The article focuses on an unexamined so far aspect of byzantine philosophy, namely the influence of Arabic philosophy upon byzantine thinkers. Despite the vicinity of Byzantium and Arabic territories, the philosophical interactions were minimal. Scholarios claimed, in a dedicatory epistle to Constantine Paleologus (1405-1453), that he had studied the treatises of Avicenna, Averroes, and other Arab and Persian philosophers. He admitted that Averroes was beyond doubt the best commentator of Aristotle. Scholarios acknowledged that the study of the Arabs contributed immensely (...) to his philosophical education and particularly to the proper understanding of the Aristotelian philosophy (Scholarios, vii.1-6). Scholarios aimed at the enrichment and renewal of Byzantine philosophy. Besides his high esteem for Arabic philosophy, he devoted a large part of his life translating and paraphrasing the Scholastics, especially Aquinas. Despite Scolarios’ claim about his erudition on the Arab and Persian philosophers, a detailed examination of his works proves that in most cases he simply reproduced and incorporated sections from Aquinas’ works, without resorting to the original sources. Scholarios’ references to the Arabs are multiplied in his translations and compendia of Aquinas’ works, but are reduced significantly in his original texts. Frequently Scholarios refrained from mentioning the Arab philosophers, despite the fact that he commented on Aquinas’ passages, which are dedicated to Avicenna or Averroes. On the contrary, Scholarios did not avoid mentioning in detail Aquinas’ Christian or ancient Greek sources. It is obvious that Scholarios did not have a consistent approach towards Arabic philosophy. Most of the times he reproduced loosely Aquinas’ passages, where the latter commented on the Arabs. (shrink)

HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA: O DESENVOLVIMENTO DA SOCIOLOGIA I -/- A SOCIOLOGIA NA ALEMANHA -/- -/- HISTORY OF SOCIOLOGY: THE DEVELOPMENT OF SOCIOLOGY I -/- SOCIOLOGY IN GERMANY -/- -/- -/- Emanuel Isaque Cordeiro da Silva – IFPE-BJ, CAP-UFPE e UFRPE. E-mail's: [email protected] e [email protected]. WhatsApp: (82)9.8143-8399. -/- PREMISSA -/- Na Alemanha, a Sociologia foi profundamente influenciada pela discussão filosófica, histórica e metodológica que se desenvolveu entre o final do século XIX e o início do século XX. Em seus fundamentos encontra-se (...) o pensamento de vários filósofos, como Johann Gottlieb Fichte (1762 -1814), Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling (1775 -1854), Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher (1768 -1834), Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770 -1831) e Friedrich W. Nietzsche (1844-1900). -/- O representante mais expressivo da Sociologia alemã é Max Weber (1864-1920). Outros pensadores, entretanto, contribuíram significativamente para a formação e o desenvolvimento da Sociologia na Alemanha, entre os quais Ferdinand Tönnies (1855 -1936), Werner Sombart (1863-1941), Georg Simmel (1858-1918) e os estudiosos que a partir da década de 1920 constituíram a chamada Escola de Frankfurt. -/- A obra desses autores liga-se fortemente ao processo de unificação alemã, promovido somente após o triunfo de Otto von Bismarck na Guerra Franco-Prussiana (1871), e à aceleração da industrialização alemã. Esses dois fatores conferiram à Alemanha uma situação muito diferente da de outros países europeus. -/- A alteração nas estruturas de poder, na Alemanha, não ocorreu por meio de uma revolução, como na França, mas por um acordo entre a bur-guesia industrial e os grandes proprietários de terra, tendo em vista uma transição mais adequada aos seus interesses. -/- Vale salientar, em nota, que após a Guerra Franco-Prussiana (1870-71), os príncipes alemães se reuniram no palácio de Versalhes (França), onde aclamaram Guilherme I, da Prússia, como o imperador alemão. Assim surgia o Império da Alemanha, em 1871. -/- A burguesia industrial não estava preocupada em alterar de modo significativo a estrutura fundiária, e os grandes proprietários, que se encastelaram na burocracia estatal, não permitiram a formulação de uma legislação trabalhista que prejudicasse os interesses da burguesia. Assim se fez uma mudança “por cima”, sem levar em conta os interesses dos trabalhadores urbanos ou rurais. Destacam-se aqui dois importantes soció-logos alemães: Georg Simmel e Max Weber, pela presença no Brasil. Depois, brevemente, falar-se-á aqui da famosa Escola de Frankfurt. -/- 1. Georg Simmel (1858-1918) -/- Nascido em Berlim, Georg Simmel é um pensador difícil de enquadrar em alguma tendência ou campo específico do conhecimento. Vamos ler um trecho do que escreveu sobre ele o sociólogo brasileiro Leopoldo Waizbort: -/- Quem tentar esboçar a fisionomia de Georg Simmel (1858-1918), logo se encontra em meio a dificuldades que são características próprias daquilo que se quer apreender. Simmel sempre postulou para seu próprio pensamento uma mobilidade e uma plasticidade para se adaptar ao seu objeto – uma multiplicidade de direções, uma defesa do fragmento –, que se opõem a toda tentativa de fixação e acabamento, a toda pretensão de sistema. Por isso todos os rótulos que lhe são atribuídos, apesar de possuírem seu teor de verdade, sempre soam tão falsos: vitalismo, relativismo, esteticismo, formalismo, irracionalismo, psicologismo, impressionismo e tantos mais. Disto também é exemplo o fato de Simmel, hoje considerado, ao lado de Max Weber e Ferdinand Tönnies, um dos “pais” da sociologia alemã, não poder ser classificado sem mais como “sociólogo”, sob pena de se perderem várias outras dimensões que são essenciais ao seu pensamento (WAIZBORT, 2000. p. 11). -/- G. Simmel foi o último dos sete filhos de um próspero comerciante judeu convertido ao cristianismo. Com a morte do pai, herdou uma fortuna considerável que lhe permitiu independência para desenvolver a vida acadêmica. Estudou História e Filosofia na Universidade de Berlim, onde foi aluno das mais importantes figuras acadêmicas da época. Em 1881, defendeu uma tese sobre Immanuel Kant e recebeu o título de doutor em Filosofia. Entre 1885 e 1914, lecionou Filosofia, Ética e Sociologia na Universidade de Berlim, mas nunca foi incorporado formalmente à universidade. -/- Ocupou o cargo de professor titular de Filosofia somente em 1914, em Estrasburgo, cidade onde permaneceu até a morte, em 1918. -/- Na virada do século XIX para o século XX na Alemanha, houve uma intensa efervescência filosófica, cultural e artística, cenário em que se desenvolveram a psicanálise, a teoria da relatividade, o positivismo lógico e a música atonal. Nesse cenário, Simmel tornou-se um conferencista muito aclamado e escreveu artigos e ensaios sobre os mais variados temas da Filosofia, como lógica, teoria do conhecimento, ética, estética ou metafísica, além de temas da Psicologia, da Sociologia, da História e da religião. -/- Escreveu também muitas biografias (de Johann Wolfgang von Goethe, de Friedrich Nietzsche, de Immanuel Kant e de Rembrandt, entre outros). -/- Suas obras sociológicas mais importantes são: Da diferenciação social (1890), A filosofia do dinheiro (1907), Sociologia (1908) e Questões fundamentais da Sociologia (1917). Georg Simmel teve influência marcante no desenvolvimento da Sociologia na Alemanha, nos Estados Unidos (em especial na Escola de Chicago) e na França (em Durkheim e seus colaboradores diretos). Suas obras foram traduzidas para o francês e o inglês, muitas vezes antes de ser publicadas em alemão. -/- 2. Max Weber (1864-1920) -/- Max Weber nasceu em 21 de abril de 1864, em Erfurt, e morreu em Munique, em 1920. De família abastada, teve uma educação formal de boa qualidade, o que lhe permitiu uma erudição notável. Com 18 anos, ingressou na Universidade de Heidelberg, onde escolheu como área de concentração o Direito e como correlatas a História, a Filosofia e a Economia. Nessa universidade, teve o primeiro contato com os escritos de Immanuel Kant e com neokantianos, os quais nunca deixou de lado em seus estudos. -/- Em 1889, concluiu o doutorado em Direito Comercial com uma tese sobre a história das sociedades comerciais da Idade Média. Em 1891, defendeu outra tese: A importância da história agrária romana para o direito público e privado. Em 1894, tornou-se professor de Economia na Universidade de Freiburg e, dois anos depois, transferiu-se para a Universidade de Heidelberg. -/- A partir de 1897, acometido de uma depressão profunda, não conseguiu desenvolver as atividades acadêmicas. Entre 1902 e 1903, retomou as atividades intelectuais, mas fora da universidade, pois não tinha condições psicológicas para ministrar aulas. No ano seguinte, tornou-se coeditor do Arquivo de Ciências Sociais, publicação muito importante para o desenvolvimento dos estudos sociológicos na Alemanha. -/- Entre agosto e dezembro de 1904, viajou, com Ferdinand Tönnies e Werner Sombart, aos Estados Unidos, por ocasião da Exposição Universal de Saint-Louis, onde entrou em contato com as igrejas e seitas protestantes daquele país e também com vários escritos de Benjamin Franklin (1706-1790), o que foi fundamental para suas pesquisas sobre a relação entre a ética protestante e o capitalismo. -/- Em 1907, recebeu uma herança significativa. A partir de então, dedicou-se exclusivamente à investigação histórica e sociológica. Em 1909, colaborou na fundação da Sociedade Alemã de Sociologia. Ao ser deflagrada a Primeira Guerra Mundial, em 1914, Weber foi convocado como oficial da reserva para dirigir um hospital militar. Entre as atividades no hospital encontrou tempo para continuar a escrever partes do livro que foi publicado postumamente por sua esposa, com o título Economia e sociedade. Além disso, desenvolveu estudos sobre ética econômica e as religiões universais e escreveu uma série de artigos para os grandes jornais da Alemanha. Nesses artigos, criticou a estrutura partidária do país e a burocratização das esferas políticas na Alemanha, afirmando que aquela situação ainda era a herança de Otto von Bismarck. -/- Em 1917, pronunciou uma conferência – A ciência como vocação – e produziu um escrito, no qual explicitou seu método – Ensaio sobre neutralidade axiológica nas ciências sociológicas e econômicas. -/- Pelas ideias expostas em debates e nos jornais e por sua erudição, Max Weber, após a derrota alemã na Primeira Guerra Mundial, fez parte da comissão que redigiu, em 1919, a nova constituição política alemã, conhecida como a Constituição de Weimar. -/- Pode-se afirmar que a vida de Max Weber foi dedicada aos estudos, à pesquisa e à participação ativa na política alemã de seu tempo, por meio de conferências e artigos para jornais e revistas. -/- Weber não media esforços para analisar e com-preender mais profundamente os temas que elegia. Aprendeu grego e hebraico para ler a Bíblia no original, espanhol para ler os documentos sobre as companhias de navegação e comércio espanhol, russo para ler os jornais sobre os acontecimentos na Rússia de 1905 até a revolução de 1917, inglês para ler os textos estadunidenses sobre a vida religiosa e a ética dos protestantes. -/- Para Max Weber, o indivíduo é o núcleo de análise por ser o único que pode definir intenções e finalidades para seus atos. Desse modo, o ponto de partida da Sociologia é a compreensão da ação dos indivíduos, atuando e vivenciando situações sociais com determinadas motivações e intenções. Instituições como Estado e família só ganham sentido quando vistas da perspectiva das relações sociais. Assim, Max Weber não concebe a sociedade como um bloco, uma estrutura una, mas como uma teia de relações capazes de produzir sentido. -/- A obra de Max Weber é vasta e engloba história, direito e economia, passando pelas questões religiosas, pelos processos burocráticos, pela análise da cidade, da música e, enfim, pela discussão metodológica das ciências humanas e dos conceitos sociológicos. -/- Entre os seus escritos, podemos destacar: A ética protestante e o “espírito” do capitalismo (1904-1905/1920), A ciência como vocação (1917), A política como vocação (1919), Economia e sociedade (1920), História geral da economia (1923) e Ensaios reunidos de sociologia da religião (1917/1920). -/- Outros sociólogos alemães mantiveram-se em atividade após a Primeira Guerra Mundial, como Ferdinand Tönnies, Leopold von Wiese (1876 -1969), Hans Freyer (1887-1969) e Franz Oppenheimer (1864 -1943), que fundou, em 1919, a primeira cátedra de Sociologia na Alemanha, em Frankfurt. -/- 3. A Escola de Frankfurt -/- Logo após a morte de Max Weber, abriu-se um novo horizonte para a Sociologia alemã com a fundação do Instituto de Pesquisa Social, vinculado à Universidade Johann Wolfgang Goethe de Frankfurt, que ficou conhecido como Escola de Frankfurt. Em 1923, um grupo de intelectuais – entre eles Friedrich Pollok (1894-1970), Leo Löwenthal (1900-1993), Karl August Wittfogel (1896-1988), Max Horkheimer (1895-1973) e Theodor Adorno (1903-1969) – desenvolveu uma análise da sociedade contemporânea com base em concepções filosóficas de Immanuel Kant, Friedrich Hegel e Friedrich Nietzsche, em visões sociológicas de Karl Marx e de Max Weber e no pensamento de Sigmund Freud. -/- Os integrantes do grupo de Frankfurt pretendiam desenvolver uma teoria crítica da sociedade capitalista e buscavam explicar fenômenos que iam da análise da personalidade autoritária à indústria cultural. Mantiveram a crítica ao positivismo e ao pragmatismo, procurando demonstrar a necessida-de de refletir sobre as condições que permitiram a emergência do nazismo e sobre o significado dessa ideologia. As reflexões desses intelectuais culminaram com uma crítica à razão instrumental e às formas de controle sobre a sociedade contemporânea. -/- Além dos estudiosos citados, são representantes desse pensamento Walter Benjamin (1892-1940), Erich Fromm (1900-1980) e Herbert Marcuse (1898-1979), entre outros. Todos os integrantes da Escola de Frankfurt precisaram sair da Alema-nha por causa da perseguição nazista. Adorno e Horkheimer voltaram ao país depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Deram continuidade à Escola de Frankfurt, entre outros, Jürgen Habermas (1929-), da segunda geração, e Axel Honneth (1949-), da terceira e atual geração. -/- REFERENCIAL TEÓRICO -/- CUIN, C. H.; GRESLE, F. História da Sociologia. Trad. Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Ensaio, 1994. -/- CULTURAL, A. Max Weber. Textos selecionados. 2ª ed. São Paulo: Abril Cultural, 1980. (Col. Os Pensadores). -/- NOVA, S. V. Introdução à Sociologia. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2004. -/- SILVA, A. et al. Sociologia em movimento. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2016. -/- VANDENBERGHE, F. As sociologias de Georg Simmel. 1ª ed. Petrópolis: Vozes, 2018. -/- WAIZBORT, L. As aventuras de Georg Simmel. São Paulo: USP, Curso de Pós-Graduação em Sociologia/Editora 34, 2000. -/- SBS - Sociedade Brasileira de Sociologia PUCRS - PPG em Ciências Sociais Avenida Ipiranga, 6681 - Partenon CEP: 90619-900 - Porto Alegre, RS [email protected] Emanuel Isaque © 2019. (shrink)

PREMISSA No século XIX, ocorreram transformações impulsionadas pela emergência de novas fontes energéticas (água e petróleo), por novos ramos industriais e pela alteração profunda nos processos produtivos, com a introdução de novas máquinas e equipamentos. Depois de 300 anos de exploração por parte das nações europeias, iniciou -se, principalmente nas colônias latino-americanas, um processo intenso de lutas pela independência. É no século XIX, já com a consolidação do sistema capitalista na Europa, que se encontra a herança intelectual mais próxima da (...) qual surgirá a Sociologia como ciência particular. No início desse século, as ideias do Conde de Saint-Simon (1760-1825), de Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831), de David Ricardo (1772-1823) e de Charles Darwin (1809-1882), entre outros, foram o elo para que Alexis de Tocqueville (1805-1859), Auguste Comte (1798-1857), Karl Marx (1818 -1883) e Herbert Spencer (1820-1903), entre outros, desenvolvessem reflexões sobre a sociedade de seu tempo. Auguste Comte e Karl Marx foram os pensadores que lançaram as bases do pensamento sociológico e de duas grandes tradições – a positivista e a socialista – que muito influenciaram o desenvolvimento da Sociologia no Brasil. 1 AUGUSTE COMTE E A TRADIÇÃO POSITIVISTA Isidore Auguste Marie François Xavier Comte nasceu em Montpellier, na França, em 19 de janeiro de 1798. Com 16 anos de idade, ingressou na Escola Politécnica de Paris, fato que teria significativa influência na orientação posterior de seu pensamento. De 1817 a 1824, foi secretário do Conde de Saint-Simon. Comte declarou que, com Saint -Simon, aprendeu muitas coisas que jamais encontraria nos livros e que, no pouco tempo em que conviveu com o conde, fez mais progressos do que faria em muitos anos, se estivesse sozinho. Toda a obra de Comte está permeada pelos acontecimentos que ocorreram após a Revolução Francesa de 1789. Ele defendeu parte dos princípios revolucionários e criticou a restauração da monarquia, preocupando-se fundamentalmente em reorganizar a sociedade, que, no seu entender, estava em ebulição e mergulhada no caos. Para Comte, a desordem e a anarquia imperavam em virtude da confusão de princípios (metafísicos e teológicos), que não se adequavam à sociedade industrial em expansão. Era, portanto, necessário superar esse estado de coisas, usando a razão como fundamento da nova sociedade. Propôs, então, a mudança da sociedade por meio da reforma intelectual plena das pessoas. De acordo com o pensador, com a modificação do pensamento humano, por meio do método científico, que ele chamava de “filosofia positiva”, haveria uma reforma das instituições. Com a proposta do estudo da sociedade por meio da análise de seus processos e estruturas, e da reforma prática das instituições, Comte criou uma nova ciência, à qual deu o nome de “física social”, passando a chamá-la posteriormente de Sociologia. A Sociologia representava, para Comte, o coroamento da evolução do conhecimento, mediante o emprego de métodos utilizados por outras ciências, que buscavam conhecer os fenômenos constantes e repetitivos da natureza: a observação, a experimentação, a comparação e a classificação. De acordo com esse pensador, a Sociologia, como as ciências naturais, deve sempre procurar a reconciliação entre os aspectos estáticos e os dinâmicos do mundo natural ou, no caso da sociedade humana, entre a ordem e o progresso. O lema da “filosofia positiva” proposta por Comte era “conhecer para prever, prever para prover”, ou seja, o conhecimento é necessário para fazer previsões e também para solucionar possíveis problemas. A influência de Comte no desenvolvimento da Sociologia foi marcante, sobretudo, na escola francesa, evidenciando-se em Émile Durkheim e seus contemporâneos e seguidores. Seu pensamento esteve presente em muitas das tentativas de criar tipologias para explicar a sociedade. Suas principais obras são: Curso de filosofia positiva (1830-1842), Discurso sobre o espírito positivo (1848), Catecismo positivista (1852) e Sistema de política positiva (1854). Para concluirmos, Comte explanava que para a superação da anarquia reinante na nova sociedade industrial, a filosofia positivista defendia a subordinação do progresso à ordem. O mesmo era contra o retorno de Luís XVIII ao trono: em sua concepção, a sociedade industrial que emergia requeria um governo fundado na razão. 2 A TRADIÇÃO SOCIALISTA: KARL MARX E FRIEDRICH ENGELS Karl Heinrich Marx nasceu em Tréveris, na antiga Prússia, hoje Alemanha, em 1818 e, em 1830, ingressou no Liceu Friedrich Wilhelm, nessa mesma cidade. Anos depois, foi cursar Direito na Universidade de Bonn, transferindo-se para Berlim em seguida. Pouco a pouco, entretanto, seus interesses migraram para a Filosofia, área na qual defendeu, em 1841, a tese de doutorado A diferença da filosofia da natureza em Demócrito e Epicuro. Sua vida universitária foi marcada pelo debate político e intelectual influenciado pelo pensamento de Ludwig Feuerbach (1804-1872) e, principalmente, pelo de Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770- 1831). Friedrich Engels (1820-1895) nasceu em Barmen (Renânia), na antiga Prússia, hoje Alemanha, filho mais velho de um rico industrial do ramo têxtil. Terminou sua formação secundária em 1837 e a partir de então sua formação intelectual foi por conta própria (autodidata), com alguns cursos universitários esparsos e de curta duração. Desde cedo começou a trabalhar nas empresas de seu pai e foi nessa condição que se deslocou para Bremen por três anos e depois foi enviado pelos pais a Manchester, na Inglaterra, onde trabalhou nas fábricas da família. Engels ficou impressionado com a miséria na qual viviam os trabalhadores das fábricas inglesas. Os dois, Marx e Engels, se encontraram em 1842, quando Marx passou a escrever para A Gazeta Renana, jornal da província de Colônia, do qual Engels era colaborador e mais tarde editor-chefe. O jornal, que criticava o poder prussiano, foi fechado em 1843, e Marx se viu desempregado. Ao perder o emprego, mudou-se para Paris, na França. Ali escreveu, em 1844, os Manuscritos econômico-filosóficos (só publicados em 1932) e, junto com F. Engels, o livro A sagrada família. Por sua vez, F. Engels, em 1844, decidiu voltar para a Alemanha, onde publicou, em 1845, A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. Entre 1845 e 1847, Marx exilou-se em Bruxelas, na Bélgica, onde escreveu A ideologia alemã (em parceria com Friedrich Engels) e Miséria da filosofia (1847), obra na qual criticou o filósofo Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865). Em 1848, ainda na Bélgica, a parceria com Engels se solidificou ao escreverem juntos o livreto O Manifesto Comunista. Em 1848, Marx foi expulso da Bélgica e retornou a Colônia, na Alemanha (Prússia), sempre pensando na possibilidade de uma mudança estrutural em sua terra natal. Isso, entretanto, não aconteceu e Marx foi expulso da Alemanha em 1849, ano em que migrou para Londres, na Inglaterra, onde permaneceu até o fim da vida. Lá escreveu O 18 Brumário de Luís Bonaparte (1852), sua mais importante obra de reflexão sobre a vida política europeia do século XIX, desenvolveu pesquisas e concluiu seu maior trabalho: O capital: crítica da economia política. O primeiro volume dessa obra foi publicado em 1867; os outros três, em 1885, 1894 e 1905, após a morte de Marx, revisados por F. Engels. 2.1 O contexto histórico e a obra de Marx e Engels Para situar a obra de Marx e Engels, é necessário conhecer um pouco do que acontecia em meados do século XIX. Com as transformações que ocorriam no mundo ocidental, principalmente na esfera da produção industrial, houve um crescimento expressivo no número de trabalhadores industriais urbanos, com uma consequência evidente: precariedade da vida dos operários nas cidades. As condições de trabalho no interior das fábricas eram péssimas. Os empregados eram superexplorados, alimentavam-se mal e trabalhavam em ambientes insalubres. Para enfrentar essa situação e tentar modificá-la, os trabalhadores passaram a se organizar em associações e sindicatos e a promover movimentos de reivindicação. Desenvolveu-se, então, uma discussão das condições sociais, políticas e econômicas para se definirem as possibilidades de intervenção nessa realidade. Desde o início do século XIX, muitos pensadores discutiram essas questões, nas perspectivas socialista e anarquista. Na Inglaterra podem ser citados, entre outros: William Godwin (1756-1836), Thomas Spence (1750-1814), Thomas Paine (1737-1809), Robert Owen (1771-1858) e Thomas Hodgkin (1787-1866). Na França, destacaram-se Étienne Cabet (1788- 1856), Flora Tristan (1803-1844), Charles Fourier (1772-1837) e Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865). Marx e Engels levaram em conta esses pensadores, debatendo com alguns contemporâneos e criticando-os. Além disso, incorporaram a tradição da economia clássica inglesa, presente principalmente nas obras de Adam Smith e de David Ricardo. Pode-se dizer, portanto, que Marx e Engels desenvolveram seu trabalho com base na análise crítica da economia política inglesa, do socialismo utópico francês e da filosofia alemã. Esses dois autores não buscavam definir uma ciência específica para estudar a sociedade (como a Sociologia, para Auguste Comte) ou situar seu trabalho em um campo científico particular. Em alguns escritos, Marx afirmou que a História seria a ciência que mais se aproximava de suas preocupações, por abarcar as múltiplas dimensões da sociedade, a qual deveria ser analisada na totalidade, não havendo uma separação rígida entre os aspectos sociais, econômicos, políticos, ideológicos, religiosos, culturais etc. O objetivo de Marx e Engels era estudar criticamente a sociedade capitalista com base em seus princípios constitutivos e em seu desenvolvimento, visando dotar a classe trabalhadora de uma análise política da sociedade de seu tempo. Assim, a tradição socialista nascida da luta dos trabalhadores, muitos anos antes e em situações diferentes, tem como expressão intelectual o pensamento de Karl Marx e Friedrich Engels. Para entender as concepções fundamentais de Marx e Engels é necessário fazer a conexão entre as lutas da classe trabalhadora, suas aspirações e as ideias revolucionárias que estavam presentes no século XIX na Europa. Para eles, o conhecimento científico da realidade só tem sentido quando visa à transformação dessa mesma realidade. A separação entre teoria e prática não é discutida, pois a “verdade histórica” não é algo abstrato e que se define teoricamente; sua verificação está na prática. Apesar de haver algumas diferenças em seus escritos, os elementos essenciais do pensamento de Marx e Engels podem ser assim sintetizados: • historicidade das ações humanas – crítica ao idealismo alemão; • divisão social do trabalho e o surgimento das classes sociais – a luta de classes; • o fetichismo da mercadoria e o processo de alienação; • crítica à economia política e ao capitalismo; • transformação social e revolução; • utopia – sociedade comunista. A obra desses dois autores é muito vasta e não ficou vinculada estritamente aos movimentos sociais dos trabalhadores. Pouco a pouco foi introduzida nas universidades como parte do estudo em diferentes áreas do conhecimento. Estudiosos de Filosofia, Sociologia, Ciência Política, Economia, História e Geografia, entre outras áreas, foram influenciados por ela. Na Sociologia, como afirma Irving M. Zeitlin, no livro Ideología y teoría sociológica, tanto Max Weber quanto Émile Durkheim fizeram, em suas obras, um debate com as ideias de Karl Marx. Pelas análises da sociedade capitalista de seu tempo e a repercussão que tiveram em todo o mundo, principalmente no século XX, nos movimentos sociais e nas universidades, Marx e Engels são considerados autores clássicos da Sociologia. No campo dessa disciplina, porém, o pensamento deles ficou um pouco restrito, pois perdeu aquela relação entre teoria e prática (práxis), ou seja, entre a análise crítica e a prática revolucionária. Essa relação esteve presente, por exemplo, na vida e na obra dos russos Vladimir Ilitch Ulianov, conhecido como Lênin (1870-1924), e Leon D. Bronstein, conhecido como Trotsky (1879-1940), da alemã Rosa Luxemburgo (1871-1919) e do italiano Antonio Gramsci (1891- 1937), que tiveram significativa influência no movimento operário do século XX. Com base no trabalho de Marx e Engels, muitos autores desenvolveram estudos acadêmicos em vários campos do conhecimento. Podemos citar, por exemplo, Georg Lukács (1885-1971), Theodor Adorno (1903-1969), Walter Benjamin (1892-1940), Henri Lefebvre (1901-1991), Lucien Goldmanm (1913 -1970), Louis Althusser (1918 -1990), Nikos Poulantzas (1936-1979), Edward P. Thompson (1924-1993) e Eric Hobsbawm (1917 -2012). O pensamento de Marx e Engels continua, assim, presente em todo o mundo, com múltiplas tendências e variações, sempre gerando controvérsias. REFERENCIAL TEÓRICO GEMKOW, H.; PSUA, I. M. L. Marx e Engels: Vida e Obra. São Paulo: Alfa e Ômega, 1984. 232 pp. GIANOTTI, J. A. Comte. São Paulo: Abril Cultural, 1978. 318 pp. (Col. Os Pensadores) KONDER, L. Marx: vida e obra. 7ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2007. 154 pp. (Col. Vida e Obra). (shrink)

‘Feminist logic’ may sound like an impossible, incoherent, or irrelevant project, but it is none of these. We begin by delineating three categories into which projects in feminist logic might fall: philosophical logic, philosophy of logic, and pedagogy. We then defuse two distinct objections to the very idea of feminist logic: the irrelevance argument and the independence argument. Having done so, we turn to a particular kind of project in feminist philosophy of logic: Valerie Plumwood's feminist argument for a relevance (...) logic. Plumwood's work serves as our primary case study as we turn to the project of considering three different ways we might understand her argument and revisionist arguments like it: as a priori theorizing, as ameliorative conceptual engineering, or as instances of anti-exceptionalist approaches to logic. After arguing that the anti-exceptionalist approach seems to provide the most promising means of understanding the kind of project undertaken in a feminist challenge to classical logic, we briefly address the consequences that this might have for logic instruction. Here, we argue for the perhaps unexpected conclusion that feminist programs ought to offer more, not less, instruction in logic for those who take interest. (shrink)

The idea that our epistemic practices can be wrongful has been the core observation driving the growing literature on epistemic injustice, doxastic wronging, and moral encroachment. But, one element of our epistemic practice has been starkly absent from this discussion of epistemic morality: attention. The goal of this article is to show that attention is a worthwhile focus for epistemology, especially for the field of epistemic morality. After presenting a new dilemma for proponents of doxastic wronging, I show how focusing (...) on attention not only allows us to defuse that dilemma, but also helps to substantiate accounts of what goes wrong in cases of doxastic wronging. (shrink)

Virtue signaling—using public moral discourse to enhance one’s moral reputation—is a familiar concept. But, what about profile pictures framed by “Vaccines work!”? Or memes posted to anti-vaccine groups echoing the group’s view that “Only sheep believe Big Pharma!”? These actions don’t express moral views—both claims are empirical (if imprecise). Nevertheless, they serve a similar purpose: to influence the judgments of their audience. But, where rainbow profiles guide their audience to view the agent as morally good, these acts guide their audience (...) to view the agent as epistemically good. They are instances of epistemic virtue signaling. The first goal of this paper is to offer an account of epistemic virtue signaling. I argue that epistemic virtue signaling occurs through both behavioral and propositional signals, and serves purposes similar to those of moral virtue signaling across a wide variety of discourses. The second is to show that there is much work for this concept to do. In particular, this concept illuminates a double bind faced by those who suffer from and seek to overcome testimonial injustice. I close by demonstrating how this double bind arises in the dissolution of medical autonomy, focusing on the care gap faced by pregnant women of color in the United States today, as compared with their white counterparts. (shrink)

It has been pointed out that Gettier case scenarios have deviant realizations and that deviant realizations raise a difficulty for the logical analysis of thought experiments. Grundmann and Horvath have shown that it is possible to rule out deviant realizations by suitably modifying the scenario of a Gettier-style thought experiment. They hypothesize further that the enriched scenario corresponds to the way expert epistemologists implicitly interpret the original one. However, no precise account of this implicit enrichment is offered, which makes the (...) proposal somewhat ad hoc. Drawing on pragmatic theory, I argue that the content of Grundmann and Horvath’s modified scenario corresponds to the default interpretation of the original scenario and that epistemological expertise is not required to access the deviance-proof interpretation. This Default Interpretation proposal offers thus a more general and independently motivated solution to the Problem of Deviant Realizations. (shrink)

How does being a woman affect one’s epistemic life? What about being Black? Or queer? Standpoint theorists argue that such social positions can give rise to otherwise unavailable epistemic privilege. “Epistemic privilege” is a murky concept, however. Critics of standpoint theory argue that the view is offered without a clear explanation of how standpoints confer their benefits, what those benefits are, or why social positions are particularly apt to produce them. For this reason, many regard standpoint theory as being out (...) of step with epistemology more broadly. But this need not be so. This article articulates a minimal version of standpoint epistemology that avoids these criticisms and supports the normative goals of its feminist forerunners. This account serves as the foundation for developing a formal model in which to explore standpoint epistemology using neighborhood semantics for modal logic. (shrink)

Root, branch, and blossom, attention is intertwined with epistemology. It is essential to our capacity to learn and decisive of the evidence we obtain, it influences the intellectual connections we forge and those we remember, and it is the cognitive tool whereby we enact decisions about inquiry. Moreover, because it is both an epistemic practice and a site of agency, attention is a natural locus for questions about epistemic morality. This article surveys the emerging epistemology of attention, reviewing the existing (...) literature and sketching avenues for future investigation. It also argues for a reorientation of epistemology itself. This argument is the focus of Section 1. Section 2 briefly reviews philosophical accounts of attention, Section 3 focuses on issues in traditional, individualistic epistemology, and Section 4 turns to social epistemology. (shrink)

This paper constructs a model of metaphysical indeterminacy that can accommodate a kind of ‘deep’ worldly indeterminacy that arguably arises in quantum mechanics via the Kochen-Specker theorem, and that is incompatible with prominent theories of metaphysical indeterminacy such as that in Barnes and Williams (2011). We construct a variant of Barnes and Williams's theory that avoids this problem. Our version builds on situation semantics and uses incomplete, local situations rather than possible worlds to build a model. We evaluate the resulting (...) theory and contrast it with similar alternatives, concluding that our model successfully captures deep indeterminacy. (shrink)

The paper begins with a clarification of the notions of intuition (and, in particular, modal intuition), modal error, conceivability, metaphysical possibility, and epistemic possibility. It is argued that two-dimensionalism is the wrong framework for modal epistemology and that a certain nonreductionist approach to the theory of concepts and propositions is required instead. Finally, there is an examination of moderate rationalism’s impact on modal arguments in the philosophy of mind -- for example, Yablo’s disembodiment argument and Chalmers’s zombie argument. A less (...) vulnerable style of modal argument is defended, which nevertheless wins the same anti-materialist conclusions sought by these other arguments. (shrink)

Our evidential environments are reflections of our social contexts. This is important because the evidence we encounter influences the beliefs we form. But, traditional epistemologists have paid little attention to the generation of this evidential environment, assuming that it is irrelevant to epistemic normativity. This assumption, I argue, is dangerous. Idealizing away the evidential environment obscures the ways that our social contexts distort its contents. Such social distortion can lead to evidential oppression, an epistemic injustice arising from the ubiquity of (...) ideologically-inflected portrayals of oppressed social groups. In some cases, this distortion can be so pervasive as to create a skeptical pothole in agents' epistemic environments---a limited region in which a skeptical scenario obtains. The skeptical challenge of social distortion is important because it suggests that prejudice and irrationality alone may not be enough to explain many harmful beliefs. Where justified belief is merely a matter of responding well to one's evidence, the ubiquity of ideologically-inflected evidence may impel a matching doxastic state, even for exemplary epistemic agents. Nevertheless, there is an asymmetry in blameworthiness between the Cartesian victim and someone laboring under evidential oppression. This asymmetry reveals the need for distinctively non-ideal epistemic norms. I offer a characterization of one such norm: the internalist practice of self-stewardship. (shrink)

Radical empiricism is the view that a person's experiences (sensory and introspective), or a person's observations, constitute the person's evidence. This view leads to epistemic self-defeat. There are three arguments, concerning respectively: (1) epistemic starting points; (2) epistemic norms; (3) terms of epistemic appraisal. The source of self-defeat is traced to the fact that empiricism does not count a priori intuition as evidence (where a priori intuition is not a form of belief but rather a form of seeming, specifically intellectual (...) as opposed to sensory). Moderate rationalism, by contrast, avoids self-defeat. (shrink)

Social scientists, political scientists and philosophers debate key concepts such as democracy, power and autonomy. Contested concepts like these pose questions: Are terms such as “democracy” hopelessly ambiguous? How can two theorists defend alternative accounts of democracy without talking past each other? How can we understand debates in which theorists disagree about what democracy is? This paper first discusses the popular strategy to answer these questions by appealing to Rawls’s distinction between concepts and conceptions. According to this approach, defenders of (...) rival conceptions of, e.g. justice can disagree without talking past each other because they share the concept of justice. It is argued that this idea is attractive but limited in application and that it fails to do justice to the dynamic and normative aspects of concept formation. Reflective equilibrium is then suggested as an alternative approach. It replaces the static contrast between a conceptual ‘core’ and competing conceptions by a dynamic perspective of concept formation as a partly normative undertaking: pre-theoretic language use and commitments can provide a shared starting point for developing alternative accounts which yield different concepts of, e.g. justice. This perspective provides a new understanding of how it is possible that different theorists defend rival accounts of, e.g. justice, without talking past each other. (shrink)

What’s important about ‘coming out’? Why do we wear business suits or Star Trek pins? Part of the answer, we think, has to do with what we call agential identity. Social metaphysics has given us tools for understanding what it is to be socially positioned as a member of a particular group and what it means to self-identify with a group. But there is little exploration of the general relationship between self-identity and social position. We take up this exploration, developing (...) an account of agential identity—the self-identities we make available to others. Agential identities are the bridge between what we take ourselves to be and what others take us to be. Understanding agential identity not only fills an important gap in the literature, but also helps us explain politically important phenomena concerning discrimination, malicious identities, passing, and code-switching. These phenomena, we argue, cannot be understood solely in terms of self-identity or social position. (shrink)

Scientific essentialism is the view that some necessities can be known only with the aid of empirical science. The thesis of the paper is that scientific essentialism does not extend to the central questions of philosophy and that these questions can be answered a priori. The argument is that the evidence required for the defense of scientific essentialism is reliable only if the intuitions required by philosophy to answer its central questions is also reliable. Included is an outline of a (...) modal reliabilist theory of basic evidence and a concept-possession account of the reliability of a priori intuition. (shrink)

This study provides a unified theory of properties, relations, and propositions (PRPs). Two conceptions of PRPs have emerged in the history of philosophy. The author explores both of these traditional conceptions and shows how they can be captured by a single theory.

Recent work in philosophy of language has raised significant problems for the traditional theory of propositions, engendering serious skepticism about its general workability. These problems are, I believe, tied to fundamental misconceptions about how the theory should be developed. The goal of this paper is to show how to develop the traditional theory in a way which solves the problems and puts this skepticism to rest. The problems fall into two groups. The first has to do with reductionism, specifically attempts (...) to reduce propositions to extensional entities-either extensional functions or sets. The second group concerns problems of fine grained content-both traditional 'Cicero'/'Tully' puzzles and recent variations on them which confront scientific essentialism. After characterizing the problems, I outline a non-reductionist approach-the algebraic approach-which avoids the problems associated with reductionism. I then go on to show how the theory can incorporate non-Platonic (as well as Platonic) modes of presentation. When these are implemented nondescriptively, they yield the sort of fine-grained distinctions which have been eluding us. The paper closes by applying the theory to a cluster of remaining puzzles, including a pair of new puzzles facing scientific essentialism. (shrink)

This paper argues that participation in an intimate relationship can generate additional or stronger reasons for one to act paternalistically toward the intimate. Moreover, participation in such a relationship can also weaken or cancel some of the presumptive reasons of respect one would otherwise have not to interfere. The paper also reflects, more generally, on the nature of intimate relationships, the normative significance of paternalism, and the normative differences between paternalism in larger-scale institutional contexts and paternalism in closer, interpersonal ones. (...) -/- . (shrink)

The paper elaborates upon various points and arguments in the author’s “A Priori Knowledge and the Scope of Philosophy” (Philosophical Studies, 1993), in which the author defends the autonomy of philosophy from the empirical sciences. It provides, for example, an extended defense of the modal reliabilist theory of basic evidence, including a new argument against evolutionary explanations of the reliability of intuitions. It also contains a fuller discussion of how to neutralize the threat of scientific essentialism to the autonomy of (...) philosophy. (shrink)

Functionalism would be mistaken if there existed a system of deviant relations (an “anti-mind”) that had the same functional roles as the standard mental relations. In this paper such a system is constructed, using “Quinean transformations” of the sort associated with Quine’s thesis of the indeterminacy of translation. For example, a mapping m from particularistic propositions (e.g., that there exists a rabbit) to universalistic propositions (that rabbithood is manifested). Using m, a deviant relation thinking* is defined: x thinks* p iff (...) x thinks m(p). Such deviant relations satisfy the commonly discussed functionalist psychological principles. Finally, a more complicated system of deviant relations is constructed, one satisfying sophisticated principles dealing with the self-conscious rational mind. (shrink)

Professor Fletcher challenges the traditional account of the development of tort doctrine as a shift from an unmoral standard of strict liability for directly causing harm to a moral standard based on fault. He then sets out two paradigms of liability to serve as constructs for understanding competing ideological viewpoints about the proper role of tort sanctions. He asserts that the paradigm of reciprocity, which looks only to the degree of risk imposed by the parties to a lawsuit on each (...) other, and to the existence of possible excusing conditions, provides greater protection of individual interests than the paradigm of reasonableness, which assigns liability instrumentally on the basis of a utilitarian calculus. Finally, Professor Fletcher examines stylistic differences between the two paradigms which may explain the modern preference for the paradigm of reasonableness. (shrink)

The paper begins with an argument against eliminativism with respect to the propositional attitudes. There follows an argument that concepts are sui generis ante rem entities. A nonreductionist view of concepts and propositions is then sketched. This provides the background for a theory of concept possession, which forms the bulk of the paper. The central idea is that concept possession is to be analyzed in terms of a certain kind of pattern of reliability in one’s intuitions regarding the behavior of (...) the concept. The challenge is to find an analysis that is at once noncircular and fully general. Environmentalism, anti-individualism, holism, analyticity, etc. provide additional hurdles. The paper closes with a discussion of the theory’s implications for the Wittgenstein-Kripke puzzle about rule-following and the Benacerraf problem concerning mathematical knowledge. (shrink)

Os dois ensaios aqui traduzidos: “Uma visita a uma glândula pineal”, publicado originalmente em 21 de abril de 1713 no número 35 do Guardian e a “A glândula pineal (continuação)”, publicado no dia 25 de abril, no número 39, formam uma unidade não apenas pela referência a ideia de glândula pineal concebida por Descartes como ponto de interação entre a alma e o corpo, mas também pela forma literária e pelo pseudônimo comum. Eles fazem parte de um conjunto de quatorze (...) ensaios atribuídos a George Berkeley, reunidos e publicados pela primeira vez apenas em 1871, no volume III da edição organizada por A. C. Fraser. Os ensaios publicados no Guardian foram escritos durante a permanência de Berkeley em Londres em 1713, quando Jonathan Swift (1667-1745) e Richard Steele (1672-1729), seus conterrâneos, contribuiriam para lhe abrir caminho no ambiente literário inglês. O principal objetivo de Berkeley ao publicar os ensaios foi o de defender o teísmo cristão contra os “livre-pensadores” da época, assumidos como materialistas e ateus. A tradução aqui apresentada foi realizada com base na edição organizada por Luce e Jessop. The Works of George Berkeley Bishop of Cloyne. Luce, A. A. and Jessop, T. E. London and Edimburgh: Nelson, 1948, v. 7, 185-192. (shrink)

The topic of a priori knowledge is approached through the theory of evidence. A shortcoming in traditional formulations of moderate rationalism and moderate empiricism is that they fail to explain why rational intuition and phenomenal experience count as basic sources of evidence. This explanatory gap is filled by modal reliabilism -- the theory that there is a qualified modal tie between basic sources of evidence and the truth. This tie to the truth is then explained by the theory of concept (...) possession: this tie is a consequence of what, by definition, it is to possess (i.e., to understand) one’s concepts. A corollary of the overall account is that the a priori disciplines (logic, mathematics, philosophy) can be largely autonomous from the empirical sciences. (shrink)

Since it was presented in 1963, Chisholm’s paradox has attracted constant attention in the deontic logic literature, but without the emergence of any definitive solution. We claim this is due to its having no single solution. The paradox actually presents many challenges to the formalization of deontic statements, including (1) context sensitivity of unconditional oughts, (2) formalizing conditional oughts, and (3) distinguishing generic from nongeneric oughts. Using the practical interpretation of ‘ought’ as a guideline, we propose a linguistically motivated logical (...) solution to each of these problems, and explain the relation of the solution to the problem of contrary-to-duty obligations. (shrink)

This paper offers a brand storytelling, that is a narratological account of Covid-19 pandemic’s emergence phase. By adopting a fictional ontological standpoint, the virus’ deploying media story-world is identified with a process of narrative spacing. Subsequently, the brand’s personality is analyzed as a narrative place brand. The narrative model that is put forward aims at outlining the main episodes that make up the virus’ brand personality as process and structural components (actors, settings, actions, relationships). A series of deep or ontological (...) metaphors are singled out as the core DNA of this place brand, by applying metaphorical modeling to the tropical articulation of Covid-19’s narrative. The virus’ kernel is identified with terror, as a menacing force that wipes out existing regimes of signification due to its uncertain motives, origins and operational mode. In this context, familiar urban spaces, cultural practices and intersubjective communications are redefined, repurposed and reprogrammed. This process is called terrorealization, as the desertification and metaphorical sublation of all prior territorial significations. This study contributes to the narrative sub-stream of place branding by approaching a globally relevant sociocultural phenomenon from a brand storytelling perspective. (shrink)

The cultural consumption research landscape of the 21st century is marked by an increasing cross-disciplinary fermentation. At the same time, cultural theory and analysis have been marked by successive ‘inter-’ turns, most notably with regard to the Big Four: multimodality (or intermodality), interdiscursivity, transmediality (or intermediality), and intertextuality. This book offers an outline of interdiscursivity as an integrative platform for accommodating these notions. To this end, a call for a return to Foucault is issued via a critical engagement with the (...) so-called practice-turn. This re-turn does not seek to reconstitute venerably Foucauldianism, but to theorize ‘inters-’ as vanishing points that challenge the integrity of discrete cultural orders in non-convergent manners. The propounded interdiscursivity approach is offered as a reading strategy that permeates the contemporary cultural consumption phenomena that are scrutinized in this book, against a pan-consumptivist framework. By drawing on qualitative and mixed methods research designs, facilitated by CAQDAS software, the empirical studies that are hosted here span a vivid array of topics that are directly relevant to both traditional and new media researchers, such as the consumption of ideologies in Web 2.0 social movements, the ability of micro-celebrities to act as cultural game-changers, the post-loyalty abjective consumption ethos. The theoretically novel approaches on offer are coupled with methodological innovations in areas such as user-generated content, artists’ branding, and experiential consumption. (shrink)

This paper provides a defense of two traditional theses: the Autonomy of Philosophy and the Authority of Philosophy. The first step is a defense of the evidential status of intuitions (intellectual seemings). Rival views (such as radical empiricism), which reject the evidential status of intuitions, are shown to be epistemically self-defeating. It is then argued that the only way to explain the evidential status of intuitions is to invoke modal reliabilism. This theory requires that intuitions have a certain qualified modal (...) tie to the truth. This result is then used as the basis of the defense of the Autonomy and Authority theses. The paper closes with a defense of the two theses against a potential threat from scientific essentialism. (shrink)

Modal intuitions are the primary source of modal knowledge but also of modal error. According to the theory of modal error in this paper, modal intuitions retain their evidential force in spite of their fallibility, and erroneous modal intuitions are in principle identifiable and eliminable by subjecting our intuitions to a priori dialectic. After an inventory of standard sources of modal error, two further sources are examined in detail. The first source - namely, the failure to distinguish between metaphysical possibility (...) and various kinds of epistemic possibility - turns out to be comparatively easy to untangle and poses little threat to intuition-driven philosophical investigation. The second source is the local misunderstanding of one's concepts . This pathology may be understood on analogy with a patient who is given a clean bill of health at his annual check-up, despite his having a cold at the time of the check-up: although the patient's health is locally disrupted, his overall health is sufficiently good to enable him to overcome the cold without external intervention. Even when our understanding of certain pivotal concepts has lapsed locally, our larger body of intuitions is sufficiently reliable to allow us, without intervention, to ferret out the modal errors resulting from this lapse of understanding by means of dialectic and/or a process of a priori reflection. This source of modal error, and our capacity to overcome it, has wide-ranging implications for philosophical method - including, in particular, its promise for disarming skepticism about the classical method of intuition-driven investigation itself. Indeed, it is shown that skeptical accounts of modal error are ultimately self-defeating. (shrink)

Wang Yangming (1472-1529) and his School of Mind dominated the intellectual world of sixteenth-century Ming China (1368-1644), and his Confucian philosophy has since remained an essential component of East Asian philosophical discourse. Yet, the volume of publications on him in the Western-language literature has consistently paled in comparison to the volume of scholarship on classical Chinese philosophy, modern Chinese philosophy, Buddhism, and Daoism. Studying Wang Yangming: History of a Sinological Field explains the history of writing in the West about the (...) famed Ming dynasty scholar-official. From eighteenth-century French Jesuit books to English-language publications in 2020, this book provides a historical overview and summary of a literature published by scholars attempting to grapple with one of the most influential Confucians in the history of China, East Asia, and the world. (shrink)

Das deutsche Gesundheitswesen steht durch die schnell steigende Anzahl an CO- VID-19-Erkrankten vor erheblichen Herausforderungen. In dieser Krisensituation sind alle Beteiligten mit ethischen Fragen konfrontiert, beispielsweise nach gerech- ten Verteilungskriterien bei begrenzten Ressourcen und dem gesundheitlichen Schutz des Personals angesichts einer bisher nicht therapierbaren Erkrankung. Daher werden schon jetzt klinische und ambulante Ethikberatungsangebote verstärkt mit Anfragen nach Unterstützung konfrontiert. Wie können Ethikberater*innen Entscheidungen in der Krankenversorgung im Rahmen der COVID-19-Pandemie unterstützen? Welche Grenzen von Ethikberatung sind zu beachten? Bislang liegen hierzu (...) noch wenige praktische Erfahrungen vor. Angesichts der dynamischen Entwicklung erscheint es der Akademie für Ethik in der Medizin (AEM) wichtig, einen Diskurs über die angemessene Rolle der Ethikberatung bei der Bewältigung der vielfachen Heraus- forderungen durch die COVID-19-Pandemie zu führen und professionelle Hinweise zu geben. Mit dem vorliegenden Diskussionspapier möchte die AEM einen Beitrag zur Beantwortung wesentlicher Fragen leisten, die sich für die Ethikberatung in den verschiedenen Bereichen des Gesundheitswesens stellen. Sie regt an, diesen Dis- kurs weiter zu führen und hat ein Online-Forum (s. unten) eingerichtet, in dem Ethikberater*innen ihre Erfahrungen teilen und die professionelle Selbstreflexion der Ethikberatung in Pandemiezeiten mit Anregungen fördern können. (shrink)

Self-consciousness constitutes an insurmountable obstacle to functionalism. Either the standard functional definitions of mental relations wrongly require the contents of self-consciousness to be propositions involving “realizations” rather than mental properties and relations themselves. Or else these definitions are circular. The only way to save functional definitions is to expunge the standard functionalist requirement that mental properties be second-order and to accept that they are first-order. But even the resulting “ideological” functionalism, which aims only at conceptual clarification, fails unless it incorporates (...) the thesis that the mental properties are fully “natural” universals. Accordingly, mental properties are sui generis: first-order, nonphysical, natural universals. (shrink)

The role of metaphysics in critique stands as a defining issue for the Frankfurt School theorists. Max Horkheimer himself claims that metaphysics serves as an instrument of domination, leading him to develop an interdisciplinary mate- rialism as a postmetaphysical alternative. Critics such as Georg Lohmann con- tend, however, that Horkheimer’s critique of instrumental reason is aporetic insofar as it undermines all metaphysical claims while implicitly making them. Since Horkheimer narrowly equates metaphysics with identity thinking, this article argues that his appeal (...) to nonidentity thinking as the foundation for critique is better understood as a form of antimetaphysics. This, however, leaves Horkheimer no better situated, since antimetaphysics remains a variant of metaphysics. While Horkheimer reproduces the techniques of domination he sought to avoid, this lapse into metaphysics warns of the difficult path that postmetaphysical thinking must navigate between the antipodes of metaphys- ical and antimetaphysical positions. (shrink)

A close look at Frege's proof in "Foundations of Arithmetic" that every number has a successor. The examination reveals a surprising gap in the proof, one that Frege would later fill in "Basic Laws of Arithmetic".

Heidegger develops his reading of a-lētheia as privative un-concealment (Unverborgenheit) in tandem with his early phenomenological theory of truth. He is not simply reinterpreting a word, but rather reading Greek philosophy as having a primordial understanding of truth which has itself been concealed in interpretation. After shedding medieval and modern presuppositions of truth as correspondence, the existential truth-experience shows itself, no longer left puzzlingly implicit in unsatisfactory conventional readings of Greek philosophy. In Sein und Zeit §44, Heidegger resolves interpretive difficulties (...) in Parmenides through his interpretation of alētheia and philologically grounds this reading in Heraclitus’s description of the unconcealing logos. Although this primordial sense of the word has already been obscured in Plato and Aristotle, the structural gradation of their theories of truth conserves the primordial pre-Socratic sense of truth as the experience of unconcealment. (shrink)

Logik ist nach dem traditionellen Verständnis eine ars iudicandi, eine Kunst, die Gültigkeit von Schlüssen zu prüfen. Da mit die normalen Mittel der modernen Logik zu diesem Zweck eingesetzt werden können, müssen erst Formeln an die Stelle von Sätzen treten: umgangssprachliche Schlüsse müssen adäquat formalisiert werden. Die richtige Formel entwickelt ein theoretisches Konzept des Formalisierens und praktisch anwendbare Adäquatheitskriterien für Formalisierungen. Dabei werden zentrale Fragen der Philosophie der Logik unter dem Gesichtspunkt des Zusammenspiels von Umgangssprache und Formalismus untersucht. Die ausführliche (...) und systematische Diskussion von Formalisierungstests bietet eine wichtige Ergänzung zu den traditionellen Logiklehrbüchern. (shrink)

Criticism and recommendations are very much welcome. Please don't hesitate to contact me with them. -/- .

We investigate an enrichment of the propositional modal language L with a "universal" modality ■ having semantics x ⊧ ■φ iff ∀y(y ⊧ φ), and a countable set of "names" - a special kind of propositional variables ranging over singleton sets of worlds. The obtained language ℒ $_{c}$ proves to have a great expressive power. It is equivalent with respect to modal definability to another enrichment ℒ(⍯) of ℒ, where ⍯ is an additional modality with the semantics x ⊧ ⍯φ (...) iff Vy(y ≠ x → y ⊧ φ). Model-theoretic characterizations of modal definability in these languages are obtained. Further we consider deductive systems in ℒ $_{c}$ . Strong completeness of the normal ℒ $_{c}$ logics is proved with respect to models in which all worlds are named. Every ℒ $_{c}$ -logic axiomatized by formulae containing only names (but not propositional variables) is proved to be strongly frame-complete. Problems concerning transfer of properties ([in]completeness, filtration, finite model property etc.) from ℒ to ℒ $_{c}$ are discussed. Finally, further perspectives for names in multimodal environment are briefly sketched. (shrink)

The cultural practice of flirtation has been multifariously scrutinized in various disciplines including sociology, psychology, psychoanalysis and literary studies. This paper frames the field of flirtation in Bourdieuian terms, while focusing narrowly on the semiotic economy that is defining of this cultural field. Moreover, seduction, as a uniquely varied form of discourse that is responsible for producing the cultural field of flirtation, is posited as the missing link for understanding why flirtation may be a peculiar case of non-habitus, contrary to (...) the received notion of cultural field as set of goaloriented practices and actionable habituses. This argument is pursued by highlighting the endemic traits of ambivalence and constant reversibility of signs or multimodal semiotic constellations in the discourse of seduction, while seeking to demonstrate that seduction, and by implication the cultural field of flirtation, does not necessarily partake of a teleological framework that is geared towards the consummation of sexual desire. This thesis is illustrated by recourse to a scene from the blockbuster ‘Hitch’. (shrink)

Nie Bao 聶豹 (1487–1563) was a Neo-Confucian philosopher and scholar-official of sixteenthcentury Ming China. In his Ming ru xue an 明儒學案 (Case studies of Ming Confucians), Huang Zongxi 黃宗羲 placed him in the Jiangxi (Jiangyou 江右) group of Wang Yangming followers. Nie Bao met the influential founder of the Ming School of Mind in 1526 and was inspired by his teaching of the innate knowing (liangzhi 良知). However, he differed from other followers in his quietist approach to realizing and extending (...) this knowledge. While developing his ideas over the course of two decades, as a holder of the highest civil service examination degree, Nie Bao also held a series of impactful official positions, and earned a reputation for effectiveness and integrity. However, he was also the unwitting victim of factionalism at the Ming court, which led to his imprisonment in 1548. The goal of this article is to provide a sketch of Nie Bao’s political trajectory and intellectual development from his early years until his imprisonment, as well as translation of significant passages pertaining to that trajectory and development. By the time of his imprisonment, Nie Bao had articulated the essential elements of his philosophy of returning to the root (by which he meant silence), and attaining centeredness and, with that, his unique interpretation of his teacher’s central tenet. (shrink)

It is argued that, because of scientific essentialism, two currently popular arguments against the mind-body identity thesis -- the multiple-realizability argument and the Nagel-Jackson knowledge argument -- are unsatisfactory as they stand and that their problems are incurable. It is then argued that a refutation of the identity thesis in its full generality can be achieved by weaving together two traditional Cartesian arguments -- the modal argument and the certainty argument. This argument establishes, not just the falsity of the identity (...) thesis, but also the metaphysical possibility of disembodiment. (shrink)

Dans son plus récent ouvrage, Figures du communisme, l’économiste et philosophe Fréderic Lordon s’attaque au problème brûlant de la double crise, économique et environnementale, actuelle. Lordon désigne le coupable : le capitalisme, qui détruit la planète par son exploitation sans vergogne de la nature, et qui détruit la vie par son exploitation des êtres humains. Face à ce système mortifère, une sortie du capitalisme s’impose. Sortir du capitalisme, certes, mais pour le remplacer par quoi ? Lordon nous présente ici son (...) alternative. Contre le capitalisme destructeur de monde, Fréderic Lordon veut la figure du communisme. En s’inspirant des travaux de Bernard Friot, Lordon nous expose son idéal de société communiste : salaire à vie, garantie économique générale, abolition du marché et de la finance, réduction du travail et accès généralisé à la culture et à l’éducation. Il s’en prend également aux obstacles de la révolution communiste, qu’il s’agisse de la bourgeoisie, des grandes institutions financières, des banques, des multinationales, des médias, de l’État, de son armée et de sa police, mais aussi de ceux que Fréderic Lordon appelle « les scouts », les Piketty et consorts, qui espèrent sauver l’humanité et la planète tout en sauvant le capitalisme. Une critique sans concession d’une actualité brûlante. (shrink)

The Consequentialist Scale (Robinson, 2012) [89] assesses the endorsement of consequentialist and deontological moral beliefs. This study empirically investigated the application of the Greek translation of the Consequentialist Scale in a sample of native Greek speakers. Specifically, 415 native Greek speakers completed the questionnaire. To uncover the underlying structure of the 10 items in the Consequentialist Scale, an Exploratory Factor Analysis (EFA) was conducted. The results revealed a three-factor solution, where the deontology factor exhibited the same structure as the original (...) work by Robinson (2012) [89], while the original consequentialism factor split into two separate factors. Significant Pearson's r correlations were observed between age and responses to the Consequentialist Scale. Separate EFAs were conducted for two age groups based on a medial split: younger (36 years old or less) and older (more than 36 years old). Interestingly, the younger group exhibited a two-factor solution with the same structure as the original work, while the older group showed a three-factor solution. A hierarchical k-means cluster analysis revealed that the cluster of participants who scored higher in deontology compared to consequentialism primarily consisted of older participants, whereas the two other clusters comprised of younger participants exhibited the reverse pattern. Neither gender nor previous experience with philosophy significantly affected scores on the Consequentialist Scale. Overall, our study provides evidence that the Consequentialist Scale is suitable for use in the Greek population. (shrink)

Draft Chapter for Chinese Philosophy and Its Thinkers: From Ancient Times to the Present Day .

Presented here is an argument for the existence of universals. Like Church's translation- test argument, the argument turns on considerations from intensional logic. But whereas Church's argument turns on the fine-grained informational content of intensional sentences, this argument turns on the distinctive logical features of 'that'-clauses embedded within modal contexts. And unlike Church's argument, this argument applies against truth-conditions nominalism and also against conceptualism and in re realism. So if the argument is successful, it serves as a defense of full (...) ante rem realism. The argument emphasizes the need for a unified treatment of intensional statements -- modal statements as well as statements of assertion and belief. The larger philosophical moral will be that ante rem universals are uniquely suited to carry a certain kind of modal information. Linguistic entities, mind-dependent universals, and instance-dependent universals are incapable of serving that function. (shrink)

The paper investigates Ernst Cassirer’s structuralist account of geometrical knowledge developed in his Substanzbegriff und Funktionsbegriff. The aim here is twofold. First, to give a closer study of several developments in projective geometry that form the direct background for Cassirer’s philosophical remarks on geometrical concept formation. Specifically, the paper will survey different attempts to justify the principle of duality in projective geometry as well as Felix Klein’s generalization of the use of geometrical transformations in his Erlangen program. The second aim (...) is to analyze the specific character of Cassirer’s geometrical structuralism formulated in 1910 as well as in subsequent writings. As will be argued, his account of modern geometry is best described as a “methodological structuralism”, that is, as a view mainly concerned with the role of structural methods in modern mathematical practice. (shrink)