a intervenção nos processos de recrutamento e seleção dos folículos. O primeiro objetivo permitirá que se realize a inseminação artificial no momento propício, evitando o envelhecimento dos ovócitos e que se possa calcular o momento da fertilização e a fase de desenvolvimento dos embriões (realização de transplantes). Por outro lado, o segundo objetivo ajudará a aumentar a fertilidade e a prolificidade em um rebanho e, no caso de fêmeas doadoras para a transferência de embriões, a relação: número de embriões/fêmea doadora. A indução da ovulação e/ou o aumento da taxa de ovulação pode ser conseguida aumentando os níveis de gonadotropinas no sangue antes do início da atresia folicular, ou seja, 3 a 5 dias antes da ovulação. Por outro lado, a taxa de ovulação pode também ser aumentada através da imunização contra esteroides, embora, por outro lado, permitam uma sincronização de cios. Além disso, o aumento dos níveis de gonadotropinas pode ser conseguido estimulando a sua secreção pelo próprio organismo do animal, por injeção de fatores de liberação hipotalâmicos que estimulem na hipófise a secreção de gonadotropinas, através do manejo dos reprodutores (efeito macho) e da alimentação (Flushing) ou por injeção das gonadotropinas no animal. 6.3 Imunização contra esteroides A imunização contra esteroides é uma técnica eficaz para aumentar a taxa de ovulação de animais que encontram-se em atividade sexual, ou seja, fora do anestro, uma vez que o seu mecanismo de ação baseia-se na alteração do controle endócrino da ovulação devido à ação dos anticorpos contra os esteroides ováricos, especialmente contra a androstenediona. Esta última regula a produção de uma proteína denominada «interleucina l», secretada pelos macrófagos do sistema imunitário e que inibe a diferenciação dos receptores à LH nos folículos, sem afetar a quantidade de sangue do FSH. Por isso, a teoria que tenta explicar o mecanismo de ação dos tratamentos de imunização é a seguinte: «O bloqueio dos esteroides pelos anticorpos do tratamento reduziria a produção de «interleucina l», permitindo assim que um maior número de folículos tivessem receptores à LH e pudessem ovular». Existem dois tipos de imunização: imunização ativa e imunização passiva. Na primeira, a metodologia consiste em tratar o animal com uma série de vacinas por via subcutânea ou intradérmica, pelo menos em duas ocasiões, até que a resposta imunitária atinja o nível desejado e ele próprio produza os anticorpos contra o antígeno (androstenediona) contido no conteúdo da vacina. Por outro lado, na imunização passiva o animal tratado recebe soro, por via intravenosa, de outro animal que foi imunizado (anticorpos policlonais), ou anticorpos monoclonais produzidos mediante técnicas imunológicas modernas. 6.4. Injeções de hormonas gonadotropinas As preparações hormonais de gonadotropinas injetadas num momento adequado do ciclo estral permitem, por um lado, aumentar o número de folículos em desenvolvimento (preparações ricas em atividade FSH) e, por outro lado, controlar e sincronizar o momento da ovulação (preparações ricas em atividade LH). Atualmente, os preparados hormonais à base de LH e FSH puros obtidos a partir de glândulas pituitárias em matadouros deixaram de ser utilizados, já que, além de não serem economicamente rentáveis, a sua conservação e utilização acarreta inúmeros problemas. a) A PMSG ou gonadotropina do soro de égua gestante com atividade predominante em FSH. Este hormônio, que permite aumentar o número de folículos em desenvolvimento, deve ser injetado (em doses variáveis segundo a espécie; tabela 2) no início da fase folicular, imediatamente após a regressão do corpo lúteo, quando as gonadotropinas endógenas do próprio animal estimulam o crescimento folicular. Para determinar esse exato momento, normalmente se realiza uma sincronização do cio. Tabela 2. Doses de aplicação do PMSG e do HCG (em unidades internacionais SI) para regular a quantidade e o momento da ovulação Espécie PMSG HCG Vaca 2000 - 3000 500 - 2500 Ovelha 500 - 800 250 - 500 Porca 750 - 1500 500 - 1000 Adaptado e elaborado a partir de HUNTER, 1987. b) A HCG ou gonadotropina coriónica humana com atividade predominante em LH. Pode ser obtida facilmente, já que se acumula na urina da mulher gestante, servindo sua detecção como teste para a determinação da gestação (teste da rã: origina a ejaculação na rã macho). Uma vez que com esta hormona se pretende controlar o momento da ovulação, a injeção deve ser feita por via intravenosa ou intramuscular, algumas horas antes do animal ter iniciado o estro e portanto a liberação das hormonas gonadotropinas. Pode-se conseguir mediante a injeção, com um intervalo conhecido e em doses adequadas (2), após estimulação com PMSG ou após sincronização do estro. 6.5 Limites das técnicas de controle, sincronização e indução à ovulação Os objetivos almejados durante o tratamento de sincronização e indução da ovulação, acima mencionados, não chegaram a ser alcançados em sua totalidade devido, principalmente, aos seguintes fatores: a) O hipotálamo mediante a liberação em forma de ondas ou pulsações cada um ou dois minutos de fatores liberadores (GnRH) estimula a hipófise para a secreção de hormônios gonadotropinas, o que na prática é muito difícil de se artificializar. b) Como resultado das injeções de hormonas gonadotropas produz-se um feedback dos esteroides gonodais, o qual interfere na secreção de hormonas endógenas e na precisão da resposta. c) As preparações hormonais de natureza proteica provocam a formação de anticorpos no animal, pelo qual a relação dose-resposta não é exata. d) Uma vez que os níveis de resposta tenham sido atingidos, a administração de doses excessivas de gonadotropinas produz uma redução do número de ovulações e interfere nos mecanismos ovulatórios. -/- 7. RESUMO E PRIMEIRAS CONCLUSÕES A ovulação marca o culminar de uma série de alterações morfológicas, fisiológicas e endócrinas que se sucedem no aparelho reprodutor feminino e mais concretamente no ovário e nos folículos ováricos e cujo objetivo é a liberação, após a descarga ovulante de LH, de um ou mais ovócitos férteis, de acordo com as espécies. Da mesma forma, a ovulação se caracteriza pela retomada da meiose e a liberação do primeiro corpúsculo polar, bem como a iniciação da luteinização das células da granulosa e a reestruturação da parede do folículo. Isto ocorre tanto em espécies de ovulação espontânea como induzida. Todas estas alterações são condicionadas pela variação da concentração sanguínea das hormonas gonadotropinas devido ao feedback positivo ou negativo que os esteroides ováricos exercem sobre o hipotálamo em cada uma das fases do ciclo estral. Por este motivo, se num momento preciso do ciclo estral estimula-se a secreção, por parte da hipófise, de hormonas gonadotropinas mediante a injeção de fatores de liberação hipotalâmicos (GnRH) ou a aplicação de algumas técnicas de manejo (efeito macho e Flushing) ou mediante a incrementação da sua concentração no sangue através de injeções de preparações hormonais, será obtido um controle, sincronização e indução da ovulação. Os diferentes tratamentos de sincronização e indução da ovulação, embora apresentem algumas limitações, permitem regular o momento da ovulação e o número de folículos que chegarão a ovular, alcançando em alguns casos uma superovulação, objetivo pretendido na técnica de transplante de embriões. -/- 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -/- BARUSELLI, Pietro Sampaio; GIMENES, Lindsay Unno; SALES, José Nélio de Sousa. Fisiologia reprodutiva de fêmeas taurinas e zebuínas. 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Acesso em: Fevereiro de 2020. -/- DERUSSI, A. A. P.; LOPES, M. D. Fisiologia da ovulação, da fertilização e do desenvolvimento embrionário inicial na cadela. Revista Brasileira de Reprodução Animal, v. 33, n. 4, p. 231-237, 2009. -/- DRIANCOURT, M. A. et al. The ovarian function. Paris: INRA, 1991. -/- DUKES, Henry Hugh; SWENSON, Melvin J.; REECE, William O. Dukes fisiologia dos animais domésticos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. -/- DURÁN DEL CAMPO, A. Anatomia, fisiologia de la reproduccion e inseminación artificial en ovinos. Montevideo, Editorial Hemisferio Sur, 1980. 245p. -/- HAFEZ, E. S. E.; HAFEZ, B. Reprodução animal. São Paulo: Manole, 2004. -/- HUNTER, R. H. F. Reproducción de los animales de granja. Zaragoza: Acribia, 1987. -/- ILLERA, M. Endocrinología Veterinaria y Fisiología de la Reproducción. Zaragoza: Fareso, 1994. -/- MARTIN, Ian; FERREIRA, João Carlos Pinheiro. Fisiologia da ovulação e da formação do corpo lúteo bovino. 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Resumo: Sabe-se que a pecuária é uma parcela do agronegócio que move a economia do país, e incluso está a produção leiteira, que tem, a cada ano seu desenvolvimento elevado, de forma em que é priorizado a eficiência no aumento de sua produção, com o objetivo de suprir a demanda, e a maior rentabilidade do produtor. Diante disso, medidas de manejo reprodutivo e alimentar são adotadas, sendo estas capazes de elevar a produtividade com o menor custo possível. O trabalho objetivou (...) pautar acerca do conhecimento sobre o manejo nutricional correto e escore corporal, que afetam diretamente a produtividade do animal, o conhecimento acerca do ciclo reprodutivo de vacas, expondo a detecção de estro, bem como metodologias eficazes aplicadas na reprodução, e práticas de bem estar, que, quando ausente, é apontado como um dos precursores da ineficiência reprodutiva. Palavras-chave: Inseminação Artificial 1; detecção de cio 2; leite 3. Abstract: It is known that livestock is a part of agribusiness that drives the country's economy, and is even milk production, which has, every year, its high development, so that it is prioritizing efficiency in increasing its production, with the objective of supplying the demand, and the greater producer profitability. Therefore, reproductive and food management measures are adopted, being able to increase productivity with the lowest possible cost. The work aimed guide about knowledge about correct nutritional management and body score, which affect directly the animal's productivity, knowledge about the reproductive cycle of cows, exposing estrus detection, as well as effective methodologies applied in reproduction, and practices of well-being, which, when absent, is pointed out as one of the precursors of inefficiency reproductive. Keywords: Artificial Insemination 1; heat detection 2; milk 3. -/- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALFIERI, A. A. LEME, R. ALFIERI, A.F. 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In this paper I articulate a view of doxastic control that helps defend the legitimacy of our practice of blaming people for their beliefs. I distinguish between three types of doxastic control: intention-based, reason-based, and influence-based. First I argue that, although we lack direct intention-based control over our beliefs, such control is not necessary for legitimate doxastic blame. Second, I suggest that we distinguish two types of reason-responsiveness: sensitivity to reasons and appreciation of reasons. I argue that while both capacities (...) are necessary for satisfying the control condition, neither is sufficient. Finally, I defend an influence-based view of doxastic control according to which we have the capacity to execute intentions to engage in reflection that causally influences our beliefs in positive epistemic ways. This capacity is both necessary and sufficient for satisfying the control condition for legitimate doxastic blame. I end by defending the view from two objections: that reflection is not necessary for meeting the control condition, and that it is not sufficient. (shrink)

The standard version of sufficientarianism maintains that providing people with enough, or as close to enough as is possible, is lexically prior to other distributive goals. This article argues that this is excessive – more than distributive justice allows – in four distinct ways. These concern the magnitude of advantage, the number of beneficiaries, responsibility and desert, and above-threshold distribution. Sufficientarians can respond by accepting that providing enough unconditionally is more than distributive justice allows, instead balancing sufficiency against other considerations.

This paper seeks to answer the question: Can contemporary forms of artificial intelligence be creative? To answer this question, I consider three conditions that are commonly taken to be necessary for creativity. These are novelty, value, and agency. I argue that while contemporary AI models may have a claim to novelty and value, they cannot satisfy the kind of agency condition required for creativity. From this discussion, a new condition for creativity emerges. Creativity requires curiosity, a motivation to pursue epistemic (...) goods. I argue that contemporary AI models do not satisfy this new condition. Because they lack both agency and curiosity, it is a mistake to attribute the same sort of creativity to AI that we prize in humans. Finally, I consider the question of whether these AI models stand to make human creativity in the arts and sciences obsolete, despite not being creative themselves. I argue, optimistically, that this is unlikely. (shrink)

I argue for an account of creativity that unifies creative achievements in the arts, sciences, and other domains and identifies its characteristic value. This account draws upon case studies of creative work in both the arts and sciences to identify creativity as a kind of successful exploration. I argue that if creativity is properly understood in this way, then it is fundamentally a property of processes, something only agents can achieve, something that comes in degrees, subjectively novel, and non-formulaic. As (...) I develop the account, I show how it avoids challenges faced by other accounts of creativity, especially concerning creativity’s value. Hills and Bird (2018, 2019) have together argued that creativity is not necessarily valuable. My account challenges this view. If I am right that creativity is a kind of successful exploration, then creativity does have a characteristic value, specifically epistemic value. (shrink)

Technological developments have resulted in tremendous increases in the volume and diversity of the data and information that must be processed in the course of biomedical and clinical research and practice. Researchers are at the same time under ever greater pressure to share data and to take steps to ensure that data resources are interoperable. The use of ontologies to annotate data has proven successful in supporting these goals and in providing new possibilities for the automated processing of data and (...) information. In this chapter, we describe different types of vocabulary resources and emphasize those features of formal ontologies that make them most useful for computational applications. We describe current uses of ontologies and discuss future goals for ontology-based computing, focusing on its use in the field of infectious diseases. We review the largest and most widely used vocabulary resources relevant to the study of infectious diseases and conclude with a description of the Infectious Disease Ontology (IDO) suite of interoperable ontology modules that together cover the entire infectious disease domain. (shrink)

In this paper, I solve a puzzle generated by three conflicting claims about the relationship between faith, belief, and control: according to the Identity Thesis, faith is a type of belief, and according to Fideistic Voluntarism, we sometimes have control over whether or not we have faith, but according to Doxastic Involuntarism, we never have control over what we believe. To solve the puzzle, I argue that the Identity Thesis is true, but that either Fideistic Voluntarism or Doxastic Voluntarism is (...) false, depending on how we understand "control." I distinguish two notions of control: direct intention-based control and indirect reflective control. I argue that though we have direct intention-based control over neither belief nor faith, we have indirect reflective control over each of them. Moreover, indirect reflective control helps explain how we can be held accountable for each. (shrink)

The universality assumption (“U”) that quantum wave states only evolve by linear or unitary dynamics has led to a variety of paradoxes in the foundations of physics. U is not directly supported by empirical evidence but is rather an inference from data obtained from microscopic systems. The inference of U conflicts with empirical observations of macroscopic systems, giving rise to the century-old measurement problem and subjecting the inference of U to a higher standard of proof, the burden of which lies (...) with its proponents. This burden remains unmet because the intentional choice by scientists to perform interference experiments that only probe the microscopic realm disqualifies the resulting data from supporting an inference that wave states always evolve linearly in the macroscopic realm. Further, the nature of the physical world creates an asymptotic size limit above which interference experiments, and verification of U in the realm in which it causes the measurement problem, seem impossible for all practical purposes if nevertheless possible in principle. This apparent natural limit serves as evidence against an inference of U, providing a further hurdle to the proponent’s currently unmet burden of proof. The measurement problem should never have arisen because the inference of U is entirely unfounded, logically and empirically. (shrink)

Luck egalitarianism is a family of egalitarian theories of distributive justice that aim to counteract the distributive effects of luck. This article explains luck egalitarianism's main ideas, and the debates that have accompanied its rise to prominence. There are two main parts to the discussion. The first part sets out three key moves in the influential early statements of Dworkin, Arneson, and Cohen: the brute luck/option luck distinction, the specification of brute luck in everyday or theoretical terms and the specification (...) of advantage as resources, welfare, or some combination of these. The second part covers three later developments: the democratic egalitarian critique of luck egalitarianism, the luck egalitarian acceptance of pluralism, and luck egalitarian doubts about the significance of the brute luck/option luck distinction. (shrink)

In this chapter, we explore whether agents have an epistemic duty to eradicate implicit bias. Recent research shows that implicit biases are widespread and they have a wide variety of epistemic effects on our doxastic attitudes. First, we offer some examples and features of implicit biases. Second, we clarify what it means to have an epistemic duty, and discuss the kind of epistemic duties we might have regarding implicit bias. Third, we argue that we have an epistemic duty to eradicate (...) implicit biases that have negative epistemic impact. Finally, we defend this view against the objection that we lack the relevant control over implicit bias that’s required for such a duty. We argue that we have a kind of reflective control over the implicit biases that we are duty-bound to eradicate. And since, as we show, we have this control over a wide variety of implicit biases, there are a lot of implicit biases that we have epistemic duties to eradicate. (shrink)

Many political philosophers maintain that beneficiaries of injustice are under special obligations to assist victims of injustice. However, the examples favoured by those who endorse this view equally support an alternative luck egalitarian view, which holds that special obligations should be assigned to those with good brute luck. From this perspective the distinguishing features of the benefiting view are (1) its silence on the question of whether to allocate special obligations to assist the brute luck worse off to those who (...) are well off as a matter of brute luck but not as a result of injustice, and (2) its silence on the question of whether to allocate assistance to those who are badly off as a matter of brute luck but not as a result of injustice. In this new light, the benefiting view is harder to justify. (shrink)

Critics of luck egalitarianism have claimed that, far from providing a justification for the public insurance functions of a welfare state as its proponents claim, the view objectionably abandons those who are deemed responsible for their dire straits. This article considers seven arguments that can be made in response to this ‘abandonment objection’. Four of these arguments are found wanting, with a recurrent problem being their reliance on a dubious sufficientarian or quasi-sufficientarian commitment to provide a threshold of goods unconditionally. (...) Three arguments succeed, showing that luck egalitarians have good reasons for assisting ‘negligent victims’ on account of changes that may occur in an individual between the time of their choice and their subsequent disadvantage, bad option luck, and doubts about free will and responsibility. Luck egalitarianism is therefore shown to offer strong support for public insurance. (shrink)

According to all-luck egalitarianism, the differential distributive effects of both brute luck, which defines the outcome of risks which are not deliberately taken, and option luck, which defines the outcome of deliberate gambles, are unjust. Exactly how to correct the effects of option luck is, however, a complex issue. This article argues that (a) option luck should be neutralized not just by correcting luck among gamblers, but among the community as a whole, because it would be unfair for gamblers as (...) a group to be disadvantaged relative to non-gamblers by bad option luck; (b) individuals should receive the warranted expected results of their gambles, except insofar as individuals blamelessly lacked the ability to ascertain which expectations were warranted; and (c) where societal resources are insufficient to deliver expected results to gamblers, gamblers should receive a lesser distributive share which is in proportion to the expected results. Where all-luck egalitarianism is understood in this way, it allows risk-takers to impose externalities on non-risk-takers, which seems counterintuitive. This may, however, be an advantage as it provides a luck egalitarian rationale for assisting ‘negligent victims’. (shrink)

This paper considers issues raised by Elizabeth Anderson’s recent critique of the position she terms ‘luck egalitarianism’. It is maintained that luck egalitarianism, once clarified and elaborated in certain regards, remains the strongest egalitarian stance. Anderson’s arguments that luck egalitarians abandon both the negligent and prudent dependent caretakers fails to account for the moderate positions open to luck egalitarians and overemphasizes their commitment to unregulated market choices. The claim that luck egalitarianism insults citizens by redistributing on the grounds of paternalistic (...) beliefs, pity and envy, and by making intrusive and stigmatizing judgments of responsibility, fails accurately to characterize the luck egalitarian’s rationale for redistribution and relies upon luck egalitarians being insensitive to the danger of stigmatization. The luck egalitarian position is reinforced by the fact that Anderson’s favoured conception of equality, ‘democratic equality’, is counterintuitively indifferent to all unchosen inequalities, including intergenerational inequalities, once bare social minima are met. (shrink)

Palliative care serves both as an integrated part of treatment and as a last effort to care for those we cannot cure. The extent to which palliative care should be provided and our reasons for doing so have been curiously overlooked in the debate about distributive justice in health and healthcare. We argue that one prominent approach, the Rawlsian approach developed by Norman Daniels, is unable to provide such reasons and such care. This is because of a central feature in (...) Daniels' account, namely that care should be provided to restore people's opportunities. Daniels' view is both unable to provide pain relief to those who need it as a supplement to treatment and, without justice-based reasons to provide palliative care to those whose opportunities cannot be restored. We conclude that this makes Daniels' framework much less attractive. (shrink)

Emissions grandfathering maintains that prior emissions increase future emission entitlements. The view forms a large part of actual emission control frameworks, but is routinely dismissed by political theorists and applied philosophers as evidently unjust. A sympathetic theoretical reconsideration of grandfathering suggests that the most plausible version is moderate, allowing that other considerations should influence emission entitlements, and be justified on instrumental grounds. The most promising instrumental justification defends moderate grandfathering on the basis that one extra unit of emission entitlements from (...) a baseline of zero emissions increases welfare to a greater extent where it is assigned to a high emitter than where it is assigned to a low emitter. Moderate grandfathering can be combined with basic needs and ability to pay considerations to provide an attractive approach to allocating emission entitlements. (shrink)

Discussions of where the costs of climate change adaptation and mitigation should fall often focus on the 'polluter pays principle' or the 'ability to pay principle'. Simon Caney has recently defended a 'hybrid view', which includes versions of both of these principles. This article argues that Caney's view succeeds in overcoming several shortfalls of both principles, but is nevertheless subject to three important objections: first, it does not distinguish between those emissions which are hard to avoid and those which are (...) easy to avoid; second, its only partial reference to all-things-considered justice means it cannot provide a full account even of climate justice; and third, it assigns to the poor very limited duties to meet climate change costs, even where they have created those costs, which may incentivise them to increase emissions. An alternative pluralistic account which avoids these objections is presented. (shrink)

This article argues for an unconventional interpretation of Arthur O. Lovejoy’s distinctive approach to method in the history of ideas. It is maintained that the value of the central concept of the ‘unit-idea’ has been misunderstood by friends and foes alike. The commonality of unit-ideas at different times and places is often defined in terms of familial resemblance. But such an approach must necessarily define unit-ideas as being something other than the smallest conceptual unit. It is therefore in tension with (...) Lovejoy’s methodological prescription and, more importantly, disregards a potentially important aspect of intellectual history – the smaller conceptual units themselves. In response to this, an alternative interpretation of unit-ideas as ‘elemental’ – as the smallest identifiable conceptual components – is put forward. Unlike the familial resemblance approach, the elemental approach can provide a plausible explanation for changes in ideas. These are construed as being either the creation of new unit-ideas, the disappearance of existing ones, or alterations in the groups of unit-ideas that compose idea-complexes. The focus on the movement of unit-ideas and idea-complexes through history can also be sensitive to contextual issues, carefully distinguishing the different meanings that single words may have, in much the way that both Lovejoy and his influential critic Quentin Skinner suggest. (shrink)

Discrimination might be considered unjust on account of the comparative disadvantage it imposes, the absolute disadvantage it imposes, the disrespect it shows, or the prejudice it shows. This article argues that each of these accounts overlooks some cases of unjust discrimination. In response to this state of affairs we might combine two or more of these accounts. A promising approach combines the comparative disadvantage and absolute disadvantage accounts.

Many naive realists endorse a negative disjunctivist strategy in order to deal with the challenge presented by the possibility of phenomenologically indistinguishable halucination. In the first part of this paper I argue that this approach is methodologically inconsistent because it undercuts the phenomenological motivation that underlies the the appeal of naive realism. In the second part of the paper I develop an alternative to the negative disjunctivist account along broadly Meinongian lines. In the last section of this paper I consider (...) and evaluate a somewhat similar but rival view of hallucination developed by Mark Johnston. (shrink)

This introductory chapter provides an overview of the recent debate about responsibility and distributive justice. It traces the recent philosophical focus on distributive justice to John Rawls and examines two arguments in his work which might be taken to contain the seeds of the focus on responsibility in later theories of distributive justice. It examines Ronald Dworkin's ‘equality of resources’, the ‘luck egalitarianism’ of Richard Arneson and G. A. Cohen, as well as the criticisms of their work put forward by (...) Elizabeth Anderson, Marc Fleurbaey, Susan Hurley, and Jonathan Wolff. Key concepts such as responsibility (individual and collective), luck (thin and thick; brute and option), control, desert, and equality of opportunity are delineated, and the implementation of responsibility-sensitive accounts of justice is considered. The chapters of this book are positioned in relation to the wider literature on responsibility and distributive justice, and a brief outline of the chapters is provided. (shrink)

This chapter identifies three contrasts between responsibility-sensitive justice and desert-sensitive justice. First, while responsibility may be appraised on prudential or moral grounds, it is argued that desert is necessarily moral. As moral appraisal is much more plausible, responsibility-sensitive justice is only attractive in one of its two formulations. Second, strict responsibility sensitivity does not compensate for all forms of bad brute luck, and forms of responsibility-sensitive justice like luck egalitarianism that provide such compensation do so by appealing to independent moral (...) concerns such as equality. Desert-sensitive justice can deliver the appropriate compensation without relying on external moral resources. Finally, while responsibility-sensitive justice harshly refuses to provide for those whose basic needs are unsatisfied due to their own negligent actions, this result can be averted by desert-sensitive justice as it can take into account responsibility-independent considerations. In sum, desert-sensitive justice appears to offer a tighter fit with considered judgments about justice. (shrink)

Contemporary discussions of egalitarian justice have often focused on the issue of expensive taste. G.A. Cohen has recently abandoned the view that all chosen disadvantages are non-compensable, now maintaining that chosen expensive judgmental tastes—those endorsed by valuational judgment—are compensable as it is unreasonable to expect persons not to develop them. But chosen expensive brute taste—the main type of non-compensable expensive taste on the new scheme—cannot be described in such a way that there is a normative difference between it and chosen (...) expensive judgmental taste. As there are related problems with denying compensation for the other kind of expensive taste that might remain non-compensable, Cohen's position on taste appears to be either implausible or virtually indistinguishable from that of equality of welfare. However, compensation for valuational judgment-based expensive taste might be justified on grounds of responsibility. (shrink)

Technological developments have resulted in tremendous increases in the volume and diversity of the data and information that must be processed in the course of biomedical and clinical research and practice. Researchers are at the same time under ever greater pressure to share data and to take steps to ensure that data resources are interoperable. The use of ontologies to annotate data has proven successful in supporting these goals and in providing new possibilities for the automated processing of data and (...) information. In this chapter, we describe different types of vocabulary resources and emphasize those features of formal ontologies that make them most useful for computational applications. We describe current uses of ontologies and discuss future goals for ontology-based computing, focusing on its use in the field of infectious diseases. We review the largest and most widely used vocabulary resources relevant to the study of infectious diseases and conclude with a description of the Infectious Disease Ontology (IDO) suite of interoperable ontology modules that together cover the entire infectious disease domain. (shrink)

This article argues that, suitably modified, the method of reflective equilibrium is a plausible way of selecting moral principles. The appropriate conception of the method is wide and radical, admitting consideration of a full range of moral principles and arguments, and requiring the enquiring individual to consider others' views and undergo experiences that may offset any formative biases. The individual is not bound by his initial considered judgments, and may revise his view in any way whatsoever. It is appropriate to (...) describe the method as a balance between coherentism and fallibilist foundationalism. With these points in mind, various criticisms, including the claims that considered judgments are not initially credible and are shaped by prejudice, and that the method itself fails to determine principle selection, are challenged. (shrink)

Emissions grandfathering holds that a history of emissions strengthens an agent’s claim for future emission entitlements. Though grandfathering appears to have been influential in actual emission control frameworks, it is rarely taken seriously by philosophers. This article presents an argument for thinking this an oversight. The core of the argument is that members of countries with higher historical emissions are typically burdened with higher costs when transitioning to a given lower level of emissions. According to several appealing views in political (...) philosophy (utilitarianism, egalitarianism, prioritarianism, and sufficientarianism) they are therefore entitled to greater resources, including emission entitlements, than those in similar positions but with lower emissions. This grandfathering may play an especially important role in allocating emission entitlements among rich countries. (shrink)

A large proportion of humankind today lives in avoidable poverty. This article examines whether affluent individuals and governments have moral duties to change this situation. It is maintained that an alternative to the familiar accounts of transdomestic distributive justice and personal ethics put forward by writers such as Peter Singer, John Rawls, and Thomas Pogge is required, since each of these accounts fails to reflect the full range of relevant considerations. A better account would give some weight to overall utility, (...) the condition of the worst off, and individual responsibility. This approach provides robust support to global poverty alleviation. (shrink)

This article explores the Rawlsian goal of ensuring that distributions are not influenced by the morally arbitrary. It does so by bringing discussions of distributive justice into contact with the debate over moral luck initiated by Williams and Nagel. Rawls’ own justice as fairness appears to be incompatible with the arbitrariness commitment, as it creates some equalities arbitrarily. A major rival, Dworkin’s version of brute luck egalitarianism, aims to be continuous with ordinary ethics, and so is (a) sensitive to non-philosophical (...) beliefs about free will and responsibility, and (b) allows inequalities to arise on the basis of option luck. But Dworkin does not present convincing reasons in support of continuity, and there are compelling moral reasons for justice to be sensitive to the best philosophical account of free will and responsibility, as is proposed by the revised brute luck egalitarianism of Arneson and Cohen. While Dworkinian brute luck egalitarianism admits three sorts of morally arbitrary disadvantaging which correspond to three forms of moral luck (constitutive, circumstantial, and option luck), revised brute luck egalitarianism does not disadvantage on the basis of constitutive or circumstantial luck. But it is not as sensitive to responsibility as it needs to be to fully extinguish the influence of the morally arbitrary, for persons under it may exercise their responsibility equivalently yet end up with different outcomes on account of option luck. It is concluded that egalitarians should deny the existence of distributive luck, which is luck in the levels of advantage that individuals are due. (shrink)

A repository of clinically associated Staphylococcus aureus (Sa) isolates is used to semi‐automatically generate a set of application ontologies for specific subfamilies of Sa‐related disease. Each such application ontology is compatible with the Infectious Disease Ontology (IDO) and uses resources from the Open Biomedical Ontology (OBO) Foundry. The set of application ontologies forms a lattice structure beneath the IDO‐Core and IDO‐extension reference ontologies. We show how this lattice can be used to define a strategy for the construction of a new (...) taxonomy of infectious disease incorporating genetic, molecular, and clinical data. We also outline how faceted browsing and query of annotated data is supported using a lattice application ontology. (shrink)

The method of reflective equilibrium focuses on the relationship between principles and judgments. Principles are relatively general rules for comprehending the area of enquiry. Judgments are our intuitions or commitments, ‘at all levels of generality’ (Rawls 1975: 8), regarding the subject matter. The basic idea of reflective equilibrium is to bring principles and judgments into accord. This can be achieved by revising the principles and/or the judgments. -/- I first look at normative political judgments (Section 2) before considering the role (...) of principles, arguments, devices of representation and background theory in wide reflective equilibrium (Section 3). I then consider two of the main challenges to the method (Section 4), and show how to use it to deliberate about substantive political principles (Section 5). I conclude with an extended example of the method in action (Section 6). (shrink)

Idealist philosophers have traditionally tried to defend their views by appealing to the claim that nonmental reality is inconceivable. A standard response to this inconceivability claim is to try to show that it is only plausible if one blurs the fundamental distinction between consciousness and its object. I try to rehabilitate the idealistic argument by presenting an alternative formulation of the idealist’s basic inconceivability claim. Rather than suggesting that all objects are inconceivable apart from consciousness, I suggest that it is (...) impossible to conceive of any such object as genuinely existent. This thesis is lent credence by the fact that only in reflective self-consciousness is existence a phenomenological datum. Not only is it the case that we are not ever aware of an object as existing, we do not have a clear understanding of what it would be like to have such an awareness. If this is true, then we have reason to believe that while consciousness exists, the objects of consciousness cannot exist. (shrink)

This article starts by setting out the evaluative criteria provided by Will Kymlicka's liberal account of individual freedom and equality. Kymlicka's theory of cultural minority rights is then analysed using these criteria and found to be defective in two respects. First, his assignment of different rights to national and ethnic groups is shown to be inegalitarian with regard to generations after the first. Second, his recommendation of strong cultural protections is shown in some circumstances to undermine freedom and equality. Towards (...) the end of the article a policy of gradual and inclusive assimilation is described that may effectively promote the freedom and opportunities of members of cultural minorities. In conclusion, group-specific rights may, as Kymlicka says, be justified in liberal terms, but only where they differ in content from those he proposes. (shrink)

The assertion that an experiment by Afshar et al. demonstrates violation of Bohr’s Principle of Complementarity is based on the faulty assumption that which-way information in a double-slit interference experiment can be retroactively determined from a future measurement.

The Infectious Disease Ontology (IDO) is a suite of interoperable ontology modules that aims to provide coverage of all aspects of the infectious disease domain, including biomedical research, clinical care, and public health. IDO Core is designed to be a disease and pathogen neutral ontology, covering just those types of entities and relations that are relevant to infectious diseases generally. IDO Core is then extended by a collection of ontology modules focusing on specific diseases and pathogens. In this paper we (...) present applications of IDO Core within various areas of infectious disease research, together with an overview of all IDO extension ontologies and the methodology on the basis of which they are built. We also survey recent developments involving IDO, including the creation of IDO Virus; the Coronaviruses Infectious Disease Ontology (CIDO); and an extension of CIDO focused on COVID-19 (IDO-CovID-19).We also discuss how these ontologies might assist in information-driven efforts to deal with the ongoing COVID-19 pandemic, to accelerate data discovery in the early stages of future pandemics, and to promote reproducibility of infectious disease research. (shrink)

South Africa is a highly distributively unequal country, and its inequality continues to be largely along racial lines. Such circumstances call for assessment from the perspective of contemporary theories of distributive justice. Three such theories—Rawlsian justice, utilitarianism, and luck egalitarianism—are described and applied. Rawls' difference principle recommends that the worst off be made as well as they can be, a standard which South Africa clearly falls short of. Utilitarianism recommends the maximization of overall societal well-being, a goal which South Africa (...) again fails to achieve given its severe inequality and the fact of the diminishing marginal value of money—that a given amount of money tends to produce more utility for a poor person than it does for a rich person. The final theory, luck egalitarianism, aims to make distributions sensitive to individual exercises of responsibility. This view also objects to South Africa's inequality, this time on the basis that the poor are overwhelmingly worse off through no fault or choice of their own. These major theories of distributive justice therefore all propose large-scale redistribution to the benefit of the (predominantly black) poor. Perhaps more surprisingly, all three views also provide support for socio-economic affirmative action, as opposed to South Africa's race-based Black Economic Empowerment. (shrink)

This essay argues that David Miller's criticisms of global egalitarianism do not undermine the view where it is stated in one of its stronger, luck egalitarian forms. The claim that global egalitarianism cannot specify a metric of justice which is broad enough to exclude spurious claims for redistribution, but precise enough to appropriately value different kinds of advantage, implicitly assumes that cultural understandings are the only legitimate way of identifying what counts as advantage. But that is an assumption always or (...) almost always rejected by global egalitarianism. The claim that global egalitarianism demands either too little redistribution, leaving the unborn and dissenters burdened with their societies' imprudent choices, or too much redistribution, creating perverse incentives by punishing prudent decisions, only presents a problem for global luck egalitarianism on the assumption that nations can legitimately inherit assets from earlier generations – again, an assumption very much at odds with global egalitarian assumptions. (shrink)

Although the economic thought of Marshall and Pigou was united by ethical positions broadly considered utilitarian, differences in their intellectual milieu led to degrees of difference between their respective philosophical visions. This change in milieu includes the influence of the little understood period of transition from the early idealist period in Great Britain, which provided the context to Marshall’s intellectual formation, and the late British Idealist period, which provided the context to Pigou’s intellectual formation. During this latter period, the pervading (...) Hegelianism and influences of naturalism arising from the ideas of Charles Darwin and Herbert Spencer were challenged by Hermann Lotze, a key transitional thinker influencing the Neo-Kantian movement, who recognised significant limits of naturalism, on the one hand, and the metaphysical tenor of absolute idealism, on the other, and attempted to provide a balance between the two. The goal of this paper is to make the provisional case for the argument that Pigou’s views on ethics were not only directly influenced by utilitarian thinkers like Mill and Sidgwick, but they were also indirectly influenced by Hermann Lotze, via the influence of the Neo- Kantian movement on late British idealism. To that end, Pigou’s essays in The Trouble with Theism (1908), including his sympathetic consideration of the ethics of Friedrich Nietzsche, reflect the influence of Lotze indirectly through the impact at Cambridge of: James Ward’s critique of associationist psychology, and consideration of the limits of naturalism including the critique of evolutionary ethics; Bertrand Russell’s rejection of neo-Hegelianism and, together with Alfred North Whitehead, the development of Logicism; and G.E. Moore’s critique of utilitarian ethics on the basis of the naturalistic fallacy and the development of his own intuitionist system of ethics. (shrink)

Extended and distributed cognition theories argue that human cognitive systems sometimes include non-biological objects. On these views, the physical supervenience base of cognitive systems is thus not the biological brain or even the embodied organism, but an organism-plus-artifacts. In this paper, we provide a novel account of the implications of these views for learning, education, and assessment. We start by conceptualising how we learn to assemble extended cognitive systems by internalising cultural norms and practices. Having a better grip on how (...) extended cognitive systems are assembled, we focus on the question: If our cognition extends, how should we educate and assess such extended cognitive systems? We suggest various ways to minimize possible negative effects of extending one’s cognition and to efficiently find and organise (online) information by adopting a virtue epistemology approach. Educational and assessment implications are foregrounded, particularly in the case of Danish students’ use of the Internet during exams. (shrink)

This review article of Shlomi Segall's Health, Luck, and Justice (Princeton University Press, 2010) addresses three issues: first, Segall’s claim that luck egalitarianism, properly construed, does not object to brute luck equality; second, Segall’s claim that brute luck is properly construed as the outcome of actions that it would have been unreasonable to expect the agent to avoid; and third, Segall’s account of healthcare and criticism of rival views. On the first two issues, a more conventional form of luck egalitarianism (...) – that is, one which objects to brute luck even if it creates equality, and which construes brute luck as the inverse of agent responsibility – is defended. On the third issue, strengths and weaknesses in Segall’s criticism of Rawlsian, democratic egalitarian, and all-luck egalitarian approaches to healthcare, and in his own luck egalitarian approach, are identified. (shrink)

Discrimination, understood as differential treatment of individuals on the basis of their respective group memberships, is widely considered to be morally wrong. This moral judgment is backed in many jurisdictions with the passage of equality of opportunity legislation, which aims to ensure that racial, ethnic, religious, sexual, sexual-orientation, disability and other groups are not subjected to discrimination. This chapter explores the conceptual underpinnings of discrimination and equality of opportunity using the tools of analytical moral and political philosophy.

Some critics of luck egalitarianism have suggested that its reference to responsibility leaves it either assuming metaphysical libertarianism or (in the inevitable absence of a resolution of the free will problem) practically impotent. This paper argues that luck egalitarianism need not fall into either trap. It may in fact be sensitive to the possibility that libertarianism is false, and would not be undermined were this the case. Here luck egalitarianism actually fares better than outcome egalitarianism, which assumes, in just the (...) way luck egalitarianism allegedly does, a controversial metaphysical position. There is, moreover, little difficulty in applying luck egalitarianism in practical contexts on the basis of our best guess about the relevant metaphysical questions. This solution is, of course, non-ideal, but appears preferable to the alternatives, such as simply assuming that metaphysical account of responsibility that offers the best fit with our favored theory of distributive justice. (shrink)

David Miller has objected to the cosmopolitan argument that it is arbitrary and hence unfair to treat individuals differently on account of things for which they are not responsible. Such a view seems to require, implausibly, that individuals be treated identically even where (unchosen) needs differ. The objection is, however, inapplicable where the focus of cosmopolitan concern is arbitrary disadvantage rather than arbitrary treatment. This 'unfair disadvantage argument' supports a form of global luck egalitarianism. Miller also objects that cosmopolitanism is (...) unable to accommodate special obligations generated by national membership. Cosmopolitanism can, however, accommodate many special obligations to compatriots. Those which it cannot accommodate are only morally compelling if we assume what the objection claims to prove - that cosmopolitanism is mistaken. Cosmopolitanism construed as global luck egalitarianism is therefore able to withstand both of Miller's objections, and has significant independent appeal on account of the unfair disadvantage argument. (shrink)

This articles proposes that theories and principles of distributive justice be considered substantively egalitarian iff they satisfy each of three conditions: (1) they consider the bare fact that a person is in certain circumstances to be a conclusive reason for placing another relevantly identically entitled person in the same circumstances, except where this conflicts with other similarly conclusive reasons arising from the circumstances of other persons; (2) they can be stated as 'equality of x for all persons', making no explicit (...) or implicit exclusion of persons or individuals and showing no greater concern and respect for some rather than others; and (3) they pursue equality in a dimension that is valuable to egalitarians. On this construal, prioritarianism and Dworkinian equality of resources, a view often identified as luck egalitarian, are not substantively egalitarian, but equality of opportunity, the standard form of luck egalitarianism, may be. (shrink)

There is no doubt that custard apple diseases are among the important reasons that destroy the Custard Apple plant and its agricultural crops. This leads to obvious damage to these plants and they become inedible. Discovering these diseases is a good step to provide the appropriate and correct treatment. Determining the treatment with high accuracy depends on the method used to correctly diagnose the disease, expert systems can greatly help in avoiding damage to these plants. The expert system correctly diagnoses (...) Custard Apple disease to make it easier for farmers to find the right treatment based on the appropriate diagnosis. Objectives: A specialized syllable language system was established for the diagnosis of Custard Apple plant disease. (shrink)

The Aristotelian view that the moral virtues–the virtues of character informed by practical wisdom–are essential to an individual's happiness, and are thus in an individual's self-interest, has been little discussed outside of purely scholarly contexts. With a few exceptions, contemporary philosophers have tended to be suspicious of Aristotle's claims about human nature and the nature of rationality and happiness. But recent scholarship has offered an interpretation of the basic elements of Aristotle's views of human nature and happiness, and of reason (...) and virtue, that brings them more into line with common-sense thinking and with contemporary philosophical and empirical psychology. This makes it fruitful to reexamine the question of the role of virtue in self-interest. (shrink)

Several attempts have been made to apply the choice-sensitive theory of distributive justice, luck egalitarianism, in the context of health and healthcare. This article presents a framework for this discussion by highlighting different normative decisions to be made in such an application, some of the objections to which luck egalitarians must provide answers and some of the practical implications associated with applying such an approach in the real world. It is argued that luck egalitarians should address distributions of health rather (...) than healthcare, endorse an integrationist theory that combines health concerns with general distributive concerns and be pluralist in their approach. It further suggests that choice-sensitive policies need not be the result of applying luck egalitarianism in this context. (shrink)

Numerous studies of the beliefs of people with anorexia nervosa (AN) suggest that a subset of such individuals may experience delusions. We first describe what makes a belief delusional and conclude that such characteristics can be appropriately applied to some beliefs of people with AN. Next, we outline how delusional beliefs may relate to the broader psychopathological process in AN, including: (1) they may be epiphenomenal; (2) they may be an initial partial cause of AN; (3) they may be caused (...) by aspects of AN; or (4) they may be sustaining causes, possibly involved in reciprocal causal relations with aspects of AN. We argue that there is good reason to believe that delusional beliefs of people with AN are not merely epiphenomenal, but rather that they’re causally connected to AN. Because of this, empirical studies can be designed to test for the presence of causal relations. We describe how these studies should be designed. The results of such studies have important implications for understanding the experience of individuals with AN and for the treatment of AN. We outline these implications. (shrink)