The paper focuses on the “spillover thesis” which constitutes a pillar of much of contemporary participatory democratic theory; specifically, we assess the claim that workplace democratization leads to a higher degree of political participation amongst labourers. The paper analyses the thesis as formulated by Carole Pateman, including its later revisions triggered by ambiguous results of empirical studies aiming to (dis)prove it. The spillover thesis is then confronted with important methodological and theoretical critiques, the upshot being that in order to be (...) able to arrive at determinate conclusions, more carefully designed empirical studies are needed. Normatively speaking, however, blame can always be laid on the wider environment of market economy and/or representative democracy, to the effect that the spillover thesis is both difficult to disprove and radically subversive. Given the recent dominance of deliberative democratic theory which incorporates a strong participatory element, we finally discuss whether a recent innovation – namely, the concept of deliberative systems – could be fruitfully employed as a flexible umbrella-type framework for the spillover thesis and the participatory ideals related to it. (shrink)

HORMÔNIOS E SISTEMA ENDÓCRINO NA REPRODUÇÃO ANIMAL -/- OBJETIVO -/- As glândulas secretoras do corpo são estudadas pelo ramo da endocrinologia. O estudante de Veterinária e/ou Zootecnia que se preze, deverá entender os processos fisio-lógicos que interagem entre si para a estimulação das glândulas para a secreção de vários hormônios. -/- Os hormônios, dentro do animal, possuem inúmeras funções; sejam exercendo o papel sobre a nutrição, sobre a produção de leite e sobre a reprodução, os hormônios desempenham um primordial papel (...) quanto ao funcionamento do animal. -/- Nesse capítulo, o estudante identificará os hormônios relevantes para o controle reprodutivo, suas características e o uso clínico dos mesmos. -/- -/- INTRODUÇÃO -/- A endocrinologia é a ciência que se encarrega do estudo do sistema endócrino: um sistema de comunicação entre as células de um organismo; esse trabalho de comunicação é compartilhado com o sistema nervoso já que ambos sistemas possuem características distintas que lhes permite complementar-se para alcançar uma adequada coordenação das funções. Em algumas ocasiões o sistema nervoso e o sistema endócrino interagem direta-mente na transmissão de uma mensagem, pelo qual se conhece como sistema neuroendó-crino. -/- -/- OS HORMÔNIOS -/- A endocrinologia é a ciência que se encarrega do estudo dos hormônios e seus e-feitos. De maneira tradicional os hormônios são considerados como “substâncias secreta-das em direção a circulação pelas glândulas especializadas, e que exercem uma função sobre um órgão branco”. Essa definição, no entanto, é limitada e imprecisa. É necessário ser mais pontual, já que os hormônios não são produzidos em qualquer célula da glândula, senão nas células específicas. Por exemplo, o hormônio luteinizante (LH) é produzido pelos gonadotropos da adenohipófise e não por qualquer outro tipo de célula hipofisária. Da mesma maneira, falar de um “órgão branco” não é exato, já que os hormônios atuam somente nas células que tenham receptores específicos para esse hormônio, e não outras células do mesmo órgão; logo, falar de uma “célula branca” é mais apropriado que falar de um “órgão branco”. As células brancas do LH no testículo são as células de Leydig e as células brancas do hormônio folículo estimulante (FSH) no mesmo órgão são as células de Sertoli. -/- Mediante o supracitado, uma definição mais apropriada de hormônio é a seguinte: “Os hormônios são reguladores biológicos, produzidos e secretados em quantidades pe-quenas pelas células vivas, que depois de viajar pelo meio extracelular atuam sobre as cé-lulas brancas, onde exercem uma ação específica”. -/- É importante levar em conta que os hormônios somente regulam (estimulam ou inibem) funções que já existem na célula branca. Ademais, os hormônios são extraordina-riamente potentes, pelo qual se requerem quantidades muito pequenas para induzir uma resposta na célula. As concentrações circulantes da maioria dos hormônios estão na ordem de nanogramas (10-9 g) ou pictogramas (10-12 g) por mililitro. -/- Etimologicamente o termo “endócrino” significa “secretar em direção adentro”, já que os hormônios são secretados em direção ao interior do organismo (o sangue ou o espaço intracelular), em diferença das secreções exócrinas (em direção ao exterior), que são secretadas em direção a luz de um órgão, como o intestino no caso das enzimas pan-creáticas. -/- Algumas substâncias, sem deixar de ser hormônios, recebem uma classificação adicional em relação ao seu local de ação, ao tipo de células que lhes produzem, ou a al-guma outra característica. Agora, serão descritas algumas dessas características (figura 1). -/- -/- Parahormônio ou hormônio local -/- A maioria dos hormônios são transportados pela circulação desde seu local de se-creção até a célula branca. No entanto, alguns hormônios exercem seu efeito em células adjacentes aquelas que foram produzidos, ao qual não é necessário seu transporte através da circulação geral. Esse tipo de substâncias são chamadas de parahormônios ou hormô-nios locais, e sua liberação é denominada como secreção parácrina. Um exemplo é a pros-taglandina F2 alfa (PGF₂α), que é produzida no epitélio uterino (endométrio) e provoca as contrações nas células musculares do mesmo órgão (miométrio). Deve-se tomar em conta que a mesma substância poderia se comportar em outros casos como um hormônio clássico, atuando em um órgão distinto ao local de sua produção; é o caso da mesma PGF₂α de origem endometrial quando atua sobre as células do corpo lúteo do ovário, pro-vocando sua regressão. A classificação de uma substância como hormônio ou parahormô-nio não depende de sua estrutura química, senão da relação espacial existente entre a célu-la que o produz e a célula branca. -/- -/- Neurohormônio -/- A maioria dos hormônios são produzidos pelas células de origem epitelial, porém, muitos deles são produtos pelos neurônios, logo denominados como neurohormônios. To-dos os neurônios segregam alguma substância, porém tratam-se dos neurohormônios quando o neurônio que os produz despeja-os diretamente em direção a circulação geral, através da qual chegam aos órgãos para exercer seu efeito, sejam na indução, inibição ou estimulação do mesmo. -/- Esse processo é diferente dos neurotransmissores, os quais também são secretados por um neurônio, mas exercem seu efeito em uma célula adjacente com o qual o neurônio estabelece uma sinapse (neuroma com neurônio, neurônio com célula muscular, neurônio com célula glandular). A classificação de uma substância como hormônio ou como neuro-hormônio não depende de sua estrutura química, senão do tipo de célula que o produz. Uma mesma substância é um hormônio quando ele é produzido por uma célula epitelial e um neurohormônio se é produzido por um neurônio. A ocitocina, por exemplo, é secre-tada na neurohipófise por neurônios hipotalâmicos, nesse caso se trata de um neurohor-mônio, mas também é secretada por células do corpo lúteo dos ruminantes, e se trata nesse caso, de um hormônio. A distinção entre um neurohormônio e um hormônio é um neuro-transmissor, da mesma forma, não depende de sua estrutura química, e sim do local onde é secretado. Por exemplo, a dopamina atua como neurotransmissor quando se libera em sinapse da substância negra do mesencéfalo z mas atua como neurohormônio quando é liberada por neurônios hipotalâmicos em direção a circulação do eixo hipotálamo-hipofisário. -/- -/- Pré-hormônio -/- Em alguns casos, os hormônios são secretados em forma inativa (pré-hormônio), que requer uma transformação posterior para converter-se na forma ativa de hormônio. O angiotensinógeno circulante somente cobrará atividade biológica ao se transformar em angiotensina por ação da enzima renina. Algumas substâncias podem atuar como hormô-nios m alguns casos e como pré-hormônios em outros. A testosterona, por exemplo, atua como hormônio nas células musculares, aos quais possui um efeito anabólico direto. O certo é que para a testosterona induzir a masculinização dos órgãos genitais externos em um efeito macho é necessário que seja transformada previamente em 5α-di-hidrotes-tosterona pela enzima 5α-redutase presente nas células de tecido branco, por onde, nesse caso a testosterona é um pré-hormônio de di-hidrotestosterona. -/- -/- Feromônio -/- Os hormônios são mensagens químicas que comunicam a células distintas dentro do mesmo organismo, embora existam casos aos que requerem uma comunicação quími-ca entre organismos diferentes, em geral da mesma espécie. As substâncias empregadas para esse fim denominam-se feromônios. Essas substâncias devem possuir a capacidade de dispersão sobre o ambiente, pelo que nos organismos terrestres geralmente trata-se de substâncias voláteis, enquanto que os feromônios de organismos aquáticos geralmente são substâncias hidrossolúveis. Embora muitos feromônios possuam uma função sexual ou reprodutiva como é o caso de muitas espécies como a canina em que a fêmea em cio dispersa grandes quantidades de feromônios que são captados de longe pelos machos, todavia esse não é sempre o caso, e eles podem ser utilizados para outros tipos de comunicação, como é o caso dos feromônios utilizados pelas formigas para sinalização da rota em direção a fonte de alimentação. E como as abelhas no sentido de orientação da fonte de pólen até a colmeia. Muitos desses feromônios podem ser artificializados, isto é, elaborados pelo homem em laboratório para o estudo ou manipulação de algum animal. -/- -/- O SISTEMA ENDÓCRINO COMO UM SISTEMA DE COMUNICAÇÃO -/- O sistema endócrino é um sistema de comunicação que tem como objetivo coor-denar as funções das células de diferentes órgãos para mantença da homeostase do orga-nismo e promover seu desenvolvimento, crescimento e reprodução. Também ajuda os or-ganismos a adaptarem-se as mudanças de ambiente e ao habitat. O sistema endócrino representa um sistema de comunicação do tipo sem fio, diferentemente do sistema nervo-so que é um sistema de comunicação com fio. -/- Em todo o sistema de comunicação existe uma série de elementos que são necessá-rios para a realização da comunicação de forma efetiva. Esses elementos incluem o emis-sor, a mensagem, o sinal, o meio de transporte do sinal, o receptor, o efetor, a resposta e o feedback ou retroalimentação (figura 1). Todos os elementos são igualmente importan-tes e uma deficiência em qualquer deles pode interromper ou alterar a comunicação. -/- -/- Figura 1: componentes do sistema endócrino de comunicação. Fonte: ZARCO, 2018. -/- -/- Emissor ou transmissor -/- É o elemento responsável pela transmissão de uma mensagem; poderíamos com-pará-lo com a redação de notícias de um canal de televisão. Antes de decidir quais serão as notícias que serão transmitidas esse dia, em que ordem se apresentarão e que ênfase lhes darão, as pessoas da redação analisa rodas as informações disponíveis: provenientes de seus repórteres, de agências de notícias internacionais, publicada em jornais do dia, a existente na internet ou disponíveis através de redes sociais; isso significa que as mensa-gens transmitidas pelo emissor não são aleatórias, e sim respondem a uma análise respon-sável das necessidades de informação. -/- No sistema endócrino o emissor é a célula que produz e secreta um hormônio. Co-mo todo emissor responsável, a mesma célula analisa toda a informação relevante dispo-nível, tal como a concentração de diversos metabólitos no sangue, a concentração de ou-tros hormônios, e as mensagens que recebem por via nervosa, antes de decidir se secretará seu hormônio, em que quantidade o fará e com que frequência. Por essa razão, ao estudar o sistema endócrino não somente devemos conhecer a célula transmissora, e sim qual é a informação que a célula pode receber, e como a analisa e a prioriza para construir sua mensagem. -/- -/- Mensagem -/- É a informação transmitida pelo emissor. No caso de um sistema de notícias tele-visivas a mensagem é a notícia, por exemplo “Vaca dá a luz trigêmeos, um caso raro no Brasil”. No sistema endócrino a mensagem que se transmite é uma instrução para que em outra célula se realize determinadas ações. Por exemplo, os neurônios produtores de GnRH no hipotálamo de uma coelha, ao analisar as concentrações de estradiol circulantes e a informação nervosa procedente de neurônios sensoriais nós órgãos genitais da fêmea, podem “saber” que nos ovários existam folículos lisos para ovularem e que a coelha está copulando, pelo qual decidem transmitir a mensagem “Solicita-se os gonadotropos da adenohipófise a liberação de LH em quantidade suficiente para provocar a ovulação”. -/- -/- Sinal -/- É a forma a qual se codifica a mensagem para permitir sua difusão. No caso de um jornal, a mensagem (por exemplo a notícia da vaca que deu a luz trigêmeos) se codifi-ca em forma de ondas de rádio de uma determinada frequência, amplitude e intensidade; no caso do sistema endócrino a mensagem (a necessidade de realizar uma função celular) é codificada em forma de hormônio secretado em determinada quantidade, frequência e amplitude. Para o exemplo descrito supra, a mensagem se codifica na forma de uma grande elevação nas concentrações de GnRH no sangue do sistema porta hipotálamo-hipofisário. -/- É necessário tomar em conta que o emissor codifica a mensagem de forma tal que quando o receptor decifre o sinal obtenha a informação originalmente contida na mensa-gem. No entanto, o sinal pode ser interpretado de diferentes formas por receptores distintos, o que pode provocar respostas contrárias as esperadas. A notícia transmitida por um jornal de rádio, por exemplo, poderia estar codificada em forma de ondas de rádio que, casualmente, para o sistema eletrônico de um avião signifiquem “baixe a altitude e acelere”, razão pela qual é proibido utilizar aparelhos eletrônicos durante a decolagem e aterrissagem desses aparelhos. -/- Do mesmo modo, a mensagem codificada na forma de secreção de estradiol por parte dos ovários pode ser interpretado pelo sistema nervoso de uma ovelha como uma ordem para apresentar conduta de estro, pelas células do folículo ovariano como uma instrução para sofrer mitose e secretar o líquido folicular, pelos gonadotropos como uma ordem para a secreção de um pico pré-ovulatório de LH, e pelas células do endométrio como uma instrução para sintetizar receptores para a ocitocina. Dessa forma, o mesmo sinal (secreção de estradiol) pode conter diferentes mensagens para diferentes células do organismo. -/- Em alguns casos, pode-se apresentar uma resposta patológica devido as diversas formas de interpretação de uma mensagem, por exemplo, a repetição da secreção de adrenalina em um indivíduo estressado pode resultar no desenvolvimento de um proble-ma de hipertensão arterial. Por isso é necessário conhecer a maneira em que cada célula endócrina codifica suas mensagens, assim como a forma em que esses sinais podem ser interpretados em diferentes órgãos e tecidos, em diferentes momentos da vida do animal, em animais com diferentes antecedentes de espécies diferentes. -/- -/- Meio de transporte do sinal -/- O sinal tem que viajar ou difundir-se desde o emissor até o receptor, e em seu ca-minho pode ser modificado de diversas formas. Os sinais de rádio, por exemplo, viajam através da atmosfera e durante esse trajeto podem ser bloqueados por uma barreira física (como ocorre com as ondas de rádio AM em um túnel), ampliadas por uma estação repeti-dora, alteradas por um campo eletromagnético (uma aspiradora funcionando ao lado da sala de transmissão), entre outros. Da mesma forma, os sinais endócrinos que geralmente viajam no sangue, podem ser modificados ao longo do seu caminho. -/- A PGF₂α é inativada ao passar pelo pulmão, o angiotensinógeno é ativado pela re-nina na circulação, e a testosterona pode ser transformada em di-hidrotestosterona nas células da pele e na próstata, ou em estrógenos nos adipócitos e nos neurônios. Por tudo isso, o sinal que finalmente chega ao receptor pode ser diferente do transmitido pelo emissor. -/- Portanto, ao estudar qualquer sistema hormonal devemos conhecer as possíveis modificações que o hormônio pode sofrer desde o momento em que é secretado até que se uma ao seu receptor na célula branca. -/- -/- Receptor -/- É o elemento que recebe o sinal e interpreta a mensagem contida nele. No caso de um jornal de TV, o receptor é o canal correspondente (por exemplo o canal 2) em um aparelho de televisão. É importante ressaltar que um aparelho de TV possui muitos canais distintos, mas somente receberá mensagens se estiver ligado e sintonizado no canal que está transmitindo a mensagem de interesse. Ou seja, o receptor tem que estar ativo. -/- No caso das mensagens endócrinas os receptores são moléculas específicas nas células brancas. Essas moléculas são proteínas membranais ou citoplasmáticas (segundo o tipo de hormônio), que possui uma alta afinidade por seu hormônio, o que lhes permite registrar a mensagem apenas das baixíssimas concentrações em que os hormônios circu-lam. Os receptores possuem uma alta especificidade, o que significa que somente se unem a seu próprio hormônio, e não a outras substâncias. Em algumas ocasiões um receptor pode receber diversos hormônios do mesmo tipo; por exemplo o receptor de andrógenos pode unir testosterona, androstenediona, di-hidrotestosterona e diversos andrógenos sin-téticos. Apesar disso, cada um desses hormônios pode possuir uma afinidade diferente pelo receptor, pelo qual alguns serão mais potentes que outros para estimulação. -/- Em geral existe um número limitado de moléculas receptoras em cada célula, logo diz-se que os receptores são “saturáveis”, o qual significa que uma vez que todos sejam ocupados a célula não pode receber mais moléculas desse hormônio. Por essa razão a magnitude da resposta de um determinado hormônio vai aumentando conforme se aumen-tam suas concentrações, porém ao saturar-se os receptores alcançam um ponto em que a resposta já não aumenta embora sigam incrementando as concentrações hormonais já que os receptores não permanecem livres para unirem-se ao excesso de moléculas do hormô-nio. -/- As células, em contrapartida, podem regular tanto o número de receptores presen-tes como a afinidade destes por seu hormônio; isso significa que a magnitude da resposta antes um determinado sinal endócrino pode ser distinta em diferentes momentos da vida de um animal; depende do estado dos receptores presentes nos tecidos, pelo qual é impor-tante conhecer quais são os fatores que podem aumentar ou reduzir o número de recepto-res em uma célula, assim como aqueles que podem aumentar ou diminuir a afinidade des-ses receptores por seus hormônios. -/- -/- Efetor -/- É o elemento encarregado de responder a uma mensagem realizando uma ação, e é um elemento diferente do receptor. Vale ressaltar que no caso de uma transmissão de televisão o receptor é o aparelho sintonizado no canal de interesse, porém o efetor é o te-lespectador que está exposto as notícias. Esse telespectador sofrerá mudanças que podem resultar em uma ação. A mudança pode ser evidente (e auxiliar as vítimas de um desastre), ou simplesmente uma mudança potencial (ao se inteirar de uma notícia não se pode produ-zir nenhuma mudança aparente até que alguém lhe pergunte: já se interessou?, E nesse caso a resposta será: “sim” em lugar do “não”). Deve-se tomar em conta que o efetor pode estar ausente embora o receptor esteja presente (um televisor ligado em uma sala vazia). O efetor também pode estar inativado (o telespectador encontra-se dormindo); quando assim ocorre não irá produzir uma resposta embora o receptor esteja presente. -/- No sistema endócrino o efetor é, em geral, um sistema celular encarregado de rea-lizar uma determinada função. Na maioria dos casos trata-se de sistemas enzimáticos cuja função é estimulada pela união do hormônio ao seu receptor. Alguns hormônios, por exemplo, atuam através do sistema AMP cíclico (AMPc) logo, a união do hormônio ao seu receptor resulta na ativação de uma proteína chamada Proteína Gs, que ativa a enzima Adenil-ciclase (ou adenilato ciclase), a qual transforma ATP em AMPc. A presença de AMPc resulta na ativação de uma enzima cinese de proteínas que fosforiza outras enzi-mas, o que pode ativá-las ou inativá-las; nesses casos, é gerada uma cascata de eventos que resulta em uma mudança na atividade celular; por exemplo, a cadeia de eventos que produz-se em resposta ao AMPc quando a célula de Leydig do testículo é estimulada pela união do LH a seu receptor resulta na produção de testosterona, enquanto que a estimula-ção de um adipócito provocada pela união da adrenalina a seu receptor, que também atua através do sistema AMPc, resulta em uma série de eventos que provocam, finalmente, a liberação de ácidos graxos livres em direção a circulação. -/- Nos exemplos supra, o AMPc é considerado um mensageiro intracelular, já que o receptor capta o sinal (hormônio) no exterior da célula, o que resulta na produção de um novo sinal (mudança nas concentrações de AMPc) no interior da célula. Embora o sistema AMPc seja utilizado por muitos hormônios, não é um sistema universal; existem outros sistemas mensageiros intracelulares que também são utilizados para responder os hormô-nios que não entram nas células, por exemplo o sistema cálcio-calmodulina, ou os siste-mas baseados em receptores com atividade de cineses de tirosina. Nos casos que os hor-mônios possa atravessar livremente a membrana celular, como acontece com os hormôni-os esteroides, o hormônio se une a receptores presentes no citoplasma, que depois ingres-sam ao núcleo celular para intervir na regulação da transcrição do genoma. -/- De maneira independente ao mecanismo de ação de um determinado hormônio, sua presença finalmente desencadeará mudanças em um ou mais sistemas efetores da célula, o que permitirá que a mesma responda a mensagem que o emissor transmitiu originalmente. É evidente que para compreender a ação de qualquer hormônio é indispensável conhecer seu mecanismo de ação, o papel dos mensageiros intracelulares e as característi-cas dos sistemas efetores. Deve-se conhecer também quais são os fatores que afetam a transdução da mensagem já que uma célula pode regular seus sistemas efetores e dessa forma ter uma resposta maior, menor ou alterada ante a mesma mensagem. -/- -/- Resposta -/- Como mencionado, qualquer mensagem provoca uma resposta (embora somente seja potencial) sobre o efetor que a recebe. No sistema endócrino, as mensagens hormonais viajam constantemente pelo organismo e são captadas por todas as células que possuem receptores ativos para um determinado hormônio. Uma única célula pode ter receptores para diferentes hormônios, pelo qual pode estar recebendo diversas mensagens simultaneamente, e cada uma dessas mensagens pode afetar a resposta de outras mensagens. Por exemplo, a presença de progesterona pode alterar a resposta das células endometriais ao estradiol. Ademais, as células podem estar recebendo ao mesmo tempo uma informação não hormonal, como as concentrações de diversos metabólitos na circulação, ou a recebida pelo sistema nervoso. A célula analisa toda essa informação e com base nela decide se deve responder a mensagem hormonal que está recebendo como deve responder, com que intensidade e durante quanto tempo. A resposta final pode ser uma resposta física imediata (contração, secreção de um hormônio armazenado previa-mente), uma modificação bioquímica a curto prazo (síntese de um determinado hormônio ou outra substância), ou o início de uma série de mudanças que levam a uma mudança a longo prazo (divisão celular, diferenciação celular, crescimento, morte celular). -/- -/- Feedback ou retroalimentação -/- Quando em um sistema de comunicação se produz uma resposta, em muitos casos essa resposta engloba a geração de informação que vai retornar ao emissor, e que agora constituirá um ou mais dos elementos que o emissor tomará em conta antes de transmitir uma nova mensagem. Assim, se um jornal transmite uma mensagem “menina pobre necessita de doação de roupas”, a resposta de alguns efetores (telespectadores) que virão a doar roupas será conhecida pelo emissor, que assim saberá que já não será mais neces-sário voltar a transmitir a mensagem, o que o fará tomar a decisão de transmitir uma mensagem diferente como “menina pobre já não necessita de roupas, porém requer de ali-mentos para sua família”. Essa modificação da mensagem provocada pela resposta do efetor é conhecida como retroalimentação. -/- De forma análoga, no sistema endócrino a resposta da célula efetora geralmente é reconhecida pelo emissor, que em consequência modifica sua mensagem. Na maioria dos casos se produz uma retroalimentação negativa, que consiste em que a resposta do efetor provoca uma redução na intensidade da mensagem transmitida pelo emissor. Quando os gonadotropos de uma vaca secretam hormônio folículo estimulante (FSH), as células da granulosa de seus folículos ovarianos respondem realizando diversas funções, uma das quais é a secreção de inibina. A elevação nas concentrações circulantes de inibina é capta-da pelos gonadotropos, que logo sabem que o FSH já transmitiu sua mensagem, pelo que reduzem a secreção deste hormônio. A retroalimentação negativa é muito importante em qualquer sistema endócrino já que permite manter as concentrações hormonais dentro de limites aceitáveis. -/- A retroalimentação negativa pode ser de onda ultracurta, curta ou longa. A onda ultracurta é quando o hormônio produzido por uma célula pode inibir sua própria secre-ção. A retroalimentação negativa de onda curta é quando o hormônio produzido por uma célula pode inibir a de um órgão imediatamente superior na hierarquia (por exemplo, quando a progesterona produzida pelo corpo lúteo do ovário inibe a secreção de LH pelos gonadotropos da hipófise). O feedback negativo de onda longa sucede quando o hormônio produzido por uma célula inibe a uma célula de um órgão que está dois ou mais níveis por cima na escala hierárquica, por exemplo, quando a testosterona produzida pelas células de Leydig do testículo inibe diretamente os neurônios produtores de GnRH, saltando as células produtoras de LH e adenohipófise. -/- Existe também a retroalimentação positiva, da qual o primeiro hormônio estimula a secreção de um segundo hormônio, o que por sua vez estimula o primeiro, com o que se estabelece um círculo progressivo de estimulação. Um exemplo de retroalimentação positiva é a que se produz pouco antes da ovulação entre o LH hipofisário e o estradiol de origem folicular. Os dois hormônios se estimulam mutuamente até que alcancem níveis elevados de LH que provoca a ovulação. O círculo de feedback positivo termina quando o pico pré-ovulatório de LH mudanças sobre o folículo que incluem a perda da capacidade de produção de estrógenos. Todo o sistema de retroalimentação positiva deve ter um final abrupto sobre o qual se rompe o ciclo de estimulação mútua, já que não mais deverá ser produzida quantidades elevadas dos hormônios, até que todos os recursos do organismo sejam utilizados para esse fim. -/- -/- CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA DOS HORMÔNIOS -/- Do ponto de vista químico e sobre o estudo da Fisiologia da Reprodução Animal, existem quatro grupos principais de hormônios: polipeptídios, esteroides, aminas e prostaglandinas; dentro de cada grupo, por sua vez, existem mais grupos de inúmeros outros hormônios dispostos em subdivisões. -/- -/- Hormônios polipeptídios -/- Os polipeptídios são cadeias de aminoácidos. Quando uma dessas cadeias está constituída por poucos aminoácidos é denominada simplesmente de polipeptídios, mas quando uma cadeia de aminoácidos é longa e adquire uma configuração espacial de três dimensões o polipeptídio é denominado proteína (figura 2). Muitos neurohormônios hipo-talâmicos são polipeptídios, como o liberador de gonadotropinas (GnRH), constituído por 10 aminoácidos, o hormônio liberador de tirotropina (TRH), formado por 3 aminoácidos, o somatostatina, constituído por 14 aminoácidos, a ocitocina que é formada por 8 aminoá-cidos etc. O sistema nervoso central e a hipófise produzem peptídeos opioides. -/- Entre os hormônios polipeptídios que por seu tamanho são considerados proteínas encontramos a prolactina, o hormônio do crescimento, os lactogênios placentários, a relaxina, a insulina e fatores de crescimento parecidos com a insulina (IGFs). Existe outro grupo de hormônios polipeptídios classificados como glicoproteínas. Trata-se de proteí-nas que possuem carboidratos unidos a alguns de seus aminoácidos. -/- -/- Figura 2: classificação dos hormônios polipeptídios. Fonte: ZARCO, 2018. -/- -/- Há um grupo de hormônios glicoproteicos que constituem uma família de molécu-las similares entre si, dentro das quais estão o hormônio luteinizante (LH), o hormônio folículo estimulante (FSH), o hormônio estimulante da tireoide (TSH), a gonadotropina coriônica humana (hCG) e a gonadotropina coriônica equina (eCG); todos estão formados pela subunidade alfa que é idêntica para os hormônios de uma determinada espécie animal, e por uma subunidade beta específica para cada hormônio. As duas subunidades mantém-se unidas através de ligações dissulfeto. Deve-se mencionar que os carboidratos associados as glicoproteínas podem ser distintos em diferentes idades, épocas do ano ou estados fisiológicos; esse processo é conhecido como microheterogenicidade, e recente-mente têm-se dado grande importância a seu estudo, já que é reconhecido fatores tais como a vida média de um hormônio ou sua atividade biológica podem ser modificados de acordo com o tipo de carboidratos presentes na molécula. -/- Existe outra família de hormônios glicoproteicos, que incluem a inibina A, a B, e a activina A, AB e B. Todos os hormônios polipeptídios possuem algumas características comuns. Em primeiro lugar, trata-se de moléculas hidrossolúveis que não conseguem atravessar as membranas celulares pelo qual se unem a receptores transmembranais que flutuam sobre a parede externa da membrana da célula branca e requerem de um segundo mensageiro intracelular, como o cálcio ou o AMPc, para levar sua mensagem ao interior da célula. -/- Os hormônios desse grupo, não podem ser administrados por via dérmica, oral, retal ou intravaginal, já que não podem atravessar a pela ou as mucosas intestinais, retais ou vaginais. Os polipeptídios são digeridos no estômago, o que também impede sua admi-nistração oral. Outra característica que deve-se tomar em conta é que as proteínas (embora não os polipeptídios pequenos) podem se desnaturalizar por fatores como o calor (são termolábeis), a congelação, ou mudanças de pH m a desnaturalização consiste em uma mudança na forma natural da proteína, o que leva a perda de sua função. Por essa razão, ao trabalhar com hormônios proteicos devem-se tomar cuidados especiais durante seu manejo para evitar a exposição a fatores desnaturalizantes. -/- -/- Hormônios esteroides -/- São moléculas derivadas do colesterol; a célula esteroidogênica pode sintetizar o colesterol, obtê-lo de reservas intracelulares ou da circulação. Na célula esteroidogênica existem diversas enzimas que atuam sequencialmente sobre a molécula de colesterol, provocando mudanças sucessivas até obter o hormônio final que será secretado, ao qual dependerá das enzimas que estão presentes e ativas na célula. -/- Existem cinco grupos principais de hormônios esteroides; os progestágenos, os estrógenos, os glicocorticoides e os mineralocorticoides (figura 3). -/- Os progestágenos são hormônios que favorecem o desenvolvimento da gestação; seus efeitos incluem, entre outros, a estimulação da secreção endometrial de substâncias nutritivas para o embrião, a estimulação do desenvolvimento embrionário e placentário, a inibição das contrações uterinas, bem como fazer com que a cérvix fique fechada. O principal hormônio natural desse grupo é a progesterona, mas existem uma grande quantidade de progestágenos sintéticos utilizados na medicina veterinária, tais como o acetato fluorogestona (FGA), o acetato de melengestrol (MGA), o altrenogest e o norgestomet. -/- Os estrógenos são os hormônios femininos responsáveis, entre outras funções, dos sinais do estro ou receptividade sexual nas fêmeas. A maior parte de seus efeitos estão no alcance da fertilização do ovócito. Os estrógenos, além de estimular a conduta sexual feminina, favorecem, entre outras coisas, a abertura da cérvix para permitir a passagem do espermatozoide, e as contrações uterinas para impulsionar o sêmen em direção aos ovidutos. O principal estrógeno natural é o estradiol 17β, outros membros naturais do grupo são a estrona, a equilina e a equilenina, esses dois últimos presentes exclusivamente em éguas gestantes. Também existem numerosos estrógenos sintéticos, tais como o valerato de estradiol, o benzoato de estradiol e o cipionato de estradiol. -/- Os andrógenos são hormônios masculinos. Possuem uma grande quantidade de efeitos encaminhados a alcançar o êxito reprodutivo do macho, como estimular a conduta sexual, estimular a produção de espermatozoides e estimular as secreções das glândulas sexuais acessórias. O andrógeno principal é a testosterona, outros andrógenos naturais incluem a androstenediona e a di-hidrotestosterona. Existe também inúmeros andrógenos sintéticos. -/- Os glicocorticoides ou corticosteroides possuem funções principalmente metabó-licas e de adaptação ao estresse. O principal corticosteroide na maioria das espécies é o cortisol, enquanto que nos ratos e outros roedores é a corticosterona. Na reprodução, os corticosteroides desempenham um papel relevante, em particular durante o parto e a lac-tação. -/- Os mineralocorticoides, como a aldotestosterona, se encarregam da regulação do balanço de líquidos e eletrólitos no organismo. -/- -/- Figura 3: subgrupos dos hormônios esteroides. Fonte: ZARCO, 2018. -/- -/- Os hormônios esteroides como grupos são hidrossolúveis, pelo qual podem atra-vessar livremente as membranas celulares, por essa razão utilizam receptores intracelula-res que se encontram no citoplasma da célula branca; também pode-se administrar por via oral, pela pele, e através das mucosas retal ou vaginal. São moléculas termoestáveis e não são digeridas no estômago, embora algumas possas sofrer modificações na pH ácido, alterando sua função. -/- -/- Aminas -/- São moléculas derivadas de um aminoácido que se modifica pela ação de enzimas específicas. Existem dois tipos de hormônios aminas: as catecolaminas e as indolaminas (figura 4). As catecolaminas derivam do aminoácido tirosina, e incluem a dopamina, a a-drenalina e a noradrenalina. As indolaminas derivam-se do triptofano, e incluem a seroto-nina e a melatonina. -/- As aminas são moléculas hidrossolúveis que não podem atravessar as membranas celulares e portanto atuam através de receptores membranais e segundos mensageiros intracelulares. -/- -/- Figura 4: classificação dos hormônios peptídicos. Fonte: ZARCO, 2018. -/- -/- Prostaglandinas -/- São substâncias derivadas do ácido araquidônico. A principal fonte desse ácido graxo são os fosfolipídios da membrana celular, a partir dos quais se podem liberar o ácido araquidônico mediante a ação da enzima fosfolipase A2. O ácido araquidônico se transforma em prostaglandina H mediante a ação da enzima ciclo-oxigenase (ou sintetase de prostaglandinas), que mais adiante se transforma em diferentes prostaglandinas especí-ficas pela ação de diversas enzimas. O tipo de prostaglandina produzido por cada célula dependerá do complemento de enzimas presentes. -/- A prostaglandina mais importante na reprodução é a PGF2α, a qual é responsável pela destruição do corpo lúteo na maioria das espécies; também provoca contrações uteri-nas, pelo qual é importante para o parto, e o transporte dos espermatozoides e a involução uterina depois do parto. Na prática veterinária a PGF2α natural (dinoprosr) ou seus seme-lhantes sintéticos (cloprostenol, luprostiol etc.) são utilizados para a sincronização do ciclo estral, para a indução do parto e para tratar diversas patologias. Outra prostaglandina com algumas ações relacionadas com a reprodução é a prostaglandina E2 (PGE2). -/- As prostaglandinas são substâncias anfipáticas (com propriedades hidrossolúveis e lipossolúveis), pelo qual podem atravessar as membranas celulares. -/- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -/- AUSTIN, Colin Russell; SHORT, R. Reproduction in mammals. Cambridge, 1972. -/- BEARDEN, Henry Joe et al. Reproducción animal aplicada. México: Manual Moderno, 1982. -/- BECKER, Jill B. et al. (Ed.). Behavioral endocrinology. Mit Press, 2002. -/- BITTAR, Edward (Ed.). Reproductive endocrinology and biology. Elsevier, 1998. -/- BURNSTEIN, Kerry L. (Ed.). Steroid hormones and cell cycle regulation. Kluwer Academic Pub., 2002. -/- CUNNINGHAM, James. Tratado de fisiologia veterinária. Elsevier Health Sciences, 2011. -/- CUPPS, Perry T. (Ed.). Reproduction in domestic animals. Elsevier, 1991. -/- DUKES, Henry Hugh; SWENSON, Melvin J.; REECE, William O. Dukes fisiologia dos animais domésticos. Editora Guanabara Koogan, 1996. -/- FELDMAN, Edward C. et al. Canine and feline endocrinology-e-book. Elsevier health sciences, 2014. -/- FUSCO, Giuseppe; MINELLI, Alessandro. The Biology of Reproduction. Cambridge University Press, 2019. -/- GILBERT, Scott F. Biologia del desarrollo. Ed. Médica Panamericana, 2005. -/- GORE, Andrea C. GnRH: the master molecule of reproduction. Springer Science & Business Media, 2002. -/- HAFEZ, Elsayed Saad Eldin; HAFEZ, Bahaa. Reprodução animal. São Paulo: Manole, 2004. -/- HERNÁNDEZ PARDO, Blanca. Endocrinología: Lo esencial de un vistazo. México: Panamericana, 2016. -/- HYTTEL, Poul; SINOWATZ, Fred; VEJLSTED, Morten. Embriologia veterinária. São Paulo: Elsevier Brasil, 2012. -/- ILLERA MARTIN, Mariano. Endocrinología veterinaria y fisiología de la reproducción. Madrid: COLIBAC, 1984. -/- JOHNSON, Martin H. Essential reproduction. Nova Jersey: John Wiley & Sons, 2018. -/- MANDOKI, Juan José et al. Hormone multifunctionalities: a theory of endocrine signaling, command and control. Progress in biophysics and molecular biology, v. 86, n. 3, p. 353-377, 2004. -/- MANDOKI, Juan José et al. Reflections on the mode of functioning of endocrine systems. Archives of medical research, v. 41, n. 8, p. 653-657, 2010. -/- MCKINNON, Angus O. et al. (Ed.). Equine reproduction. Nova Jersey: John Wiley & Sons, 2011. -/- MELMED, Shlomo (Ed.). The pituitary. Londres: Academic press, 2010. -/- NORRIS, David O.; LOPEZ, Kristin H. (Ed.). Hormones and reproduction of vertebrates. Academic Press, 2010. -/- PARHAR, Ishwar S. (Ed.). Gonadotropin-releasing hormone: molecules and receptors. Elsevier, 2002. -/- PIMENTEL, C. A. Fisiologia e endocrinologia da reprodução da fêmea bovina. I Simpósio de Reprodução de Bovinos, Porto Alegre, RS, 2002. -/- PINEDA, Mauricio H. et al. McDonald's veterinary endocrinology and reproduction. Iowa state press, 2003. -/- RAMOS DUEÑAS, J. I. Endocrinología de la reproducción animal. 2018. -/- SALISBURY, Glenn Wade et al. Physiology of reproduction and artificial insemination of cattle. WH Freeman and Company., 1978. -/- SANDERS, Stephan. Endocrine and reproductive systems. Elsevier Health Sciences, 2003. -/- SORENSEN, Anton Marinus. Reproducción animal: principios y prácticas. México, 1982. -/- SQUIRES, E. James. Applied animal endocrinology. Cambridge: Cabi, 2010. -/- YEN, Samuel SC; JAFFE, Robert B.; BARBIERI, Robert L. Endocrinología de la Reproducción. Fisiología, fisiopatología y manejo clínico. Madrid: Ed. Médica Panamericana, 2001. -/- ZARCO, L. Endocrinología. In. PORTA, L. R.; MEDRANO, J. H. H. Fisiología reproductiva de los animales domésticos. Cidade do México: FMVZ-UNAM, 2018. (shrink)

P-zombies are creatures that are physically (functionally, behaviorally) like you and I and yet lack phenomenal consciousness. If such creatures are possible, it’s (typically) taken to show property dualism is true: phenomenal consciousness isn’t reducible to—nor does it supervene on—physical states. If inverted qualia are possible, it’s possible that you and I have identical physical states and yet you see tomatoes as green and I see tomatoes as red. If this is the case, then (again) property dualism is (typically) taken (...) to be true. In this article, I’ll show that p-zombies and inverted qualia—if they are actually possible—prove more than previously thought: if one thinks p-zombies or inverted qualia are possible, then she should endorse one of the four following theses: (i) substance dualism, (ii) we have even more reason to reject p-zombies and inverted qualia since they entail an even more radical conclusion than previously thought (i.e. substance dualism), (iii) eliminativism about selves, or (iv) friends of p-zombies and inverted qualia have homework: they need to show a relevant, plausible disanalogy between arguments for p-zombies and inverted qualia as traditionally stated and my parallel arguments that entail substance dualism. My purpose here isn’t to defend any of these particular options. Instead, my purpose is to highlight that these are the four options available to take. (shrink)

In cases in which we must choose between either (i) preventing a woman from remaining unwillingly pregnant or (ii) preventing a fetus from being killed, we should prevent the fetus from being killed. But this suggests that in typical cases abortion is wrong: typical abortions involve preventing a woman from remaining unwillingly pregnant over preventing a fetus from being killed. And so abortion is typically wrong—and this holds whether or not fetuses are persons.

De facto objections to theism purport to show that theism is false, whereas de jure objections to theism claim that, whether or not theism is true, belief in God is irrational. Divine hiddenness – the fact that there are people who non-resistantly lack belief in God – is sometimes used as an argument against theism. In this article I will show that accepting the argument from divine hiddenness carries a high cost: it eliminates all de jure objections to theism. So (...) atheists can either have de jure objections to theism or the objection from divine hiddenness, but they cannot have both. (shrink)

Lougheed argues that a possible solution to the problem of divine hiddenness is that God hides in order to increase the axiological value of the world. In a world where God exists, the goods associated with theism necessarily obtain. But Lougheed also claims that in such a world it’s possible to experience the goods of atheism, even if they don’t actually obtain. This is what makes a world with a hidden God more valuable than a world where God is unhidden, (...) and also more valuable than an atheistic world with no God. We show that Lougheed never considers the comparison between a world where God hides and an atheistic world. We argue that it’s possible for a person to experience theistic goods in a world where God does not exist, a possibility Lougheed never considers. If this is right it undermines his axiological solution to divine hiddenness. We conclude by showing how our discussion of the axiology of theism connects to the existential question of whether God exists; that is, we show that the axiological question is dependent on the existential question. (shrink)

It is often assumed that if the fetus is a person, then abortion should be illegal. Thomson1 laid the groundwork to challenge this assumption, and Boonin2 has recently argued that it is false: he argues that abortion should be legal even if the fetus is a person. In this article, I explain both Thomson’s and Boonin’s reason for thinking that abortion should be legal even if the fetus is a person. After this, I show that Thomson’s and Boonin’s argument for (...) legalised abortion fail; they have not given us good reason for thinking abortion should be legal.1 Finally, I argue that—if we play Boonin’s game—abortion should be illegal. When discussing the ethics and politics of abortion, whether the fetus is a person is usually central.3 4.2 However, Thomson1 long ago challenged this view. She argued that abortion is permissible even if the fetus is a person. To do so, she asks us to consider a case in which you are non-consensually taken to a hospital and hooked up to a famous violinist. The violinist, if he is to survive, needs to filter his blood through your body. After 9 months, he will be fine and you can unplug yourself and go on your way. If you unplug yourself prior to this, however, he will die. Is it permissible to unplug yourself? Thomson thinks the answer is ‘yes’. And this, she thinks, shows that abortion is permissible even if the fetus is a person. While the majority of her article focuses on the ethics of abortion, it is clear that she also aims to show that abortion should be legal if the fetus is a person; she would no doubt reject the view that the state is right to coerce you into …. (shrink)

Much of the discussion surrounding the ethics of abortion has centered around the notion of personhood. This is because many philosophers hold that the morality of abortion is contingent on whether the fetus is a person - though, of course, some famous philosophers have rejected this thesis (e.g. Judith Thomson and Don Marquis). In this article, I construct a novel argument for the immorality of abortion based on the notion of impairment. This argument does not assume that the fetus is (...) a person - indeed, I concede (for the sake of argument) that the fetus is not a person - and hence the morality of abortion is not contingent on whether the fetus is a person. I finish by answering a plethora of objections to my argument, concluding that none of them are successful. (shrink)

This paper is a response to Tyler Wunder’s ‘The modality of theism and probabilistic natural theology: a tension in Alvin Plantinga's philosophy’ (this journal). In his article, Wunder argues that if the proponent of the Evolutionary Argument Against Naturalism (EAAN) holds theism to be non-contingent and frames the argument in terms of objective probability, that the EAAN is either unsound or theism is necessarily false. I argue that a modest revision of the EAAN renders Wunder’s objection irrelevant, and that this (...) revision actually widens the scope of the argument. (shrink)

I provide an updated version of The Impairment Argument against abortion and respond to numerous objections that can be (and have been) raised to it.

Skeptical theism is a popular response to arguments from evil. Many hold that it undermines a key inference often used by such arguments. However, the case for skeptical theism is often kept at an intuitive level: no one has offered an explicit argument for the truth of skeptical theism. In this article, I aim to remedy this situation: I construct an explicit, rigorous argument for the truth of skeptical theism.

I’ve argued that those who endorse the argument from divine hiddenness must give up all pure de jure objections to theism, and this means that endorsing the argument is costly for atheists. Benjamin Curtis claims that this isn’t a significant cost for atheists. I show that—contrary to Curtis—there is a significant cost, and spell out why this is so. Furthermore, I show that my argument functions as a new argument for affirming reformed epistemology—the view that if theism is true, belief (...) in God is probably rational. (shrink)

Abortion restrictions are particularly good for black women—at least in the United States. This claim will likely strike many as outlandish. And numerous commentaries on abortion restrictions have suggested otherwise: many authors have lamented the effects of abortion restrictions on women, and black women in particular—these restrictions are bad for them, these authors say. However, abortion restrictions are clearly good for black women. This is because if someone is prevented from performing a morally wrong action, it’s good for her. For (...) example, it’s good for Sarah if she’s prevented from driving home drunk. However, since abortion is morally wrong, it follows that it’s good for women when they are prevented from getting an abortion. And since black women get abortions at disproportionately high rates, abortion restrictions are good in particular for black women. Indeed, this is an example of a positive effect of intersectionality. (shrink)

Demonstratives seem to have posed a severe difficulty for Frege’s philosophy of language, to which his doctrine of incommunicable senses was a reaction. In “The Thought,” Frege briefly discusses sentences containing such demonstratives as “today,” “here,” and “yesterday,” and then turns to certain questions that he says are raised by the occurrence of “I” in sentences (T, 24-26). He is led to say that, when one thinks about oneself, one grasps thoughts that others cannot grasp, that cannot be communicated. However, (...) nothing could be more out of the spirit of Frege’s account of sense and thought than an incommunicable, private thought. In the first part of the paper, I explain the problem demonstratives pose for Frege, and explore three ways he might have dealt with it. I argue that none of these ways provides Frege with a solution to his problem consistent with his philosophy of language. The first two are plausible as solutions, but contradict his identification of the sense expressed by a sentence with a thought. The third preserves the identification, but is implausible. In the second part, I suggest that Frege was led to his doctrine of incommunicable senses as a result of some appreciation of the difficulties his account of demonstratives faces, for these come quickly to the surface when we think about “I.” I argue that incommunicable senses won’t help. I end by trying to identify the central problem with Frege’s approach, and sketching an alternative. (shrink)

In my article "Even if the fetus is not a person, abortion is immoral: The impairment argument" (this journal), I defended what I called “The impairment argument” which purports to show that abortion is immoral. Bruce Blackshaw (2019) has argued that my argument fails on three accounts. In this article, I respond to his criticisms.

This article is a response to Stephen Law's article ‘The evil-god challenge’. In his article, Law argues that if belief in evil-god is unreasonable, then belief in good-god is unreasonable; that the antecedent is true; and hence so is the consequent. In this article, I show that Law's affirmation of the antecedent is predicated on the problem of good (i.e. the problem of whether an all-evil, all-powerful, and all-knowing God would allow there to be as much good in the world (...) as there is), and argue that the problem of good fails. Thus, the antecedent is unmotivated, which renders the consequent unmotivated. Law's challenge for good-god theists is to show that good-god theism is not rendered unreasonable by the problem of evil in the same way that evil-god theism is rendered unreasonable by the problem of good. Insofar as the problem of good does not render belief in evil-god unreasonable, Law's challenge has been answered: since it is not unreasonable to believe in evil-god (at least for the reasons that Law gives) it is not unreasonable to believe in good-god. Finally, I show that – my criticism aside – the evil-god challenge turns out to be more complicated and controversial than it initially appears, for it relies on the (previously unacknowledged) contentious assumption that sceptical theism is false. (shrink)

In this paper I argue that, in addition to having an obligation to resist the oppression of others, people have an obligation to themselves to resist their own oppression. This obligation to oneself, I argue, is grounded in a Kantian duty of self-respect.

In her 2004 book Carol Gould addresses the fundamental issue of democratizing globalization, that is to say of finding ways to open transnational institutions and communities to democratic participation by those widely affected by their decisions. The book develops a framework for expanding participation in crossborder decisions, arguing for a broader understanding of human rights and introducing a new role for the ideas of care and solidarity at a distance. Reinterpreting the idea of universality to accommodate a multiplicity of (...) cultural perspectives, the author takes up a number of applied issues, including the persistence of racism, cultural rights, women's human rights, the democratic management of firms, the use of the Internet to enhance political participation, and the importance of empathy and genuine democracy in understanding terrorism and responding to it. Accessibly written with a minimum of technical jargon this is a major contribution to political philosophy. (shrink)

Critics of skeptical theism often claim that if it (skeptical theism) is true, then we are in the dark about whether (or for all we know) there is a morally justifying for God to radically deceive us. From here, it is argued that radical skepticism follows: if we are truly in the dark about whether there is a morally justifying reason for God to radically deceive us, then we cannot know anything. In this article, I show that skeptical theism does (...) not entail that we are in the dark about whether (or for all we know) there is a morally justifying reason for God to deceive us. And hence arguments against skeptical theism that make use of this assumption fail. (shrink)

One of HLA Hart's main contributions to jurisprudence is his theory of social rules. Hart said, essentially, that a social rule exists if the members of a society act in some way and have a certain attitude. Most legal philosophers think that Hart's account of this attitude is too general, however, and that his theory is overinclusive as a result. In this article, I draw on recent work in the philosophy of action to propose a more precise account of the (...) relevant attitude, and a revised version of Hart's theory. I claim that a social rule exists if the members of a society act in some way and ‘accept’ they ought to act this way, independent of their beliefs about the matter. One of the implications of this idea is that the attitude that underlies a social rule is closely analogous to a presumption or fiction about what ought to be done. -/- . (shrink)

Psychologists and philosophers have not yet resolved what they take implicit attitudes to be; and, some, concerned about limitations in the psychometric evidence, have even challenged the predictive and theoretical value of positing implicit attitudes in explanations for social behavior. In the midst of this debate, prominent stakeholders in science have called for scientific communities to recognize and countenance implicit bias in STEM fields. In this paper, I stake out a stakeholder conception of implicit bias that responds to these challenges (...) in ways that are responsive to the psychometric evidence, while also being resilient to the sorts of disagreements and scientific progress that would not undermine the soundness of this call. Along the way, my account advocates for attributing collective (group-level) implicit attitudes rather than individual-level implicit attitudes. This position raises new puzzles for future research on the relationship (metaphysical, epistemic, and ethical) between collective implicit attitudes and individual-level attitudes. (shrink)

Arguments from evil purport to show that some fact about evil makes it (at least) probable that God does not exist. Skeptical theism is held to undermine many versions of the argument from evil: it is thought to undermine a crucial inference that such arguments often rely on. Skeptical objections to skeptical theism claim that it (skeptical theism) entails an excessive amount of skepticism, and therefore should be rejected. In this article, I show that skeptical objections to skeptical theism have (...) a very limited scope: only those who reject certain (apparently) popular epistemological theories will be threatened by them. (shrink)

The “Embryo Rescue Case” (ERC) refers to a thought experiment that is used to argue against the view that embryos have a right to life (i.e. are persons). I will argue that cognitive science undermines the intuition elicited by the ERC; I will show that whether or not embryos have a right to life, our mental tools will make it very difficult to believe that embryos have said right. This suggests that the intuition elicited by the ERC is not truth (...) indicative. The upshot of this is that we have an undercutting defeater for our intuition that embryos do not have a right to life. (shrink)

Joona Räsänen, in his article ‘Ectogenesis, abortion and a right to the death of the fetus’, has argued for the view that parents have a right to the death of the fetus. In this article, I will explicate the three arguments Räsänen defends, and show that two of them have false or unmotivated premises and hence fail, and that the support he offers for his third argument is inconsistent with other views he expresses in his article. Therefore, I conclude that (...) there is no right to the death of the fetus—or, if there is one, Räsänen has not shown it. (shrink)

Representing species-specific proteins and protein complexes in ontologies that are both human and machine-readable facilitates the retrieval, analysis, and interpretation of genome-scale data sets. Although existing protin-centric informatics resources provide the biomedical research community with well-curated compendia of protein sequence and structure, these resources lack formal ontological representations of the relationships among the proteins themselves. The Protein Ontology (PRO) Consortium is filling this informatics resource gap by developing ontological representations and relationships among proteins and their variants and modified forms. Because (...) proteins are often functional only as members of stable protein complexes, the PRO Consortium, in collaboration with existing protein and pathway databases, has launched a new initiative to implement logical and consistent representation of protein complexes. We describe here how the PRO Consortium is meeting the challenge of representing species-specific protein complexes, how protein complex representation in PRO supports annotation of protein complexes and comparative biology, and how PRO is being integrated into existing community bioinformatics resources. The PRO resource is accessible at http://pir.georgetown.edu/pro/. (shrink)

The pelvic exam is used to assess the health of female reproductive organs and so involves digital penetration by a physician. However, it is common practice for medical students to acquire experience in administering pelvic exams by performing them on unconscious patients without prior authorization. In this article, we argue that such unauthorized pelvic exams (UPEs) are sexual assault. Our argument is simple: in any other circumstance, unauthorized digital penetration amounts to sexual assault. Since there are no morally significant differences (...) between UPEs and other instances of digital penetration, UPEs are sexual assault. So, insofar as one is against sexual assault, one should be against UPEs. (shrink)

The norms of a legal system are relevant in deciding on people's rights and duties within that system. Some norms that are not part of a legal system are also relevant within it: norms of foreign legal systems, games, clubs, contracts, grammar, and so on. What distinguishes the norms of a legal system from the norms merely relevant within it? Where, in other words, are law's boundaries? There are three existing answers in the literature, from Kramer, Shapiro, and Raz. None (...) succeed. A better answer starts with a distinction between two types of legal relevance: direct and indirect. Norms of a legal system are directly relevant within it. Norms that are not part of a legal system are at most indirectly relevant within it. Thus, the two types of norms are distinguished by the directness of their relevance. (shrink)

Legal discourse consists largely of legal claims. These are claims that there is a legal obligation, legal right, or other legal incident. What is the meaning of “legal obligation”, “legal right” and so on in legal claims? The standard view among philosophers of law is that “legal” indicates that, according to law, there is a moral obligation, moral right or other moral incident. Here I set out a new objection to the standard view. The objection is that the standard view (...) is unable to account for the use of legal claims in some common forms of logically complex arguments. (shrink)

Trent Dougherty has argued that commonsense epistemology and skeptical theism are incompatible. In this paper, I explicate Dougherty’s argument, and show that (at least) one popular form of skeptical theism is compatible with commonsense epistemology.

In this paper, I consider Sterba’s recent criticism of skeptical theism in context of his argument from evil. I show that Sterba’s criticism of skeptical theism shares an undesirable trait with all past criticisms of skeptical theism: it fails. This is largely due to his focus on causal connections and his neglect of logical connections. Because of this, his argument remains vulnerable to skeptical theism.

All the cards seem to be stacked against belief in immortality. Nonetheless, the resources of particular religious traditions may avail where generic philosophical solutions fall short. With attention to the boredom and narcissism critiques, intimations of deathlessness in Śāntideva's radical altruism, and recent Christian debates on the soul and the intermediate state, I propose two criteria for a coherent religion-specific belief in immortality: (1) the belief is supported by a fully realized religious tradition, (2) the belief satisfies the demand for (...) self-transcendence as well as for self-preservation. Where self-transcendence and self-preservation are kept in balance, and where the whole idea rests upon the lattice-work of a fully realized religious tradition, immortality is a fitting object of belief. Moreover, such belief is compatible with considerable speculative freedom concerning matter and spirit, body and soul, and personal identity over time. (shrink)

This article motivates and develops a reductive account of the structure of certain physical quantities in terms of their mereology. That is, I argue that quantitative relations like "longer than" or "3.6-times the volume of" can be analyzed in terms of necessary constraints those quantities put on the mereological structure of their instances. The resulting account, I argue, is able to capture the intuition that these quantitative relations are intrinsic to the physical systems they’re called upon to describe and explain.

In this article, I argue that sceptical theists have too narrow a focus: they consider only God’s axiological reasons, ignoring any non-axiological reasons he may have. But this is a mistake: predicting how God will act requires knowing about his reasons in general, and this requires knowing about both God’s axiological and non-axiological reasons. In light of this, I construct and defend a kind of sceptical theism—Deontological Sceptical Theism—that encompasses all of God’s reasons, and briefly illustrate how it renders irrelevant (...) certain charges of excessive sceptical and how it evaporates equiprobability objections. Furthermore, I put forth a simple argument in favor of Deontological Sceptical Theism, which shows that everyone (at least currently) ought to endorse it. (shrink)

The subject’s perspective objection (SPO) is an objection against externalist theories of justification, warrant, and knowledge. In this article, I show that externalists can accommodate the SPO while remaining externalist. So, even if the SPO is successful, it does not motivate internalism, and the primary motivation for internalism has been lost. After this, I provide an explanation for why so many people find cases that motivate the SPO convincing.

The ethics of abortion considers whether abortion is immoral. Pro-choice philosophers think that it is not immoral, while pro-life philosophers think that it is. The axiology of abortion considers whether world would be better if the pro-choice or pro-life position is right. While much attention has been given to the ethics of abortion, there has been no attention given to the axiology of abortion. In this article, I seek to change that. I consider various arguments for thinking our world would (...) be better if the pro-choice position or the pro-life position is correct, ultimately concluding that it would be better if the pro-choice position is right. This is unfortunate, however, since there is no good reason to think the pro-choice position is correct. (shrink)

(Wide) pro-theism is the view that the world is better overall if theism is true. (Wide) anti-theism is the view that our world would be better overall if atheism is true. Arguments for pro-theism and anti-theism typically make use of traditional theism (the view that an omni-God exists) and generic atheism (the view that an omni-God doesn’t exist). In my view, when the debate between pro-theists and anti-theists makes use of traditional theism and generic atheism, pro-theism clearly comes out on (...) top. In this paper, I consider whether this result (i.e. pro-theism’s advantage over anti-theism) changes if we bring axiarchism into the mix: I compare axiarchistic theism and axiarchistic atheism. General axiarchism is the view that the world exists because it is good that it exists, and extreme axiarchism is the view that the world exists because it is the best possible world. When we take general axiarchistic theism and general axiarchistic atheism as our worldviews for comparison, I argue that there is no significant change with respect to anti-theism and pro-theism: neither position is able to capture goods that are traditionally associated with the other position, and so pro-theism still wins out. However, if we instead compare extreme axiarchistic atheism with extreme axiarchistic theism there is a significant change: while the case for pro-theism remains the same (because, I argue, it is not able to capture any of the goods of anti-theism), the case for anti-theism is greatly strengthened, because it is able to capture nearly all of the goods of pro-theism (e.g. the good of an afterlife, of cosmic justice, of there being no gratuitous evil). In other words, given extreme axiarchism, atheistic worlds can (and will) house goods that are traditionally associated with theistic worlds (e.g. those listed prior). This means that, given extreme axiarchism, pro-theists can’t appeal to those goods as favoring their position: they obtain whether our world is atheistic or theistic. Thus, they don’t favor pro-theism over anti-theism; the case for anti-theism has been strengthened. (Alternatively, we may say that the case for pro-theism has been weakened.) Ultimately, there is one good that extreme axiarchistic atheism does not enable anti-theism to capture—namely, God’s intrinsic unlimited goodness—and I argue that this shows that there is still a gap between pro-theism and anti-theism; while the gap has been substantially narrowed, it has not been eliminated. Thus, I suggest that the best route forward for anti-theists is to cast doubt on the view that God’s intrinsic goodness is unlimited. (shrink)

Skeptical theism is a popular response to arguments from evil. Recently, Matthew A. Benton, John Hawthorne, and Yoaav Isaacs have argued that the theses that ground skeptical theism are either false or limited in scope. In this article, I show that their objections rest on dubious assumptions about the nature of skeptical theism. Along the way, I develop and clarify the ambiguous parts of skeptical theism. The upshot of this is that—once the nature of skeptical theism is made clearer—it is (...) far more difficult to resist. (shrink)

Perry Hendricks’ impairment argument for the immorality of abortion is based on two premises: first, impairing a fetus with fetal alcohol syndrome is immoral, and second, if impairing an organism to some degree is immoral, then ceteris paribus, impairing it to a higher degree is also immoral. He calls this the impairment principle. Since abortion impairs a fetus to a higher degree than FAS, it follows from these two premises that abortion is immoral. Critics have focussed on the ceteris paribus (...) clause of TIP, which requires that the relevant details surrounding each impairment be sufficiently similar. In this article, we show that the ceteris paribus clause is superfluous, and by replacing it with a more restrictive condition, the impairment argument is considerably strengthened. There are no data in this work. (shrink)

Perry Hendricks’ original impairment argument for the immorality of abortion is based on the impairment principle (TIP): if impairing an organism to some degree is immoral, then ceteris paribus, impairing it to a higher degree is also immoral. Since abortion impairs a fetus to a higher degree than fetal alcohol syndrome (FAS) and giving a fetus FAS is immoral, it follows that abortion is immoral. Critics have argued that the ceteris paribus is not met for FAS and abortion, and so (...) we proposed the Modified Impairment Principle (MIP) to avoid these difficulties. Dustin Crummett has responded, arguing that MIP is open to various counterexamples which show it to be false. He also shows that MIP can generate moral dilemmas. Here, we propose a modification to MIP that resolves the issues Crummett raises. Additionally, Alex Gillham has criticized our appropriation of Don Marquis’ ‘future like ours’ reasoning about the wrongness of impairment. We show that his objections have minimal implications for our argument. (shrink)

The word “intolerance” bears almost exclusively negative connotations. It is treated invariably, almost ideologically as a vice. What would it mean to reconceive of intolerance as a virtue—or, at the very least, a positive affect? In this essay, I analyze two complementary archives of positive intolerance: the records of the Prisons Information Group (the GIP) and the writings of one of its members: Michel Foucault. For the GIP, intolerance—as a militant refusal of intolerable material and political conditions—is essential to the (...) prison activist effort. Relatedly, for Foucault, scholarship—as the creative and/or critical act of naming and changing public awareness of intolerable conditions—can be a mode of political intolerance against an oppressive state. When paired together, these two archives trouble the easy severance of theory and practice, suggesting both that prison resistance efforts involve intellectual assessments of the intolerable and that engaged scholarship often doubles as intolerant activism. Both archives, moreover, agree that such intolerant activism is always rooted in personal investments and local struggles. This analysis allows me to suggest that, if the struggle against forces of marginalization and exploitation mobilizes resistant intolerance as a political and intellectual strategy, then intolerance may very well be commendable. It might, in fact, be virtuous. (shrink)

In juxtaposition with the myth and tragedy of Ovid’s Medea, this paper investigates the possibility within the Kantian conception of agency of understanding moral evil as acting against one’s better judgment. It defends the thesis that in Kant self-deception, i. e. the intentional untruthfulness to oneself, provides the fundamental structure for choosing against the moral law. I argue that, as Kant’s thought progresses, self-deception slowly proceeds to become the paradigmatic case of moral evil. This is discussed with regard to two (...) important topics in his later moral philosophy: the doctrine of radical evil and the crucial role of the duty of truthfulness in ethics. The inquiry into Kant’s theory of conscience unfolds both against this theoretical background and in light of its historical roots in the polemic against casuistry and probabilism. This contribution closes with a brief look at the tools Kant implements to counter this tendency to self-deception in moral judgment and particularly at the role casuistry plays within his conception of moral education. (shrink)

A pardon is an act of mercy according to the law, but is a pardon mercy in an ordinary or genuine sense? What distinguishes a pardon from a lenient judicial sentence, which is not mercy by the law’s lights? These are questions about what mercy as it is understood in law has to do with mercy as it is understood outside of law, and about who in government acts mercifully and when, if indeed anyone in government ever does. Here I (...) propose a general analysis of mercy, then bring that analysis to bear on government action. Three features of my analysis are noteworthy. First, almost all existing analyses say that mercy is unconstrained in a normative sense, but I argue that mercy is unconstrained in the way that arbitrary power is unconstrained. Second, although it’s often assumed that mercy must be motivated by compassion, I show that mercy only requires acting with the intention to benefit the recipient. Third, my analysis says that mercy requires the giver of mercy to overcome a motivation to treat the recipient harshly. Given this analysis, few government acts are merciful, but pardon is an institutional approximation or analog of mercy. -/- . (shrink)

The topic of this essay is “the slingshot,” a short argument that purports to show that sentences1 designate (stand for, refer to) truth values. Versions of this argument have been used by Frege 2, Church 3, Quine4 and Davidson5; thus it is historically important, even if it immediately strikes one as fishy. The argument turns on two principles, which I call substitution and redistribution. In “Semantic Innocence and Uncompromising Situations,”6 Jon Barwise and I rejected both principles, as part of our (...) attempt.. (shrink)

Under the traditional system of peer-reviewed publication, the degree of prestige conferred to authors by successful publication is tied to the degree of the intellectual rigor of its peer review process: ambitious scientists do well professionally by doing well epistemically. As a result, we should expect journal editors, in their dual role as epistemic evaluators and prestige-allocators, to have the power to motivate improved author behavior through the tightening of publication requirements. Contrary to this expectation, I will argue that the (...) publication bias literature in academic medicine demonstrates that editor interventions have had limited effectiveness in improving the health of the publication and trial registration record, suggesting that much stronger interventions are needed. (shrink)

Pardon powers are common but difficult to justify. A pardon power is, roughly, a power that is (a) possessed by a non-judicial official, (b) used to cancel legal liability to a criminal sanction in a particular case without thereby altering the law, and (c) unconstrained by law. So defined, pardon powers seem to be at odds with two constitutional principles. Contrary to the separation of powers, the pardon power gives to someone other than a judge a decisive role in determining (...) criminal liability in particular cases. Contrary to the rule of law, the pardon power is neither constrained nor ruled by law. -/- Here I provide a novel defence of pardon powers, in three steps. First, even an optimal legal code requires suboptimal results in some cases. In such cases there is a “gap” between what is required by the code we should have and what we should do absent that code. Adhering to the code in every gap case is undesirable: while it would avoid suboptimal results, it would create too much unpredictability. Deviating from the code in every gap case is also undesirable: while it would ensure predictability, it would produce too many suboptimal results. The best strategy is to adhere in some cases and to deviate in others, that is, to selectively deviate. The most important thing about selective deviation is that it leads to like cases being treated differently. This is the second step in the argument. Third, pardon powers are an appropriate vehicle for selective deviation. Selective deviation calls for a power that can be used to set aside the code without changing it. It calls for a power that can be used inconsistently. Moreover, it calls for a power that is not in the hands of a body institutionally disposed towards consistency in decision-making, such as the judiciary. That is, it requires a power with features (a)-(c) – a pardon power. -/- This argument overcomes the various objections to pardon powers. Contrary to the objection from the separation of powers, selective deviation is a task better carried out by non-judicial officials. Contrary to the objection from the rule of law, a power of selective deviation must be unconstrained to preserve the law’s guiding function. Overall, the features of pardon powers that seemed to be in tension with the separation of powers and the rule of law turn out to be favoured by those same principles. (shrink)

Tiddy Smith argues that common consent amongst geographically and historically isolated communities provides strong evidence for animism―the view that there are nature spirits. In this article, I argue that the problem of animistic hiddenness―the lack of widespread belief in nature spirits―is at least as strong evidence against animism that common consent is evidence for it, meaning that the evidence for animism that Smith provides is neutralized.

Dignity is traditionally thought to apply to almost all and almost only humans. However, I argue that an account of a distinctly human dignity cannot achieve a coherent and non-arbitrary justification; either it must exclude some humans or include some nonhumans. This conclusion is not as worrying as might be first thought. Rather than attempting to vindicate human dignity, dignity should extend beyond the human, to include a range of nonhuman animals. Not only can we develop a widely inclusive account (...) of dignity by pursuing this route, but we can still defend the three core principles that lie at the heart of contemporary thinking about dignity: that bearers of dignity possess dignity to an equal degree, in virtue of possessing the same intrinsic worth, and that this generates direct and claimable rights. I thus develop an account of dignity that includes nonhuman animals. I argue that the capacity to value most plausibly grounds dignity. This capacity arises from valenced sentience: a being values insofar as they have experiences that matter to them. I then characterise what follows from this. First, I contend that it is only the capacity to value grounds dignity because this produces the most plausible, simplest, and most explanatorily powerful account of dignity. We ought to reject pluralist accounts which assert a sharp distinction between bearers and non-bearers of rational agency, and biocentric accounts which include non-sentient organic entities. Second, I argue this property grounds an account of dignity that is non-hierarchical. There are no degrees of dignity. Instead, all possessors of the capacity to value have the same kind of intrinsic value, and the same equal fundamental right: to consideration of their interest in leading a life of value. Finally, I argue that since the fundamental right is to consideration, moral agents have claimable duties to engage in a deliberative procedure with actionable requirements. Specific rights are instantiations of this general procedure. Certain revisionist conclusions follow on my view, for instance, that nonhumans should be given greater weight and inclusion in a far wider range of cases, but my account is sensitive to the range of different things different beings value, so it does not generate counterintuitive implications. I conclude that dignity extends beyond the human. (shrink)